Passado escrita por Amorita


Capítulo 8
Kristoff Part 3 - Rena é melhor do que gente


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo do Kristoff e primeiro capítulo do ano! Feliz Ano novo amores :D



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“Faz um mês… E eu não consigo aceitar.. Não! Eu tenho medo de aceitar..Porque, se eu aceitar, quer dizer que.. Que nunca uma pessoa vai conseguir olhar na minha cara e se interessar por mim pelo que eu sou. Já faz quase um mês, e eu não consigo tirar ela da minha cabeça… Por que? Depois de tudo que aconteceu, não sei se consigo nem mais me olhar no espelho.. Muito menos sair de casa. O que está acontecendo comigo? Eu nunca fui de me lamentar. Eu sou forte, o homem da casa. Eu…eu..

Eu quero ela de volta...”

*Um Mês Atrás - Floresta*

Já era quase final de tarde quando Kristoff terminou seu trabalho. A alguns anos atrás, o mesmo havia sido promovido para monitor, o antigo posto de Jeremy, que agora havia sido rebaixado e trabalhara como apanhador novamente. O loiro sentia-se feliz com o novo cargo. Não precisa fazer muito esforço, ganhava um salário considerável, e tinha mais tempo para se divertir com seu amigo Sven.. E ela. Dália. Só de pensar na mesma o rapaz já sentia seu coração acelerar, e um leve tremor lhe percorrer. Dália era uma jovem belíssima de cabelos negros ondulados e compridos que iam até a cintura, olhos castanho-claros e pele alva. A moça também era dona de um temperamento forte, era muito inteligente e vinha de uma família de nobres. “ Um sonho Impossível” Concluiu Kristoff quando a conheceu.

O loiro no momento, agora compartilhava um saco de cenouras com sua rena, enquanto observava o por-do –sol sentado embaixo de uma árvore, perto de um lago que ficava próximo a seu trabalho. Era conhecido como “ Espelho d’água” Pois era tão límpido que se assemelhava a um espelho. Por um momento, fixou seus olhos em seu reflexo. O cabelo loiro bagunçado, o porte atlético do rapaz. Tudo isso era um charme para qualquer moça de sua idade, Mas não para ele. Ele achava-se apenas mais um rapaz que não tinha nada de especial em si. Se ao menos ele enxergasse como era belo.. “Será que Dália me acha bonito?” Seus pensamentos foram quebrados, quando escutou barulho de passos vindos atrás de si. Virou-se rapidamente, e ao ver quem era, um sorriso bobo brotou em seus lábios.

– Dália... – Ele falou enquanto a moça sentava-se delicadamente ao seu lado. “Realmente ela era uma dama” – O que faz aqui?

– Oh Kristoff.. Pensei que gostasse de minha presença.. – Falou fingindo estar triste, logo em seguida rindo, enquanto o rapaz apenas a observava. – Vim te ver, oras. Você é meu melhor amigo esqueceu-se?

– Ah, claro... Melhor amigo.. – Ele falou recobrando a consciência, logo em seguida desanimando-se, lembrando da realidade. – Bom, você deveria ir pra casa, já está ficando tarde e seus pais podem ficar preocupados..

– Não, na verdade eles... Estão de viajem. Estão nas Ilhas do Sul, novamente.. Não sei o que eles tanto fazem lá.. Bem, o fato é que estou sozinha hoje, então... Vou ficar aqui te fazendo companhia. – O rapaz então não se manifestou mais, apenas sorriu de lado e ficou observando a paisagem. Sven, de cara feia, seu amigo resolveu passear para dar um pouco de privacidade aos dois, e porque estava "segurando vela" (até porque Kristoff não lhe daria atenção tão cedo)

– Sabe, sempre tive vontade de nadar em um rio.. – Ela falou com os olhos fixos na água cristalina do rio, enquanto uma expressão sonhadora tomava conta de si.

– Nunca nadou em um rio antes? – Ele perguntou incrédulo, enquanto a mesma fazia que não com a cabeça.

– Acha mesmo que a filha da duquesa pode nadar despreocupada em um rio? Mamãe é muito severa, ela nunca deixaria que eu fizesse algo do tipo..

– Pois hoje você vai! – Ele falou levantando-se do chão em seguida estendendo a mão para a moça, que sem pensar duas vezes aceitou. Um sorriso animado brotou nos lábios da menina, e Kristoff pôde jurar que havia dado mais um de seus sorrisos bobos. Ele retirou a camisa e as botas e deu um pulo na água, fazendo um pouco de água salpicar na menina, obrigando-a a se proteger com as mãos e antebraços. A morena com um pouco de medo e ao mesmo tempo entusiasmo perguntou se a água estava muito fria, e o rapaz negou. Após alguns segundos, ela retirou boa parte do vestido, ficando apenas com a peça mais fina que ficava por baixo das vestes, e Kristoff suspirou ao vê-la daquela forma. A mesma riu com o olhar do rapaz, e pulou na água animada.

– Que sensação boa! – Ela falou enquanto molhava o cabelo – É muito melhor do que tomar banho de banheira!

– E então a Senhorita Duquesa gostou da água? – Kristoff falou em um tom provocativo.

– Oh sim Milorde, a água está esplendida! – E não demorou para que o local fosse tomado pelas risadas alegres dos dois. Após alguns segundo nadando. Kristoff e Dália começaram a salpicar água um no outro, e só saíram de lá realmente quando se tocaram de que o sol já havia ido embora, dando lugar para a lua, que agora brilhava no céu.

– Hoje... Foi sem dúvidas o dia mais feliz de minha vida! – Ela falou enquanto espremia o cabelo, procurando tirar o excesso de água. – Nunca pensei que a natureza fosse tão boa assim!

– Eu que passei a vida nessas florestas é que sei! E digo mais, tenho certeza de que qualquer mauricinho que exista por aí, não viveu metade das coisas que eu já vivi. –

– É foi realmente muito bom passar o dia aqui, só que.. Est-ta um f-frio enorme! E minha roupa está molhada... Eu n-não deveria te-las deixa-xado próximas ao lago...– Ela falou abraçando o próprio corpo, em busca do calor que suas vestes de baixo não lhe ofereciam. Kristoff tratou logo de arranjar uma forma de aquece-la, e com cautela a envolveu em seus braços. A moça sorriu e deu um suspiro de alívio, sentindo o calor voltar a percorrer seu corpo. – Oh Kristoff, Obrigada.

– Não foi nada além do mais... Foi por culpa minha que você está assim.. –

– Kristoff... Você... me ama? – A pergunta soaria inocente aos ouvidos de qualquer um, mas para Kristoff. O rapaz ficou sem jeito, logo achando que a amiga havia dito aquilo, desconfiando dos sentimentos dele. Mas, tentando manter a calma ( porém visivelmente alterado) Ele respondeu:

– Ahnn.. Claro, como amigo! –

– Não.. Eu quero dizer, amar de um jeito diferente.. Como um homem ama uma mulher.. –

– Ah.. B-b-bem.. Eu, não s-sei.. Errr... Tá tão visível assim ? – A moça em resposta riu, enquanto assentia positivamente para o rapaz. Que pôs a mão sobre o rosto, talvez na tentativa de esconder o quanto estava corado. Acabou que por alguns segundos, ele parecia sem ter o que dizer.. Ela,sua melhor amiga de infância, que a muito tempo havia deixado de ser só uma amiga.E ele, que sempre a defendeu dos idiotas que costumavam perturbara garota quando eram mais novos. Agora encontravam-se numa situação no mínimo desconfortável. Ele, sem camisa, sentado novamente embaixo da árvore onde estava, abraçando-a , sendo que a mesma estava em seu colo, somente com as vestes que ficavam embaixo vestido, adicionando tudo isso a um fato importantíssimo que poderia mudar tudo. Kristoff gostava dela. Aquilo só poderia acabar em uma coisa... Um beijo. E inesperadamente a atitude veio da parte dela, que acariciou o rosto do rapaz, em seguida roubando do mesmo um beijo inocente e doce. Que mesmo sendo apenas um “Selinho” para Kristoff havia sido a melhor coisa que poderia acontecer em sua vida. Porém de repente a garota afastou-se e ele sem entender nada a olhou curioso.

– M-me, desculpe eu.. Acho que confundi as coisas, apenas... – Ela não conseguiu completar a frase, saiu correndo, assustada com os próprios sentimentos, abandonando um Kristoff confuso, que provavelmente dormiria por ali mesmo, tentando processar tudo que lhe havia acontecido. Juntamente com Sven, que agora havia voltado de seu passei noturno, todo sujo de barro e lama, logo dando uma lambida no rosto do amigo, que respondeu com um ar pensador.. “ É amigo.. As mulheres são tão difíceis de se entender...”

* Presente*

"Eu queria acreditar que tudo que aconteceu não passou de um pesadelo, que ela era a garota doce de alguns meses atrás, que me amava e que simplesmente não sabia como lidar com isso.. Como fui tolo. Pensar que alguém poderia me amar daquela forma, e pior, uma moça daquele nível. Da nobreza, bonita... É claro que não poderia ser verdade. Ora, como eu fui burro! A verdade era que Dália nunca me amou. Não sei nem se pelo menos gostou de mim alguma vez... Era tudo um plano.. E eu.. Eu cai direitinho..."

* Algumas semanas atrás- O Pequeno Empreendimento de Gelo*

Depois das festas de ano novo e natal, o senhor Dumstrang parecia ter ficado mais contente e bondoso. E por causa disso, havia dado a Kristoff o emprego que o mesmo tanto queria, O de Vendedor de Gelo. O jovem feliz, agora trabalhava mais contente do que nunca, tinha comprado um trenó de segunda mão, e já começara a trabalhar em seu novo ofício. Depois de uma tarde de encomendas de gelo, restou a ele apenas mais uma entrega, estava esperando que enchessem o trenó, para que pudesse leva-lo a cidade novamente e entregar suas últimas encomendas do dia. Além disso, ele agora namorava com Dália, e não podia estar mais feliz. Todas as tardes a namorada ia até o seu emprego, para cumprimentar o rapaz, e depois do mesmo terminar suas encomendas os dois saiam para passear. (Normalmente iam ao espelho d’água) Quem não gostava nada do que estava acontecendo era Jeremy. O moreno, não suportava a ideia de que Bjorgman tivesse uma namorada, e pior, logo a Dália. Todos os homens de Arendelle a cobiçavam por ser considerada a mulher mais bela do reino. E é claro, Jeremy já havia tentado conquista-la de todas as formas para depois ficar exibindo a jovem como um troféu e falar “ Morram de inveja, a mais bela de Arendelle é minha” ou algo do tipo.

– Kristoff amor, o que acha de irmos a floricultura hoje? Estou precisando de flores para decorar o meu quarto..

– Se quiser eu te levo minha donzela! Eu aposto que vai preferir a minha companhia do que a desse loiro idiota e seu alce mais idiota ainda.

– Primeiro, Acho que você precisa limpar os ouvidos, porque eu chamei o Kristoff e não você! Segundo, Tenho certeza de que a companhia do meu NAMORADO vai ser muito mais interessante do que a sua.. Ah claro, terceiro: O único idiota aqui é você e o Sven não é um Alce, é uma Rena!. – Jeremy sem graça, e com vergonha já que a menina havia estraçalhado seu orgulho falou.

– E eu posso saber a diferença entre um Alce e uma Rena?

–Simples, Para começar, as RENAS pertencem à família Bovidae, enquanto os ALCES fazem parte da Cervidae. A diferença entre as duas famílias está nos chifres. Os Alces têm chifres que caem todos os anos e são trocados por outros.Já as Renas têm cornos que duram a vida toda e, em geral, sem ramificações. Se você estudasse um pouco saberia do que estou falando…– Kristoff que até então apenas observava a namorada com orgulho, já que ele amava ver Jeremy ser humilhado, após a explicação da garota ( que pra falar a verdade serviu para ele também, já que ele não sabia a diferença) deu um selinho na mesma que retribuiu carinhosamente, enquanto o moreno fazia uma cara de nojo, morrendo de invejo do loiro.. Mal sabia Kristoff que sua felicidade duraria pouco...

Após algumas semanas...*

– Kristoff meu amorzinho aonde você vai menino? – Bulda perguntou quando o menino estava de saída. Ela o observou por um segundo, o cabelo bem penteado, as roupas limpas, um buquê de rosas em mãos. – Oh, não me diga que via ver aquela menina de novo...

– Bom, eu vou sim.. Hoje eu combinei de leva-la para...

– Kristoff.. – Bulda falou interrompendo-o logo fazendo um sinal para que o mesmo se abaixasse, e ele o fez curioso sem entender nada – Ama mesmo esta moça ?

– Ora é claro Mãe! A amo mais que tudo.

– Bom, acho que deve tomar cuidado.. Ela não me parece ser uma boa pessoa. Ela é...Bom..

–Ei! Não fale assim dela! Ela é um anjo! – Ele falou aumentando o tom de sua voz, e Bulda, por um momento não reconheceu o garoto.. O que aquela menina estava fazendo com ele? O céus, ela sabia que essa tal de Dália não era boa pessoa. Desde que a viu, pode ver a mesma tinha uma aura negra em volta de si, que só pensava em poder, dinheiro e poder.Mas, infelizmente o amor é cego. E a menina, era uma manipuladora.. – Olha Bulda, eu vou fingir que não ouvi o que você disse, eu não quero brigar,você é muito importante pra mim.

– Mas Kristoff...

– Adeus Bulda, eu volto a noite..–

"Bulda? Ele nunca me chamou de Bulda antes!"

– Oh céus... Eu tenho certeza de que esta menina não é confiável.. De qualquer forma... Eu espero estar errada.

***

Após alguns minutos andando em seu trenó, chegou em Arendelle empolgado sentindo um frio na barriga como se fosse uma criança de 8 anos novamente, por um momento enquanto estava passando por uma confeitaria observou seu reflexo pela vidraça, e ajeitou o cabelo pela milésima vez. Ele queria estar lindo para ela. Após alguns segundos olhando-se inquieto no espelho, virou-se de costas, e não pôde ter surpresa maior...

– Dália?– A morena ao perceber a presença do rapaz, logo soltou-se dos braços do ruivo que a alguns segundo atrás a beijava loucamente.

– Kristoff! Quero que conheça meu futuro marido, Douglas! – Ela falou na maior cara de pau, e Kristoff sem entender nada apenas olhou para a garota incrédulo, querendo entender o que se passava ali.

– Mas, eu não entendo você... Você disse que me amava! – Ele falou Estressado dando se conta do que havia acontecido ali, logo aproximando-se da menina enquanto gritava qualquer coisa sem sentido que no momento a morena não dava a mínima.

– Ah Kris, você mais do que ninguém, deveria saber que o amor não existe. Só existe o poder, o dinheiro. É lógico que eu não gostava de você.. Apenas precisei de você. Já que você era o “ queridinho dos trools” se eu conseguisse capturar um que fosse ficaria rica.. Mas, digamos que não vou precisar mais.. Papai e mamãe arranjaram um casamento pra mim, Douglas será meu futuro esposo..

– Eu.. Eu tenho nojo de você! – Ele falou tentando não chorar mais algumas lágrimas já escorriam em seu rosto. – V-você nunca sentiu, nada... nada que fosse por mim, nunca foi nem ao menos minha amiga?

– Ora.. é claro que não...– Ela falou indiferente.

***

E foi assim que eu deixei de crer totalmente nos humanos.. Depois disso nunca mais a vi, e por mais que eu negue, eu bem que gostaria de vê-la. Porque .. Eu ainda a amo, e mesmo que ela não preste, mesmo que eu saiba que deveria, não sentir. Eu sinto, e como sinto.. Até hoje me pego pensando nela.. O jeito é tentar me reerguer, mas como, se quando estou sem ela.. Eu pareço ficar sem chão ... Bom de uma coisa eu já sei, nunca mais confiarei em um humano novamente, posso parecer um velho ranzinza mas é melhor do que ter o coração partido outra vez... Afinal eu já deveria saber.. Que renas são melhores do que gente...


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Notas finais do capítulo

E entãooo? O que acharam ? Espero que tenham apreciado este último cap do kris! Próximo cap, teremos .. O odiado pro quase todas vocês ashauhsuashua, o décimo terceiro, ele.. Hans! (Por favor meninas sem ódio, não me matem okay? Okay) Deem uma chance ao rapaz, afinal, ele pode ser uma boa pessoa! Não? Okay, parei ..
Bjss



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