Reencontro - Dramione - 2º Temporada (Hiatus) escrita por Grind


Capítulo 3
Capítulo 3 - Rodrigo




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Reencontro – Dramione- 2º Temporada / Capítulo 3 –

POV Hermione Granger

–Você está me escondendo alguma coisa. – Draco ergueu os olhos pra mim, mas eu permaneci comendo – O que é?

Dei de ombros.

–Não sei do que você está falando.

–Você está calada desde que fui te buscar na escola, e você está sempre tagarelando sobre o que aconteceu no seu dia.

–Não acontece nada.

Ele bateu os talheres no prato.

–Não minta pra mim – Disse entre dentes, os punhos fechados e uma expressão dura – Você sabe muito bem – Ele deu uma pausa – Que eu odeio mentiras.

–Não é nada que importe agora – Olhei de esgoela a nossa volta vendo se não chamamos atenção demais – Termine de comer – Olhei para seu prato e voltei ao meu.

–Granger.

Eu ergui o corpo estufando o peito, nervosa demais para começar a me explicar.

–Malfoy, eu não vou discutir isso agora.

Ele ergueu o corpo, ficando na mesma posição que eu.

–Eu não quero – Respirou fundo – Falar disso outra hora, se está me enrolando agora, vai me enrolar depois.

Fechei os olhos contando até dez mentalmente, eu tinha que me manter calma, se eu estivesse calma ele não suspeitaria de nada.

–Draco por favor, me deixe comer primeiro.

Mas ele se manteve, cerrou os dentes e colocou os talheres ao lado do parto.

–Eu perdi a fome, vejo você mais tarde.

Revirei os olhos e ele saiu.

(...)

POV Draco Malfoy

O clima não poderia estar pior, nem um pouco. Depois de deixar Hermione almoçando jantando sozinha eu fui para a minha casa, e ela provavelmente para a dela. Não nos falamos durante a noite, ela não me ligou, eu não liguei para ela.

No entanto para minha surpresa, ela apareceu na manhã seguinte no meu escritório, sem cerimônias, os olhos inchados pelo choro. Ela não disse nada, andou de um lado para o outro passando as mãos no cabelo de forma nervosa e eu permaneci sentado a observando.

–Isabelle me visitou na escola. – Conseguiu dizer, e se jogou na cadeira a minha frente.

Franzi o cenho.

–Por que não me disse antes?

–Porque... – Suspirou desviando do meu olhar – Você iria fazer a mesma cara que está fazendo agora.

Estreitei os olhos e ela olhou direto nos meus olhos.

–De desconfiança, e eu não sei que desconfiança sem fim você tem de mim.

–Eu não desconfio de você...

–Desconfia! – Bateu ambas as mãos na mesa – Sempre desconfia, você sempre acha que eu estou escondendo alguma coisa e isso me deixa louca!

–O que ela foi fazer lá?

–Me ameaçar – Deu de ombros como se fosse a coisa ais comum do mundo, como se fossemos ameaçados todos os dias.

–E por que isso te afetou?

Ela não respondeu.

Eu a observei, enquanto passava a mão pelos lábios tremendo, olhando para a parede, como se ela fosse extremamente interessante.

–Eu fiquei grávida uma vez. – Suspirou.

Eu respirei fundo, atônito, tentando processar a informação.

–O quê?

–Isabelle foi a enfermeira que me atendeu durante o parto, eu mantive contato com ela durante alguns meses depois do nascimento, mas como eu tive que me mudar pelo fato do Profeta Diário ter me encontrado perdemos contato.

Eu permaneci calado.

–Era um menino, se chamava Rodrigo, só que eu passei por uma situação difícil, fiquei sem um emprego fixo e já não tinha mais como pagar as contas, havia perdido todo e qualquer contato com meus amigos, já não tinha mais como sobreviver, e eu não poderia deixar aquela criança viver na miséria. Eu o dei para adoção.

Um clima pesado tomou a sala e alguém bateu na porta.

–Com licença senhor... – Fernanda colocou a cabeça levemente dentro da sala e eu estendi a mão antes que ela começasse a falar.

–Seja o que for cancele.

–Mas senhor...

–Cancele tudo.

Ela revezou olhares entre nós dois, pediu licença outra vez e ficamos em silêncio por alguns minutos.

–Eu voltei pra busca-lo quando estive melhor, mas crianças pequenas são as primeiras a serem adotadas. Eu não queria fazer aquilo, realmente não queria, mas eu entrei em uma depressão profunda depois do parto, eu só chorava, chorava e chorava.

–Por que não me contou isso?

–E por que deveria? É passado, eu o perdi, e não havia mais nada que me prendesse a ele.

–Acha que ela sabe onde o garoto está?

Ela ficou mais nervosa, mexeu nas unhas inquieta e sussurrou.

–Não quero mais conversar sobre isso.

–Não a forcarei falar sobre algo que não quer, só quero que confie em mim.

Seus olhos ficaram marejados outra vez.

–Está bem - Ela se colocou de pé - Eu acho melhor eu ir, você tem muita coisa pra fazer e eu só estou aqui te atrapalhando. - Respirou fundo enquanto secava o rosto molhado.

Aquilo me fez sorrir de lado.

–Você nunca vai estar me atrapalhando Hermione.

Ela me lançou um sorriso fraco antes de acenar com uma mão e sair de forma silenciosa.

Fechei os olhos suspirando de forma pesada. Era informação demais pra minha cabeça, coisas demais pra processar em tão pouco tempo.

1 hora antes...

–Alô? - Eu atendi o telefone de forma rapida, sentindo a exaustão pesar em meus ombros.

–Oi Dra

Eu gelei, afinal como ela conseguira meu telefone?

–Como conseguiu esse número.

–Eu sou uma pessoa muito persuasiva querido - Ela soltou uma risadinha cinica.

–Oferecida, você quis dizer.

–Nossa, a conversa mal começou e você já partiu pra ofensa? Você já foi mais receptivo.

–Diga o que quer de uma vez antes de eu mandar minha secretária bloquear o seu número.

–Só estou ligando pra avisar que a sua 'noiva' - Ela fez questão de deixar o nojo explicito na voz - Tem mais segredos de você do pode imaginar.

–O que quer dizer?

–Ah, você vai ver Draquito querido, acha mesmo que conhece Hermione Granger, ela tem mais a esconder do que você dela.

–Você não a conhece, está mentindo.

–Está ai, o primeiro segredo. Nós nos conhecemos.

Eu fechei o punho com força, sentindo a raiva tomar conta de mim. Deus queira que Isabelle esteja errada, por que não há coisa que eu odeie mais do que mentiras.

–Eu não acredito em você.

Ela riu com gosto do outro lado da linha.

–Você tem segredos, ela tem segredos, você nem imagina o que estpa por vir. Você se lembra do nosso Elias?

Eu fiquei mudo, palido, senti meu coração acelerar no peito. Ela deve ter adorado o fato de eu não ter dito nada.

–O que você está fazendo Isabelle?

–Tenha paciência amado, eu estou só começando - A ligação caiu.


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