My Dear and Love You escrita por Aninha


Capítulo 8
Nem tudo é o que parece


Notas iniciais do capítulo

Olha quem não morreu, EU!!!!!! Eu sei, vocês querem me matar, mas eu tenho justificativas. Primeira: A criatividade me abandonou, Segunda: minhas provas começaram, e terceiro: estava sem tempo. Mas agora voltei e não vou parar as postagens, ok? Queria dedicar esse cap a linda da MrsEvans que recomendou essa fic! Beijos lindona e muito obrigada!!!!! Então povo, boa leitura e ate la em baixo!!!!!



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— América Singer, acorde agora! — grita uma voz grosa perto do meu ouvido.

Com o susto, acabo rolando na cama e caindo no chão. Olho para o ser repugnante em minha frente que gargalha do meu susto.

— O que está fazendo aqui? — pergunto me levantando.

— Sua irmãzinha, May, abriu a porta para mim. — responde Maxon, ainda rindo.

Olho para minha cômoda, vendo em meu relógio, que ainda é cedo.

— E o que faz em minha casa, nessa hora? — pergunto pegando o lençol que joguei no chão, e colocando em cima da cama.

Maxon se senta em minha cama.

— Achei que já estaria acordada. Mas sua irmã disse que não estava, e falou para te acordar. — responde se acomodando em minha cama.

— E você me acordou desse jeito? Como você é gentil.

Maxon revira os olhos.

— Eu te acordei, não foi? Pois bem, me pediram para fazer isso.

— E o que você quer que eu faça? Obrigada meu príncipe encantado. Muito obrigada por me acordar! — falo com deboche — Agora que já me acordou, pode sair de meu quarto? Quero trocar de roupa.

Maxon deita em minha cama e nega com a cabeça.

— Não posso. Vai se arrumar, pois eu não vou sair.

Reviro os olhos e vou para o banheiro do meu quarto, batendo os pés no chão, mostrando estar irritada. Quando chego ao banheiro, fecho a porta, e faço minha higiene matinal. Depois de pronta, vou em direção ao meu guarda-roupa e vejo Maxon deitado, olhando para o teto. Reviro os olhos e vou pegar uma roupa.

Começo a procurar uma calça, mas não encontro nenhuma. Como minhas calças sumiram? Só pode ser uma pessoa.

— May! — grito, fazendo com que Maxon tome um susto e se levante rapidamente.

Ele me olha assustado, me fazendo rir dele. Logo em seguida, uma May com cara de culpada, aparece em minha porta.

— Me chamou, Meri? — pergunta adentrando meu quarto.

Maxon se senta novamente em minha cama.

— Meri. — ele repete, com deboche, meu apelido.

Reviro os olhos para Maxon que ri.

— May Singer, onde colocou as minhas roupas? — pergunto colocando as mãos na cintura.

May sorri e olha para baixo, mexendo as mãos.

— Sabe, Meri, suas roupas estão no guarda-roupa. Onde mais poderiam estar? — ela responde sorrindo.

Cruzo os braços, mostrando que quero uma resposta.

— Tudo bem. Eu e Marlee trocamos suas roupas, dando um fim a suas calças. — responde.

Suspiro com raiva.

— E onde colocaram minhas calças? — pergunto.

May faz uma cara de inocente.

— Isso eu não sei.

Com essa fala, May some do meu campo de visão, correndo para fora do meu quarto, sabendo que se ela não saísse, ia sobrar para o seu lado.

— Coloca logo uma roupa, Meri. — debocha Maxon, se deitando novamente.

Reviro os olhos e procuro alguma roupa, decente.

— Meri! — grita May entrando em meu quarto novamente.

Viro-me para ela e cruzo os braços tentando entender porque tanta animação, já que agora mesmo, ela estava fugindo de mim.

— O que foi May Singer?

May sorri e mexe no pijama, em um ato de nervosismo.

— Eu me esqueci de que você não sabe escolher roupas.

May não consegue olhar para mim, já eu, a encaro com uma das sobrancelhas erguidas.

Maxon ri e se levanta para olhar o que estamos fazendo, o que me deixa ainda mais nervosas.

— Como é?

Acho que, ou meu tom de indignação, ou o fato de Maxon ficar rindo, May finge que não me escutou, e caminha em minha direção, começando a procurar uma roupa em meu armário.

— Você queria usar isso? — pergunta apontando para o vestido florido que estava em minhas mãos.

Concordo com a cabeça indignada, fazendo a rir e pegar o vestido de minhas mãos e jogar dentro do armário.

— May Singer, eu escolhi esse vestido e será ele que vou usar. — fala autoritária, pegando o vestido novamente.

May ri de mim, como se eu fosse um palhaço de circo.

— Até parece, América. Eu não deixo uma irmã minha parecer um mendigo.

Respiro fundo, antes de começar a brigar com May. Pego um sapato e, junto com o vestido florido, vou para o banheiro, indignada.

Como a vida me odeia! May sempre foi muito comportada e não interferia tanto em minha vida, mas agora, ela parece o ser mais insuportável do mundo! Ou por influência de Marlee — que agora apenas me quer ver de vestido e está planejando um plano contra mim, juntamente com minha irmã — ou influência de Maxon — o que não é possível, pois essa é a primeira vez que eles se encontram, pelo menos em minha casa. Ou é a influência de Maxon em Marlee, que passou para May. Não adianta, isso é uma teoria ridícula que não faz sentido algum! América pense bem, já está muito claro, o que acontece é que o mundo te odeia, simples!

Agora, América, você está estressada com os seus próprios pensamentos! O que você vai fazer agora, se matar? Como você é inteligente!

Respiro fundo várias vezes, tentando me acalmar. Depois de conseguir, visto meu vestido, preto florido com uma sapatilha preta. Passo um leve batom e pego uma pulseira preta — que provavelmente ficou no banheiro por acaso — e penteio meu cabelo. Depois de pronta, sai do banheiro e encontro Maxon conversando — entre risadas — com May.

Não ligo para os dois e pego minha bolsa dentro do armário.

— A conversa parece estar muito boa, mas eu não quero me atrasar. — interrompo os dois fazendo-os me olhar surpresos com minha presença.

Eles trocam olharem cúmplices e May se levanta saindo do quarto em seguida. Maxon também se levanta e vai em direção à caixa. Ajudo-o a descer as escadas com ela, mas ao chegar à porta de minha casa, vejo que está chovendo.

— Vou pegar um guarda-chuva, para não molhar a caixa. — aviso para Maxon, pegando o primeiro guarda-chuva que aparece em minha frente.

Com um pano, cobrimos a caixa e nós protegemos debaixo do guarda-chuva e fomos para o carro. Depois de guarda a caixa no carro, Maxon me surpreendeu segurando meu braço.

— O que foi? — pergunto sem entender.

Ele sorri logo em seguida pula em uma possa de lama. Como eu fico? Fácil, suja de lama e incrédula.

— Você é criança? Fala sério Maxon! — acabo alterando meu tom de voz, tanto por causa da chuva como por estar com raiva.

Ele ri como se fosse a coisa mais engraçada do mundo. Desgraçado!

Com a falta de reação de Maxon, eu chuto lama nele, fazendo com que seu sorriso desaparecesse. Não satisfeito, Maxon repete seu ato e jogo ainda mais barro em mim. E eu faço o mesmo.

Como acabamos? Encharcados de chuva, já que nem sei onde está o guarda chuva, e sujos de lama. O pior foi que, eu fui me afastar dele, mas ele foi atrás, então não estamos protegidos pelo carro de Maxon. Então você pergunta protegidos do que? Nada mais nada menos que um banho. Não se preocupe vou explicar.

Quando saímos de trás do carro, apareceu um caminhão em alta velocidade e espirrou água para todos os lados, e principalmente, em nós. Fazendo assim que ficássemos ainda mais molhados. E para piorar Maxon começou a rir. Rir do que? Eu não faço à mínima ideia.

— Você esta toda suja e molhada!

Como se sua frase fosse a mais engraçada do mundo, Maxon gargalhava sozinho. Ele estava curvado, jogando a cabeça para trás e segurava a barriga, em uma tentativa de parar de rir. Enquanto ainda ria, Maxon dava pequenas tampinhas em sua perna, como se aquilo fosse a melhor piada que ele já ouviu na vida.

Pensei em fugir dele. Entrar em minha casa correndo e o deixasse ao lado de fora. Mas em seguida, desisti de minha ideia. Acreditando que aquilo seria ridículo, pois como justificaria estar toda molhada e suja de lama? Com certeza minha mãe me mataria, dizendo que sou infantil e que aquilo era idiota. E ela teria razão, pois — se eu fosse para o colégio daquele jeito — como explicaria minha situação?

Por fim, decidi entrar no carro, não ligando para todos os olhares tortos que receberia ao entrar no colégio. Além da mais, quanto mais rápido saíssemos dali, menos estranha seria aquela situação.

Como se entendesse meu ato — de querer ir embora logo, pois aquilo já estava ridículo — Maxon entrou no carro, mas não parou de rir. Apenas quando ligou o motor do carro, ele parou de rir, se concentrando na estrada.

Resolvi não comentar, até porque não queria voltar naquele assunto. Distraio-me olhando minha situação, e começo a torcer o vestido para tirar o excesso de água acumulado no mesmo. Logo em seguida, fiz o mesmo com meu cabelo, tomando cuidado para não desfazer o resto do penteado, e ia sim ficar ainda mais horrível que já estava. Com cuidado, tirei um pouco de lama que estava em mim. Não ficou exatamente bom, mas era melhor do que antes.

Ao parar o carro, olhei para frente procurando nosso colégio e as várias pessoas que andavam pelo campo antes das aulas começarem, mas ao invés disso, apenas vi uma residência luxuosa em nossa frente.

— O que é isso? — perguntei analisando as casas da vizinhança que tinha o mesmo porte da casa que estávamos parados em sua frente, grande e com um jardim florido.

Maxon ri e olha para mim como se a resposta fosse a mais simples do mundo.

— Minha casa. — responde, para logo em seguida sair do carro.

Encarei a casa novamente, boquiaberta. Eu sabia que Maxon tinha uma boa condição de vida, mas ele precisava me mostrar que a condição dele era tão boa assim?

Surpreendi-me quando ele abriu a porta do carro para mim, e logo em seguida me estendeu a mão. Para não ser descortês, aceitei sua mão e sai do carro, com sua ajuda. Para minha total surpresa, Maxon não soltou minha mão enquanto caminhávamos em direção à porta de sua casa. Ele apenas o fés quando abriu a porta de casa e adentrou-a, me convidando para entrar com um aceno de cabeça.

— Seus pais não estão? — perguntei analisando sua casa por dentro.

Ele sorri e nega com a cabeça.

— Não. Saíram para o trabalho.

Concordo com a cabeça sem dizer nada. Maxon nos guia até seu quarto, e chegando lá separa duas roupas e entrega uma para mim.

— Não pretendo ir à escola, ou seja, você vai ter que ficar comigo. Pegue essa roupa e se vista, pode tomar um banho, meu banheiro é ali. — me disse apontando para uma porta perto de uma cômoda.

Resolvi não protestar, afinal eu também não estava querendo chegar ao colégio suja, e como não gosto de atrasar preferia ficar em minha casa, mas como não tinha aquela opção, ficaria na casa de Maxon. Aceitei as roupas de Maxon, e fui ao banheiro, tomando um banho rápido e me vestindo. Tive que dar várias dobras, pela roupa de Maxon ser bem maior que meu corpo. Aproveitei e limpei meu cabelo e minhas roupas, para que não ficassem em total lama, e sim apenas molhadas.

Ao sair do banho, encontrei Maxon deitado na cama, já limpo, olhando para o teto. Como ele havia feito aquilo em meu quarto achei que era um costume e por sinal um costume um tanto quanto estranho.

Ao perceber que eu estava o observando, Maxon se levantou e começou a me puxar para fora do carro.

— Aonde vamos? — perguntei enquanto descíamos a escada.

— Você demorou muito no banho...

— Desculpe se você jogou muito barro em mim. — me defendi cortando, o que o fez rir.

— Então, por você ter demorado, deu-me tempo de buscar a caixa do carro e colocá-la na sala.

Ele me mostrou a grande caixa, depositada no meio da sala de estar, no grande tapete.

Olhei com dúvida. O que ele pretendia fazer com aquela caixa?

— Vamos abrir a caixa! — como se lesse meus pensamentos, Maxon diz com uma empolgação desnecessária.

Olha para ele incrédula.

— O que? Ficou louco Maxon? Não podemos fazer isso.

Ignorando totalmente meu comentário, Maxon me afasta em direção a caixa e senta-se, ocasionalmente, fazendo com que eu me sentasse junto. Ele começa a abrir a caixa, e eu tento impedi-lo, mas em seguida desisto, por ele ser mais forte que eu, e por minha tentativa não ter funcionado.

Ele conseguiu abrir a caixa, e como minha curiosidade é maior, olho para a mesma, vendo várias pedras preciosas e um bilhete. Não me aguentando, pego o bilhete e vejo um endereço e um telefone, junto com um horário. Mostro para Macon, que toma de minha mão o pequeno pedaço de papel, e começa a analisa-lo.

— Onde fica isso? Você conhece? — pergunto apontando o endereço.

Maxon concorda com a cabeça, sem parar de encarar o papel.

— Não é muito longe. Mas a pergunta principal é, porque o professor quer essas pedras e esse endereço? — pergunta pegando uma das várias pedras dentro da caixa e me mostrando.

Suspiro. Estamos invadindo a privacidade do nosso professor, mas a curiosidade e tanta que me corrói.

— Vamos fazer assim. — continua Maxon — Amanhã, nesse horário, eu te busco na sua casa. — já ia protestar quando ele me interrompe — Eu sei que você está tão curiosa quanto eu estou, então não se faça de certinha. Não estou perguntando, estou afirmando. Entendido? — pergunta em um tom sério.

Reviro os olhos, mas concordo. Mesmo sabendo que estou fazendo uma coisa errada, a curiosidade é maior que o medo de ser pega.

Maxon devolve o endereço — depois de anota-lo em outro pedaço de papel — e as pedras que havia tirado para a caixa, e fecha-a novamente, como se nunca tivéssemos mexido.

Depois, ele me informou que me levaria novamente para casa quando o horário de aula houvesse acabado, ou seja, teria que ficar com Maxon por cinco horas. E o que mais me surpreendeu, foi que, depois que essas cinco horas se passarão — assistindo filmes, jogando alguns jogos e Maxon tentando contar piada, o que não deu muito certo — não achei que a companhia de Maxon foi insuportável. Ele ainda é chato, mas ficar com ele não foi totalmente desconfortável, como havia pensado.

Na hora do almoço, uma as empregadas nós disse que o almoço estava pronto, e então Maxon me convidou para acompanha-lo. Eu concordei, por estar com fome, e para não ser deselegante. Quando terminamos, Maxon me levou para minha casa.

Sorri para ele em agradecimento.

— Até amanhã. — despediu-se sorrindo — Ainda bem que é sábado. — completou baixo, se aproximando de mim.

Dei-lhe um sorriso como resposta. Ele me deu um aceno de cabeça, que logo retribui, como despedida. Fiquei observando dar partida no carro, e sumir de meu campo de visão. Suspirei e entrei em casa, amanhã será um grande dia.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem, recomendem e etc, beijos e ate o próximo!!!!!!!



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