_Vamos! _eu disse, entrando no carro_ Ta mais do que na hora de ir para casa!

Aquela semana tinha sido oficialmente um fiasco! Tenho que admitir que foi diferente das mil e uma 1° semanas de aula que tive na vida, mas nem por isso foi uma “maravilha” de semana. Estava mesmo precisando entrar um pouco em uma rotina, seja ela qual for, não suporto desordem!

E minha mãe, como não sabe me deixar quieta por um segundo si quer:

_Por que você ta de óculos? _perguntou minha mãe, um pouco surpresa.

_Deu um problema nas lentes.

_Quer que eu marque uma consulta?

_Seria bom!

_Ok. Então... Como foi sua primeira semana de aula?

_Ate que não foi tão mau _ “mentira!” pensei, mas agi normalmente_ entrei para o clube de piano, tirei uma nota boa em redação, fiz alguns amigos e... Fui convidada para uma festa no sábado, mas acho que eu na... _fui interrompida pelo grito escandaloso da minha mãe.

_Você foi convidada para uma festa? Você nunca foi convidada para uma festa antes!

_Mãe, quem foi convidada, foi você ou eu?

_Ai, deixa de ser antipática Beterraba! Festa, é festa! _eu revirei os olhos, e ela de repente virou o carro para a direita.

_Mãe! _exclamei_ a nossa casa fica para o outro lado! _falei apontando para a esquerda.

_Eu sei! _ela disse com um tom cínico, e depois deu uma risadinha discreta, mas maléfica_ não estamos indo para casa. Temos que ir ao shopping, você precisa de uma roupa para ir nessa festa.

_Você já parou para pensar na possibilidade de eu não querer ir nessa festa?

_Claro... Que não! Porque, querendo ou não você vai nessa festa.

_Mas isso é injusto! Eu não quero ir!

_Beterraba, você precisa fazer amigos, conhecer gente. Pensei que já tínhamos conversado sobre isso!

_E eu pensei que já tinha deixado claro o porquê de não fazer amigos!

De repente ela deu uma freada brusca no carro, estávamos no shopping. Descemos do carro e seguimos para a entrada.

_Olha, eu entendo o seu lado, mas gostaria que pelo menos tentasse_ disse minha mãe, em quanto subíamos na escada rolante. Eu dei um suspiro, ainda olhando para o lado oposto.

_Podemos esquecer esse assunto...?! _perguntei, minha mãe começou a olhar para o chão_ para focar na minha roupa? _minha mãe só não gritou porque estávamos em publico, mas deu um pulo como uma criança de cinco anos quando vai ganhar sorvete.

Puxou-me pelo braço, e entramos em uma maratona para achar uma roupa, fomos (literalmente) em todas as lojas do shopping! E no final (por pura ironia) achamos a “roupa perfeita” na ultima loja.

Depois de rodar por todo o shopping, estávamos mortas de fome, então seguimos para a praça de alimentação. Chegando lá escolhemos uma mesa, a nos ajeitamos.

_O que você vai querer? _perguntou minha mãe, se levantando da cadeira onde estava.

_Não se preocupe comigo, _respondi rápido_ vou comer sushi.

_Ai, não sei como você consegue comer isso! _falou minha mãe, e depois fez uma careta, e seguiu para um restaurante.

Continuei na mesa, tinha que esperar ela voltar para poder ir pegar meu sushi. Quando minha mãe voltou, me levantei, e fui à busca de meu sushi. Quando entrei na fila me deparei com alguém:

_Jack? _perguntei surpresa_ o que ta fazendo aqui?

_Que parte de “festa no sábado à noite” você não entendeu? _ele ironizou.

_Ata você esta comprando as coisas?! _dei um tapa na minha testa.

_E você, o que faz aqui?

_Sabe como é, as meninas tem esses rituais de roupa e tals_ eu pus a mão na nuca.

_Ata, então isso significa que vai? _ele perguntou meio animado, não entendi o porquê, mas ta valendo!

_É! Acho que sim. Mas ainda não sei como vou chegar lá.

_Não se preocupe! Eu já falei com o Soluço, e ele vai te dar uma carona.

_Ta, mas... E como eu encontro o Soluço? Ou melhor, como “ele” me encontra?

_Isso ai vocês vão ter que resolver! Mas se quiser, eu te dou o numero dele e...

_Não tudo bem! Eu me viro! _paguei-me prato, e sai praticamente correndo dali.

Quando sentei na mesa, minha mãe olhava para mim como se fosse me atacar.

_Por que não me falou do seu namoradinho? _perguntou minha mãe, com uma cara de psicopata. Eu dei um pulo da cadeira, e quase me engasguei com o peixe.

_Quem? _ disse tossindo.

_ Você sabe quem! O albino.

_ O Jack? Não, não, somos só amigos.

_Pensei que não tinha tempo para “amigos”.

_Não! Disse que não podia fazer amigos. Mas afinal, é ele quem vai dar a festa.

_Ata _minha mãe ficou mais tranqüila, mas não acho que engoliu o que eu disse_ e onde fica a casa dele?

_ Hey! _protestei_ já sou bem grandinha! Não precisa ficar me vigiando!

_Não estou te vigiando! Só perguntei por que, no final das contas, vou ter que te deixar lá.

_Não vai precisar, vou pegar carona com um amigo.

_Ta chovendo menino na sua horta né, dona Beterraba?!

_Ai mãe, deixa disso vai!

Minha mãe é uma figura! Se eu faço amigos ela reclama, se eu não faço também! Mas ta valendo.

Depois de comermos, fomos para casa, e como não somos uma família de duas, mais normais que existe, fomos o caminho todo escutando uma banda de rock, de 1983. Sim! Eu e minha mãe curtimos (em parte) o mesmo tipo de musica.

Quando chegamos em casa, entrei e fui direto para meu quarto, quando sentei na mesinha do computador, minha mãe para na porta.

_O que pensa que ta fazendo? _ela disse com os braços cruzados.

_Ah não! _protestei_ Fiquei uma semana longe do meu queridinho, nem me manda sair daqui!

_Ta! Talvez tenha razão, mas quero você longe dai na hora do jantar, ok?!

Nos duas rimos, eu consenti com a cabeça, e voltei para meu computador. As horas se passaram e a noite veio, minha mãe como prometido, não me deixou ficar nem mais um minuto no computador. Desci para jantar, depois de comer subi (ou pelo menos tentei).

_Hey! Vai aonde? _perguntou minha mãe, enquanto eu estava na metade da escada.

_Lá para cima, vou trinar o piano.

_Ok, eu vou dar uma saída. Se eu chegar e você tiver no computador... Já sabe! _ele exclamou apontando o dedo para mim, eu revirei o olhos e me pus a subir, e ela saiu.

Cheguei ao meu quarto e me pus a trinar o piano, como não cabia um piano inteiro dentro de meu quarto, tinha que usar um teclado, mas ta valendo. Depois de treinar, fui dormir nem estava com sono, mas de certa forma, estava esperançosa para amanha.

Sábado

No sábado acordei por impulso como sempre, minha mãe pelo contrario, dormia feito a bela adormecida. Segui a rotina, tomei meu banho, vesti uma roupa, amarei meu cabelo em um coque e coloquei um lacinho, escovei meus dentes, desci as escadas, fui para a cozinha e preparei o café da manhã: fiz omelete, suco de laranja; e fui comer na frente da televisão (como de costume). Minha mãe acordou logo após, e fez o mesmo.

_Sua consulta no oftalmologista pode ser nessa semana? _perguntou minha mãe.

_Acho que sim _respondi sem dar muita importância_ de todo jeito vou ter que ir de óculos para a festa.

_Você trouxe as outras moduras? _ele perguntou, e eu consenti com a cabeça_ então, não tem para que ficar para baixo.

Minha mãe se levantou, pegou os pratos e copos, e foi para a cozinha. Levantei-me e fui para meu quarto, fui procurar as outras molduras para meus óculos.

O resto do dia foi chato, e monótono (como sempre). Ate que finalmente a noite chegou, assim que anoiteceu comecei meu ritual: tomei o banho; coloquei a roupa, acessórios, maquiagem, e quando estava terminando o meu celular toca:

_Olha pela janela! _a voz na outra linha fala.

Sem pestanejar fiz o que o celular mandou, lá em baixo uma surpresa. Era o Soluço, ele estava encostado no carro, com o celular no ouvido olhando fixamente para minha janela. Ele estava com uma camisa verde, um colete marrom, e uma calça jeans escuro.

Rapidamente desci as escadas, e sai correndo pela casa.

_Soluço? _perguntei assustada_ Como me achou?

_Até que foi fácil, eu rastreei o numero de seu telefone, e ele me trouxe ate aqui.

_E como conseguiu numero?

_O Jack que me deu.

_E como o Jack...? Ah esquece! Podemos ir?

_Eu ia sugerir isso agora! _ele abriu a porta do carro e fez uma reverencia_ mademoiselle _eu apenas ri, e entrei no carro. Quando Soluço deu a volta, e entrou no mesmo escutamos minha mãe.

_Cuidado, em?! _gritava ela da janela.

_Relaxa mãe! _gritei de volta.

_Eu tava falando com o menino! _ela gritou, e depois fez gestos com a mão, como quem diz “eu to de olho em você’’ e “se tentar alguma coisa, você morre’’, essas coisas.

Eu e Soluço nos entreolhamos e caímos na risada. Ele deu partida no carro e seguimos em direção a casa do Jack (ou não).

_Espero que não se importe, tenho que passar na casa das meninas antes de ir para a festa. Estou quase que trabalhando de chofer para o Jack hoje.

_As meninas? _perguntei, meio que com medo, por causa da ‘briguinha’ que tivemos.

_Sim! Merida e Punze. Algum problema?

_Não! Tirando o fato de que vão me lixar quando me virem com você. _o Soluço fez uma careta, estranhando a observação.

_Por que as meninas iriam te lixar? E o que eu tenho a ver com isso?

_Soluço _eu dei um suspiro_ sem querer me meter, já me metendo, acho que deveria falar com a Merida. Você sabe, sobre aquilo.

_Espera... Ela não acha que você... E... Eu... Nos _eu olhei para ele, e nem precisei dizer nada_ essa não! _ ele deu uma freada no carro, e bateu a cabeça no volante diversas vezes, quando eu fui tocar nele, ele protestou_ não toque em mim! Desculpa, mas acho melhor... Pensarmos antes de agir. _eu abaixei a cabeça, e ele apertou a buzina. Estávamos em frente à casa da Punze.

Ela sai de casa praticamente correndo, e (tenho que admitir) ela tem um estilo e tanto! Punze veio correndo em direção ao carro, mas parou por um instante e ficou olhando para mim, depois abaixou a cabeça e entrou.

Logo após seguimos para a casa da Merida, sem dar um ‘piu’ se quer. Quando chegamos, o Soluço buzinou, e a Merida veio logo após, (outra na qual o estilo me chama a atenção, principalmente por ter a mania de amarrar o casaco na cintura). Ela veio correndo também, igual à Rapunzel, e parou como ela, mas eu fiz minha parte, quando Merida foi abrindo a porta de traz eu sai do banco do passageiro a me sentei atrás com a Punze. Não sei ao certo se fiz correto, as tive a leve impressão de que ela deu um sorriso, “estou ganhando pontos” pensei.

Finalmente fomos para a casa do Jack. Quando chegamos, a visão me surpreendeu! Era uma zona aquele lugar! Quer um sinônimo de loucura? A festa do Jack é uma boa opção. Ok, eu nunca fui a uma festa, mas aquilo ali era de mais!

Descendo do carro o anfitrião(muito bem vestido, com sua jaqueta preta, camisa azul e tênis no mesmo tom) nos recebeu, e nos arrastou para dentro. Sem querer ser alarmante, mas, lá dentro era muito pior!

Mas tinha suas partes boas, a musica, as bebidas, eu ter me perdido... Sim! Eu me perdi! Como? Eu sei lá! Sei que não acho mais ninguém, não bem a minha praia ficar no meio de um monte de gente, então a primeira porta que achei fui logo saindo, mas digamos que não tenha sido boa idéia, era o quarto de alguém, e o que vi não foi bonito (entendedores entenderam). Depois achei uma porta de vidro que dava nos fundos, e sai por ela novamente, o quintal do Jack era realmente lindo!

Sentado na grama olhando para as estrelas, lá estava ele, o Soluço. (Ele parecia estar tão fora d’água quanto eu), como não sei deixar ninguém quieto, fui em direção ao mesmo.

_É fascinante, não é?! _afirmei perguntando, em quanto sentava ao seu lado. E ele não levou um susto, como se soubesse que iria acontecer_ o que faz aqui fora? Se a festa é lá dentro.

_Fiquei pensativo no que você disse _ele respondeu_ não estou mais com clima para festas._ eu ia falar, mas ele foi mais rápido_ você... Acha que tenho chance com a Mérida?

_Eu... Não posso dar minha opinião já que sei a verdade _ele ficou cabisbaixo_, mas... Realmente acho que deveria tentar _ele levantou a cabeça e abriu um sorriso.

Do outro lado da porta de vidro, vi Merida e uma oportunidade. Levantei-me rápido, e fui correndo na mesma direção, quando cheguei.

_Merida! Te achei! _falei cínica_ Ta vendo ali? _apontei para o Soluço_ ele quer falar com você. _falei e dei um sorriso.

_O que o Soluço poderia querer falar comigo? _ela perguntou meio que estranhando.

_Eu não sei! Mas deve ser algo importante.

_E por que ele mandou você? Por que ele não veio falar cara a cara? _ele disse cruzando os braços.

_Pela santa lua cheia, Merida! Vai logo falar com o menino! _eu gritei com ela, e ela não me repreendeu como eu esperava, mas sim obedeceu, “quem é você, e o que fez com a Merida?” me perguntei. Ela foi falar com ele, e eu segui meu rumo.

Acredite se quiser, mas o Jack tinha um bar ali dentro. Sem hesitar, fui para o mesmo, “gritar com a Merida da dor de garganta” pensei. Chegando ao bar, vi Punze (tomando um drinque? Não!) olhando fixamente para o Jack, que por acaso estava no meio da pista fazendo um free step muito loco!

_Não, não! Pode parar por ai! _eu disse, me sentando do lado dela. Já tinha sacado o que estava acontecendo ali.

_Parar? Parar por onde? _ela perguntou confusa.

_Ah, você sabe do que eu to falando! Da pra ver, do modo que você olha para ele _falei, e ela abaixou a cabeça “quem cala concente” pensei. _Porque não vai lá? _ela levantou a cabeça com cara de espantada_ Jogue o jogo dele.

_Ficou doida?! Se eu for lá na frente, vou passar mico. Eu não sei dançar! _ela disse desesperada.

É óbvio que eu não ia deixar de dar aquele empurrãozinho (literalmente), eu empurrei a Rapunzel tão forte, que ela foi parar no meio da pista de joelhos, “de repente não foi uma boa idéia” falei para mim mesma, mas depois vi Jack ajudando ela a levantar, e logo após os dois dançando juntos, “ou sim” pensei. Mas como se colhe o que se planta, a Punze me puxou pelo braço, para o centro da pista.

_Vamos! Agora é sua vez! _disse ela, com um tom irônico.

Eu estava apavorada? Claro que sim! Mas respirei fundo, fechei os olhos, e comecei a fazer uns passos da dança muito locos. Como fiz, ou, o que fiz eu não sei! Só sei que quando abri os olhos, todos estavam olhando para mim fixamente, e depois todos bateram palmas adoidado. Confesso que fiquei sem jeito, mas pelo menos não passei mico. Depois dessa vou ate me sentar.

_Você dança bem rosinha _dizia Jack, em quanto sentava ao meu lado _ mas fala ai, por que empurrou a Punze?

_Por motivos que só eu posso saber_ respondi, curta e grossa. Ele fez uma careta, e saio de meu lado.

Logo depois de Jack sair, Soluço chegou.

_Não queria acabar com sua festa..._ falou ele chegando perto_, mas ta na minha hora _eu olhei no meu celular, e quase dei um pulo de banco onde estava.

_Pois é, e já passou da minha!

Eu e Soluço saímos correndo pela casa como baratas tontas, eu fui atrás da Punze (já que ela ia pegar carona de volta) e Soluço atrás de Merida (como ela também ia). Achamos as duas, e seguimos para casa na mesma ordem de vinda: 1° Merida 2°Punze 3°eu.

Quando cheguei em casa, estava tudo escuro, minha mãe dormia, e a única luz ligada era o abajur da escada. Subi, e segui para meu quarto, sem nunca fazer barulho nem um, tomei um banho rápido, e simplesmente dormi...

Domingo

Acordei meio desorientada na manhã seguinte. E assim que abri os olhos lá estava minha mãe na porta d quarto.

_Você acordar tarde é novidade _ela disse com um tom sarcástico.

_Se você soubesse a hora que eu cheguei ontem, não diria isso! _protestei ainda sonolenta.

_Por falar nisso, que horas a senhorita chegou ontem?

_Ai não começa mãe! _protestei, ela rio depois saio do quarto, mas ai voltou:

_Levanta, você tem visita.

Levantei da cama ainda esfregando os olhos, e fui para o banheiro. Tomado meu banho e vestido minha roupa desci. Lá em baixo Merida me esperava, sentada no sofá, folgada como sempre.

_Você por aqui? _questionei, no pé da escada.

_Que foi? Não esta feliz em me ver? _ela levantou do sofá_ precisamos conversar.

_E, o assunto seria...?

_Soluço! _ela me pegou pelo braço, e me arrastou ate lá fora, só deu tempo de gritar.

_Volto já!

Merida me arrastou ate um pequeno parque na rua da cima (coisa que eu nunca iria achar sozinha). Sentamos no primeiro banco que achamos.

_Então... O que ele queria dizer ontem? _tentei puxar assunto, já que ela ficou calada (o que não faz sentido nem um!)

_Ele não queria dizer nada, no começo. Mas depois, falamos sobre tudo! Fazia tempo que não falava com alguém daquele jeito. E... Acho... Que vou arriscar...

_Isso! É assim que se fala!

_Mas não sei se consigo!

_Ah, fala serio?! Por que não conseguiria?

_Eu não sei _ela se levantou do banco, e saio andando em círculos_ quando vou falar com ele ma da um frio na barriga.

_Fala a menina mais durona da ilha! _encorajei, ou não_ olha Merida, não posso te ajudar nessa parte. Vai ter que se virar! _me levantei, e ameacei ir para casa.

_Não pode me deixar agora! Já estamos na metade do caminho.

_É, mas a outra metade você tem que trilhar sozinha_ eu sai andando, sem olhar para trás.

Cheguei em casa logo em seguida.

_Pra onde você foi? _perguntou minha mãe, em quanto eu entrava na cozinha.

_A Merida me arrastou para um parquinho aqui perto_ revirei os olhos_, mas... E ai? O tem para comer?

_O almoço está quase pronto.

_Ok, vou subir _peguei uma maçã na mesa_ me avisa quando estiver pronto! _quitei, e corri para meu quarto.

Lá no meu quarto, quando ai ligar o computador, o meu celular toca. “será possível?!” reclamei para mim mesma, peguei o mesmo e vi que quem me ligava era o Soluço, então atendi.

_O que foi dessa vez? _atendi perguntando.

_BETERRABA VEM JÁ PRA CÁ! _a voz do Soluço gritava.

_Soluço? O que aconteceu? _perguntei desesperada.

_PARA DE PERGUNTAR, VEM LOGO PRA CÁ! _agora uma voz diferente.

_Punze?

_CORRE! _varias vozes gritaram dessa vez.

_Mas onde vocês estão?

_Na casa do Soluço, é do lado da casa do Jack.

Nem deixei eles terminarem, já sai correndo nas escadas, e pedi pra minha mãe, pra minha sorte minha mãe reconheceu meu desespero e me emprestou o carro. E lá vou eu, em direção a casa do Soluço.