Não me peça pra voltar escrita por Laura Castro


Capítulo 2
Capitulo 2




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Acordei cedo, sentia que tinha algo errado, sabe essas sensações que costumamos ter? Então, estou sentido, e não faz sentido.
Sai do prédio rápido, pois já estava estava atrasada para encontrar minha amiga Alisson, para nossa corrida matinal. Ali é loira e dona de grandes olhos azuis mar, com um corpo de causar inveja a muitas meninas de 17 anos, Alisson tem 25 anos mas sua aparência é de 20, companheira de bebedeira, e uma ótima advogada, conheço desde meus 16 anos, quando levamos bolo do mesmo cara que estávamos saindo na época, Charlie McBridde, um ordinário nato. Desde então saímos juntas, até porque duas garotas bonitas chamam mais atenção que uma, foi o que decidimos, e estamos juntas até hoje, eu noiva e ela solteira na área. Mas hoje, eu a chamo de ordinária, porque toda hora é um que liga implorando por um pouco de sua atenção. Iludidos!
– Ei Ems, ande logo, já estamos atrasadas, Mel esta já me ligando falando que está meia hora nos esperando - diz Ali, movimentando os braços e fazendo alongamentos.
– vocês me conhecem minha cara, dormi demais. Sono da beleza ok. - Então começamos a correr rindo juntas, ao encontro de minha outra amiga, Melissa Adams. Mel, é a doidinha do meu pequeno e reservado grupo de amigas, dona de um cabelo cor de fogo, com 24 anos, uma linda mulher e uma ótima jornalista com ar de sonhadora. Alisson ilude pobres caras, os caras ilude a pobre Mel. Nos conhecemos em um cinema, estava com Ali e minha irmã Cloe, fomos assistir premonição (não me pergunte qual) e me sentei ao seu lado, a coitada tinha levado um bolo, e olha que legal (Olá ironia) eu também tinha levado um, ai se criou um vinculo de amizade, formando assim minhas 3 melhores amigas, Ali, Mel e Cloe. Um vinculo que dura até hoje.
Correndo em um ritmo rápido Ali me pôs entre as fofocas, Lidia, uma outra amiga, a mais novinha de nós quadro sumiu, digo, não quer sair conosco. Lidia é prima de Mel, a garota tinha poucas amigas aqui em NY e adotamos ela como nova amiga, morena de quase 21 anos e olhos esverdeados, está cursando direito, e trabalha de estagiaria com Dave, então ele meio que manda nela no escritório de direito dos pais dele, onde ele é vice presidente.
– Ela está estranha, quer dizer a garota sempre foi entranha, mas agora ta bem mais, nem com a Mel ela quer muito papo - disse Ali com uma cara de eu avisei que a garota é louca - Não importa Ali. Não quer sair, não saia. deixe ela pra lá - eu disse sem dar muita importância para frescuras de uma pirralha.
– Sim, deixa pra lá, ela deve ta de namorado novo - diz Ali - Sim, deve ser isso - eu concordo.
Ali, nunca aceitou muito Lidia, sempre dizendo que a garota era um pouco estranha e infantil, e sempre revidamos que deve ser a idade, com 20 pra 21 anos quem não é infantil?
Encontramos com Mel, e corremos durante uma hora, Cloe, corria junto com nós, mas agora ela está gravida de cinco meses, gêmeos, dois meninos pra titia mimar, então á livramos da corrida matinal pois ela disse que se cansa rápido não consegue acompanhar nosso pique.
Terminamos a corrida todas suadas e orgulhosas de ter perdido alguns quilinhos, e fomos encontrar com Cloe em um Starbucks perto do local onde estávamos, eu sei, elas correm depois vão comer, essa é vida. Um ciclo vicioso e gorduroso.
Cloe estava linda, com uma barriga redonda, os cabelos loiros cacheados soltos, e um vestido florido soltinho. Dizem que gravidas ficam mais bonitas e brilhantes, e eu acredito. Minha irmã está mais linda do que já é com um lindo sorriso brilhante
Conversa vai e conversa vem, quando falamos dos bebes, Fred e Jorge, seus olhos, iguais aos meus, brilhavam ainda mais, intensificando o azul céu.
Quando contei para minhas amigas do fim de semana em Road Island, e que Dave se recusou a ir, elas me apoiaram a ir sozinha, e falaram para ter uma conversa séria com Dave, e era isso mesmo que ele merecia, pois fazia 3 meses que não me procurava, e quando eu ia atras, ele falava de dor de cabeça, igual a uma mulherzinha fugindo do marido ranzinza. Eu sei o que pensaram, e não! Eu não sou ranzinza e muito menos velha. Estou em pura forma. Peitos? Do tamanho certo e no lugar certo. Bumbum? Redondo e pequeno. Pernas? Torneadas. Não estou falando que sou uma modelo, toda poderosa, mas estou feliz com o meu corpo. Auto estima em mim é o que não falta.
O café acabou, despedi de minhas amigas e irmã e depois de um delicioso banho e colocar a roupa de mulher séria, fui para empresa.
Trabalho como publicitária na Vogue, e estou adiantando um pouco do serviço para o fim de semana, que começará amanhã mesmo. Meu local de trabalho é cansativo, pois eu tenho que ter ideias e tenho que dar ordens para fazerem igual as minhas ideias, então a á todo minuto alguém entra em minha sala ou me liga perguntando onde, quando, e como fazer o serviço deles. Mas não reclamo (só um pouco), pois adoro o que faço, e em três anos consegui crescer muito na empresa.
Durante o expediente liguei para Dave para avisar que ia chegar em casa bem mais tarde que o normal, e como eu ia demorar ele aproveitou para visitar seus pais.
Já estava sobrecarregada, quando minha secretária Jenna, apareceu com três garotas morenas, as novas estagiarias, ou como gosto de dizer, minhas servas (risadinha maligna). Acredito que se estivesse sozinha na sala ia fazer a dancinha da vitória, já estava cansada e com a cabeça cheia e era ótimo pode sair mais cedo, puis minhas servas, quer dizer, estagiarias para trabalhar, até porque quando eu fui uma sofri como uma escrava nas mãos de um chefe cretino e desalmado. Então tudo terminou mais cedo, na verdade duas horas antes do meu horário normal. Decidi fazer uma surpresa para Dave, pois quando chegasse em casa ele ainda estarias nos meus sogros. Passei em um restaurante Chinês, comprei nosso jantar. Decidi esperar Dave com minha nova lingerie vermelha, ele adora quando visto lingeries vermelhas, e depois de um ardente e apaixonante sexo, vamos jantar sushi.
Chegando em casa, pagando o táxi, dando olá ao porteiro simpático, passando pelo elevador e tentando resistir para não olhar o vizinho gostoso que insiste em andar sem camisa, falta de vergonha na cara, minha e a dele, dei uma olhadinha. Que belo homem, oh Deus. Como disse tentar resistir, e eu tentei. Mas não sou de ferro, nem santa.
Abri a porta do Apartamento pensando em ir tomar um relaxante banho antes de ir me arrumar para a surpresa, mas meus planos foram deixados de lado quando escuto gemidos vindo do quarto, o meu quarto. O nosso quarto.
Andei silenciosamente e olhem, nem precisei abrir a porta, até porque se fosse um bandido não ia fechar a porta. E se fosse um casal de amantes também não iam pensar em fechar a porta. Entrando no quarto eu não acreditei no que vi, não mesmo. Me lembrei de um livro que eu li, e que a personagem principal vivia uma cena muito parecida com essa. Eu sempre as chamava de otárias, e nunca me imaginava em uma situação dessa. Dave e Lidia. Nús. No meu quarto. Na minha Cama. Nos meus caros lenções egípcios. Em uma posição nada ortodoxia. Meu noivo e a minha amiga. Estava em choque. Acho que choque, é um eufemismo para o estado que eu estava. Na porra da minha cama nos meus lenções. Meus lenções egípcios, porra!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :DDD



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