"Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção".

Steve Jobs

–shiiii- falou ele tampando minha boca- seria constrangedor se sua tia aparecesse não acha?

–Lysandre?- perguntei- oque você está fazendo aqui? São duas horas da manhã! Como você subiu aqui? Estamos no vigésimo andar!

–ai- falou ele massageando as têmporas- você pergunta de mais, seus pais são detetives ou oque?

Semicerrei os olhos para ele e o empurrei.

–sai de cima de mim- reclamei.

–mais eu vim te ver!-ele como uma criança.

–já viu agora thau- falei.

Ele se aproximou de mim e segurou minhas mãos.

–você não vai me dar nem um beijinho?

Sabia que tinha algo errado com ele, ele tinha bebido, e fedia muito, muito mesmo a bebida.

–você bebeu!-falei tentando tira-lo de cima de mim- seu idiota retardado!

–porque você não gosta de mim?-ele perguntou- você é má, eu gosto tanto de você, mais você se dá bem com todo mundo, como vou me sentir especial assim? Sou seu namorado você precisa demonstrar mais carinho comigo!

Corei, alem de bêbado ele estava com crises de não dizer coisa com coisa.

–sai de cima de mim seu gordo!

Ele riu agora eu havia percebido que ele não usava seu comum casaco vitoriano apenas a camisa e aberta.

–onde estão suas roupas?-perguntei.

Ele franziu o cenho tentando lembrar, mais memória não era um forte dele em estado normal, imagine daquele jeito.

–não faço a mínima idéia - respondeu e tentou me beijar.

–Lys -falei tentando me desviar diversas vezes- você não tá bem, para com isso.

–sabe, adoro quando você fala meu nome assim, quer dizer a Rosalya me chama de Lys-fofo mais não é a mesma coisa-ele falou.

–então Lys- falei tentando usar todo o meu recurso de persuasão- você poderia me soltar? E sair de cima de mim também seria bom.

Ele me encarou por um tempo, estava tão bêbado que seu corpo balançava em cima de mim sem equilíbrio.

–não- falou e segurou minhas duas mãos com uma só dele e com a outra começou a abrir os botões da minha camisa.

–Lysandre- falei me remexendo inquieta- para!

Então ele parou, minha camisa estava quase aberta, fato que me fez corar e então caiu em cima de mim, dormindo.

–Lys- falei -Lys- tentei de novo tentando empurrá-lo sem sucesso- você tem um e oitenta e dois de altura e pesa uns oitenta quilos e resolve dormir em cima de mim! Vai acabar me esmagando!

Ele não se mexeu, então desisti e acabei adormecendo.

Acordei com o sol na minha cara, Lysandre ainda estava em cima de mim e eu estava super dolorida: como ele é pesado.

–Lysandre acorda- falei balançando seu ombro, ele abriu os olhos lentamente e então os arregalou- hum... não e nada do que você esta pensado.

Ele se levantou abruptamente olhando para mim.

–o-oque aconteceu?-ele perguntou.

–você invadiu meu quarto disse que me amava e depois tentou abrir minha camisa, ai você passou a noite em cima de mim!

Olhei para minha camisa que estava um pouco aberta e fechei dando as costas para ele e saindo do quarto.

–fique aqui -falei para ele- tia, tia - gritei.

Ninguém respondeu fui ao quarto dela, e ela não estava então olhei na porta da geladeira suas consultas do dia, sua primeira era as oito, olhei para o relógio e eram nove e meia da manhã.

Chamei Lysandre para tomar café, ele não olhava em meus olhos e suas bochechas estavam coradas, eu sabia no que ele estava pensando: na besteira que fizera em beber.

–então- falei- porque você bebeu mesmo?

Ele deu de ombros.

–você sabe o motivo.

–eu não pedi para você não fazer nenhuma besteira?

–eu achei que você estivesse se referindo há não ir atrás de Rosie e estrangulá-La ou algo do tipo.

Revirei os olhos para ele.

–você chama isso de não fazer besteira?-perguntei- é uma idiotice sem tamanho, é patético!

–desculpa- ele falou- agora você poderia parar de gritar comigo mãe eu to com tanta dor de cabeça.

–bem feito- falei- e incrível como as pessoas mudam quando estão bêbadas.

Terminei de tomar café e peguei remédio de dor de cabeça para Lysandre que aceitou de bom grado.

Logo depois o telefone do apartamento tocou, corri para atende-lo e uma voz desesperada passou por ele.

–você viu o Lysandre?-era Leigh olhei para Lysandre e murmurei- Leigh.

Ele arregalou os olhos e respondeu baixinho.

–diga a ele que não estou aqui- falou.

–Clary- falou Leigh.

–desculpa- falei- eu só estava absorvendo a informação, ele sumiu é isso?

–sim eu já fui até lá na policia mais eles dizem que só depois de vinte quatro horas que podemos registrar boletim!

–calma- falei -não se desespere, não precisamos da policia vamos fazer grupos de busca: eu fico com o parque, e hospitais, pode ser?

–boa idéia eu vou pedir ajuda a Rosalya- ele suspirou -ah esse cabeça de vento vai se ver comigo quando aparecer ah se vai!

–bom, então tchau- falei.

–tchau -ele respondeu.

Desliguei e olhei para Lysandre.

–vou dizer que você me encontrou na praça e que me mandou pra casa, quando eu chegar lá vou pedir a Leigh que ligue avisando que eu cheguei ok?

–você e um retardado -falei suspirando- eu vou com você, quero rir do Leigh gritando com você!

–você é má- ele falou.

Ri malignamente.

–você não sabe o quanto.

–onde você tava!-gritou Leigh assim que viu Lysandre.

–desculpa e que...

–e nada!- falou Leigh exasperado- eu quase fui preso por agressão a um policia por ele não querer registrar boletim! Você tem sorte que sou calmo é me controlei o suficiente para sair da delegacia sem bater em ninguém! Seu irresponsável.

–bom- falei-acho que já vou indo.

Rosalya sorriu para mim.

–ainda bem que você encontrou ele o Leigh já tinha começado a ficar meio paranoico.

Dei de ombros.

–e o Lysandre né -falei- ele só não perde a cabeça porque esta grudada.

Leigh me olhou e sorriu.

–obrigada Clary.

–de nada- falei- vem Rosa vamos deixar os irmãos discutirem um pouco.

–ah não-ela falou.

–vamos logo caramba.

–pra onde?

–tomar sorvete oras, você tem que aproveitar seu tempo comigo, afinal vou passar minhas férias fora!