"É ela! Isso foi mais fácil do que eu pensava, e como é linda... Acho que esse favor vai ser muito interessante..." - Pensou enquanto a observava.

[...]

Ele esperou até que Paulina terminasse de fazer o cadastro de sua hospedagem no hotel e quando ela se aproximou do elevador, Willy a abordou:

– Boa noite...

– Er...Boa, algum problema?

– Não existem problemas quando estamos em boa companhia, ou melhor... em ótima companhia. - A olhou de cima abaixo estampando seu interesse em Paulina.

Ela percebendo a ousadia, foi clara:

– O senhor ou seja lá quem você for vai me desculpar, mas não estou afim de fazer companhia e muito menos ser acompanhada, a menos que você queira ser acompanhado pelo meu namorado, quem sabe vocês não se tornem bons amigos? - ironizou.

– Me desculpe Paulina, não quis ser...

– Como sabe meu nome? por acaso está me perseguindo?! - O questinou já demonstrando nervosismo.

– Não, eu simplesmente escutei você dizendo para a recepcionista enquanto se hospedava aqui, quando eu estava saindo para rua e me encantei por sua beleza, sou um dos hospedes também, me chamo William Monteiro, mas pode me chamar de Willy gatinha e se precisar de ajuda, pode ir ao meu quanto no quinto andar, número 120.

– Pra me ajudar em algo, já tenho meu namorado e não me lembro de ter te perguntado seu nome ou se estava hospedado aqui, agora se me dá licença William preciso descansar!! - Paulina aproveitou que naquele exato momento outros hospedes estavam saindo do elevador e rapidamente entrou, muito irritada.

Willy ficou ali parado pensando:

"Não vai sair da minha vista tão cedo Paulina, ainda mais agora que Estephanie quer encontrá-la e assim você sempre estará próxima de mim e aí...Vou conquistá-la e ainda ganharei meu luxo e tranquilidade de volta!"

Pensou ele com um sorriso cheio de intensões...

*DIA SEGUINTE... - Paulina*

Mal havia chegado no novo hotel ontem à noite e já tive que passar por uma situação desagradável, graças a Deus eu não havia ficado no mesmo andar que aquele inútil e descarado do tal William. Logo tudo isso foi esquecido com a ligação de Carlos Daniel que o fez apenas para saber se eu estava bem e me desejar boa noite.

Outra manhã de segunda-feira se iniciava e lá estava eu acordando para ir à faculdade e enfrentar um dia importante para a minha carreira, graças ao meu príncipe amado eu já estava bem preparada e bem confiante dos melhores resultados que me dariam a vaga tão desejada.

Depois de me arrumar, pedi um serviço de quarto para tomar um café da manhã e enquanto eu o esperava, recebi uma mensagem mais que perfeita:

"Bom dia minha princesa dos olhos de esmeralda, vim lhe desejar uma boa sorte e dizer que agora mesmo estou indo providenciar o seu apartamento hoje mesmo passo no hotel em que se hospeda para que você escolha qual vai querer e a decoração que achar melhor. Estarei aí às oito. Te amo e nunca se esqueça disso, Beijos minha vida!"

– Como és perfeito meu amor! - Pensei em voz alta após ler a mensagem.

Quando pensei em respondê-lo o serviço chegou e fui tomar meu café. Ao terminar, vi que já estava na hora de ir, então peguei minhas coisas e saí.

*NO HOTEL...*

Willy resolveu avisar à Estephanie que havia encontrado Paulina e assim ligou para ela:

– Estephanie?

"Já encontrou a nam... a minha..Amiga?"

– Sim e digo que tive sorte até demais, porque a encontrei aqui no mesmo hotel que estou hospedado ontem, quando estava saindo para tomar um ar e a vi no exato momento em que estava informando seu nome à recepcionista e agora ela está aqui bem pertinho de mim.

"Sabe em que andar e quarto ela está?"

– Não, porque se me aproximasse muito ela desconfiaria que estava a vigiando.

"Dé um jeito de descobrir amorzinho e então você me liga novamente!"

– Espera, eu quero saber quando voltarei pra casa dos Bracho?!

"Assim que eu conseguir falar com minha amiga."

– E você vai trazê-la pra mansão também?

"Isso já não é da sua conta."

– Tá e também quero saber como vai fazer para me colocar de volta na mansão se Carlos Daniel me expulsou?

"Ele não tem todo o direito sobre a mansão, a propriedade também é minha e eu posso muito bem trazer quem eu quiser para vir aqui!"

– Certo.

"Agora somente descubra onde minha amiga está hospedada e seja bem-vindo novamente à mansão Bracho! Beijinhos querido."

– Essa informação vai ser tão conveniente pra mim, quanto pra você querida esposinha. - Pensou e logo após deu uma de suas risadas debochadas.

*NA FACULDADE...*

Estava na sala de aula com Lúcia esperando o professor chegar e lhe contando sobre o por que de não ter estudado com ela neste fim de semana:

– Então eu não tive como recusar e acabei esquecendo totalmente de te avisar que não poderia estudar para prova com você.

– Sem problemas Paulina eu entendo, confesso que fiquei preocupada achando que houvesse acontecido alguma coisa séria ou ruim, mas também acabei esquecendo de te ligar. Agora me conta como foi esse acampamento com o seu namorado?

– Foi perfeito, até porque eu nem sabia que ele me levaria para lá, quis fazer surpresa para mim e então quando percebi, achei maravilhoso e bom fizemos tantas coisas como pescar, colher frutas das árvores, tomamos banho de cachoeira e fizemos a... - Travei quando simplesmente iria dizer que tive minha primeira vez com Carlos Daniel.

Acho que se estivesse contando isso à Célia ficaria assim ou até pior, porque do jeito que ela me conhece, logo saberia que aquele não foi um simples acampamento. Tenho saudades da minha melhor amiga e quando eu tiver algum tempo livre ligarei para ela e para minha madrinha. Lúcia viu que não completei o que iria me dizer e me questionou de forma bem tranquila, o que fez com que eu meu sentisse mais segura para contar logo em seguida em seu ouvido:

– Paulina, não precisa me contar se não quiser, eu entendo, mas se caso queira contar, saiba que não te julgarei e nem zombarei de ti. Então?

– Está bem, mas vou contar em seu ouvido..."Eu e meu namorado fizemos amor, foi a minha primeira vez"– Em seguida me afastei e a olhei um pouco envergonhada, era até estranho eu contar algo do tipo para alguém que conheci a pouco tempo, mas me sentia tão carente de Célia por perto para compartilhar tudo o que havia acontecido, que já não poderia suportar deixar tudo guardado em mim, ao mesmo tempo Lúcia me passava confiança e via em seu olhar que não me equivocava em compartilhar algo tão pessoal meu com ela em pouco tempo de amizade.

Lúcia deu um simples sorriso aberto, contente por mim e logo se pronunciou:

– Que lindo Paulina, você deve ter se sentido a mulher mais feliz do mundo, espero que comigo aconteça o mesmo... - Completou pensativa e cheia de esperanças.

– Claro que sim, tenho certeza que será perfeito, e pode contar comigo para compartilhar o que for, afinal agora somos amigas não é mesmo?

– Sim, você será a primeira a saber, ficarei muito orgulhosa e feliz de poder compartilhar algo bom da minha vida com você!

Logo o professor chegou e tivemos que fazer a prova, era agora a chance de eu progredir na minha carreira que sempre sonhei.

...

Lúcia e eu terminamos a prova, que não estava tão difícil e assim me senti mais confiante para alcançar meu objetivo. Fomos para o intervalo e aproveitei para responder a mensagem de Carlos Daniel:

"Bom dia meu lindo príncipe, eu já terminei a prova e mais uma vez agradeço por ter me ajudado. Estou com saudades e te esperarei quando voltar ao hotel, te amo muito, beijos da sua princesa dos olhos de esmeralda."

– Pelo jeito está conversando com seu namorado, só pela sua carinha percebo que está bem apaixonada. - Lúcia comentou enquanto me observava responder a mensagem.

– Sim, eu estava respondendo uma mensagem de texto que ele me enviou hoje de manhã me desejando boa sorte na prova... Ay ele é tão especial Lúcia, nem consigo explicar como tudo isso foi possível... - Disse a ela pensando em como tudo aconteceu entre mim e Carlos Daniel.

– Como assim Paulina?

– Um dia te contarei... Foi tão estranho e lindo ao mesmo tempo, que as vezes tenho medo das pessoas pensarem que estou louca.

– Bom, eu já li muitos romances, onde haviam histórias incríveis que nunca imaginei que fossem possíveis de acontecer, mesmo sendo ficção, então não duvido que possa acontecer também na vida real também...Não se preocupe que pelo menos eu não pensarei nada disso de você. - Sorriu-me sincera.

– Não falo isso de você Lúcia, mas é que até eu mesma penso que é uma loucura, uma loucura que jamais quero parar de viver...

– Aay que lindo Paulina, desejo que você possa ser muito feliz por isso, seja lá como for.

– Assim espero - Sorri confiante.

Em seguida o sinal bateu e tivemos que voltar para o nosso segundo bloco de aulas.

*NO HOTEL...*

– Boa tarde, estou procurando pela minha namorada que se hospedou aqui recentemente, mas não lembro em que quarto ela se instalou, poderia me informar por favor?

– Claro, qual é o nome dela?

– Paulina Martins...

– Hum, só um momentinho por favor...Ah, encontrei o cadastro dela, bom ela se hospedou ontem e está no oitavo andar, quarto 245.

– Muito obrigado. - Sorriu contente pela descoberta.

*NA MANSÃO BRACHO - Carlos Daniel...*

– Senhor aqui está todos os folhetos que me pediu dos apartamentos.

– Obrigado Adelina, agora só preciso mostrar a Paulina para que ela escolha o que achar melhor.

– Desculpe perguntar mas, vocês vão morar juntos nesse apartamento?

– Não, eu até disse para que ela viesse morar comigo, já que ela tinha vindo aqui para a capital junto com o ex-namorado e sabe quem era? O meu advogado!

– Meu Deus, então ele descobriu e expulsou a senhorita Paulina da casa dele?

– Ela mesma quis sair de lá, porque não queria depender dele, e ainda queria morar sozinha sendo que não estava trabalhando, é claro que não permiti e por isso vou presenteá-la com esse apartamento.

– E como ele reagiu quando soube que vocês estavam juntos, senhor?

– Na verdade ele ainda não sabe, Paulina disse que logo vai conversar com ele para contar.

– Espero que ele compreenda e aceite.

– Não estou tão seguro disso, ele novamente seguiu Paulina até sua faculdade e quase nos flagrou quando íamos nos beijar, quando fui buscá-la para acampar comigo, disse que não conseguiria se conformar que Paulina o deixou, por isso acho que não só Paulina deve conversar com ele, como eu também.

– Bom senhor, vou voltar com meus afazeres e se precisar de mim, estou na cozinha.

– Já disse que não precisa mais me chamar de senhor, Adelina.

– Não me leve a mal senhor, mas é que não consigo.

– Está bem, pode ir e obrigado.

– Com licença.

Fiquei olhando os folhetos por um tempo, depois saí da biblioteca para tomar um banho para ir ver a minha Paulina, pois já estava morrendo de saudades e uma ideia me surgiu em meio a esses pensamentos.

*EM OUTRA PARTE DA MANSÃO...*

"Como assim uma carta?"

– Era uma maldita carta que vovó Piedade escreveu, e sabe, eu acho que ela havia enlouquecido de vez, porque se você lesse o que continha, não iria acreditar e é por isso que não vou permitir que isso seja entregue a Carlos Daniel.

"Sabe você me falando sobre essa coisa de carta, me veio uma ideia genial que pode mudar totalmente o destino de Carlos Daniel..."

– No que está pensando Leda?

"Quando estiver tudo pronto lhe farei uma visitinha, não se preocupe."

– Está bem, só não faça nada sem antes me comunicar, preciso saber se seu plano será mesmo conveniente.

"Pode ter toda a certeza de que vai... "Principalmente para mim"..."– Pensou Leda.