You Belong With Me. escrita por Belle Grace Delacour


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Então gente, como já disse nas notas, fic baseada na música You Belong With Me, decidi fazer dois ou três capítulos apenas, tudo bem, só isso, espero que gostem.



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Essa história é sobre como eu, a amiga e companheira de sempre virei a namorada do meu melhor amigo. Querem saber um "segredo"? Eu sempre fui perdidamente apaixonada por ele. Mas não, não achem que isso vai afogar vocês em mel e manteiga derretida, desculpem mas eu não sou nada clichê. Tudo bem, talvez um pouco.

Falando nisso, que tal começar com um momento terrível? Então tudo bem.

Lucas estava no seu quarto, como quase sempre falando com a namorada no telefone, ela é Kaytlin Moore, é meio difícil achar as palavras mas vou dizer mesmo assim, ela é uma vadia. Total e absolutamente vadia. Não me julguem, a minha opinião não é a única, quer dizer, a escola inteira sabe disso mas alguns (muitos) são tão cinicamente falsos que a vangloriam e admiram por ela ser a capitã das líderes de torcida e filha de um empresário rico da cidade.

Voltando à história, Lucas estava visivelmente tentando explicar algo pra princesinha. Já vi essa história antes, eu estou tentando ensinar física pro meu melhor amigo de infância, o telefone toca, ele atende, fala seu "Oi, Kayt!" tão alegre, faz um sinal para eu esperar, começa a ouvir ela contar sobre seu dia tediosamente normal de filhinha do papai, ele faz uma piada qualquer, eu abro um sorriso, ela grita pelo telefone, ele fecha a cara, tenta explicar que não foi uma piada insultante, eles brigam e ela desliga na cara dele. Mas naquela vez era diferente, eu estava no meu quarto, escutando minhas músicas de sempre, em uma terça feira como qualquer outra, depois de jantar, com meu pijama habitual colorido e infantil e tentando imaginar quando ele vai perceber que eu, estive aqui o tempo todo, sou tudo o que ele sempre me fala que procura em alguém, e mesmo assim está namorando a senhorita perfeita, que só está com ele porque é o capitão do time de Futebol da escola e daqui a algum tempo vai descartá-lo como uma cobra troca de pele.

Lucas desligou o telefone e sentou na cama, perto da janela de frente para a minha e passou as mãos no cabelo loiro como sempre faz quando Kaytlin o irrita. Pego meu caderno de desenho que nós dois compramos aos 7 anos, para conversarmos pela janela de vidro, escrevo meu típico "Você está bem?", ele ri, pega o seu e escreve "Cansado de drama", respondo um "Sinto muito", ele dá de ombros e eu seguro bem firme a caneta, lembrando da nossa promessa de alguns anos atrás de que se algum dos dois quisesse muito falar alguma coisa deveria usar o caderno em qualquer hora e qualquer circunstância. Escrevi "Eu te amo" e levantei o caderno pra ser recebida por uma cortina fechada. Deitei na cama, tirei o fone do celular, liguei o som no máximo e comecei a dançar e cantar como uma louca em frente ao espelho, na minha parte favorita da música, rodei pelo quarto, pulei na cama, dancei do meu jeito desengonçado e quando acabou, eu me joguei na cama.

. . .

No dia seguinte, depois de me arrumar, tomei café da manhã, dei um beijo na bochecha dos meus pais, me despedi do meu irmão e saí, me sentei no banco da parada de ônibus, abri o livro que eu estava lendo e viajei pra outro mundo. Mal percebi quando Lucas se sentou ao meu lado, com sua calça jeans usada a camisa que eu lhe dois anos atrás.

– Oi, Tay. - ele disse com a sua voz única que quase me fez suspirar. Veja bem, eu disse quase.

– Oi. Vai de ônibus hoje? - ergui a sobrancelha e ele fez que não com a cabeça - Ah tá, o transporte coletivo é ralé demais pra você, não é? - ele sorriu, aquele sorriso que seria capaz de iluminar uma cidade inteira, e que eu não via há muito tempo, na verdade não o vejo muito desde que começou a namorar a vadia de mini saia.

– Fala sério, Tay. Só você pra me fazer rir. - Eu sussurrei um "Repete isso até entender" quando ele virou para observar a rua. - O que? - perguntou quando olhou pra mim.

– Ah, nada. É só o meu cabelo que fica caindo. - Menti olhando em seus olhos hipnotizantes. Ele se aproximou e tirou uma mecha loira minha de cabelo do meu rosto.

– Respondendo à sua pergunta, a Kayt vai me dar uma carona até a escola. - O sorriso dele vacilou um pouco.

– Então, vocês estão bem? Quer dizer, depois da briga de ontem? - perguntei mesmo já sabendo a resposta.

– É, não foi uma briga muito forte, só rotina, sabe? - Ele deu de ombros. - Agora tá tudo bem, como sempre esteve. - Ele forçou um sorriso que eu fiquei surpresa por ele não saber que não me convenceu nem um pouco. Eu o conheço bem demais pra saber que eles nunca estiveram bem, apenas relativamente normal. Escutei uma buzina e me assustei um pouco, olhei pra rua e vi quem era, era ela, em seu carro conversível que ganhou do papai na festa de 15 anos em que começou a namorar o Lucas, eu não fui, lógico, mas foi o assunto do colégio nas semanas seguintes. Ela buzinou de novo, mais forte.

– Tchau, Tay. - Lucas se despediu, correndo pra sua namorada como se ela fosse sua abelha rainha. Ele entrou no carro e eu levantei a mão em um pequeno aceno. A Barbie fez questão de beijar ele em sinal de posse, depois me encarar com seu melhor olhar mortal e pisar fundo, me deixando sozinha no banco, esperando o ônibus com meus óculos fundo de garrafa e cabelo mal arrumado. O que ele estava fazendo com uma garota como ela? Mas tudo bem, ela usa salto-alto, eu uso tênis, ela é capitã das líderes de torcida e eu fico nas arquibancadas, sonhando com o dia em que ele vai acordar e descobrir que o que procura esteve aqui o tempo todo.

. . .

Naquele dia a escola foi como sempre, eu assistindo às aulas no meu canto afastado, prestando atenção em algumas e colocando os fones no ouvido em outras.

– Oi, mãe. - Sussurrei morta de cansaço ao chegar em casa e me jogar no sofá.

– Ei, ei, ei mocinha. O que você pensa que está fazendo? - Minha mãe perguntou vindo da cozinha ao me ver de pés para o alto no sofá.

– Vegetando, fotossíntese, como quiser chamar.

– Sei, acontece, senhorita "eu quero morrer", que você tem um jogo pra ir hoje, lembra? - ela jogou uma almofada em mim e eu olhei indignada pra ela.

– Vou enumerar: Primeiro - eu levantei um dedo -, esse não foi o nome que o papai disse que é meu. Segundo - levantei outro dedo -, eu não vou nesse jogo, não preciso ir pagar de idiota naquela roupa ridícula olhando uns caras jogando uma bola no gramado. - Ela jogou outra almofada maior dessa vez no meu rosto.

– Taylor! É claro que você vai. Aquela "roupa ridícula" é o seu uniforme, foi você que quis entrar na banda, não foi? E aliás, o Lucas ficou a semana inteira falando sobre esse jogo e perguntando se você ia, ele ficaria muito chateado se você faltasse. Você quer desapontar seu melhor amigo?

– Tenho certeza que ele vai se consolar na Little Miss Sunshine de pompons. - Murmurei pra ela não ouvir.

– Tudo bem, se você não quiser ir, não precisa, meu amor. - ela se aproximou e beijou minha bochecha. Sorri e agradeci até ouvir a porta se abrir.

– Deve ser o papai. - falei pra ela ir receber ele e coloquei a almofada na cara.

– Certo, eu vou lá ver.

– Não precisa, senhora Swift.


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