- Ei... Lucy... Acorda! - Erza me cutucava, tentando me acordar. Eu estava com muito sono mesmo. Era meu primeiro dia na escola. - LUCY! Acorda vaca! - Erza me cutucava ainda mais forte. - LUCY! ACORDA CRIATURA! - gritava ainda mais alto. - Ok, não vai acordar por bem...
Ela chegou por trás e me empurrou da cama.

- Ei! Isso não foi educado... - murmurava coçando a cabeça

- Você não acordava de jeito nenhum, tive que fazer isso! - disse ela rindo. - Já tomei banho, ainda te dei mais tempo para dormir. Melhor ir rápido por que daqui a uns 20 minutos nós já precisamos ir! - falava ela olhando para o relógio.

- Ok, ruiva. Já vou... - disse entrando no banheiro.
Tomei meu banho, vesti o uniforme da escola, que tinha um simbolo na blusa escrito "Fairy Tail". Aquela era uma escola para pessoas ricas. Eu não gostava disso, todos lá iam ser mesquinhos, e eu odeio gente metida. Erza é rica, e os pais dela me adoram, então queriam que eu entrasse junto com ela, já que moramos juntas desde os 7 anos. Ambas temos 16 anos, e, quando pequena, Erza não tinha o olho direito, mas ela fez uma cirurgia e colocou um artificial. Sorte que deu tudo certo. Perdi meus pais muito nova, então desde que conheci Erza naquele lugar terrível, nos tornamos amigas, e os pais dela tipo que me adotaram. Vivo com ela desde isso, então ela é tipo minha irmã.

Flashback On'

- Papai...Mamãe...Não se vão, por favor! Por favor! - gritava, chorando, vendo meus pais morrerem.

- D-Desculpa Lucy... Amamos muito você...Viva... E s-seja feliz... - mamãe e papai sussurravam as últimas palavras.

- Não! Não morram! Eu não quero ficar sozinha! Não quero! - gritava, me colocando em cima deles e chorando.
Minha cidade, por conta de algum acidente, pegou fogo. Sim, a cidade inteira pegou fogo. Isso foi marcado como um dos fatos mais tristes que já havia acontecido.
Casas sendo destruídas, pessoas morrendo... Tudo estava desmoronando. Corri pela cidade por um local seguro, pois tudo estava um caos.

- Mamãe, v-vai ficar t-tudo bem? - eu perguntava gaguejando para mamãe.

- Sim filha, vai ficar tudo bem! Nós iremos proteger você! - falava mamãe, forçando um sorriso.
Nós procurávamos um local seguro, quando uma bola de fogo dispara contra nós. (N/A: não me perguntem de onde surgiu isso, a cidade estava em meio a um incêndio.) Mamãe e papai, me protegendo, se colocaram na frente do fogo. Não havia tempo para desviarmos...

- Não morrem! Eu não posso ficar sozinha! Por favor... - dizia chorando
Estava chorando muito, não aguentava mais andar, minhas pernas estavam muito doloridas.
Comecei a andar pela cidade. Ninguém ouvia o meu socorro. Todos haviam enlouquecido. Desabei no chão e comecei a chorar ainda mais.
Uma bola de fogo vinha na minha direção. Droga...Outra! Mas, eu não queria ficar sozinha... Então tudo bem se eu morresse. A bola vinha em minha direção, quando alguém me puxou.

- Ei! Menina! Você está bem? Não faça mais isso! Você iria morrer, não sabia? - uma menina de cabelos ruivos, aparentava ter minha idade, usava um tapa olho no olho direito, gritou, preocupada.

- Q-Quem é você? O-Obrigada por me salvar... - perguntei e agradeci. A menina sorriu pra mim e respondeu:

- Sou Erza Scarlet. Prazer em conhecê-la!

- Sou Lucy... Lucy Heartphillia. - cumprimentei. Ela abriu um sorriso e ergueu a mão para mim. - Venha comigo, tem um lugar seguro logo ali! - ela apontava para um terreno um pouco longe dali.
Assenti e fui junto com ela. Estava com duvida do que tinha acontecido com seu olho, então iria perguntar, mas ela perguntou antes.

- Por que você não desviou da bola de fogo? Dava tempo para desviar daquilo. - me perguntou, olhando para mim.

- Por que... Eu queria morrer. - disse isso e ela arregalou os olhos. - Meus pais acabaram de morrer, e eu não tenho ninguém. Eu estou sozinha! - disse começando a chorar.
Erza me abraçou e disse:

- Você não está sozinha, Lucy! Somos amigas agora! E não tinha motivo para morrer! Toda vida é importante! - falou ela sorrindo para mim, que me fez sorrir também. - Por que você tem esse tapa olho? - perguntei, tentando não deixá-la desconfortada.

- Ah... Eu machuquei meu olho ano passado, e tive que colocar isso. - explicou ela, desaparecendo seu sorriso. - D-Desculpa, não quis magoá-la! - me desculpei, tentando deixá-la melhor. - Tudo bem, eu sei que não! - exclamou, e sorriu novamente.
Caminhamos até o terreno e entramos. Uma mulher e um homem vieram correndo até Erza, abraçando-a.

- Que susto você nos deu! Nunca mais saia assim de casa, ainda mais com o terror que está la fora! - falava a mulher, desesperada.
A mulher me percebeu, e perguntou a Erza quem eu era.

- Ela é Lucy! Lucy Heartphillia! Seus pais morreram agora pouco, e, como eu senti que algo ruim iria acontecer, corri para fora de casa. Ela iria ser atingida pelo fogo, e eu consegui salvá-la. Ela pode ficar conosco? Pode? Pode? - explicava Erza, e perguntava se eu ´podia ficar com eles.

- Pode sim, filha. Mas, você tem algum parente para cuidar de você? Se não, podemos adotá-la! - a mãe de Erza me perguntou. Eu fiz que não com a cabeça. Realmente todos meus familiares haviam morrido, e os amigos dos meus pais haviam morrido agora no incêndio.

- Então pode! Tudo bem para você ficar conosco? - ela me perguntou, com um sorriso simpático. Gostei muito dela e de Erza.

- Sim! - disse sorrindo. Olhei para Erza, que sorria também. Todos me trataram bem desde então. Os pais de Erza, que agora se tornou minha irmã mais velha (ela é mais velha que eu por dois minutos) são super legais e simpáticos, e Erza além de ser minha irmã, é minha melhor amiga.

Flashback Off'

Descia as escadas, mexendo no celular. Erza comia uma torrada, e tomava um café.

- A mãe e o pai vão ficar fora por quanto tempo?- perguntei a Erza, sentando ao lado dela. Nossos pais viajavam a negócios, mais sempre davam atenção e se importavam com a gente.

- Vão voltar somente daqui a um mês. - respondeu Erza. - E ai, animada com o primeiro dia? - perguntou ela, mudando de assunto.

- Não... Só vai ter gente mesquinha lá. - respondi bufando - Pelo menos você vai estar lá.
Ela deu risada, engoliu a torrada e falou:

- Vai ter que se acostumar com gente desse tipo... Nós encontramos muito dessa gentinha pela vida.

- Uii, que filosofa. - provoquei ela, que me mostrou a língua.

- Vamos logo loirinha, não vamos querer chegar tarde no primeiro dia de aula! - disse ela, abrindo a porta.

- Ok, ok... Iupii! Estou muito animada para ir a escola de mesquinhos! - disse irônica, dando pulinhos.

- Nossa, senti um pouco de sarcasmo vindo daí... - disse ela, indo em direção ao carro. - Só toma cuidado pra ninguém tropeçar em você, por que desse tamanho... - murmurou ela.

- O que foi que você murmurou aí, ruiva? - perguntei - Eu sou baixinha, mais você é 5cm maior que eu! - bufei, entrando no carro.

- Ainda assim sou maior. - disse Erza, me provocando e rindo, fazendo eu rir também.

- Vamos logo então para a escola de metidos a besta! Você dirige. - falei, dando-lhe as chaves. (N/A: Já pode dirigir com 16 anos nos EUA)

- Vou ter que ir rápido, pois faltam 5 minutos - disse ela olhando para o relógio. As horas voaram! Olhei para a rua, não tinha muito carro, então tudo bem ela ir um pouco mais rápido. - Tudo bem, pode ir rápido. Mas não bate o carro! - disse rindo.

- Não sou lesada que nem você! Não vou bater! - disse ela provocando. Mostrei a língua, e fomos em direção a escola.

CONTÍNUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO!