–Por causa de tudo que passamos juntos! Por quatro anos, estive bem aqui. Quatro anos esperando que abrisse os olhos para ver que estou aqui… E que sou mais do que um parceiro. Toda manhã eu trazia um copo de café só para ver um sorriso seu. Porque acho que você é a mais… Extraordinária…Irritante… Desafiadora… Frustrante pessoa que já conheci. E eu te amo, Kate, e se isso significa algo para você, se você se importa comigo, então não faça isso.

(...)

–Beckett, o que você quer? -Castle perguntou totalmente surpreso.

Eles tinham brigado e agora ela estava ali, toda molhada, com os olhos vermelhos e lagrimas marcando a bochecha.

–Você! -Ela disse e rapidamente avançou na direção do amado.

Ele tentou recuar, mas Beckett pegou o rosto com as duas mãos e o beijou.

Castlea empurrou, e ainda com as testas coladas tentou acalmar a respiração.

–Sinto muito Castle, eu sinto muito. -Ela sussurrou. Precisava dele. -Sinto muito. -Tentou beija-lo novamente, mostrar como estava profundamente arrependida.

Mas ele a afastou.

–O que aconteceu? -Precisava saber o que tinha causado a mudança. O que tinha feito a detetive finalmente abrir os olhos.

–Ele escapou, e eu nem me importei. -Olhou profundamente nos olhos azuis, que ficavam cada vez mais escuros. -Eu quase morri... Mas só pensava em você.

Oslábiosdo escritor estavam entreabertos, levemente vermelhos e inchados pelo pequeno beijo anterior. E Beckett não pode evitar olhar. -EU SÓ QUERO VOCÊ.

Queria beija-lo naquele momento, precisava senti-lo,mas ele não tinha dito nada ainda. Quando estava quase encostando os lábios, recuou. Usou a ponta dos dedospara acariciar os lábios a sua frente. Comtodo amor que tinha.

Mas foi surpreendida quando um raio quebrou o silencio eCastlea empurrou contra a porta.

E a beijou. Pelo resto da noite.

–Na verdade eu não sei nem por onde começar a falar sobre esse dia. -Castle a olhou.

Kate apenas deu um sorriso, um sorriso alegre.

–Acho que quando eu te perguntei, nos primeiros dias trabalhando justos, se você tinha dias de policial louca, eu não imaginava isso.

–Você acha que foi loucura aparecer na sua porta? -Ela perguntou.

–Com certeza. -Ele disse passando a mão pela perna dela. -A melhor loucura que você já fez.

–Vai dizendo que foi loucura vai, eu me lembro muito bem que você gostou.

–Se eu gostei? Não detetive, eu amei, e não fui o único. -Ele sorriu malicioso.

–Foram três vezes, eu tenho que admitir, você é bom. -Ela riu.

–Você está contando errado detetive. -Ele disse ficando totalmente em cima dela.

–Então me diga.

–Teve a primeira vez, onde eu me surpreendi por você me deixar no controle, a segunda vez, onde minhas mãos e minha língua fizeram maravilhas para você, e não diga que não porque você admitiu. A terceira vez onde você me atacou, e eu quero ressaltar, você pode me atacar sempre que quiser. A quarta vez você me atacou novamente, com suas mãos e com esses lábios... -Ele a beijou, parando por quase um minuto o discurso. -E finalmente, a quinta vez que foi...

–Amor. -Ela completou a frase dele.

–Isso! Foi amor, e não sexo. -Ele disse. -Não que as outras não fossem com amor, mas... -Ele se apressou em completar.

–Eu entendi baby. -Ela sorriu, tranquilizando-o. -A nossa primeira vez foi rápida, com urgência, mas não podemos nos culpar nem nos arrepender por não ter calma, foi quatro anos de espera. -Kate disse.

–Você está certa. Mas da próxima vez que quiser me usar, não precisa se pendurar em um prédio, nem se demitir, pode simplesmente me falar.

–Vou deixar isso anotado. -Ela riu.

Os dois ficaram em silencio alguns minutos, apenas trocando carinho.

–Eu fiquei com tanta raiva quando você saiu do meu apartamento, e só quando estava quase caindo percebi que tinha perdido a melhor chance da minha de ser feliz. -Ela sussurrou.

–Você não me perdeu Kate.

–Perdi sim, você desistiu de mi, foi embora. -Ela se aconchegou mais ao corpo dele, agarrando um dos braços.

–Eu fui um idiota, não deveria ter abandonado você.

–Eu fui a idiota, eu menti para você.

–Eu também menti para você Kate, não podemos nos culpar.

–Mas você estava tentando me proteger, você estava pensando em mim e se arriscando por mim, eu fui uma egoísta.

–Não, você estava com medo, não estava pronta e precisava de mais tempo, eu entendo isso. Por favor, não se culpe.

Ela apenas acenou com a cabeça, e então lembrou-se de algo que deveria contar a ele.

–Você disse que sempre levava café só para me ver sorrir. -Ela afirmou e ele concordou prontamente.

–O sorriso não era pelo café, era por você.

Caslte fez a única coisa que podia, beijou a esposa.