–Ela tomou o meu café, Castle. -Kate disse, fechando a porta.

–É apenas um café. -Ele respondeu, confuso

–Então o que vem depois, a minha alma? Tudo que eu faço, ela faz. -Reclamou, andando pela sala. -Mesmo quando eu estou pensando, posso senti-la em minha cabeça, como uma espécie deparasita comedor de cérebros.

–Ela é uma atriz dedicada. -Castle deu de ombros, sorrindo para ela, tentando tranquiliza-la antes de sair.

(...)

–Você sabe, eu percebi que Jameson Rook é baseado em você.

–Bem, sim, eu acho que eu me baseei no relacionamento com a detetive Beckett. -Castle respondeu, andando ao lado de Natalie.

–Mesmo as cenas de sexo? -Ela questionou, parando em frente ao elevador.

–Não, isso foi só...

–Fantasia... Como eu, agora?

–Bem, você ... você sabe, apenas dando ao público o que eles querem. -Disse, engolindo em seco.

–Ah, sim.... Você sabe, o roteiro tem muito sobre a paixão entre Nikki e Hook. E se eu quiser interpretar Nikki bem... Eu preciso sentir esse calor.

–Natalie, eu...

Não é Natalie. É Nikki. -Disse, antes de joga-lo contra a parede do elevador e beija-lo.

–Eu não dormi com ela Kate, você sabe né? -Castle perguntou, acariciando os cabelos da detetive.

–Oh, eu sei, não se preocupe com isso, ela me disse. -Sorriu, brincando com o cabelo dele.

–Sério? Porque ela te disse isso? -Questionou, confuso.

–Ela veio perguntar se você era gay.

–Gay? Por que ela achou que eu era gay?

–Porque você foi o único que disse não para ela. -Kate riu da cara de desconforto de Castle.

–Ela devia ter algum problema mental para pensar que eu poderia ser gay. -Ele reclamou, fazendo biquinho.

–Não se preocupe bonitão, eu sei muito bem que você é homem, e que homem hein... -Ela provocou, vendo que o sorriso convencido se estampava no rosto dele.

–Se você tiver alguma duvida disso, eu ficaria feliz em provar. -Ele afirmou, já beijando o pescoço dela.

–Você já me provou isso há muito tempo. Logo na primeira noite, quando me jogou contra a porta, e depois na cama quando...

–Quando eu estava te fazendo gritar e gemer descontroladamente? -Perguntou, desafiando-a a admitir.

–Sim. Bem isso. -Ela sorriu sem a menor vergonha.

–Bom saber. -Ele riu.

Os dois se perderam nos beijos, mas Kate lembrou de outra coisa que queria falar.

–Hm. -Disse, se afastando um pouco. -Tem outra coisa.

–Oh Deus, o que mais ela disse?

–Não... Não é sobre Natalie, é sobre... O café.

–Ah, okay, já entendi. O que eu disse sobre ser apenar café.

–É... Você sabe que café é a nossa coisa, e...

–Sim, sim, eu sei. Na hora eu não pensei sobre isso, eu só disse. Mas eu sei, o café é importante.

–Isso, o café é o nosso símbolo, e quando ela pegou o meu café eu meio que fiquei com ciúmes. -Confessou.

–Sabe, você é adorável quando está com ciúmes.

Kate ignorou esse comentário, e continuou falando.

–Ela não estava só roubando meu café, ela estava roubando meu lugar, meu parceiro, meus amigos, meu trabalho. Eu sei que não era proposital, ela só estava se preparando para o filme, mas mesmo assim eu senti ciúmes.

–Eu disse, no começo do caso que não era uma boa ideia, você não me escutou.

–Ah claro, Richard Castle sempre sabe de tudo. -Ironizou, revirando os olhos para ele.

Ele riu. Kate era tão fofa quando estava com ciúmes.

–De qualquer forma, eu ainda acho que seria melhor se você interpretasse Nikki Heat, ia ser tão real.

–E deixe-me adivinhar, você seria o Rook?

–Claro, ou acha que eu deixaria outro homem fazer aquela cena de sexo com você.

–Você não existe, Rick. -Ela riu, do olhar sonhador que ele tinha.

–Para a sua sorte, Sra. Castle, eu existo, e sou todo seu.