Tales of the Guardians escrita por Sykes Potter


Capítulo 8
Welcome to my life


Notas iniciais do capítulo

Oioi meu povo!!!! Então eu posso demorar de postar um pouquinho mas eu sempre apareço né? Kkk, então gente, não sei se vocês vão gostar do cap (eu gostei mas tudo bem) curtam a leitura
Dedicado a annabeth e a TataGreenleaf divas que comentaram o MAIOR CAPÍTULO que já escrevi :)



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fofo, o espectro da dor que sentira com a tortura de Silas mais cedo naquele dia - pelo menos ela achava que ainda era o mesmo dia – ainda se fazia presente.

Havia apagado pouco depois de Silas sair da clareira, sua cabeça estava a mil, e sentia como se uma britadeira estivesse metralhando-a por dentro, mas tomou coragem para com um gemido de dor levantar o tronco e olhar ao redor:

Estava em um ambiente de cores neutras e móveis antigos e práticos, tinha aparência de um motel 24 horas, ela conhecia muitos, graças a sua estadia com os Winchester.... Mas sua corrente atordoante de pensamentos foi quebrada por uma voz que vinha da poltrona a seu lado:

– Acordou bela adormecida? – Damon estendia um pacote com um sanduíche do Mcdonalds em sua frente – Finalmente, esteve dormindo há horas.

– Onde estamos Damon? – Elizabeth respondeu aceitando a comida, estava faminta e tentava se lembrar de algo depois da dor agonizante que sentiu e daquela frase “o filho de Eldor vive, e quer vingança” – o que quer que significasse, não devia ser nada bom- sem sucesso, tudo depois daquilo era um borrão de dor e movimento.

– Estamos em um motel perto de Atlanta, depois que o maluco foi embora eu avisei a Stefan para procurar qualquer coisa sobre o nome que você falou, Silas, e te tirei da cidade – Damon disse levantando e checando a janela brevemente antes de continuar - Estou servindo de babá para você até ter noticias da Loirinha, do Stefan ou de Elena, aquele Silas estava obviamente atrás de você – Damon se voltou para Elizabeth de novo ao ouvir um gemido de dor, ela tentava levantar da cama sozinha dizendo:

– Não vão achar nada sobre o Silas, o bastardo sabe esconder os rastros, e esteve em estado dormente durante pelo menos 1000 anos, procurem sobre os caçadores de Quetsiah,devem ter mais sucesso – Ela vacilou quando tentou ficar de pé, sendo amparada por Damon antes que pudesse realmente cair. Ele a firmou e soltou seu braço, com um olhar preocupado, toucou levemente com a ponta dos dedos o rosto da Guardiã falando o que estava em sua mente desde que tirara Elizabeth de Mystic Falls:

– Você está realmente bem? Vê-la daquele jeito, tão... Frágil – ele fechou os olhos contendo sua fúria e se afastando bruscamente – Me lembrou do último dia em que te vi, em 1864, e realmente não é algo que eu goste de lembrar.

Damon encarava a parede solene, perdido em pensamentos sobre o último dia em que havia visto aquela mulher que tanto amara, deixando-a, sendo enganado por outra mulher mais ardilosa.

Elizabeth, para surpresa de Damon e de si mesma se aproximou do vampiro tocando seu ombro discretamente, não com intenção de vira-lo, queria apenas conforta-lo, prepara-lo para o que precisava dizer:

– Desculpe – essa palavra chamou a atenção de Damon, que virou-se rapidamente para a mulher no quarto, olhando-a intensamente e com um sorriso torto em seu rosto:

–Não foi sua culpa – disse, voltando-se para ela e tirando uma mecha de cabelo do rosto de Elizabeth.

–Não estou falando de Silas Damon – disse a Guardiã seriamente.

–Eu também não, eu deveria ter percebido Elizabeth – Damon disse desviando o olhar para um ponto no chão a sua esquerda deixando o braço cair a seu lado enquanto continuava a falar – Você tentou me avisar, todos aqueles anos atrás, você foi a única que percebeu quem Katherine realmente era, e eu te ignorei.

–Damon, eu me deixei levar também – Ela disse levantando o rosto do vampiro docemente, com olhos sinceros buscando os dele – Você foi o melhor amigo que eu já tive Salvatore, eu deveria ter lutado mais para fazê-lo ver, deveria ter aberto o jogo, deveria ter feito....

– Não torne isso sobre você, a culpa não foi totalmente sua – Damon interrompeu colocando o rosto da Guardiã entre suas mãos e se aproximando ainda mais – Você e Stefan foram por muito tempo tudo de real que eu realmente tinha naquela mansão, Elizabeth, a culpa não foi toda sua.

Nesse ponto estavam ambos muito próximos, os lábios quase se tocando, a saudade de ambos, a sensação do que poderia ter sido pairando sobre os dois, quando Elizabeth fechou os olhos completando:

– Desculpe por ter fugido.

Ela tentou se afastar mais uma vez mas Damon manteve-a no lugar, buscando o seu olhar antes de dizer:

– Temos todo o tempo do mundo para compensar pela sua fuga Senhorita Guardiã, tenho todo o tempo do mundo para te conhecer de novo, e dessa vez vou fazer direito.

Foi a última coisa que Damon Salvatore disse antes de beijar Elizabeth Herondale pela primeira vez em 120 anos.

A sensação continuava a mesma, sentiam-se com se o tempo não tivesse passado, como se ainda fossem aqueles jovens que a 100 anos atrás passeavam nos jardins da casa do Salvatore, que fugiam de encontros com o patriarca da familia, que tinham momentos românticos roubados... E que sentiam borboletas no estômago toda vez que se viam, na realidade, elas ainda ousavam aparecer, e enquanto o casal se beijava, parecia que o tempo realmente seria eterno.

No entanto ela sabia que não tinham a eternidade, pelo menos não por enquanto. O encanto se quebrou assim que Elizabeth separou seus lábios dos do vampiro, e se afastou suspirando em exasperação:

– Damon eu... – ela tentava se explicar olhando para o Salvatore mais velho, que mais uma vez a interrompeu:

– Você vai embora de novo não é? – Damon disse ao ver a expressão da Guardiã, ele deu um riso seco antes de continuar com a voz carregada de frustração – O que foi agora? Tem que falar com alguém do outro lado do universo? Ou, não me diga... – ele continuou com cada vez mais raiva, as mudanças de humor de Damon normalmente não irritavam Elizabeth que o conhecia desde sempre. Mas agora ela estava irada, interrompendo-o com toda força de sua voz:

–Não fale como se eu fizesse isso só por diversão, como se eu quisesse deixar você, é o meu trabalho Damon, eu tenho um mundo para manter sobre controle, e eu não sei se você percebeu, mas tem um imortal andando pela sua cidade, quatro anos mais cedo do que deveria.

– Você não pareceu incomodada de me deixar 120 anos atrás... O mundo não precisa estar em suas mãos Elizabeth! – Damon gritou exasperado – Você não passou nem mesmo uma semana aqui!

–Sim ele precisa! Eu nasci pra manter a droga do equilíbrio, e se eu não for agora, se eu não achar o maldito livro logo, algo de muito ruim vai acontecer, eu sinto. Como você pode dizer que quer fazer a coisa certa, saber tudo de mim se não aceita me dividir com o universo? Com meu dever? – Elizabeth se aproximou, abaixando um pouco o tom, a voz séria – Deixar você naquele dia em 1864 foi uma das coisas mais difíceis que já tive que fazer.

–Você não sabe o que é ficar no escuro durante toda a sua vida Elizabeth! Eu fui enganado pelas duas mulheres que já amei, como acha que me sinto? – ele disse também mais baixo e sem afastar Elizabeth de si.

Mas essa foi à gota D água, num rompante Elizabeth despejou toda a raiva em Damon, desvencilhou-se dele, e sem nem levantar a voz, em um sussurro carregado, disse tudo que havia guardado por todos esses anos encarando-o nos olhos, faria ele ouvir:

– Você acha que eu não sei o que estar machucada? Perdida? Se sentir só na completa escuridão? Que eu não sei o que é ser chutada? – ela soltou um riso de escárnio, fechando os olhos - Se sentir empurrada de um lugar para outro? Você realmente acha que eu não sei o que é estar prestes a se quebrar com ninguém para te salvar? – Elizabeth abriu os braços no espaço pequeno do quarto, abrindo os olhos, e com um olhar bem mais calmo completou com uma voz machucada – Bem vindo a minha vida Damon! Eu sou uma nômade, e a única coisa que eu quero, é a que eu não posso ter, então eu tento garantir que as pessoas que eu amo estejam seguras.

Elizabeth se aproximou mais do vampiro, seu olhar não mais raivoso, mas suplicante:

– E isso inclui você, por favor, você precisa entender que... – E Damon a beijou, dessa vez não apaixonadamente, não foi um beijo de saudade, ou daqueles que param um tempo, foi um beijo cheio de entendimento, de... Amor? Ou o mais próximo de amor que aquelas duas criaturas quebradas poderia chegar.

E quando Damon separou os lábios de Elizabeth dessa vez, ele manteve suas testas coladas e suspirou num murmúrio de contradição dizendo:

–Você sabe que eu não posso de deixar Stefan e os outros aqui, eu preciso protegê-los - ele apertou a Guardiã mais próxima - E eu sei que vou me arrepender disso, mas também não posso impedi-la de ir, por mais que queira que jogue o resto do universo pro inferno... - eles deram um sorriso cumplice - Apenas me prometa – e ele fez uma pausa abrindo os olhos e encarando as íris pretas da Guardiã com suas azuis – que vai voltar, eu posso aguentar aqui se você puder me prometer isso.

E Elizabeth selou seus lábios em um beijo inocente, separando-os logo em seguida. O vampiro fitava o rosto da Guardiã em busca de uma resposta mais clara, quando finalmente desistiu e perguntou:

–O que isso significa? – Elizabeth mais uma vez selou seu lábios e disse:

– Significa que eu vou voltar, e dessa vez não vou esperar 120 anos. – Damon sorriu e soltou o corpo da Guardiã – que nem havia notado que segurava.

Enão esperou nem o vampiro abrir os olhos antes de girar o seu anel no dedo e abrir a porta e passar por ela, para a sua biblioteca, Damon a havia dado uma ideia.

***

Local desconhecido, Tempo não Marcável.

Sua biblioteca... Tinha esquecido como amava ir até lá, observava as paredes cheias de livros de cima a baixo, e a escada a sua esquerda repleta de livros em volta, que ela sabia a levaria do cômodo pequeno de 5 metros quadrados onde estava, ao andar inferior, o Grande Salão onde todos os livros dos universos ficavam guardados- os que não faziam parte da sua pequena coletânea – sabia exatamente para onde deveria ir agora, e isso não envolvia o andar de baixo.

Rapidamente pegou as bordas do vestido esvoaçante que agora estava vestida – sua biblioteca sempre mudava suas roupas, enquanto estivesse dentro dos domínios de sua Sede, ela estaria com as roupas apropriadas para uma Guardiã, ou o que sua Sede admitia como apropriada – um longo branco com detalhes em dourado, as mangas curtas tinham desenhos de aves, que faziam padrões de voos por toda a vestimenta desde o decote em V até uma longa cauda.

Sabia qual livro deveria alcançar. Andou até a base da prateleira a sua frente, invocando uma de suas escadas móveis, que rapidamente se fez presente em suas mãos.

Elizabeth subiu habilidosamente na escada uns bons 5 metros, antes de se deparar com o livro que queria. Sua mão passou pela lombada de um discreto livro azul, por um completamente preto, por um cor de areia, e finalmente chegou no marrom escuro, sabia que uma vez que estivesse naquela dimensão teria problemas: não era bem vinda por lá, pelo menos não era querida por todos os habitantes.

Não que ela realmente ligasse para isso, sentia falta daquelas pessoas, sempre sentia falta das pessoas... E se concentrando na página aberta do livro em suas mãos ela desapareceu da Sede, com um sorriso travesso no rosto.


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Notas finais do capítulo

Para aquelas que perceberam o trechinho de Welcome to my Life do Simple Plan... Pois é, eu adoro essa música :) e então, conseguem adivinhar qual livro é de qual universo? E para qual Elizabeth foi? Comentem gente, eu adoro saber o que vocês estão achando.



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