Summers Brothers (Hiatus) escrita por Vine Azalea


Capítulo 1
Family


Notas iniciais do capítulo

A fanfic começa assim que o Alex é salvo pela Mística em X-Men DOFP. É preciso ter olhado os filmes Primeira Classe e Dias De Um Futuro Esquecido para entender algumas coisas.Apareceram alguns personagens ao longo da fanfic que aparecem apenas nas hq's, mas acho que quem não lê não irá ficar perdido. Não terá ação nesse capítulo, e boa leitura.



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Passado ( Original das hqs)

A família Summers voltava de um passeio em um aeroplano pilotado pelo pai, major da Força Aérea Americana, o Christopher Summers, quando o aeroplano é atingido. A nave em chamas está preste a cair e todos iriam morrer.
Scott, seu irmão mais velho, estava com dez anos e Alex, seis. Katherine Ann Summers, sua mãe, coloca no filho mais velho o único paraquedas do avião, e fala para ele abraçar Alex com força e saltarem do avião.
Quando os dois saltam, o paraquedas funciona perfeitamente, porém começa pegar fogo. Em seguida, o avião explode. Os destroços do avião não foram encontrados. Milagrosamente, apesar do paraquedas em chamas, as crianças conseguem pousar sem graves ferimentos, e são salvas por pessoas que estavam na região. Os meninos são levados para o hospital, e depois para um orfanato em Nebraska e Alex, sendo mais novo, logo é adotado por uma família inglesa.

Atualmente (1974):

Sinto o vento bater no meu rosto e fazer meus cabelos loiros dançarem no ar. Estou no aeroporto, após Mística ter ajudado eu e outros mutantes a sair do exército, finalmente tenho liberdade. Mística, Fera, Xavier e um outro mutante salvaram o senador do Magneto e por isso agora os mutantes não são visto como um grande perigo. Pelo menos é isso o que o governo diz. As pessoas ainda tem preconceito, alguns mutantes estão se revelando a sociedade e o governo diz que os humanos devem nos aceitar. Mas eu sei, como sei, que isso não será tão fácil e por isso decidirei que não irei revelar meus poderes para as pessoas ainda.

Atenção passageiros do voo para o Alaska, o avião irá partir em 45 minutos. – Diz a mulher no alto-falante e então entro na fila de revista. Olho para uma família a minha frente na fila e imagino como seria a minha vida hoje se meus pais não tivessem morrido naquele acidente, se eu e meu irmão não nos separássemos no orfanato. Me olho de relance em um espelho e me vejo como um turista, e não como alguém que já morou em Anchorage, no Alaska. Estou com calças de moletom cinza, uma jaqueta estufada preta e uma manta branca no pescoço. Ainda nem estou lá e já estou vestido para o frio, e então solto uma risada fraca, rindo sozinho. Estou levando apenas uma mochila, uma visita rápida aos meus avós. Passo a mochila no raio-x e vejo meus pertences no painel.

– Pode passar Sr. Summers. – Diz o guarda que acaba de passar o detector de metal no meu corpo. Senhor, ele deve ter filhos mais velhos do que eu e me chama de senhor.

Entro no avião, na classe econômica e procuro minha poltrona. Sempre que viajo gosto de ficar na janela, gosto da liberdade desde que fiquei trancado em um orfanato e em reformatório, anos depois. Uma mulher de meia idade com duas crianças, mas ela se senta nas duas poltronas da ponta e a outra criança, a mais velha se senta na poltrona da frente. Espero que não fiquem incomodando o voo inteiro, penso. Coloco meus fones de ouvido e relaxo na poltrona. Fico distraído por alguns minutos, mas depois desperto, quando chega uma garota de cabelos verdes, alta, aparenta ter idade próxima a minha e possui o rosto bonito. Muito bonita. Ela sorri para a mulher da ponta e para os seus filhos e em seguida senta ao meu lado.

– Oi, bom dia. – Diz ela, mas eu apenas sorrio. Idiota, por que não disse alguma coisa?

Durante a viajem trocamos algumas palavras, contei que para onde estava indo e que estava indo visitar a família. Ela falou que estava indo falar com um professor da universidade de lá para mostrar um trabalho. Perguntou se eu fazia faculdade, fiquei um pouco sem jeito e disse que acabei de sair do exército, diferente do que eu pensei, ela não ficou impressionada com isso.

O voo foi rápido, logo estávamos em terra firme e ela estava indo pegar um taxi e eu também. Ela estava entrando no seu táxi quando eu gritei: – Ei, você não disse o seu nome! – Ela colocou a cabeça para fora da janela e gritou de volta – É Lorna, e o seu? – O táxi já estava saindo, mas ela ainda me olhava com um sorriso nos lábios. – É Alex. Alex Summers. – Após falar eu acenei, mas ela já estava longe. Entrei no próximo táxi que passou e segui para a casa dos meus avós.

Como eu esperava, eles já estavam me esperando no portão da velha cabana. Ela estava maior do que eu lembrava, ou foi reformada durante esse tempo todo. – Meu Deus, você esta tão grande Alexander. – Minha vó foi a primeira a vir a me abraçar. – É tão bom te ver, vovó Deborah. – Abracei ela durante bastante tempo, senti seu cheiro de chá de erva doce com muita açúcar. Me bateu uma enorme saudade da infância e percebi que lágrimas se acumulavam nos meus olhos. Após soltá-la fui até o vovô Philip e dei um aperto de mão, lembrava que ele não era muito de abraços e coisas amorosas. – Deixa disso meu neto, eu quero um abraço bem apertado. – Me surpreendendo, ele me abraça com força, e eu retribuo, encostando minha cabeça em seu ombro e sorrio como uma criança feliz.

Entramos e a vovó serviu chá quente com biscoitos. Fazia tanto tempo que eu não tomava chá, não sentia falta, mas naquele momento era gostoso e agradável tomá-lo. Eles perguntaram sobre a família que eu fui depois do acidente, depois da minha adoção, nos primeiros anos ainda trocávamos cartas, mas depois o vinculo foi se desgastando e hoje nem se usa mais cartas. Vovô falou que pensou em comprar “um desses computadores” para mandar carta eletrônica, mas não saberiam mexer sem ajuda, além de serem muito caros. Também perguntaram sobre o exército e tudo mais, eu não quis contar que deixei minha família adotiva, e que muito menos que tinha me juntado com um grupo de mutantes há poucos anos atrás.

E aqui em Anchorage como anda as coisas? – perguntei para eles.

– Ah, sempre tudo muito calma, aqui não é essas cidades movimentadas como Nova Iorque. – Diz vovô. Minha vó abre a boca para dizer algo, mas em seguida disfarça e come um biscoito.

– O que foi, Deborah? – Pergunto a ela. Ela arquei a sobrancelha e termina de comer o biscoito.

– Alex, querido, me chame de avó, vovó. É que ... – ela olha para o vovô e ele assente com a cabeça. – É que seu irmão apareceu aqui a alguns meses atrás.

Me espanto na hora, não esperava que eles ainda tinham contato com Scott. – Verdade? E como ele está?

– Está bem, tudo ótimo. – Diz vovó.

– Não é verdade. – Desmente meu avô. – Ele, ele é um desses mutantes.

Meu corpo gela e sem perceber eu quebro um biscoito amanteigado que estava na minha mão. Deborah percebe e faz cara de espanto e em seguida de pena. – Oh não, Alex, não me diga que você também é assim?

– Assim como? – Pergunto, já com raiva.

– Mas como isso pode acontecer. Essa doença só pode ter vindo da família da sua mãe, nós Summers somos de ótima descendência. – Diz Philip e em seguida Deborah bate em seu ombro.

– Mas que homem, não diga uma coisas dessas da falecida Katherine. – Após ela falar percebo que meu avô, se é que ainda posso chamar ele assim, resmunga algumas palavras. “Mas é verdade”, é o que ele diz, leio seus lábios. – Olha querido, não queremos ser preconceituosos nem nada...

– Mas já foram! – A interrompo.

– Desculpa Alex, nós somos velhos, mal sabemos ligar esses aparelhos de imagem colorida, somos do tempo dos velhos rádios. Mal vamos ao médico e muito menos sabemos dessas coisas de ciência. Se o governo e as pessoas sabias não compreendem o que são esses mutantes. – Ela faz uma pausa e pensa no que disse. – O que são vocês, mutantes, como quer que compreendemos?

– Por que vocês são a minha família, deveriam me aceitar.

– Nós ainda somos sua família, não estamos o expulsando daqui. Apenas não queremos que os outros saibam que nossos netos, nossos dois netos, são mutantes.

Se vocês não querem neto mutante então não me querem. – Me levanto e pego minha mochila e vou em direção à porta. Paro e respiro fundo e me viro. – Para onde meu irmão foi?

– Não sabemos para onde ele foi, mas ele veio de São Francisco. – Diz minha avó. Saio e bato a porta, e penso, agora não são mais meus avós. Não tenho mais família biológica ou adotiva. Só tenho eu, não, eu e meu irmão, Scott Summers.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do primeiro capítulo. Não terá muita ação nos primeiros capítulos, o foco vai ser a busca pelo irmão. Espero que acompanhem e deixem seus comentários por favor.