— “Em 1954, Hugh Everett III, um jovem candidato ao doutorado na Universidade de Princeton, apareceu com uma ideia radical: a existência de universos paralelos, exatamente como o nosso. Esses universos estariam todos relacionados ao nosso. Na verdade, eles derivariam do nosso, que, por sua vez, seria derivado de outros. Nesses universos paralelos, nossas guerras surtiriam outros efeitos dos conhecidos por nós. Espécies já extintas no nosso universo se desenvolveriam e se...”

— Revisando essa teoria idiota de novo ?

— Ela não é idiota. É a mais pura verdade — Sakura disse para o seu namorado que acabara de entrar em seu apartamento.

— Você dá mais atenção pra ela do que pra mim — disse Gaara se aproximando e depositando um leve selinho em sua boca — Aposto que você nem lembra que dia é hoje.

— Ahn ? Dia ? É alguma data especial ?

— Viu o que eu disse ? Era pra ser o seu aniversário, mas você passa o dia todo presa aqui desenvolvendo teses e experimentos.

— Mas eu estou tão próxima de alcançar o meu objetivo.

— Desse jeito a única coisa que você vai alcançar é o término do nosso namoro. Quando você está comigo sempre está no mundo da lua. Sinto que só tenho você pela metade

— Mas isso é importante pra mim.

— Isso é mais importante do que nós ?

— Bom... depende.

— Eu não acredito que você disse isso — e nisso Gaara sai batendo a porta com força.

Sakura afunda mais ainda no sofá. Estava se sentindo péssima por Gaara estar magoado com ela. Ela se levanta decidida a ir atrás dele quando o telefone toca.

— Alô ?

— Você é a física Haruno Sakura ?

— Sim, sou eu mesma. Quem seria você ?

— Sou diretora do Departamento de Ciências da Universidade de Konoha no Japão.

— Japão ? O que você quer com uma cientista americana ?

— Nós soubemos que você é uma das poucas cientistas que está obtendo sucesso em provar a Teoria dos Universos Paralelos e estamos interessados em investir em você e em outros cientistas promissores da área. Temos tecnologia suficiente para provar ou falir essa teoria. Eu mandei um e-mail pra você explicando tudo. Se você estiver interessada na proposta vai ter que vir ao Japão semana que vem e ficar aqui o quanto for necessário — disse a cientista desligando o telefone.

Sakura imediatamente correu para seu notebook e abriu seu e-mail. Quando leu teve vontade de chorar. Há tempos que esperava uma proposta dessas. Mas lembrou-se de Gaara. Pegou suas coisas e se dirigiu imediatamente à casa do ruivo.

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Chegando lá ele atendeu a porta.

— O que você quer ?

— Vim me desculpar. Não suporto ficar brigada com você. Claro que você é importante, bem mais que o meu trabalho, mas o meu trabalho também é importante.

— Eu sei. E eu te desculpo. Eu me exaltei demais. Eu sei o quanto essa pesquisa é importante pra você e pra sua carreira. Eu amo você e vou te apoiar no que você quiser.

— Eu também amo você.

E nisso eles se beijam apaixonadamente mesmo estando na porta do apartamento de Gaara. Ele a chama para entrar e ela ao ver o interior do apartamento fica extremamente feliz. O apartamento estava iluminado somente pela luz das velas e a mesa estava toda arrumada para um jantar totalmente romântico preparado para dois.

Conversavam durante o jantar e Sakura procurava a oportunidade perfeita de contar ao seu namorado da proposta que havia recebido de ir ao Japão enquanto Gaara procurava a oportunidade perfeita de pedi-la em casamento, coisa que já queria fazer há muito tempo.

— Eu tenho que te falar uma coisa — quando os dois decidem falar acabam falando ao mesmo tempo.

— Pode falar primeiro — diz Gaara.

— Você disse na porta que me apoiaria em tudo certo ?

— Certo — diz Gaara já não gostando de imaginar o que ela iria dizer.

— Hoje eu recebi uma proposta que acho que eu finalmente vou alcançar os objetivos das minhas pesquisas.

— Mas isso é ótimo.

— É, mas tem um pequeno detalhe.

— Que seria ?

— Eu tenho que ir ao Japão.

— Ao Japão ? — Gaara se exalta — Mas por que tão longe ?

— É uma oportunidade única na minha vida. Pensei você entenderia. Vou mesmo você não me apoiando.

— Desculpe. É claro que eu lhe apoio, mas o Japão é muito longe.

— Lá eles têm as melhores tecnologias. Pense no avanço que eu vou poder ter.

— Eu sei. Eu te apoio, mas eu vou com você.

— Sério ?

— Sim.

Sakura se aproxima e lhe beija.

— Que ótimo. Vai ser bem melhor com você por perto. Mas e o seu trabalho ?

— Eu sou um dos donos das empresas Sabaku e posso administra-las do outro lado do país pelo meu notebook e não é como se eu fosse deixar a empresa só. Kankuro e Temari cuidam dela por enquanto.

— Que ótimo.

— Quando partimos ?

— Semana que vem.

E então cada um imerge em seus próprios pensamentos. Sakura pensando na ótima oportunidade que teve e Gaara pensando em adiar o pedido pra quando eles voltarem do Japão.

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No aeroporto Sakura não via a hora de chegar ao Japão. Depois de quase um dia de voo eles desembarcaram em Tóquio e foram direto para a Universidade. Chegando lá foram recebidos por uma mulher alta e loira de enormes seios.

— Você é a cientista Haruno Sakura ?

— Sim, sou eu.

— É um prazer conhecê-la — ela disse apertando a mão de Sakura.

— O prazer é todo meu. Essa oportunidade que vocês me deram é única. Acho que finalmente vou alcançar o objetivo da minha pesquisa.

— É ótimo que você pense assim. Recebemos ótimos elogios de você. Tem uma ala reservada somente para os cientistas desse projeto com quartos para vocês ficarem e inúmeros laboratórios. Quem seria esse ao seu lado ?

— Esse é o meu namorado Gaara. Não tem problema ele ficar aqui comigo ?

— Problema nenhum. Minha assistente Shizune pode levá-lo para o seu quarto — ela disse apontando para uma morena que logo se aproximou — Pois agora teremos uma reunião importantíssima.

— Mas já ?

— Sim. Não temos tempo a perder — disse ela arrastando Sakura pelos corredores da Universidade até chegar ao seu escritório — Sente-se.

— Do que você gostaria de tratar nessa primeira reunião ?

— Bom. Primeiramente estou falando a sós com você porque será você quem comandará a equipe de pesquisa.

— Isso é uma honra. Muito obrigada.

— Soubemos por alguns superiores seus que você já tem uma ideia de como conseguir viajar até um universo paralelo e isso seria um grande avanço na ciência por isso gostaríamos de investir em você.

— Sim. Eu já tenho a base de como conseguir isso.

— Soubemos também que para isso você precisará de tecnologia de última geração e isso nós podemos lhe oferecer.

— Sim, eu sei. Acredito que em pouco tempo teremos uma grande descoberta.

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Depois de três meses trabalhando arduamente...

Todos os cientistas do projeto estavam na sala de reuniões sentados em uma grande mesa.

Shikamaru e Tenten de um lado, Neji e Kiba do outro, e Sakura bem na ponta.

— Agora que finalmente obtivemos sucesso na construção do foguete que pode viajar na velocidade da luz graças à tecnologia espetacular do Japão, temos que discutir quando realizaremos a experiência e quem vai. — Sakura se pronuncia.

— Eu acho que todos deveriam ir. Cada um de nós é especialista em uma determinada área que é crucial para o desenvolvimento da experiência — Shikamaru fala.

— Eu também acho. E cada um de nós trabalhou imensamente nesse projeto. Eu pelo menos quero ver os resultados de perto — Tenten fala.

— Eu concordo com o que vocês estão dizendo, mas a experiência é muito perigosa. Se ela não der certo provavelmente morreremos. Eu, como chefe e responsável pelo projeto, tenho que perguntar. Todos vocês aceitam se arriscar nessa experiência ? — Sakura disse.

Um por um cada um dos cientistas na sala foi dizendo sim.

— Certo então marcaremos a experiência para a data mais próxima possível — Sakura fala novamente.

— Eu acho que semana que vem estaremos totalmente preparados — diz Neji.

— Todos concordam ? — pergunta Sakura.

Todos responderam positivamente novamente.

— Certo, então se preparem para semana que vem mudar a humanidade.

E nisso todos foram para seus respectivos quartos ligar para suas famílias e avisar que não saberiam se estariam vivos semana que vem, mas que estavam preparados para fazer uma grande descoberta.

Sakura assim que entrou no quarto foi recebida por um abraço de Gaara.

— Nossa, que susto.

— Estava com saudade. Você quase não fica no quarto.

— Você sabe que eu estou aqui a trabalho e não a passeio.

— Eu sei. Mas eu fico com saudade — disse Gaara fazendo biquinho e Sakura rapidamente lhe dá um beijo devagar e demorado.

— Gaara, eu preciso falar com você.

— Claro. Por que você está tão séria ?

— Você sabe que eu te amo não é ?

— O que foi ? Você não esta querendo terminar comigo está ? — Gaara já começara a ficar desesperado, pois planejava pedi-la em casamento assim que voltassem do Japão.

— Claro que não.

— Então o que é ?

— O projeto já está pronto e vamos fazer a experiência semana que vem. Todos os cientistas que vão tem que avisar suas famílias e como eu só tenho você eu estou te avisando. E tem mais uma coisa.

— O quê ?

— Esse experimento não tem garantia de que voltemos vivos então quero te dizer o máximo de vezes possível antes da semana que vem que eu te amo.

— Eu também te amo.

— Você não está preocupado ?

— Claro que estou. Bastante. Mas eu confio em você e no seu experimento. Tenho fé de que você ficará bem.

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Depois de uma semana...

Todos os cientistas estavam com roupas especiais e faltavam poucos minutos para entrarem no foguete. Todos estavam nervosos, principalmente Sakura. Era o projeto da vida dela. Ouviu-se uma batida na porta e Sakura foi abrir. Era Gaara. Ela saiu da sala e ficou no corredor com ele.

— Eu vim desejar boa sorte e também vim dizer que eu tenho uma surpresa para quando você voltar — disse Gaara pensando no pedido de casamento.

— Surpresa ? Agora eu fiquei curiosa.

— E eu tenho certeza que você vai adorar.

— Hummmm. Pena que eu tenho que ir.

Antes de Sakura entrar na sala eles se beijaram apaixonadamente. Assim que ela entrou, Tsunade entrou por outra porta e os guiou até o foguete e disse:

— Assim que eu sair fecharemos e trancaremos a porta do foguete. Vocês devem apertar muito bem todos esses cinco cintos até porque vocês viajarão na velocidade da luz. Se tudo der certo e sair como o planejado estamos a um passo de uma grande descoberta. Então boa sorte — ela disse já saindo.

Ouviu-se o barulho da grande porta sendo fechada e logo depois das turbinas sendo ligadas.

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Sakura estava maravilhada. Em poucos minutos já estavam no espaço e então chegou a hora que ela esperou a vida toda. Finalmente. Ela apertou o botão vermelho que daria inicio à experiência.

De repente eles estavam viajando mais rápido do que se podoa imaginar. E de repente um clarão.

Foi-se ouvido o barulho de uma grande explosão e Sakura, assim como todos os outros, se entregou para a escuridão.

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No laboratório

— Tsunade-sama rápido.

— O que foi Shizune ?

— Perdemos a comunicação com o foguete e todas as câmeras instaladas lá também não estão funcionando. A última coisa a ser vista foi um enorme clarão.

— Mas o que raios aconteceu ? Estávamos tão bem preparados. Será que é porque deu certo ?

— Acho que só o tempo irá dizer Tsunade-sama.