Imperium escrita por Alasca


Capítulo 4
Contatos Imediatos


Notas iniciais do capítulo

Voltei com algumas mudanças mas agora o bicho vai pegar. Quando eles se encontrarem não garanto a segurança de ninguem kkkk. Gente essa fanfic primeiramente era para ser apenas focado em GaaIno porém minha paixão platônica por NejiTen não permitiu. Alguns casais serão mais desenvolvidos que outros masss todo mundo terá espaço sim! LEIAM ATÉ O FINAL PORQUE ACRESCENTEI UM EXTRA ANTES DO PRÓXIMO CAPITULO.



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 Capitulo 4 – Contatos imediatos

 

Turno: Autora

 

Tokyo, Japão

 

Andava tranquilamente com o cigarro entre os dedos pelas ruas antes muito frequentadas pelo mesmo. As mulheres com roupas provocantes e os carros mais caros de todos os modelos eram vistos aos montes em todas as esquinas e por um momento o Sabaku mais novo sentiu falta da antiga vida. Todos os amigos juntos, as corridas, o dinheiro e todos os prazeres que ele podia proporcionar. Tudo isso poderia ser considerado como paraíso e ele chegou a pensar que fosse, antes de descobrir as consequências, perder as pessoas que mais amava foi à primeira e a pior de todas elas.

Afastou os pensamentos melodramáticos para um momento como aquele, jogou o cigarro no chão e seguiu por uma rua sem saída até o ‘‘bar’’, se assim poderia ser chamado, mas conhecido da zona norte de Tokyo. O estabelecimento continha um letreiro avisando que estava em funcionamento em letras neon vermelhas e assim que vislumbrou dois homens morenos altos na porta percebeu que não conseguiria entrar facilmente como pensava. Com o desaparecimento de Ino, as suspeitas de Gaara só haviam sido confirmadas, estavam atrás deles. Sabia que qualquer pessoa a partir daquele momento poderia ter sido comprada como informante. Poderia soar ridículo se não fosse tão real, como a organização criminosa mais conhecida do país o ruivo sabia perfeitamente que a máfia e o resto da corja pagaria qualquer preço pelo que queriam e no momento o objeto em questão era a cabeça de todos eles. Se da maneira convencional não entraria decidiu por fim tentar a entrada dos fundos como qualquer funcionário, não seria problema. Com a calça jeans rasgada nos joelhos, a camisa branca básica e a jaqueta com o capuz devidamente suspenso, Gaara parecia com qualquer outro marginal que fumava pelas áreas da zona norte.

Seguiu da cabeça baixa pelo beco da rua ao lado, tentando em vão esconder a testa com o famoso kanji, enquanto finalmente focava a porta de aparência desgastada que dava acesso à cozinha do bar. Entrou discretamente e estranhou o local um pouco vazio, as pessoas que estavam ali mal notaram a sua presença, ocupadas com seus afazeres organizando copos e outros utensílios que seriam usados durante a noite, foi então que o Sabaku lembrou que o horário de pico do local era a noite, mais precisamente de madrugada, quando as prostitutas lotavam o balcão tentando arrancar algum dinheiro dos corredores ou empresários que tinham envolvimento com atividades ilícitas. Sabia quem deveria procurar no mento que soube que Ino havia sido levada. O antigo informante da policia que mantinha contato com todo tipo de gente da área e já havia mantido negocio com Itachi Uchiha  saberia encontrar a toca dos ratos de olhos vendados. Continuou seu caminho por baixo presumindo que em cima seriam os quartos. e por fim encontrou no final do corredor depois do deposito de bebidas uma porta diferente das outras. Com a fechadura um pouco mais decorada e a maçaneta prateada, puxou a mesma forçando sua entrada.

— Porque diabos alguém está me interrompendo? Falei milhares de vezes para não entrarem na porra da sala sem. - o homem de cabelos castanhos se interrompeu ao ver quem se tratava.

— Você já foi mais educado com os clientes Tobi – o Sabaku começou com seu sorriso mais cínico se aproximando da mesa em que o moreno baixinho se encontrava escorado.

— A não ser que você tivesse algo entre as pernas que me agradasse, talvez eu lhe tratasse um pouco melhor – o Higurashi respondeu ainda autoritário.

Gaara deu uma olhada pela sala antes de continuar. O lugar era bem decorado apesar dos tons fortes em vermelho das cortinas, coisa que o ruivo detestava. Grandes quadros ocupavam parte das paredes e ocultavam muito provavelmente algum cofre, pensava o Sabaku. Passando os dedos pela mesa até o outro lado continuou.

— Tenho uma coisa que vai te agradar muito mais Higurashi – afirmou com a sobrancelha arqueada.

Sem perder tempo, fechou o punho e acertou o nariz do moreno a sua frente, que com o impacto, começou a sangrar imediatamente. Levando as duas mãos ao nariz para conter o sangramento e os gritos de dor, Tobi gritou.

— O que pensa que está fazendo seu filho de uma mãe? – agitava as mãos ensanguentadas para tentar evitar o outro soco que vinha em seguida, sem muito sucesso.

Gaara deu a volta na mesa rapidamente antes que o mesmo gritasse mais e atraísse a atenção dos seguranças. Segurando o moreno pela gola da camisa branca agora encharcada se sangue, aproximou seus rostos até que ficasse cara a cara com os orbes castanhos.

— Vou falar apenas uma vez e espero que preste bem atenção – começou rosnando – Quero saber que está atrás de nós. E para onde a levaram. Agora – disse impaciente.

— Não faço ideia de quem está por trás disso – assumiu um tom de desespero - E mesmo que soubesse, não tem como entrar – terminou cuspindo sangue e balançando a cabeça em negatividade.

Gaara sorriu.

— Resposta errada – o ruivo comprimiu os lábios parando de sorrir.

Segurou firmemente a camisa por trás, forçando a cabeça do moreno até a quina da mesa acertando diversas vezes até que o outro gritasse por um pouco de paciência.

— Não pode simplesmente ir até lá Gaara. Você não faz ao menos ideia de quem faz parte de toda essa sujeira. Vai ser morto em dois tempos antes mesmo de gravar a cara de qualquer um deles – Tobi respirava com dificuldades.

Gaara soltou a gola da camisa do moreno para que o mesmo se sentasse na cadeira a sua frente. O sangue havia escorrido pelo rosto e havia um corte profundo acima dos olhos que mais tarde precisariam de uns belos pontos para se fechar. O arroxeado em volta dos olhos também não contribuía para a aparência do Higurashi que se esforçava para falar.

— Se eu fosse você – começou colocando as mãos no peito tentando inutilmente controlar a respiração - aproveitaria a chance e ia embora. Você não entende a sorte que tem não é mesmo? – riu sem humor – Eles colocaram toda a cidade atrás de vocês, tem gente de olho até naquele motel barato que você está – riu novamente com desgosto fazendo aspas com os dedos – ‘‘escondido’’. Já pensou que tudo isso seja culpa desse seu vitimismo ridículo e pose de herói? 

O ruivo bufou já irritado com toda aquela historia que não serviria de nada para encontrar a toca.

— Não vou embora antes de pegar tudo que é meu – rosnou um pouco mais baixo.

— Se fala da Yamanaka é um pouco tarde – Tobi concluiu levantando-se da cadeira.

— O que quer dizer seu inútil? – o Sabaku segurou-o pela gola da camisa fazendo o mesmo fechar os olhos esperando por outro golpe.

— Quero dizer – Tobi disse ainda de olhos fechados com a respiração entrecortada - que é uma cilada, pegaram ela para atrair todos vocês de volta – o dente sujo de sangue dava-lhe uma aparência macabra – Todos vocês caíram nessa historia ridícula. Cedo ou tarde vão mata-la, assim que conseguirem o que querem – sorriu fraco.

Doía-lhe o peito apenas de imaginar alguém ferindo a Yamanaka mais nova. Não admitia nem para si mesmo que ainda amava a loira. Não depois de ela ter lhe abandonado para ficar com estúpido e desgraçado do seu irmão mais velho. Sabia que não tinha sido nenhum anjo, mas aquilo não iria ficar assim. Iria arrancar a loira das mãos do filho da puta qualquer apenas para mata-la ele mesmo. Suspirou resignado dando uma ultima pancada na cabeça do Higurashi fazendo o mesmo cair inconsciente no chão. Passou a mão pelos cabelos rubros tentando pensar um pouco, assim que saísse dali, o informante iria avisar a organização que tinha ido até lá e o espancado até a inconsciência e estaria fodidamente morto. Literalmente. Enquanto pensava em algo, seu celular vibrou no bolso da calça arrancando um suspiro frustrado.

— Temari, se não se importa, não é uma boa hora – atendeu em tom impaciente.

— Me diga que não está comendo nenhuma vagabunda no banco de trás do seu carro, por favor – Temari parecia agitada do outro lado.

— É algo um pouco mais importante do que isso – falou sem paciência – Te ligo mais tarde.

— Não seu idiota – Temari berrou para que o irmão não interrompesse a ligação – Estou no aeroporto, onde você está?

— Tratando de negócios – suspirou pela milésima vez revirando os olhos, não queria prolongar aquela conversa.

— Me diga que está procurando pela Ino – Temari palpitou esperançosa.

— E porque diabos eu estaria procurando por ela? – fingiu um tom de incredulidade.

— Vamos lá Gaara, ela sumiu, me diga que sabe algo sobre ela – insistiu a loira mais velha.

Não queria envolver a irmã mais ainda naquela historia, iria achar a Yamanaka do seu próprio jeito. Se iria se afundar até o pescoço, ótimo, mas que fosse sozinho.

— Ela não sumiu Temari, me diga que você não acredita nessa merda. É apenas outra coisa da Ino para chamar atenção e todos correrem atrás dela de novo - Gaara bufou.

Precisava convencer a irmã mais velha de que simplesmente não se importava e sair o mais rápido possível daquele lugar, logo alguém chegaria ali e descobriria que Tobi não tinha magicamente tropeçado e quebrado todos os dentes.

— Não é o caso Gaara, sumir no meio de uma centena de passoas depois de tudo que estamos passando não é normal. Estamos indo para a mansão Uchiha, estão todos indo até lá para resolvermos juntos toda essa história e vivermos em paz. – Temari disse apreensiva. – Se não dermos um jeito nisso eles vão acabar matando cada um de nós. Um a um.

— Isso não é da minha conta maninha até atirarem na minha cabeça.

— Eu sei que você ainda se importa – Temari insistiu com a voz baixa

— Eu costumava me importar – devolveu com sarcasmo.

— Sabe que vão mata-la não sabe? – a revolta tomou conta da voz da Sabaku mais velha.

Gaara sabia que Temari se irritava fácil e notou o ressentimento na voz da irmã, ela estava chocada e revoltada mas precisava continuar com a indiferença se realmente quisesse ajudar Ino, dez pessoas jamais seriam discretas, principalmente quando se tinha um valor por suas cabeças.

— Escuta Temari – começou com sua melhor voz amargurada – Minha vida também correu grande perigo nesses meses em que todos vocês sumiram e eu estou bem vivo agora.

O ruivo viu o Higurashi abrir os olhos e começar a se mover lentamente no carpete tentando se afastar da presença do Sabaku.

— Está tudo bem agora? – sua irmã insistia do outro lado da linha

— Vai ficar não se preocupe. Tenho que ir agora – Gaara não esperou que a loira respondesse.

Desligou o telefone colocando-o novamente no bolso pensando em como se livraria mais tarde. Não pensava que assim que encontrasse Ino ela iria se jogar em céus braços e o perdoar, longe disso, apenas precisava que ela estivesse por perto, para ele odia-la pessoalmente.

— Onde estávamos? – perguntou sarcasticamente enquanto agachava-se perto do moreno para então acrescentar ironicamente – Ah sim, na parte que eu te dou um chutes e você me conta de uma vez quem está fazendo isso. – disse tranquilo antes de começar a deferir mais alguns socos no rosto já deformado do Higurashi.

 

Turno: Sabaku no Temari

 

Aeroporto de Tokyo, Japão

 

    Com quem aquele bastardo achava que estava falando, assim que chegasse na casa da amiga rosada iria ligar até que o irmão irresponsável dissesse onde estava. Sabia que tinha algo estranho na voz de Gaara, um tom de preocupação que não era natural. Ah mas aquele pentelho ruivo ia se arrepender amargamente se ousasse se meter em confusão sozinho.

— Conseguiu falar com ele? – A voz de Shikamaru se fez presente.

— Consegui por alguns minutos antes do idiota desligar na minha cara – concluiu indignada. - Saudades dos tempos em que os irmãos mais novos respeitavam os mais velhos- disse com um falso tom melodramático.

Shikamaru riu fracamente – Gaara nunca respeitou ninguém afinal de contas e além do mais – acrescentou enquanto puxava com dificuldade as duas únicas malas até o saguão do aeroporto para pedir um táxi – fazer o drama da irmã mais velha abandonada não combina com você.

— Tudo combina comigo querido – sorriu enquanto olhava o noivo carregar as bagagens com certa dificuldade.

— Vai só ficar olhando? – o Nara arqueou as sobrancelhas parando por um momento.

— Como você é preguiçoso – disse revirando os olhos e pegando uma das malas da mão do moreno para então sair andando na frente.

Shikamaru suspirou – Problemática.

 

Tokyo, Japão

 

Gaara respirava fundo cada vez que socava o rosto já incrivelmente desfigurado do Higurashi, temia que o moreno não durasse até o final do pequeno interrogatório.

— Estou perdendo o pouco da paciência que tenho Tobi – Gaara rosnava- Eu sei que aqueles filhos da mãe a esconderam em um dos buracos que você tem pela cidade.

O Higurashi respirava com dificuldade estirado no chão. Juntou o restante das suas forças e escorou o tronco próximo a parede.

— Você sabe por que estão fazendo isso não sabe? – começou pausadamente e fungou uma risada irônica.

Gaara estreitou os olhos.

— Do que está falando?

Tobi ainda mantinha aquele sorrisinho desprezível manchado de sangue no rosto

— Que o que vocês fizeram para salvar Itachi não será perdoado Sabaku. – continuou engasgando – O que seu pai diria se o visse nesse estado? Possesso e inconsequente, arriscando tudo por um bando de moleques que não fazem ideia de com quem se meteram. Arriscando tudo por uma mulher que o trocou pelo próprio irmão.

Gaara respirou fundo para não explodir a cabeça do homem a sua frente, ainda precisava de informações. precisava saber onde Kankurou e Temari se encaixavam na historia. Odiava quando era lembrado de seu pai e detestava mais ainda quando falavam da Yamanaka.

— Eu não estou fazendo isso por nenhum deles – o ódio era palpável em seu olhar.

— Ele sabe que vocês  fizeram e não irá perdoar Gaara. Consigo ver que está sucumbindo, sucumbindo por uma mulher – foi interrompido por uma tosse alta que o deixou rouco por alguns segundos – Eles estão te arrastando para um poço sem fundo e você está caindo. Está desperdiçando a chance que tem de sobreviver.

Gaara o segurou pela gola da camisa e manteve o olhar firme enquanto tirava um canivete do bolso.

— Sabendo que você vai estar morto tão logo, vou te dizer uma coisa – respirou fundo ainda mantendo o olhar firme no homem a sua frente – É ela. Sempre foi ela. E continuara sendo ela pelo resto dos meus dias- pausou enterrando a ponta afiada de metal no abdômen do Higurashi – Eles sempre souberam disso e agora estão usando contra mim – terminou retirando a pequena faca só para enterra-la mais fundo.

   Tobi se engasgava no próprio sangue.

— Não saberia lidar com a morte dela, em nenhuma circunstancia.

Percebeu que os olhos que antes reviravam agora permaneciam imóveis e não sentia mais a respiração ofegante do moreno. Levantou rapidamente puxando o zíper da jaqueta a fim de esconder as manchas de sangue que agora manchava a pela alva do antebraço. Pegou a garrafa do rum caribenho que encontrou em cima da mesa despejando em seguida no corpo desfigurado do homem estirado no chão. Caminhou até a porta observando a bagunça que tinha feito, segurou firmemente a maçaneta e antes de sair disse ainda de costas para o corpo morto atrás de si.

—Posso ter falhado antes, mas prefiro vê-la viva ao lado do meu irmão, do que morta por alguém que nem sei o nome. - virou se de frente e tirou do bolso o isqueiro vermelho que havia roubado do irmão quando mais novo jogando-o por cima no ombro quando um clarão iluminou todo o corredor e o calor já consumia o corpo do Higurashi – E a propósito, pode guardar meu lugar ao seu lado no inferno, Sabakus nunca duram tanto.


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Notas finais do capítulo

Me digamm o que acharam



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