Imperium escrita por Alasca


Capítulo 3
Olho por olho, dente por dente.


Notas iniciais do capítulo

-reescrito-

Mil desculpinhasss de novo e de novo kkkk ainda não saiu como eu queria mas com calma os capítulos estão se aproximando de como eu quero. Primeiramente só quero esclarecer que não gosto de detalhar tudo de vez porque acho que fica muita informação, então vão se acostumando porque na fic vocês vão saber das coisas assim mesmo, beeem lentamente kkkk é isso, não deixem de comentar! Beijosss



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Capitulo 3 – Olho por olho dente por dente

 

Turno: Autora

 

Tokyo, Japão

 

Os cabelos ruivos balançavam em meio a brisa leve que raramente aparecia por Tokyo. O cigarro entre os dedos mostrava o quanto o ruivo encontrava-se nervoso, passando as mãos rapidamente a fim de ajeitar os fios carmesins antes de adentrar o estabelecimento. Desde que recebera uma mensagem da irmã mais velha no celular descartável, o qual o mesmo já havia se livrado, não conseguiu pensar em outra coisa. O que teria feito em sã consciência Sabaku no Temari voltar para o Japão tão rápido? Achou que depois dos acontecimentos do ultimo ano, a única coisa que a irmã e os outros iam querer era distancia principalmente dele e de todo aquele caos. Ao adentrar o café em que tinha marcado com a Haruno, rapidamente identificou os famosos cabelos rosados, seria a primeira vez que realmente conversaria com alguém em três meses.

— Achei que tinha desistido e fugido como a moça que você não é Sabaku – ouviu a voz familiar assim que se aproximou da mesa.

Com os cabelos rosados cortados novamente na altura dos ombros o ruivo observava atentamente enquanto se sentava o quanto a rosada tinha mudado nos últimos tempos, parecia mais velha e um pouco menos impulsiva.

— Não sou um Uchiha para fugir de ninguém Haruno – rebateu lançando um sorriso maldoso em direção a dona dos orbes esmeraldinos.

Sakura assumiu um sorriso doce nos lábios.

— Senti sua falta ruivo. - disse em meio aos suspiros – muito mesmo. Desde que Ino foi embora – deu uma pequena pausa sem saber como prosseguir.

— Sabe que não precisa fazer essa cara quando fala sobre isso – bufou irritadiço – Como se ninguém soubesse que tenho um irmão subversivo – sussurrou a ultima parte. – Então Haruno – disse retomando o rumo da conversa.

Não queria falar sobre Ino, não iria falar sobre ela e como seu irmão havia conseguido lhe tirar tudo de mais precioso. De novo.

— Porque de repente pareceu ficar tão interessada na minha parte da historia? – o ruivo apoiou os cotovelos na mesa imitando uma careta de falso interesse provocando alguns risos na garota a sua frente.

— Aposto que não sabe que ela sumiu não é? – sorriu triste enquanto encarava a xícara com o café que havia pedido antes mesmo do Sabaku chegar.

A reação do ruivo a sua frente em seguida não foi esperada. Sakura sabia da historia conturbada que envolvia Ino e Gaara, tinha certeza que o irmão do Sabaku sempre esteve envolvido com qualquer tipo de briga entre a loira e o ruivo, porém diante dos antigos fatos, ninguém levaria sua associação com credibilidade. O que Gaara tinha feito por um momento, chocou a todos, inclusive, ela mesma. Atirar no próprio irmão não estava exatamente em sua lista de boas ações do ano.

Gaara deu de ombros e arqueou as sobrancelhas. – E o que eu tenho com isso rosadinha? Está falando com o irmão Sabaku errado – respondeu com um sorriso cínico.

— Não é o que está pensando Gaara, não é como das outras vezes, ela simplesmente sumiu. Em um momento estava no saguão do hotel com Kankuro, no outro, não estava mais – suspirou cansada continuando em seguida- Seu irmão não encontrou nenhum sinal que sequer esteve no quarto.

Gaara riu com desgosto. – Deveria ficar feliz Sakura – começou irônico- A Ino finalmente percebeu o quanto meu irmão não vale 1 iene e caiu fora antes que fosse tarde.

—Que infernos aconteceu com você? – Sakura questionou incrédula.

— O que você esperava? – Gaara praticamente rosnou – Que eu começasse a chorar desesperado? Se não lembra, foi ela que me largou rosadinha – o ruivo terminou fechando o punho sobre a mesa, doía falar sobre ela.

— Depois de ter perdido um bebê e descobrir que você tentou matar o seu irmão te garanto que eu também não teria me jogado aos seus pés – levantou uma das sobrancelhas rosadas enquanto tirava o dinheiro da bolsa se preparando para deixar o local.

Gaara bufou irritado e segurou a rosada pelo pulso impedindo-a de levantar, estava cansado de todos o julgando sempre sem saber metade do que ele precisou fazer.

— Acredite chiclete, aquilo doeu mais em mim do que nela – balançou a cabeça em negação.

— O que quer dizer? O filho de vocês morreu e tudo que você conseguia se preocupar era em matar o Kankurou para ter poder suficiente das empresas Sabaku. Agradeça a seja lá qual for o seu deus por seu irmão estar vivo, caso contrario, ela iria te odiar mais do que qualquer coisa no mundo. – Sakura mantinha o olhar fixo nos orbes verde musgo a sua frente.

— Não esqueça que ela já me odeia  – Gaara respondeu enquanto vestia o blazer novamente por cima da camisa social igualmente preta – Acho patético o fato de vocês acharem que Kankurou é realmente um santo. Se me acha cego pelo poder acredite Haruno, você não conheceu meu irmão. – sorriu sem humor por ultimo antes de começar a andar rapidamente até a saída.

Quando deu por si a rosada já estava correndo até a porta do café atrás da cabeleira ruiva.

— Espera Gaara! – berrou ofegante atraindo a atenção de alguns clientes. Tirou um cartão da bolsa estendendo-o ao Sabaku – Vai precisar, quando perceber o que está fazendo – Sakura disse para logo depois se afastar em direção do carro.

Gaara se viu novamente sem ação, parado na porta do estabelecimento. Percebeu que o tempo que esteve lá dentro foi o suficiente para que a temperatura baixasse e abotoando a veste escura continuou seu caminho até o motel em que estava hospedado afim de não chamar muita atenção para colocar uma roupa mais simples, passaria lá para pegar a chave do antigo deposito e depois pegaria emprestado um dos utilitários da empresa Uchiha, que ele o matasse depois, porém antes disso ele iria atrás da loira Yamanaka, sem ninguém para atrapalha-lo. Esperava que Sakura tivesse realmente acreditado que não se importava com Ino, dessa vez iria fazer as coisas do seu jeito. Com passos rápidos, retirou outro celular descartável do bolso teclando um numero conhecido.

Depois de alguns segundos do toque insistente ouviu uma voz grossa do outro lado.

— O que você quer? – a voz masculina indagou quase como um sussurro.

— Nada que não já me pertença – disso em tom de deboche- Pode avisar a sua corja que estou indo pegar o que é meu.

— Ela nunca foi sua Sabaku – a voz rebateu irônica do outro lado.

— Isso é o que você pensa – Gaara falou para a voz masculina do outro lado – Diga a sua irmã que não se preocupe, estou chegando – disse para em seguida desligar o telefone na cara de quem quer que fosse.

Com um sorriso cínico continuou seu caminho, ninguém pegava o que era dele e saia ileso da historia, nem seu próprio irmão.

 

Local não identificado, Japão

 

A falta de luminosidade já a estava irritando, não conseguia enxergar um palmo que fosse a sua frente e temia que não conseguisse identificar nem a cor das paredes antes que a próxima dose da droga fosse aplicada. Não tinha nenhuma noção do tempo que já estava ali, lembrava-se apenas de ser acordada de períodos em períodos para que lhe aplicassem algum tipo de substancia que a deixava tonta, sonolenta e sem nenhuma percepção de realidade.

 Com muito esforço, conseguiu se levantar devagar. A calça jeans estava rasgada, manchada e havia de alguma maneira grama grudada nos joelhos. Passou a língua pelos lábios ressecados, sentindo o gosto de sangue. Passou a mão pelo rosto dolorido, alguém devia ter lhe dado uns bons tapas enquanto estava desacordada. Seguiu as cegas pelo provável pequeno cômodo, passando as mãos pelas paredes a fim de encontrar algum interruptor ou alguma abertura para que pudesse enxergar qualquer coisa. Notou que as aberturas para janela estavam fechadas e o que poderia chamar de saída estava recoberta por grades. Suspirou escorando-se na parede enquanto escorregava até o chão, se ela não conseguisse encontrar nada para se guiar agora, muito provavelmente levaria horas até que ficasse em consciência de novo. Ouviu ecos de vozes e percebeu que já era hora, deitou-se no chão novamente fingindo ainda estar desacordada sob efeito da ultima dose esperando que eles a deixassem sozinha novamente, fechou os olhos e esperou pelo próximo barulho. Alguns segundos depois sentiu seu braço ser levantado e segurado com brutalidade.

— Anda Yamanaka, não adianta fingir – o homem de cabelos vermelhos chacoalhava o corpo da mulher a sua frente. – Tem câmeras por essa merda toda – sorriu cínico aproximando seus rostos – Você não pode mais fugir loira.

— Estou vendo Sasori – sorriu cínica com os dentes ainda sujos de sangue.

O ruivo se irritou.- Que tipo de idiota pensa que eu sou Yamanka? – ele ainda mantinha a loira suspensa pelo braço

Ino sorriu irônica. – Do tipo que acha que algum dos Sabakus virá atrás de mim – rebateu segurando o pulso do ruivo forçando- o a soltar-lhe.

— Mas eles viram minha querida, cedo ou tarde, todos aqueles idiotas viram atrás de você, e quando vierem, vou ter o maior prazer de estourar os miolos de cada um deles – terminou jogando a loira Yamanaka no chão com força.

Sasori destraiu-se por alguns segundos a fim de pegar a seringa no bolso para aplicar a próxima dose quando a loira reuniu suas ultimas forças e lhe deu uma rasteira levantando-se em seguida para correr até a porta. Identificou rapidamente a abertura e começou a sacudir a maçaneta para que a mesma abrisse, liberando-a daquele inferno, quando percebeu que a porta ainda estava trancada. Virou-se para trás amaldiçoando a si mesma por ter sido tão burra. Sasori já estava de pé e agitava a chave da porta em frente ao seu rosto.

— Você é uma vadia mais burra do que eu pensava – disse com raiva enquanto sua mão ia de encontro à face já rubra da Yamanaka derrubando a no chão de concreto novamente. Assim que a mesma se encontrava já no chão deu-lhe um chute nas costelas e seguidos socos. Ino gritou paralisada pelo choque e pela dor sentindo o liquido viscoso escorrer pelo rosto enquanto tinha o braço espetado por mais uma agulha.

— Eu dei um belo pé na bunda daquele idiota – garantiu-se em dizer enquanto ainda lhe restava um pouco de consciência – Ele está pouco se fodendo para o que vocês vão fazer comigo. – disse em seu ultimo suspiro de razão.

O ruivo sorriu maldoso. – Então comece a rezar Yamanaka, quero a garantia de que sua ida ao inferno será feita de forma esplendida – terminou deixando a loira semi-inconsciente jogada no chão.

Saiu da pequena sala em que mantinham a loira e jogou a seringa usada em uma lixeira próxima já lotada de agulhas e cateteres usados.

— Ela já apagou? – uma outra voz masculina foi ouvida no final do corredor.

— A maldita tentou fugir – o ruivo riu sem humor – Não sei como aquela vagabunda ainda está viva, no lugar do imperador já tinha teria me certificado de transforma-la em minha boneca pessoal depois de arrancar a língua dela.

Estava de costas para a figura loira que tinha se aproximado rapidamente e agora lhe segurava pela gola da camisa preta colada.

— Fale dela desse jeito mais uma vez e eu te garanto que será a ultima coisa que vai dizer – o loiro apertava a garganta do Akasuna que sorria em resposta.

— Então tenta Deidara, mas garanto que isso não vai fazer ela te perdoar – o ruivo falou quase sem ar.

Deidara soltou o homem a sua frente e deu-lhe as costas virando o corredor a sua frente. Assim que se viu sozinho o ruivo murmurou.

— Sua irmãzinha não passa de uma grande vagabunda Dei – falou enquanto se encaminhava pelo corredor até a sala principal. Achava todo aquele jogo muito interessante, o fato de que a morte seria vista como a melhor alternativa enchia Sasori de um sentimento que poderia ser chamado de euforia no mundo da arte. Ah sim, aquela historia ainda ia render muitas perdas para os dois lados. E o ruivo esperava ansiosamente por aquele momento.

 

Reikjavík, Islândia

 

Kankuro se encaminhava rapidamente até o aeroporto, esperava o motorista que havia solicitado no saguão do hotel. Aproveitou os últimos minutos que tinha na Europa e deliciava-se com uma dose do Uísque mais forte que tinha encontrado no bar. Já havia perdido as contas de quantas vezes tinha amaldiçoado a si mesmo por ter tirado os olhos da Yamanaka. Sabia desde o ano passado que a liberdade de Itachi custaria caro. Não tinha certeza se Gaara já tinha descoberto sobre o desaparecimento de Ino, mas tinha certeza que o irmão iria atrás dela, mesmo que todos duvidassem e a ira que lhe subia a cabeça só de lembrar-se disso não mudava o fato de que seu irmão faria qualquer coisa pela Yamanaka. Quando percebeu que o Império de nada lhe valia sem Ino, o Sabaku ruivo tomou providencias, uma pena que não tenha sido esperto o suficiente. Kankurou lembrou sorrido levemente. Ele achou que tinha tudo, até conhecer a mulher do irmão mais novo. Como havia sido burro! Mas definitivamente aquilo não ficaria assim. Foi despertado de seus pensamentos quando o carro chegou, entrou no automóvel olhando pela janela do banco de trás, ele precisava voltar, fugir para sempre não era ter liberdade e agora mais do que nunca aqueles vermes tinham o provocado, será que nunca tinham ouvido falar na ira dos Sabakus? Trancando a porta sorriu cínico. É, parece que não.


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Notas finais do capítulo

Por favor, por favor, não esqueçam de comentaaar gente é muito importante para mim.



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