Escuridão do passado escrita por Queen T


Capítulo 43
Capítulo- 43


Notas iniciais do capítulo

Vamos ao capítulo!! ;)
Boa leitura!



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Infelizmente, o dia em que eu teria de ir embora chegou. Eu não queria. Não queria mesmo. Claro que eu morria de saudades da minha família, mas eu poderia visitá-los e depois voltar. Mas o acordo não foi esse. Desde o principio eu sabia que teria de ficar em Londres por dois meses, apenas. No começo, achei que eu morreria de tédio aqui, mas aconteceu totalmente o contrario. Eu me dei bem com meu irmão e meu pai, e agora eu tinha certeza. Eu os amava. E não estava preparada para me separar deles.

Bom, Henry saiu do hospital há alguns dias. Mesmo acordado e muito melhor, ele teve de ficar lá. Os médicos ficaram confusos com o fato de ele ter acordado tão rapidamente, e sem problemas. Estava previsto para ele acordar daqui meses. Eu suspeitava de que Alice sabia de alguma coisa. E com toda certeza eu iria questioná-la quando chegasse em casa.

Ah, sim. Ela veio buscar-me. Ed e Bella não confiaram em me deixar ir sozinha.

Revirei os olhos quanto a esse pensamento.

Eu estava sentada na minha escrivaninha, enquanto Alice arrumava minhas malas. Eu tinha a cabeça apoiada em uma das mãos, enquanto a outra batia os dedos em cima do notebook.

–Any, como pode? Você não comprou nada aqui em Londres. Qual é seu problema? Tem roupas lindas no Reino Unido.

–Alice, eu amo seu estilo e tudo, mas... Não estou tão viciada em moda mais. Desculpe! E eu comprei aquelas botas de cano alto. São lindas você tem que admitir.

–Sim. São maravilhosas. Me diz onde é esse loja, por favor!

–Podemos passar lá antes de irmos embora. Você iria se encontrar naquele país das maravilhas. –dei uma risada irônica. –Alice no país das maravilhas.

Ela riu também.

–Sim, lojas é o meu país das maravilhas. Eu adoraria ir lá, mas já estamos atrasadas para o vôo.

Minha expressão deixou clara minha tristeza.

–Any... –ela começou. –Não fique assim. Todos estão com saudades de você em Forks sabia? Jacob também.

Antes Alice suspeitava que eu era caída por Jacob.

–Alice, Jacob é só meu amigo.

–Eu sei. Seu coração já está em outro lugar agora.

–O que?

Então eu pensei. Ela devia ter visto Henry, e agora sabe dos meus sentimentos.

–Alice, Henry é só...

–Não estou falando de Henry.

Fiquei em silêncio. De quem ela estava falando? Que eu saiba, não estava apaixonada por mais ninguém.

–Vamos, Any. Já está na hora de irmos.

Ela arrastou minhas malas até a porta aberta.

Levantei da cadeira e fui até o espelho.

Alice havia me produzido para a viagem, e então não preciso nem comentar que estou linda né? Alice é mágica.

Ela me olhava com atenção, não sabia por quê. Então fui até ela.

–Vamos.

Caminhamos até a sala onde todos se encontravam.

–Any, te espero no táxi. –Alice falou.

Ela virou-se para todos, quando digo todos, me refiro a Andrew, Luke e Henry.

–Foi um prazer conhecer todos vocês. –Alice disse com sinceridade. E quando ia passar pela porta, Luke falou.

–Cuida da minha irmãzinha.

Ela sorriu e falou.

–Como se fosse minha própria vida. –E assim, ela saiu.

–Bem... Eu já estou atrasada, então...

Sem perceber, Henry já estava ao meu lado.

Ele sorriu e me deu um abraço.

–Obrigada por tudo! Você é uma das pessoas mais maravilhosas que já conheci.

Depois que Henry saiu do hospital, nós ficamos mais próximos um do outro.

(Flashback on)

–Any.

O que? Ele acordou? Como pode?

–Oi Henry.

–O que aconteceu? –ele parecia confuso.

–Você foi atropelado, agora está no hospital.

Ele tentou erguer a cabeça.

–Fique deitado. Eu vou chamar uma enfermeira.

–Espere. Você... Me beijou?

–Hã? N-não. Porque eu faria isso?

–Você me beijou sim. No momento em que você me beijou senti um formigamento nos lábios.

–Você estava consciente?

–Eu comecei a tomar consciência quando senti que fui abraçado. Você me abraçou, não é?

–Sim. Desculpe, é que eu estava desesperada com o fato de você estar desacordado. Eu estava com medo de te perder.

–Então... Você me beijou.

Ignorei a afirmação dele, e disse.

–Vou procurar uma enfermeira.

(Flashback off)

–Você também, Henry. Ah, e felicidades pra você e pra Hayley.

–Por quê?

–Bem... Vocês estão namorando, então...

–Como? –ele riu. –Hayley é minha prima.

Não pude disfarçar minha cara de idiota com essa revelação.

–Ah, sim. Desculpe-me.

Ele deu de ombros.

–Nos vemos em breve. –falei.

Fui até Andrew e me despedi. Depois fui até Luke.

–Me deixou por último. –ele fingiu uma cara de desapontamento. –Achei que eu era o mais importante pra você.

–Agente deixa as pessoas mais importantes por último. Pelo simples fato de querer prolongar mais a despedida e aproveitar os últimos instantes.

–Você tem razão. Você também seria a última de quem eu me despediria.

Sorri.

–Eu te amo muito, Luke.

–Eu também te amo, Any. Por favor, venha nos visitar.

–Claro que sim. Assim que eu puder. E você também podia ir lá me ver.

–Quando eu puder.

Assenti.

Ele me deu um abraço muito apertado. Aquele abraço que eu mais amava.

–Até mais irmão. –sussurrei.

–Até mais irmã. –ele sussurrou de volta.

Nos soltamos e eu fui até a porta.

Olhei para trás e disse minhas últimas palavras para eles.

–Vou sentir saudades.

–Nós também. Muitas. –papai falou.

Sorri e fui embora.

Entrei no táxi e Alice me olhava com um sorriso sereno.

–Podemos ir. –falei para o taxista.

****************************************************************************************

Forks. Depois de tantas horas de viagem finalmente chegamos. Minha família toda havia ido me buscar no aeroporto. Receberam-me muito bem. Claro que fiquei muito feliz. Jacob e Renesmee também estavam lá. Bom, eu não tinha mais ciúmes de Renesmee e Jacob, pois eu havia percebido que o que eu tinha pelo Jake, não passava de uma atraçãozinha. E acho que o mesmo aconteceu com Henry. Acho que não passaremos de apenas bons amigos.

Neste momento eu estava no carro em direção da casa dos Cullen. Minha casa.

Ao chegar, entrei correndo, e ao chegar na sala, pulei no sofá e peguei o controle.

–A TV é minha. –falei orgulhosa.

Emmett que vinha logo atrás, bufou.

–Qual é? Preciso ver o jogo.

–Ah, fala sério Em, você quer mesmo ver aquele jogo chato?

–Quero. –ele fez biquinho.

–Pois vai ficar querendo. –falei e mostrei a língua.

–Ah, olha ela Rose. –ele ainda fazia biquinho.

–Ah, deixa de ser criança Emmett. Olhe seu tamanho. –ela julgou.

Ele saiu da sala pisando duro. Faltava pouco para quebrar o piso e por isso Esme ralhou com ele.

Ah, que saudade das criancices de Em.

–O que temos para assistir? –Rose perguntou enquanto se sentava ao meu lado.

–Nada, por enquanto. –Carlisle falou enquanto desligava a TV.

–Ah vovô. Eu estava assistindo.

–Temos que conversar.

Engoli em seco.

–O que eu fiz?

Ele não respondeu. Olhei para Rose. Ela apertou minha mão e sorriu.

–Não se preocupe. Não é uma bronca.

Em poucos segundos, todos os vampiros da casa estavam na sala.

–O que foi? –perguntei.

–Any... -Carlisle começou. –Alice teve algumas visões suas enquanto ainda estava em Londres.

Varri na minha mente tudo o que eu havia feito e eles poderiam querer conversar.

–Bom, ela viu você no hospital com Henry.

Ai, será que ela viu o beijo e contou para eles?

Ouvi Ed rosnar com meu pensamento.

–Bem, era para ser impossível de Henry acordar naquele momento. Ele estava em um estado muito delicado. Então chegamos a uma conclusão e sabemos o que ouve.

–Conte. –pedi. Eu queria muito saber o que havia acontecido.

–Você o curou.

–Perdão? –não podia acreditar. Como eu havia feito isso, sem saber que fiz?

–Você tem um dom Any. Você tem o dom da cura.

***********************************************************************************

Depois desse episódio eu estava em meu quarto desarrumando as malas.

–Alice, você viu eu indo para Volterra, não viu?

Ela olhou para mim.

–Sim, eu vi.

–E o que eles disseram. Ed e Bella devem ter surtado, não é?

–Eu não contei a eles.

–Sério?

–Sim. Eu sei que você precisava ver Alec.

Assenti.

–Ah, chegou uma carta para você antes de todos saírem para caçar. –Alice disse indo em direção da minha escrivaninha.

Ele pegou um envelope na mão e me entregou.

No envelope, havia o brasão dos Volturi. Ela sorriu maliciosa para mim e saiu do quarto. Provavelmente queria me deixar sozinha para eu poder ler a carta. Só não entendi aquele sorrisinho dela.

“Any,

Como está a minha baixinha? Soube que já voltou para Forks. Você deve estar arrasada e feliz ao mesmo tempo. Arrasada por querer permanecer com seu pai e seu irmão, e feliz por rever sua família adotiva novamente. Bom, sinto muito e parabéns! Nossa, isso soou estranho.

Bom, eu queria contar algo para você. Sei que isso é estranho de se contar por uma carta, mas vou fazê-lo mesmo assim. Na verdade essa é só uma desculpa para falar com você.

Eu namorava com a mãe de Ed, Kimberly, quando ela me contou que tinha uma irmã chamada Amberly. Não só isso. Que essa irmã havia acabado de ganhar dois bebês. Confesso que não tive qualquer reação, afinal não sabia que um desses bebês seria tão incrivelmente importante para mim no futuro.

Perguntei a ela se a mesma queria vê-los, e ela queria muito. Mas na época ela havia acabado de fazer uma cirurgia e tinha que ficar em repouso.

Então eu queria me certificar de que as coisas estavam bem em sua casa. Queria ver se os gêmeos estavam bem. E eu levaria as informações para Kimberly.

Era uma noite de sábado quando cheguei em sua casa. Sua mãe e seu pai estavam na sala assistindo a um programa qualquer. O volume estava bem baixo, com o propósito de não acordar aos bebês. Eu escalei até janela do seu quarto e entrei.

Lá havia dois berços. Um era azul e outro era rosa. O quarto cheirava a bebê. Um cheiro suave. Aproximei-me do berço de seu irmão. Lá estava ele, dormindo tranquilamente, sem nem desconfiar de tudo o que havia no mundo lá fora. Depois me aproximei do seu berço. E por um momento, achei que havia sentido meu coração errar uma batida. Mas como podia se ele já estava morto? Olhei cuidadosamente para você, como se apenas com o olhar eu pudesse lhe machucar. Seu rosto estava tão sereno, tão lindo e suave. A respiração calma. E eu me perguntava se estava tendo bons sonhos. Eu queria entrar em seus sonhos e matar minha curiosidade. Uma curiosidade imensa de saber com o que você sonhava. Você era linda. E claro que continua sendo. E naquele dia eu sentia como se você fosse minha. Eu queria te tirar dali e levá-la comigo. Mas eu sabia que isso seria injusto para seus pais. Injusto para você. Bem, eu tive que sair de lá, pois seus pais estavam indo para seu quarto.

Eu disse para Kimberly que vocês estavam bem, e falei o quanto eram lindos. Ela morreu de vontade de ir visitá-los.

Era isso o que eu queria lhe contar. Queria que você soubesse que eu já sabia de sua existência, mesmo quando você ainda nem fazia idéia do que era isso.

Mande-me uma carta.

Irei lhe visitar em breve.

Alec”


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Notas finais do capítulo

Alec cada vez mais fofo *-*
Comentem =D
Até o próximo capítulo! Bjs



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