Sólo Una De Ellas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite! Aqui estoy hehe Eu não tenho muito a dizer, somente quero agradecer aos comentários e a quem favoritou :D Eu não tive como revisar, me perdoem caso tenha algum erro.

Peço que continuem comentando, e espero que gostem do capítulo :D



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Pov’s Violetta.

–Me..Me desculpe. –Eu disse meio nervosa. –Me desculpe de verdade, eu não queria...Não queria.

Eu estava desesperada demais, havia demorado a raciocinar, olhava o príncipe se remexendo e gemendo de dor no chão, e somente depois de um tempo eu havia conseguido me manifestar, mas era tarde demais.

Após se recuperar da dor da região delicada masculina, o príncipe começou a se levantar. “Oh ótimo, agora sei expulsa, quebrarei o record da participante que ficou menos tempo na competição”, pensei.

Ele se levantou bem devagar e me encarou com os olhos verdes, eu não havia reparado nisso quando o vi pela televisão, e bom, apesar de não ter vestígios de raiva em seu rosto, eu não pude evitar ficar com medo.

Não o conhecia, não sabia o que ele poderia fazer. Ao perceber que ele me encarava sem dizer nada eu decidi quebrar o silêncio, torcendo para que aquela fosse a coisa certa a fazer.

–Me desculpe Vossa Majestade, mesmo, eu não nem sei o que dizer. –Eu disse com a voz tremula.

–Tudo bem. –O príncipe respondeu calmamente. –E na verdade é Vossa Alteza, mas prefiro que me chame de Leon. –Ele disse e sorriu, ao menos foi simpático, nesse momento pude reparar um pouco mais nele, e o mesmo me parecia mais relaxado, diferente de quando eu o via nas transmissões do Jornal Oficial.

–Claro. –Eu disse sem jeito, era estranho falar com um príncipe, tudo bem, ele é uma pessoa normal, mas eu tinha medo de fazer ou falar algumas besteira e acabar pagando mico.

–Me desculpe senhorita. –Ele disse de uma forma mais sofisticada, até endireitou a coluna, porém continuou mantendo o tom calmo na voz. –Mas por que saiu correndo de seu quarto, somente para vir ao jardim?

Eu não sabia se deveria contar, afinal era pessoal, mas achei que não teria problemas, e também não acho que seja legal ignorar uma pergunta do príncipe.

–Estava triste. –Murmurei. -Senti falta da minha família, pensar que eu estou aqui enquanto eles continuam com a nossa vida simples, de trabalhadores esforçados, acho que tenho medo de desapontá-los. –Falei baixinho, e era quase toda a verdade, apenas ocultei o fato de não querer participar da Seleção e consequentemente não querer me casar com ele.

–Eu entendo. –Ele disse com um sorrisinho nervoso. O príncipe Leon parecia querer estabelecer algum tipo de contato, parecia estar tentado ser amigo, mas eu não estava muito aberta a novas amizades, e Ludmila havia sido exceção.

–Entende? –Perguntei e ele assentiu. –Acho que não entende, você tem ideia do que é ter uma vida simples? Por favor, olha onde você vive, vida perfeita e família perfeita...-Eu disse e talvez tenha sido um pouco grossa, mais uma coisa para minha coleção de besteiras do dia.

–É...Eu é...-Ele estava extremamente nervoso, isso era evidente, chegava a ser engraçado vê-lo meio desajeitado, mas eu estava mal humorada demais para rir de alguma coisa, mesmo que fosse de um príncipe completamente desastrado na minha presença, e o irônico é que deveria ser ao contrário. –Eu sinto muito.

–Não sinta. –Respondi novamente de uma maneira um pouco grosseira, já estava ficando com os olhos marejados. Eu sei que pode parecer exagero, estou aqui há apenas algumas horas, não tem explicação para esse “sofrimento”, mas eu simplesmente não me sentia a vontade nesse lugar, não por enquanto, estava sofrendo uma pressão que sequer havia sido aplicada sobre mim.

–Por favor, não chore. –O príncipe pediu quando viu que eu não havia conseguido conter algumas lágrimas e as mesmas escorriam livremente por minha face. –Eu não sei o que fazer quando as garotas choram. –Ele murmurou envergonhado.

Cabisbaixa eu passei o dedo pelo meu rosto, tentando limpar as poucas lágrimas, não podia chorar, sinto que tenho que ser forte pela minha família, não quero que eles se frustrem por eu ser fraca a ponto de não aguentar essa competição de ego, quero que se orgulhem.

–Se quiser eu posso te mandar para casa. –O Príncipe Leon comentou, eu levantei a cabeça e o encarei, sem saber o que responder. Ele era um rapaz bonito, e assumo que seus olhos esmeraldas eram bem atrativos.

–Nã...Não, por favor, peço que não faça isso. –Pedi. –Por favor...

–Ei, tudo bem, não farei se não quiser. –Ele respondeu sorrindo, me surpreendi que mesmo com o fato de eu tê-lo tratado mal, ele continuou compreensivo e simpático, só esperava que isso não fosse fingimento.

–Obrigada. –Disse e abri um leve sorrisinho, que foi retribuído de bom grado pelo príncipe, pude observar ele bagunçando mais o cabelo e em seguida enfiando a mão no bolso, parecia estar meio aliviado, um tanto tranquilo. –Então não sabe o que fazer quando as garotas choram?

Após a minha pergunta eu novamente soltei um riso, o príncipe pareceu se envergonhar um pouco mais, e ele não parecia ter a mínima ideia de como agir com uma garota.

–É que não convivi com muitas. –Ele respondeu ainda com as mãos no bolso. Coitado, teria que sobreviver “somente” 35 garotas.

–Vou te dar um conselho. –Eu disse sorrindo um pouco mais. –Coloque as mãos ao redor dela, fará com que se sinta segura, e depois diga palavras que a faça se sentir bem, palavras que somente você pode proferir, tem que vir de dentro.

–Não sei se irá funcionar, porque sou um completo desastre, mas vou tentar. –Ele respondeu rindo e eu apenas assenti, como uma espécie de incentivo.

–Acho que vou voltar ao meu quarto. –Eu disse me afastando um pouco.

–Espera...É..Sempre que quiser vir ao jardim poderá. Sabe aqui também e o meu lugar favorito do castelo. –Ele disse sorrindo. Tá bom, digamos que a minha opinião sobre o príncipe havia mudado um pouco, mas só um pouco.

–Obrigada...Acho que vou vir com frequência. –Respondi meio desconfortável, não queria que ele achasse que o meu motivo de vir ao jardim seria apenas por tristeza, pelo menos eu espera não estar sempre triste...

–Por nada. Ah e se puder não comentar com ninguém sobre esse nosso pequeno “encontro”, mesmo isso não sendo um encontro, eu agradeço. –Ele disse. –O certo seria eu conhecer as 35 garotas somente amanhã.

–Oh é verdade. –Disse me lembrando das recomendações. –Não se preocupe, o nosso “encontro não encontro” ficará em segredo. –Eu disse sorrindo e ele riu com a minha fala.

–Então foi um prazer ter um “encontro não encontro” com a senhorita. –Ele disse pegando em minha mão e dando um beijo gentil naquela região, acho que não iria me acostumar com isso, e nem com ele me chamando de senhorita.

–Igualmente. –Respondi com a parte mais gentil do meu ser naquele momento.

–Boa noite. –Ele disse e eu assenti me afastando e subindo para o meu quarto.

Tinha sido agradável, eu não sabia nada sobre ele, mas admito que havia sido agradável. Não foi como conhecer um príncipe, apesar de alguns detalhes, foi como conhecer uma nova pessoa comum, como se fosse um novo amigo, quer dizer, menos que um amigo, apenas uma pessoa comum.

Eu acabei adormecendo, deixando a janela aberta permitindo que a brisa da noite entrasse em meu quarto. A noite foi tranquila, estava cansada pela mudança de rotina e o fuso horário não colaborou muito, e eu acabei adormecendo rapidamente.

–Devemos acordá-la? –Perguntou uma voz aparentemente feminina, abri um pouquinho meus olhos e percebi que já havia amanhecido, mas a sensação era que eu acabara de deitar.

–Acho que ela já está despertando. –Murmurou outra voz feminina. Tomei coragem e abri meus olhos por completo, me deparei com uma ruiva de cabelos compridos e uma morena de cabelos cacheados e curtos.

–Bom dia? –Perguntei meio assustada pelo fato das duas me encararem.

–Oh, nos desculpe. –A ruiva disse. –Sou Camila, mas pode me chamar de Cami.

–E eu sou Naty. –A morena respondeu.

–Naty? –Indaguei percebendo que era apelido.

–Sim, Naty abreviação de Nat...-A tal de Camila ia dizendo, mas foi interrompida pela morena, quer dizer, a Naty.

–Já disse que não gosto do meu nome. –Murmurou Naty para Camila.

–Me desculpe...-Camila sussurrou baixinho, mas eu estava ouvindo tudo. –Seremos suas criadas. –Disseram em um uníssono.

–Criadas? Não eu não preciso de criadas. –Respondi, e elas pareceram ficar meio chateadas. –Mas não é nada com vocês garotas, é que estou acostumada a me virar sozinha.

–Nós entendemos, mas nós insistimos que nos aceite senhorita. Além do mas já fizemos até o seu vestido para essa manhã. –Naty respondeu. Vestido? Ah sim, em algum lugar, alguém havia falado sobre as criadas, elas cuidariam do meu vestuário e da minha aparência, fora os serviços de quarto.

–Tudo bem. Mas vocês terão que parar de me chamar de “senhorita” ou qualquer outra coisa formal, a partir de agora é Violetta ou Vilu. –Eu disse a elas que assentiram prontamente.

–Senhorit..Vilu, precisamos te arrumar, logo o café da manhã será servido, e irão conhecer o príncipe. –Disse Cami e eu assenti, foi inevitável não soltar um risinho, afinal eu já havia conhecido o príncipe, por sorte Cami e Naty não perceberam.

Fui levada ao banheiro da minha suíte, e lá continha uma enorme banheira de pedra, talvez eu pudesse me acostumar com a ideia de tomar um relaxante banho de banheira, a única coisa complicado é que foram elas quem me deram o banho, e eu poderia fazer muito bem isso sozinha. Após isso arrumaram meu cabelo, o que doeu “pra caramba”, fizeram minha maquiagem, de uma forma leve como eu pedi, e me mostraram o vestido.

Segundo Naty os vestidos do primeiro dia eram todos iguais, só mudava-se a cor, depois cada uma poderia estipular os vestidos que queria, e acreditem, eram muitos vestidos.

Desci para o salão principal, que era aonde ocorriam às refeições, já estavam quase todas lá, o que me envergonhou um pouco, mas tentei relaxar. Vi um lugar disponível ao lado de Ludmila, e foi lá que me sentei.

–Bom dia. –Eu disse baixinho, enquanto olhava aquela diversidade de comidas que estavam a minha disposição.

–Bom dia. –Ela respondeu animadamente no mesmo tom que eu. Todas as selecionadas conversavam com alguém e consequentemente aquilo já estava virando uma barulheira.

–Como foi sua noit...-Fomos interrompidas por um homenzinho baixinho que entrava com uma postura impecável.

–Senhoritas, eu gostaria de anunciar sua Majestade Rei Pablo, acompanhado de sua esposa e nossa querida rainha Angie. –O homenzinho disse, em seguida as portas do salão foram abertas e os dois entraram, Rei Pablo meio carrancudo, e a Rainha como sempre graciosa.

–Sejam Bem Vindas. –Disse o Rei alto e em bom som, só aí havia percebido que tinham algumas câmeras no local, provavelmente filmando o primeiro contado do rei e da rainha com as selecionadas.

–Hoje, irão conhecer o príncipe Leon, e é aí que a verdadeira seleção começa. Eu gostaria de desejar as boas vindas a todas que estão aqui, e também desejo boa sorte, sei que farão o seu melhor. –Disse a rainha Angie. –Ah, e cuidem bem do meu filho. –Ela disse rindo e todas nós soltamos uma risadinha também, apesar de ser “inapropriado” de acordo com um livrinho de bons modos.

–Senhoritas, eu gostaria de anunciar sua Alteza Real: O Príncipe Leon! –O Homenzinho gritou e pode-se ouvir cornetas no local. Mas já? Eu achei que “conheceríamos” Leon depois, tipo em uma cerimônia ou algo do tipo, não no café da manhã.

Leon entrou pela mesma porta que seus pais entraram, algumas meninas suspiraram, e isso foi bem forçado, mas ignorei. Ele estava muito bonito, apesar do cabelo estar impecavelmente arrumado e eu preferir do outro jeito, não tinha como negar, ele estava bonito.

–Bom dia, garotas. –Leon cumprimentou gentilmente e sorrindo bastante, o Rei Pablo olhou torto para o filho, e Leon ficou meio tenso, não precisava conhecê-lo para perceber.

–Bom dia príncipe Leon. –Ouviu-se um uníssono.

–Eu sei que não estavam esperando minha “visita” aqui tão cedo, mas decidi fazer uma surpresa. Eu gostaria que vocês se apresentassem para mim, mas separadamente. Após o café da manhã gostaria de pedir que permanecessem aqui e irei chamar cada uma para uma apresentação amistosa. –Leon disse sorrindo, pude perceber que quando ele disse “apresentação amistosa” ele olhou para mim e segurou o riso, fala sério, nossa “apresentação” não havia sido tão rui assim...

–A apresentação será rápida, será aqui na frente de todo mundo. –Leon disse apontando para uma espécie de sofá luxuoso que decorava o espaço. –Obrigado por me ouvirem, estarei esperando. –Ele disse, sorriu e se retirou. Leon havia se saído bem o restante do café da manhã só se ouvia-se sobre Leon: “Como ele é lindo”, “Simpático, não é?” “Viu aqueles olhos!” “E aquele sorriso?”.

–O que achou do príncipe? –Ludmila me perguntou.

–Parece ser legal. –Eu respondi baixinho, mesmo tendo conversado com ele, eu não sabia muito o que pensar, mas ele realmente me pareceu legal.

Durante o café o príncipe foi chamando uma por uma, assim as outras se ocupariam em comer, ao invés de prestar a atenção na conversa dele com a selecionada, mas essa tática não funcionou muito.

Lara da casta dois, fez questão de puxar seu vestido para baixo para poder exibir o decote. Outra que Leon conversou um pouco mais foi Gery, eu não conhecia muito sobre ela. Depois de umas 17 garotas eu fui chamada.

–Bom dia. –Ele disse sorrindo.

–Bom dia. –Respondi.

–Creio que isso seja diferente do nosso encontro não encontro. –Ele disse e eu sorri.

–Acho que a sua ideia de “Apresentação Amistosa” não funcionou muito comigo. –Eu disse. -Ainda me sinto mal pelo chute que dei em sua coxa.

–Não foi na coxa. –Ele respondeu rindo. –Na coxa não doeria tanto. –Eu sabia que não havia sido na coxa, mas estava tentando aliviar minha consciência.

–Tecnicamente o nosso “encontro não encontro” não existiu, então tecnicamente eu não te chutei. – Eu respondi e ele sorriu, realmente tinha um sorriso bonito.

–Então tecnicamente estamos nos conhecendo agora. –Ele disse. –Me fale um pouco sobre você garota que eu conheci agora, e que eu nunca tive um “encontro não encontro”.

–Prazer, Violetta Castillo, sou da casta cinco, e adoro qualquer coisa relacionada a música. –Eu disse rapidamente e ele pareceu se surpreender.

–Também gosto de música, toco violão. –Ele sussurrou. –Mas não conte a ninguém.

–Como sabe que pode confiar em mim? –Perguntei rindo, era óbvio que não contaria a ninguém.

–Porque esse é o segundo segredo que temos em menos de doze horas, se me entregar eu te entrego e nos ferramos juntos. –Ele disse e eu ri.

–Vossa Alteza está me ameaçando? –Perguntei, era meio que inevitável não rir ou sorrir durante essa conversa.

–Talvez só talvez. –Ele respondeu e eu arqueei a sobrancelha.

–Príncipe Leon, sinto muito, mas terá que passar para a próxima selecionada. –Disse o Homenzinho, bem que Leon disse que era apenas uma apresentação.

–Tudo bem. –Eu disse e Leon sorriu. –Foi um prazer conhecê-lo, príncipe Leon. –Eu disse me retirando, mas tive tempo de ouvi-lo dizer uma ultima coisa.

–O prazer foi todo meu, Violetta Castillo.


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Notas finais do capítulo

Entonces? Gostaram? Mereço reviews? Espero de verdade que tenham gostado. Até breve