Sólo Una De Ellas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hey! Demorei um pouco, mas já resolvi algumas coisas e irei conseguir postar mais rápido. Quero agradecer aos comentários, fiquei contente que querem a continuidade da fic :D

O momento mais esperado por todos finalmente vai acontecer, eu não quis enrolar muito esse momento. De verdade, eu espero que gostem :D



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A família de Violetta ficou tão afobada que ela acabou perdendo a reação do príncipe Leon. Estática, pasma com tamanho azar, mal conseguia reagir. Por que ela? No meio de tantas outras garotas mais belas e ricas, era o que pensava Violetta, ela sequer enxergava que tinha um grande potencial oculto dentro de si, e ela tinha muito mais do que se podia imaginar.

Pov’s Violetta

–Por que eu? Justamente eu? –Eu indaguei pasma, mas fui ignorada pela minha própria família.

–Você vai ficar tão linda, com belos vestidos de princesa. –Minha mãe dizia, eu bufei. Não poderia usar calças jeans? Sério? –Eu ainda não acredito nisso.

–Eu também não acredito. –Eu disse, porém o meu “Não acredito” era em um tom completamente desapontado, já o dá minha mãe expelia animação.

Eu não queria, é isso, eu não vou, eles não podem me obrigar, si bem que eu me escrevi, não sei se teria como voltar atrás. Simplesmente não consigo me imaginar vivendo em um castelo, com toda aquela gente metida, e milhões de empregados me servindo.

–Não esperava por esse, não é? –Sussurrou meu irmão Federico, mas ele não parecia estar sendo debochado, como normalmente era.

–Milhões de garotas em Illéa, por que eu? –Perguntei a ele, Fede apenas deu de ombros, esqueci que meus irmãos não eram bons em dar conselhos.

–Vilu, sinceramente não sei do que está reclamando. –Federico afirmou. –Você vai viver com uma princesa, ter tudo aos seus pés, comer até não aguentar mais, e se ficar entre as últimas seis garotas poderá subir de casta, e tirar sua família da ruína. –Meu irmão disse, esqueci que ultimamente ele só se importava com dinheiro.

–Não sou tão fútil como você. –Eu disse e ele fechou a cara. –E com certeza não me conhece, do jeito que eu sou vão acabar me expulsando de lá nos primeiros trinta minutos.

–Claro que não! –Minha mãe interferiu com um berro. –Vai se comportar, e tentar ganhar.

–Mãe, não levo jeito para ser princesa e muito menos rainha. Não estou dizendo que vou tentar perder de propósito. –Eu de fato não iria. –Mas eu sou desastrada, e sempre acabo fazendo ou falando alguma besteira.

–Mas irá se controlar. Você é uma ótima menina...

–Nisso discordamos. –Gritou Fede que já estava a caminho da garagem.

–O ignore. –Ela disse. “Com prazer” pensei, mas não queria ser grossa. –Você é uma ótima menina, e eu realmente acredito que você possa ganhar.

–Mas...-Minha me interrompeu.

–Acredito em você. –Ela disse e saiu. Meu pai apenas encarava a cena, ele sorriu para mim, mas nada disse, levantou-se e foi para o quarto deitar.

–Vê se me escreve contando sobre a comida daquele lugar. –Disse Maxi com um riso.

–Vou escrever. –Afirmei sorrindo. Eu ficava feliz de ter uma relação bom com Maxi, diferente de Federico.

[...]

Pov’s Leon

–Hey Marco. Ainda não resolveu o lance da palidez, não é? Você realmente está precisando tomar um solzinho, ao invés de ficar trancado o dia inteiro em um quarto com a Princesa Francesca. –Eu disse a ele, havíamos acabado de sair do Jornal Oficial, e eu queria evitar qualquer assunto relacionado à seleção.

–Prefiro ficar trancado no quarto. –Ele disse e eu ri, mas sabia que as coisas entre e ele e Fran não passavam de uns beijos. –Falando sério, como se sente? Você sabe... Sobre tudo isso que está acontecendo, sobre A Seleção.

–Não faço a mínima ideia. E se eu não me apaixonar? E se elas só tiverem interesse na coroa? –Perguntei, eu não sabia nada sobre o amor, nada.

–Não há como saber, primo. Sinto muito. Mas deve ter alguma garota que fará com que seu coração bata mais rápido...Não estranhe, andei lendo uns romances bem interessantes. –Ele disse rindo.

–Assim espero, sequer sei como é estar apaixonado. –Eu disse bufando, enquanto passava a mão no meu cabelo, tentando desmanchá-lo.

–Isso eu não posso te dizer, é algo que você tem que sentir. –Marco respondeu. –Se não se importa eu vou dormir, amanhã esse castelo provavelmente vai virar uma loucura, vão começar a arrumar o castelo para receber as garotas. Então boa noite.

–Boa noite. –Respondi e ele se foi. Fiquei ali no corredor por mais um tempo, os empregados passavam e me olhavam como se eu fosse uma aberração, quero dizer, não era normal um príncipe ficar daquele lado do castelo. Mas ali era um bom lugar para observar o jardim, a minha parte favorita do castelo, apesar de não poder ficar muito do lado de fora, pois era perigoso ocorrer algum ataque rebelde.

Duas semanas depois...

Pov’s Violetta

Era hoje, essas duas semanas haviam sido horríveis. Todo dia vinha alguém da realeza fazer alguma coisa, um dia veio uma estilista, até simpática, tirou todas as minhas medidas.

Outra vez veio uma mulher, veio me fazer uma entrevista, o dia mais desconfortável da minha vida, ela fez perguntas muito pessoais e me fez algumas recomendações um tanto extravagantes. Perguntas do cotidiano e perguntas do tipo se eu ainda era virgem, o que eu ainda sou, era óbvio que me fariam essa pergunta, sendo que umas das principais leis de Illéa é sexo só após o casamento.

–Iremos sentir sua falta. –Minha mãe chorava, mas sabia que ela estava feliz. –Lembre-se dos bons modos. Amamos você.

–Não se esqueça de escrever. –Pediu Maxi me dando um abraço bem apertado.

–Boa sorte, e fale de mim e da minha arte para o príncipe. –Pediu meu irmão, eu apenas o abracei.

–Boa sorte, minha filha, não se esqueça dos seus princípios, mesmo com toda aquela comodidade do castelo, não se esqueça de quem é você realmente. –Meu pai disse e eu assenti sorrindo, ele deu um beijo em minha testa e me entregou uma caixinha. –Abra na viagem. –Pediu e se afastou.

Minha família se ocultou assim que eu entrei na limusine que me esperava, todas as pessoas da minha cidade pareciam estar lá, todos sorridentes e felizes, jogavam lírios (Que era a flor que representava meu estado) em cima da limusine, percebi que Tomás não foi se despedir, mas tentei não dar valor aquilo.

Eu estava com uma roupa simples, meu vestuário mudaria realmente quando chegássemos ao castelo, e isso me preocupava, eu não sabia o que aqueles malucos iriam fazer comigo. Tudo bem, eu sei que estou errada jugando sem conhecê-los, mas de verdade, estou com medo.

–Iremos para o aeroporto, você é mais três selecionadas irão viajar para a capital. –Alertou o motorista. Eu já sabia disso, e que quando chegássemos já seria tarde, teríamos ir para o quarto, onde muitos dos nossos pertences encomendados pela realeza como joias e roupas já estariam a nossa espera, fizeram questão de repetir todo o protocolo umas dez vezes.

Por todo lugar que passávamos atraíamos olhares, eu me sentia uma pessoa famosa, e aquilo era altamente estranho. Não demorou muito para chegarmos ao aeroporto e o mesmo estava lotado de pessoas que ocupavam o lado direito e esquerdo de um enorme tapete vermelho. Podemos passar de assustada para apavorada.

Duas limusines estavam em minha frente, e uma acabara de chegar atrás, a primeira a descer foi uma loira, parecia simpática, não me recordava de seu nome.

–Está na hora. –Disse o motorista, guardas que eram o dobro do meu tamanho abriram minha porta, apenas agradeci gentilmente. Os gritos eram intensos, crianças esticavam as mãozinhas querendo que eu as tocasse, comecei a andar pelo meio do tapete vermelho, mas não resisti, fui para o lado direito e cumprimentei rapidamente que eu pude, ao chegar ao final, que era aonde eu deveria embarcar, eu voltei cumprimentando as pessoas do lado esquerdo, fui novamente e voltei, depois fui de vez, andei por aquele tapete imenso exatamente cinco vezes, foi cansativo, mas quis cumprimentar as pessoas, era interessante elas estarem ali, e pirarem por mim, eu sou apenas Violetta Castillo, não tenho nada demais.

–Prazer, sou Ludmila. –Disse a garota loira que havia descido primeiro que eu, ela me pareceu simpática apesar de estar com uma roupa com excesso de brilho.

–Violetta. –Respondi cordialmente.

–De que casta você é? –Ela perguntou.

–Da 5. –Respondi com medo de uma possível rejeição. –Sou musicista.

–Sério? –Ela perguntou com uma animação fora do comum, mas aquilo me agradou, foi melhor do que uma rejeição. –Toca algum instrumento?

–Sim, violino. –Respondi sorrindo.

–Quem sabe você não me ensina a tocar. –Ela respondeu e deu uma piscadela, eu apenas ri.

–Sou da casta 4, por isso não posso me envolver com música, apesar de gostar bastante. –Ela disse.

–Esse sistema de castas é uma verdadeira droga. –Eu disse e me arrependi prontamente, eu tinha acabado de insultar o sistema do meu país, e eu estou concorrendo para governa-lo, não seria bom começar insultando o governo do rei.

–Cai entre nós. –Ludmila sussurrou. –É uma droga mesmo, mas nunca mais diga isso alto. –Ela disse rindo e eu assenti. Nisso entrou uma garota cem mil vezes mais piruá do que Ludmila, completamente “nariz em pé”, e desfilava ao invés de andar.

–Teria chegado mais rápido se uma certa pessoa não tivesse enrolado para passar no tapete vermelho. –Ela disse me olhando com raiva. Ninguém nada disse e ela se isolou, sentando em um dos últimos bancos do avião.

–Essa é Lara, casta 2, modelo com um ego enorme. –Ludmila disse.

–Deu para perceber a parte do ego. –Respondi e ela riu baixinho, havia gostado de Ludmila, e olha que eu não era boa em fazer amigos. Chegou uma outra selecionada, que disse um “Olá” e sentou nas poltronas dianteiras.

O restante do voo eu dormi, estava cansada, e seriam algumas horinhas até a capital, tudo passou tão rápido, e eu ainda me sentia uma completa estranha. Só despertei quando Ludmila me acordou avisando que havíamos chegado, agradeci baixinho e tentei me manter acordada.

O processo de desembarque foi rápido, ao que parece tínhamos prioridade e estávamos atrasadas, possivelmente por culpa minha, mas ninguém insinuou isso, dessa vez fomos em carros blindados, cercadas de guardas do castelo real.

O palácio era gigante, extremamente gigante, eu não fazia ideia que havia uma construção tão grandiosa assim, apenas ouvi falar de uma, um tal de Coliseu, mas não sabia muito sobre isso.

Apesar de eu estar bem apavorada pude observar a beleza daquele lugar, era bem diferente da minha realidade, seria uma experiência interessante. Todas as 35 selecionadas foram encaminhadas para o salão principal, todas pareciam pasmas com o palácio.

Fomos encaminhadas para filas, e na companhia de um guarda fomos levadas aos quartos, eu até tentei puxar conversa com o rapaz que me levou, mas ele era meio quieto, então desisti.

–Senhorita Violetta, amanhã tomará conhecimento de suas criadas, e conhecerá nossas dependências, ao anoitecer todas as selecionadas terão contato com o príncipe Leon ao anoitecer, desejo-lhe uma boa noite de sono. –O guarda disse em um discurso perfeitamente ensaiado, ele saiu sem me dar chances de responder, “To” falando que esse povo é maluco.

Meu quarto era gigante, provavelmente do tamanho da minha casa, a cama me pareceu tão convidativa, mas decidi explorar um pouco aquele lugar. Havia uma sacada, fui até lá e tive a bela visão de uma jardim completamente fantástico, já estava escuro, então o locar estava iluminado.

Foi vendo o belo jardim que eu percebi a situação, finalmente havia caído à ficha, eu estava no palácio de Illéa concorrendo com mais 34 garotas, disputando o coração do príncipe, quem ganhasse assumiria a coroa. Eu era apenas Violetta Castillo, uma musicista da casta 5 sem classe, e completamente desastrada.

Eu estava ficando tonta, era muita coisa para se pensar, sem contar que era uma enorme responsabilidade estar aqui, apoiei meus dedos contra a sacada, estava começando a me sentir sufocada, olhei para o jardim e ele me pareceu tão convidativo.

Saí correndo do quarto, torcendo para que todos já estivessem em suas camas, e não vissem a selecionada louca correndo pelo castelo. Avistei a porta que dava para o jardim, com dois guardas na frente.

–Sinto muito, não pode ir ao jardim agora. –Disse um guarda.

–Por favor, eu não me sinto bem. –Supliquei.

–Não temos autorização para isso. –Disse o mesmo.

–Por favor, eu imploro, preciso respirar ar fresco. –Suplique novamente.

–Sinto muito, mas...-Ele foi interrompido por uma voz masculina que veio bem atrás de mim.

–A deixem passar. –Eu sequer olhei para trás, sobre a ordem os guardas abriram passagem imediatamente, e eu corri até aquele gramado verdinho, me sentei em um banco que estava perto, eu sentia uma enorme vontade de chorar.

–A senhorita se sente bem? –Veio a mesma voz que liberou minha vinda até o jardim, mas eu não havia o visto, e com o susto acabei caindo do banco, o sujeito correu até mim.

O problema foi que ao tentar me ajudar a levantar eu me remexi e suas mãos deslizaram pelo meu braço e ali seguraram, na hora do desespero não percebi que ele estava tentando me ajudar, balancei minhas pernas e acabei dando um chute no meio de suas pernas.

O rapaz me soltou e agachou devagar, soltando murmúrios de dor, eu arregalei os olhos ao ver quem era. O cabelo estava levemente desarrumado, diferente do que eu costumava ver na televisão, vestia um traje real com algumas medalhas, e gemia pela provável dor aguda que sentia, eu temi pelo que poderia acontecer.

Minha primeira noite aqui e eu acerto as “joias reais” do príncipe Leon.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não pude revisar o capítulo, acabei ele bem tarde e estou com muito sono, me desculpem por isso hehe :D Peço que comentem bastante, isso me ajuda e me motiva, até logo, Beijos :D