O Namorado Da Minha Melhor Amiga escrita por Rosalie Hale


Capítulo 14
Carta e...




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Acordei e resolvi abrir a carta do Grey, não vou negar, mas estava muito mais muito curiosa.

"Querida Nikki", assim que li pensei, nossa que formal! Ri comigo mesma e continuei lendo.

Querida Nikki,

Não tive coragem de te dizer tudo o que eu queria quando nos encontramos, então depois que você saiu te segui e escrevi esta carta e entreguei ao corajoso Jack, ele me lembra muito você!

Meus pais vão se mudar, irão para Seattle, ou coisa parecida, no início eu não queria ir com eles, mas eu percebi que aqui eu to atrapalhando você, não quero que você viva nessa poça de magoa, que se culpe pelo meu termino com a Ashley, afinal isso seria inevitável, com ou sem você. Mas eu sei que nem lá, nem do outro lado do mundo eu vou encontrar alguém igual a você. Provavelmente enquanto você ler isso eu já vou estar dormindo na minha nova casa, por que tenho certeza que você não vai ler na hora em que o Jack te entregar.

Sobre a peça, não sei o que dizer, meus pais já foram no colégio, e a professora já sabe, ela deve arranjar algum substituto legal, você é uma ótima Julieta e disso eu não duvido, essa carta já esta grande de mais, espero que você não se esqueça de mim.

Com amor e pesar no coração,
Grey.

–Não Grey, o que você fez?-continuei lendo e relendo a carta várias vezes, não deveria ser verdade.

Me levantei e fiz minha rotina matinal, pensava em cada palavra que estava escrita, guardei a carta na minha mochila e sai para ir pegar o ônibus. O ônibus fez seu percurso normal e quando chegou no ponto da Ash e ela não estava, imaginei que seria pelo ocorrido. Será que ela sabia de tudo? Será que ela sabia que ele tinha ido embora? Ido embora para sempre e que nem ao menos tinha me dado tchau pessoalmente?

A cada vez que pensava nisso tinha vontade de chorar, mas não, não em público e não por ele, não iria chorar. Tirei meu celular da mochila e peguei meus fones, comecei a escolher uma música, escolhi Habits da Tove Lo, que música perfeita.

Quando cheguei no colégio sabia que tudo estava mudado, ele não estaria mais aqui. Ashley não veio hoje, mas sabia que ela vai estar diferente, talvez o único que não tenha mudado era o Charlie, sai do ônibus a procura dele, quando o encontrei cheguei até ele com os olhos marejados, talvez ele ainda não soubesse.

–Nikki, o que aconteceu?-ele perguntava me olhando, apesar do jeito maluco do Charlie ele sempre era o adulto e o que não gostava de ver ninguém chorando

–O gre-gre-grey-falei soluçando e ele ficou me olhando enquanto me puxava para um local mais separado já que muitos olhos curiosos nos olhavam

–O que tem ele?-ele perguntava me olhando enquanto me sentava com cuidado no banco

–Ele foi embora Charlie!-quando disse isso ele me olhou ainda mais confuso

–Como assim? E a peça? E a Ashley?

–Pelo visto ele desistiu de tudo, e ontem ele terminou com a Ashley-disse fazendo uma pausa enquanto enxugava umas lagrimas que insistiam em cair-E tudo pelo visto é culpa minha

–Não é sua culpa Nikki! Nada é sua culpa-ele dizia tentando me reconfortar mas mal sabia ele a verdade, será que conto para ele? Talvez sim, ele é o meu único amigo agora

–É Charlie, ele terminou com a Ashley por minha culpa, ele estava apaixonado por mim-depois de dizer isso ele ficou me olhando, pelo visto chocado pela suspeita dele ser verdade-E eu de algum jeito comecei a gostar dele também-depois de contar a verdade mais dolorida não conseguia nem ao menos olhar para o Charlie, então senti as mãos dele levantando o meu rosto

–Eu já sabia disso desde o momento em que vocês se apresentaram, mas Nikki nenhum de vocês dois poderia ter evitado isso, vocês não mandam em seus corações

–Mas deveria Charlie

–Não Nikki, sei que em primeiro lugar você está pensando em Ash, mas você precisa pensar em você também, sua felicidade pode estar em jogo-olhava para ele, mas nada do que ele dizia entrava na minha cabeça

–Obrigada pelas palavras Charlie, mas nada vai mudar o que aconteceu, ele disse que não ia embora, mas então resolveu pensar novamente e disse que iria pois não queria atrapalhar mais a minha vida-quando terminei de contar esse último relato o sinal bateu, queria ficar lá, deitada naquele banco esperando as horas passarem para sempre, mas então o Charlie me puxou, nosso primeiro horário agora seria Estudo Literário, queria ver o que a professora ia dizer.

Depois que todos os alunos chegaram na sala ela finalmente veio falar.

–Muito bem alunos, um infortuno aconteceu esses dias, o nosso querido Romeu saiu do colégio-depois que ela falou isso ouve comentários por toda a sala, muitas vezes uma cabeça ou outra virava em minha direção e na de Charlie olhando e comentando-Então, precisaremos de um substituto-depois a conversa se intensificou na sala-Alunos!-ela disse aumentando a voz-Para evitar esse desconcerto entre vocês, eu já escolhi o nosso próximo Romeu-enquanto ela dizia isso sentia como se cada palavra dela fosse uma agulha me perfurando, parecia até que ele tinha morrido-Será o senhor Daniel-quando ela disse isso acenou uma mão chamando um garoto-quando olhei vi que era aquele mesmo garoto que derrubou meu estojo no primeiro dia de aula. Meu Deus. Foi a única coisa que consegui pensar-Senhorita Russell-ela disse me chamando e eu levantei-Esse será seu novo parceiro na peça-assenti e me sentei-Muito bem, agora vamos voltar para o teatro para ensaiar o máximo que conseguirmos

Enquanto ensaiávamos sentia que não era a mesma coisa, era como eu tivesse no corpo de outra pessoa desempenhando todas as atividades como se fosse eu.

–Fale! Fale, anjo, outra vez, pois você brilha. Na glória desta noite, sobre a terra, como o celeste mensageiro alado. Sobre os olhos mortais que, deslumbrados, Se voltam para o alto, para olhá-lo. Quando ele chega, cavalgando as nuvens, e vaga sobre o seio desse espaço-Daniel citava, se não fosse pelas circunstancias admitiria que ele sabia atuar muito bem

–Romeu, Romeu, por que há de ser Romeu? Negue o seu pai, recuse-se esse nome; Ou se não quer, jure só que me ama e eu não serei mais dos Capuletos-disse encenando, queria dar o meu melhor agora

–Devo ouvir mais, ou falarei com ela?-disse o meu novo Romeu

–É só seu nome que é meu inimigo: Mas você é você, não é um Montéquio! O que é um Montéquio? Não é pé, nem mão, nem braço, nem feição, nem parte alguma de homem algum. Oh, chame-se outra coisa! O que há num nome? O que chamamos rosa teria o mesmo cheiro com outro nome; E assim Romeu, chamado de outra coisa, continuaria sempre a ser perfeito, com outro nome. Mude-o, Romeu, e em troca dele, que não é você, fique comigo.-as palavras que saiam da minha boca eram doloridas, mas ninguém parecia notar, então eu estava fazendo tudo direito, olhei rápido para a professora e ela parecia maravilhada com meu desempenho

–Eu cobro essa jura! Se me chamar de amor, me rebatizo: E, de hoje em diante, eu não sou mais Romeu

–Quem é que, assim, oculto pela noite, descobre o meu segredo?

–Pelo nome, não sei como dizer-lhe quem eu sou, meu nome, cara santa, me traz ódio, porque, para você, é de inimigo.

–Nem cem palavras eu sorvi ainda dessa voz, mas já conheço o som. Você não é Romeu, e um Montéquio?-as ultimas palavras saíram tremulas, fracas e sem vida.

–Não, não, não, tudo do começo. Julieta, o que há de errado com você hoje? Desempenhava essa cena tão bem

–Acho que apenas não me sinto muito bem professora-depois de dizer isso ela assentiu com a cabeça

–Muito bem, por hoje é só, amanhã ensaiaremos mais e quero você minha querida-ela disse vindo até mim enquanto eu descia do palco-Quero você perfeita

–Certo-disse dando para ela um sorriso amarelo e sai do teatro, me sentia péssima.

Depois de sair e enquanto eu ia para a área dos armários ouvi alguém me gritando, quando me virei vi que era Daniel.

–Daniel?-perguntei olhando para ele

–Eu sei que você não está se sentindo à vontade comigo, nos ensaios, mas temos que tentar

–Desculpe Daniel, mas é porque eu estou confusa, eu amanhã estarei melhor nos ensaios, você vai ver-depois que disse isso ele sorriu, ele tinha olhos verdes esmeralda que brilhavam agora

–Ok, tenho que ir, te vejo amanhã ou depois então-ele disse vindo até mim e me dando um beijo na testa e depois saindo

–Até-disse baixinho.

Depois que aquele dia louco chegou ao fim finalmente estava em casa, ouvi meu celular vibrando em cima da minha mesinha. Por que ele não pode ficar simplesmente silencioso?! Peguei meu celular e vi que eram mensagens da Ash.

“Nikkiiiiiiiiiiiiiiiii, cd vc????”

“oi Ash”

“Nikki! Ah, hoje foi incrível, eu descobri q eu realmente n estava tão apaixonada por ele, tive um encontro com um cara incrível”

“Mas e o Grey?”

“ai Nikki, nem me lembrava mais dele, Grey já é passado, amanhã eu te apresento o Robert”

“certo, boa noite doida”

“ótima noite!!!! Bjinhos”

Nossa, como a Ash pode superar tão rápido. Eu que não namorei com ele, estou morrendo e só não pudemos ficar por causa dela! Pelos sentimentos dela e olha como ela está. Senti raiva, queria saber aonde o Grey estava, queria abraçar ele, eu sentia falta dele. Então peguei meu celular e mandei uma mensagem para ele.

“Sinto sua falta.”


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