Após a frase macabra de Francesca no café da manhã, tentei fazê-la falar, mas ela me ignorou completamente.

–Foi só eu que percebi ou o que Francesca disse contou como um aviso macabro?!- questionei parecendo na sala e vendo Karen folear uma revista de moda.

–Essa sua governanta é digna de cuidar da casa do Drácula. - ela disse e ri.

–Srta. Defilippo chegou esse convite para a Srta.- Jasmine, a auxiliar de Francesca disse me entregando um envelope amarelo.

–Obrigada Jasmine, e por favor me chame de Águida. - pedi novamente e ela concordou antes de sair.

–O que é?!- Karen questionou curiosa e sorri.

–Maurizio está nos convidando para uma partida de polo beneficente que vai acontecer ás 4 em ponto.

–Gostei dele. Ele marca junto. - ela disse e revirei os olhos. - Com que roupa se vai para um jogo de polo beneficente?

–Talvez eu possa ajudar. - Francesca disse vindo da cozinha com um jarro de copos de leite.

–Me desculpe Frankie, mas o que você entende de moda?!- Karen questionou olhando a roupa de Frankie de cima a baixo e não gostando do que via.

–Vocês podem se surpreender. - ela prometeu e suspiramos vencidas.

–Ok. Vamos ver o que você entende de moda.

–Karen. - a repreendi seria.

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Só posso dizer que Frankie, é eu adotei o apelido que Karen deu a minha governanta, me surpreendeu.

–Se não tivéssemos aceitado a ajuda de Frankie estaríamos fritas. - disse olhando todos muito bem vestidos.

–Tenho que tirar o chapéu para ela. - Karen disse e vimos Daniele acenando de uma mesa.

Fomos até ela para cumprimenta-la.

–Que bom que vieram meninas. - Daniele disse amorosa. – Quero apresentar a vocês meu marido Marcello Valentini, minha filha Nicola Marescotti e seu marido Vinicius Marescotti. E está é minha neta Fiorella. Meus queridos, está são Águida Defilippo e Karen Martins.

–É um prazer conhece-las. - eles disseram sorrindo.

–Que tal se vocês sentassem conosco para torcer por nosso time. - Marcello sugeriu educado.

–Sinto muito Sr. Valentini, mas ás Srtas. Estão comigo e irão torcer por meu time. Vamos Srtas.- Maurizio disse antes que eu pudesse falar algo.

–Olha Maurizio, sei que nós dois ficamos ontem, mas isso não lhe dá o direito de decidir o que eu devo fazer, já sou grande o suficiente para saber o que devo fazer. - disse rude e arrastei Karen para longe da mesa dos Valentini.

–O que ele acha que é para vir me dando ordens?!- disse furiosa enquanto íamos para uma mesa vazia.

–Ele eu não sei Águi, mas agradeceria se você soltasse meu braço, está me machucando.

–Me desculpe Karen. - disse envergonhada enquanto soltava seu braço.

–Que tal você dá uma volta para se acalmar ?! Ainda não começou o jogo.

–Você tem razão, volto logo. - disse e fui até os estábulos.

Sempre adorei cavalos, meus pais me levavam desde pequena para a hípica que eram sócios para que eu aprendesse a andar a cavalo. Uma paixão da família.

Parei minha caminhada pelo estabulo assim que ouvi alguém conversando em italiano com um cavalo negro enorme. Tentei sair sem chamar atenção, mas acabei derrubando uma pá no meio do caminho assustando o cavalo e o homem.

Ele virou rapidamente e perguntou algo que não entendi, sem jeito apareci para me desculpar por ser tão desajeitada.

Me desculpe, mas eu não falo italiano. - disse assim que apareci e ele se afastou em choque, como se tivesse visto um fantasma. - Não quis lhe assustar ou o seu cavalo.

–Quem é você? - ele questionou serio me encarando com seus olhos azuis claros confusos.

–Sou Águida Defilippo.

–Isso é impossível, Águida Defilippo morreu. - ele disse recuperado do susto.

–Olha, sei que meu bisavô saiu por ai dizendo que eu morri, nem sei por que ele disse isso, mas eu estou viva.

–Sei. -ele disse estreitando os olhos. - Você acha que sou idiota por acaso?!

–Claro que não. Nem sei quem é você?

–Sou o delegado da cidade e você?! É a mais nova “Picareta da praça” ?!- ele questionou rude.

–Você está me ofendendo. Não sou “Picareta”. Sou Águida Defilippo.

–Tá bom. Essa cidade pode acreditar em você e na sua amiga, mas eu não. E se vocês duas aprontarem coloco as duas na cadeia. - ele disse furioso antes de sair para seu jogo me deixando chocada.

Quando voltei para a mesa contei para Karen o que houve e ela ficou preocupada com a ameaça. Mas assim que mostrei a ela o delegado quando o jogo de polo acabou, com a vitória do time do delegado sobre o de Maurizio que não ficou nada feliz com o resultado, Karen ficou deliciada com a “visão”.

–Não se preocupe amiga, vou resolver esse problema. Ou melhor esse delicioso e excitante problema. - ela disse desejosa olhando para a bunda do delegado.

Em algo eu tinha que concordar com Karen, o delegado era uma visão e tanto.