Tempo Perdido escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 19




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SantaRossa, 1738

–Águida. - Frei Luigi disse assim que me encontrou chorando na igreja.

–Ele não quis me ver.- solucei com o bilhete de Miguel em minhas mãos.

–Ele está sofrendo Águida.

–E eu?! Também estou sofrendo. - sussurrei desolada.

–Águida. - uma voz disse e virei para ver seu dono.

–Miguel. - sussurrei e corri para seus braços, mas ele me afastou. - Miguel?!

–Depois que mande minha resposta, pensei melhor e vim ver o que você diria. - ele disse frio.

–Vocês podem conversar na sacristia. - Luigi sugeriu e fomos.

–Pensei que você fosse melhor e não uma interesseira. - Miguel disse furioso.

–Isso não é verdade. - solucei desesperada.

–Não é verdade?! Dei meu coração a você Águida algo que jamais fiz a outra pessoa e você me apunha-la pelas costas?! O que quer que eu pense?! – ele disse com raiva.

–Só estou fazendo isso pelo meu irmão, apenas por ele e não por dinheiro. Enzo merece ter uma vida feliz.

–Você também. - ele gritou furioso.

–Agora você será mulher de Maurizio Águida e vim para me despedir, vou sair de SantaRossa. Não quero ver você se unindo com ele sob ás bênçãos da igreja. - ele disse me olhando demoradamente. - Adeus Srta. Defilippo.

–Não. - gritei e me joguei aos seus pés segurando suas pernas. - Não me deixe Miguel, por Deus.

–Foi você que me deixou Águida. - ele disse se soltando de mim.

–Espero que você seja feliz. - ele disse e saiu sem olhar para trás.

Soluçando cai no chão em prantos em meio ao desespero de perder meu único amor.

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–Você precisa comer filha. - mamãe disse e colocando uma bandeja em cima da minha cama.

–Não vou comer, prefiro definhar até morrer do que me deixar ser tocada por Maurizio Benaducci.

–Será sua obrigação como esposa dele filha. - ela disse suave e tentou me tocar mas recusei.

–Não sou sua filha. Você me vendeu como uma coisa, se você fosse uma mãe de verdade jamais me venderia.

–Filha. - mamãe pediu chorando.

–Deixe-me. - pedi e ela saiu entre lágrimas.

Passei a noite inteira rezando para nossa Sra. Do perpétuo socorro para me ajudar, me guiar em meio a escuridão e ela havia me mostrado a luz.

A hora já estava adiantada, mas sabia que ele me receberia então fugi de casa correndo em direção a casa dos Valentini no meio de uma chuva enorme.

A casa dos Valentini ficava fora da cidade e era linda, um verdadeiro palacete.

Bati na porta e logo ela se abriu revelando um Miguel sonolento e desarrumado.

–Águida?!- ele questionou confuso.

–Será que podemos conversar?! – pedi e espirei no final.

–Entre, está chovendo muito. - ele disse e entrei na casa. - Vou pegar um cobertor para você.

–Não precisa. - disse tremula e ele me puxou para o seu peito me abraçando forte.

–Me desculpe pelo que disse de manhã, estava cego de ciúme, mas agora sei que você está fazendo tudo isso por seu irmão e me sinto egoísta por não entender. - ele sussurrou e olhei o incrédula.

Nossa Sra. Do perpetuo socorro havia feito um milagre.

–Tudo bem, perdoo você. - sussurrei acariciando seu rosto e ele me beijou com urgência e ardor.

E eu apenas me entreguei aos seus beijos tórridos até que ele se separou de mim e segurou minha mão e me levou para cima.

Me sentei na cama confusa assim que Miguel pegou algo na gaveta de seu criado mudo antes de se ajoelhar na minha frente.

–Quer casar comigo Srta. Defilippo? - ele perguntou me olhando nos olhos e abriu a caixa revelando um lindo solitário.

–Quero. - solucei em meio as lagrimas e sorrisos bobos enquanto Miguel sorria e colocava meu anel em seu lugar.

–Você é minha a partir de agora e eu sou seu. Ninguém vai nos separar, prometo. - ele jurou enquanto me olhava nos olhos.

–Eu acredito em você. - sussurrei e ele me beijou.

Sei que o que fiz foi errado, não deveria ter vindo para casa de Miguel tão tarde, ainda mais que seus pais estavam em SantaRossa com sua irmã e agora eu estava em seu quarto, deitada em sua cama recebendo caricias que nunca havia recebido dele.

–Vamos ser um só Rosa, um só pra sempre. - Miguel prometeu enquanto acariciava meu cabelo e me olhava nos olhos como se pudesse ver a minha alma.

–Pra sempre é tudo que quero. - sussurrei e voltei a beijá-lo.

Não demorou muito até que senti uma dor lancinante e gemi assustada.

–Tudo bem Rosa. - ele sussurrou me olhando nos olhos. - Não precisa se assustar, meu amor. Jamais te faria mal algum, só vou transforma-la em minha mulher. Minha mulher e de mais ninguém.

Tentei me acalmar com seus carinhos, beijos e promessas de que iriamos ficar juntos e acreditei nele.

Por que agora eu era dele e ele era meu pra sempre.


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Notas finais do capítulo

imagens do capitulo:

http://media-cache-ak0.pinimg.com/736x/a1/b0/ee/a1b0ee7269da9323f37e34f8713f214f.jpg (Anel de noivado)



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