Rainha da Neve escrita por Lola Vésper


Capítulo 11
Liberdade


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Mais um capítulo :D Eu acabei ele agora e to morrendo de sono, então ficou sem revisão... Mas eu prometo que depois volto e reviso. Comentários, por favor? Quem sabe assim eu escrevo o próximo mais rápido! :D



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Não tenho como ter certeza absoluta. Nem dos relatos que encontrei possuíam horas para verificar se minha suspeita está correta. Mas acredito que o que vou contar agora aconteceu ao mesmo tempo em que a cena descrita antes. Se não isso, tão próximas uma da outra que não faz grande diferença.

Kristoff olhava chateado para Anna. Ele estava sentado, mas ela andava de um lado para o outro em seu corpo diminuto. Sairiam dali? Se sim, e se algum dia casasse com ela, garantiria que sua lua de mel seria em algum lugar quente, com praia e céu limpo. Arendelle e aqueles globos eram frios o bastante.

Mas talvez um pouco de neve ainda pudesse os ajudar. Kristoff viu primeiro, mas a sombra que a criatura projeto logo chamou a atenção de Anna também.

Era um os mini bonecos de neve que Elsa criara acidentalmente quando ficava doente uma vez, muitos anos atrás, quando ainda não controlava os poderes muito bem! Kristoff nem mais se lembrava deles… Apesar de ter tido problemas com eles em um dos aniversários de Anna. No final, eles tinham levado os bichinhos até o castelo, pouco antes de Rosalya o ocupar, mas ele imaginara que todos tinham desaparecido…

Aparentemente não. Aquele ali restava.

Kristoff começou a acenar para ele, talvez pudesse tirar ele e Anna dali. Infelizmente, ele não era muito inteligente. Assim, ainda demorou longos segundos antes de perder Kristoff acenando e sorrir um sorriso largo, tentando se aproximar.

O homem não achava que tinha sido a intenção do bichinho derrubar o globo de neve, mas aqueles seres nunca tinham sido delicados.

Mesmo assim, Kristoff teve sua fé restaurada no frio quando o globo atingiu o chão e uma dor agoniante percorreu seu corpo, uma ventania envolve-o e finalmente o trouxe de volta a forma normal.

Anna vibrava dentro de sua própria prisão, ainda pequena. Era isso! Tinham conseguido!

Depois de testar os sentidos, esticando as mãos e dando alguns passos, o loiro correu para a namorada, pegando o globo, mas hesitando no último instante.

Ela pareceu zangava, apontando para baixo e exigindo que a derrubasse.

– Eu sei! Mas não posso simplesmente te jogar no chão!

Anna cruzou os braços.

Ele suspirou, fechou os olhos e finalmente deixou o globo cair. O lugar onde o globo caíra foi enfeitado por neve em desenhos, até que tudo foi crescendo e Anna em tamanho real apareceu a sua frente.

Ela estava tão linda! O cabelo permanecia arrumado, os olhos radiam e havia um sorriso sincero nos lábios.

Os dois se abraçaram, sentindo um ao outro como se o fizessem pela primeira vez. Então Anna se afastou um pouco e avançou para os lábios do loiro.

Quando por fim se separaram, foi a vez de Kristoff, também sorrindo, pegar o criaturinha de neve em cima da mesa, parecendo confusa, e beijá-lo antes de ele correr para longe.

Kristoff deu de ombros e pegou a mão de Anna, que ria baixo.

– Temos que sair daqui. – ele sussurrou, com medo de ser ouvido por Rosalya e parado mais uma vez em sua missão de salvar Anna.

Claro, ainda tinha que descobrir onde estavam os homens que o acompanharam até ali, mas primeiro precisava colocar a garota em segurança.

Ela concordou com a cabeça.

– Não pode ser pela saída normal. Rosalya vai nos ver. – Ela observou.

– Verdade. – Kristoff assentiu, pensativo. Então soltou a mão de Anna e correu para a janela. Quando voltou a olhar para ela, estava sorrindo.

– É uma descida longa, mas dá para ver o chão. Já fiz piores. Vamos? Anna hesitou.

– Descida…? Como? – ela perguntou, confusa.

– Você confia em mim? – Kristoff esticou a mão para Anna, tentando acalmá-la. – Vai ser como aquela vez que te levei para escalar nas montanhas.

– Mas sem corda.

– Sem corda, infelizmente – ele concordou com um meio sorriso.

Ela não pareceu certa por um momento. Mas então lembrou que era Kristoff.

E pegou a mão dele.

Não conheço os detalhes sobre a descida dos dois, mas posso imaginar que não foi fácil. Depois de dias aprisionados dentro de globos de neves e finalmente livres, eles ainda tiveram que enfrentar a escalar sem qualquer proteção, com tudo congelado. Mas finalmente conseguiram. E não só isso, mas também deram “um jeito de passar despercebido aos gigantes parados na frente do castelo” como o próprio Kristoff conta em um relato que fez depois de a guerra terminada.

Não sei o que ele quis dizer com isso, mas sei que os dois conseguiram chegar em segurança até os homens de Elsa parados na frente do castelo.

– Princesa Anna? – um deles chamou quando viu a menina de cabelos loiros-morango.

– Sim, sou eu!

– Anna! Kristoff! – e desta vez foi uma voz conhecida. Era Olaf. O boneco de neve correu desajeitadamente até eles e a menina teve que se abaixar para abraçá-lo. – Vocês estão bem! E você também Kristoff! Todos achamos que estava morto! Rosalya disse que havia matado todos os homens que mandamos para resgatar Anna!

– Bom, acho que não estou morto – Kristoff disse, franzindo a testa.

– Sim, estamos bem! – continuou Anna eufórica – Mas o que vocês estão fazendo aqui? Onde está Elsa? – e, quando ninguém respondeu, tentou de novo, levantando-se. – Onde está minha irmã?

– Ela entrou no castelo sozinha. – Olaf disse, mais baixo. – Rosalya disse que a guiaria até você. Elsa não voltou ainda.

Todos olharam para o castelo que permanecia congelado e firme.

– Ah, não… – Kristoff murmurou. – De novo não…

Fez-se um silêncio mortal entre eles. Ninguém falava, ninguém respirava, tudo era só silêncio.

– Ah! – exclamou Anna por fim. – Mas temos vantagem. Rosalya está fraca. Tem gastado todas as suas energias fazendo magia, sem repô-la. Podemos atacar e vencer!

– Mas ela disse que mataria… – Olaf começou preocupado.

– Eu não me importo! Se não fizemos algo, ela VAI matar minha irmã!

Por fim Olaf sorriu e Kristoff começou a mão no ombro de Anna.

– Qual o plano? – ele perguntou.

E Anna sentiu coragem a preenchendo. Era isso.


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