Nosso Querido escrita por Sophie Kane


Capítulo 9
Quinto-As notas de uma melodia


Notas iniciais do capítulo

Oi amados leitores! Voltei pra arrasar! hehe brincadeira
Leiam as notas finais!
Aproveitem o capítulo!!!
Bjs



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–Arthur, seu lindo e maravilhoso, amado divo!-gritou uma voz, que, por me chamar pelo segundo nome, eu reconheci ser de minha prima Estelle, que eu nem sabia que estava no baile.-Onde você estava?Ainda há muitas Selecionadas para você dançar!

–Eu sei, Estee, mas eu já estava socializando com uma delas.

Ela arregalou seus olhos castanhos, acompanhados de um sorriso malicioso. Suas mãos juntaram-se, permitindo que ela fizesse uma pequena comemoração. Não sei o que minha família tinha contra mim em relação a garotas.

–Sério?

Fiz que sim com a cabeça, fazendo-a estender a mão para mim. Sem entender, apertei-a. Com certeza Estelle era a prima mais estranha que eu tinha, diferente das irmãs Astra, a calma e educada, e Roxanna, a princesinha da família. Até suas roupas pareciam se ajustar a essa condição, já que eram sempre grandes e chamativas. Minha tia costumava a vestir suas três filhas com roupas iguais, mas Estee sempre encontrava uma maneira de divergir das outras duas.

–Que orgulho de você, primo, não achei que interagiria tão rápido com uma delas.

Ela sorria, ainda segurando minha mão, nada romântico, mas com amor de primos. Era um toque sincero, que me trazia flashes de minha infância... Quatro menininhas ruivas, Estee,Astra,Roxy e Maren, correndo pelos jardins, com os cabelos voando com o vento. Uma época tão boa, mas que nem com todos os títulos eu poderia trazer de volta.

–Venha que logo August e Theresa farão a apresentação deles!-ela disse, me puxando para o canto esquerdo do Salão, onde um pequeno palco fora montado.

Meus irmãos, Anna, que simplesmente odiava ser chamada de Theresa, e Frederick, haviam preparado uma apresentação especial para esse baile. Eles fariam um dueto de piano e clarinete, Anna no piano e Frederick no clarinete. Os ensaios deles, que se estenderam por muitas semanas, já começavam a me irritar. Não que eu desprezasse o trabalho duro dos dois, mas depois de um tempo simplesmente enjoa.

Meus irmãos já estavam no palco. A menininha, com um vestido azul marinho e azul-prateado, com um laço na altura da cintura, como sempre. Frederick parecia um pouco desconfortável com o traje militar, como o meu, que usava. Eles conversavam animadamente, mas, apesar disso, eu conseguia perceber o nervosismo nas mãos de Frederick. Sempre quando estava assim, ele estalava os dedos.

Irina e Adaire,as tutoras das Selecionadas, já estavam juntando todos em volta do palco.Pelo que eu conhecia das duas, elas estavam bastante satisfeitas com as meninas, pois sorriam ao chamá-las. E sorrir era algo difícil quando se fala dessas duas mulheres.

Algumas moças pareciam ter se dado bom com as princesas da corte alemã, já que conversavam com elas enquanto se aproximavam do local da apresentação. Era estranho ver as damas, que geralmente eram reservadas, rindo um pouco alto de mais com as Selecionadas.

–Aproximem-se, por favor, suas altezas, majestades e senhoritas. -dizia Irina,a mais velha das tutoras, enquanto guiava alguma Selecionada pelos ombros.

Meus pais também já estavam próximos ao placo, sorrindo ao conversar com os reis da Alemanha. E falando em meus pais, onde estaria Maren?

Será que ela fugira? Não a via desde a recepção, que acontecera havia duas horas. Também notei que algum dos príncipes alemães não estava presente.Estranho.

Importava-me muito com minha irmã, mas, se naquele momento ela queria mover nossa atenção para ela, o problema não era meu. Ela sabia, desde o princípio que essa apresentação seria importante para Freddie e Anna. E ela simplesmente não apareceriaou atrapalharia?

Ou talvez só estivesse atrasada.

–Wir hertlische wilkommen unsere gäste aus Deutschland.-disse minha irmã,no palco, no seu alemão travado.-Wir sind sehr froh, weil ihr hier seid. *

A voz de criança dela falando em alemão me fez esquecer Maren. Fez-me lembrar do quanto meus dois outros irmãos trabalharam para isso e que este era o momento de prestigia-los e não de preocupar-me com a foragida.

–E para homenagear a chegada de nossas convidadas filhas de Illéa, eu e minha irmã tocaremos uma música para vocês.

Os dois sorriram para o público, que aplaudiu. Anna então se sentou no banco à frente do piano. A música começou.

Anna tocava as teclas do piano delicadamente, como se tocasse nas nuvens. Ela praticava piano desde muito nova, então, mesmo que as músicas fossem difíceis, seus movimentos ao toca-las eram tão naturais como andar.

Frederick, por outro lado, ainda era um pouco desajeitado ao tocar clarinete. Fazia pouco tempo que ele abandonara o violoncelo e começara a aprender esse instrumento de sopro. Mesmo assim, o treino constante dessa mesma música o fez ficar relativamente bom, mesmo que só nela.

Os espectadores olhavam fixamente para a apresentação. Os poucos focos de conversas logo eram repreendidos por Irina, que era muito rabugenta por sinal. Minha mãe, que estava posicionada perto do palco, olhava orgulhosa para os dois. Fora ela quem incentivou a música em nosso lar, tendo nascido uma Cinco. E, também, como mãe, ela tinha o direito de se alegrar por seus filhos, ainda mais por seu favorito, que seria Frederick.

–Finalmente essa tortura vai acabar não é?-disse uma voz, subitamente, ao meu lado. -Essa música sendo repetida mil vezes, quero dizer.

Discretamente olhei para o lado. Deparei-me com um emaranhado de cabelos ruivos. Percebi que o vestido cinza, preparado com muito cuidado por nossas costureiras, estava um pouco sujo de terra. O sorriso no rosto do ser ao meu lado era sarcástico. Os olhos azul-esverdeados escuros brilhavam e as bochechas estavam ruborizadas.

–Onde você estava, Marinha?-pergunto, virando o rosto, a fim de despistar Irina e Adaire.

–Fui dar uma volta. -disse ela, indiferente, enquanto as últimas notas da música soavam pelo Salão. -Desculpe, mas suas Selecionadas me irritam.

Olhei-a pelo canto do olho e ela, percebendo isso, deu de ombros, já começando a bater palmas, como os outros presentes. Todos pareciam ter gostado da apresentação ,pois, diferente de Maren, batiam palmas animadamente.

–Você está é com inveja... -sussurrei em seu ouvido, com a máxima discrição que consegui ter naquele momento.

Ela olhou para mim, incrédula, mas logo começou a rir. Sua risada era estranha, e alguns soluços surgiam no meio dela e,com ela, seu corpo inclinava para frente. Apesar disso, ninguém a encarou.

–Muito obrigada pela atenção de vocês.-disse Frederick, muito calmo.

–Esperamos que tenham uma ótima estadia no palácio.-completou Anna, sorrindo e logo depois olhando confusa para nós.

As luzes do palco foram desligadas, deixando apenas as luzes roxas da pista ligada, convidando assim os convidados para voltarem a dançar normalmente. Todos pareceram entender o recado, pois se locomoveram em massa para o centro do local.

–Seany, seu bobinho.-disse,Maren, ainda rindo como uma louca.-Inveja delas?Eu?

Ela riu por mais alguns minutos, até que ficou tão vermelha que alguma criada teve que leva-la para o quarto.

E a noite continuou. Dançar, Conversar. Comer. E depois, finalmente, cair no sono, com as lembranças frescas em minha mente.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
E eu demorei, mas me prestei a procurar uma música que se encaixasse com a apresentação https://www.youtube.com/watch?v=EvH8KZ_0KfU (desconsiderem os 2 primeiros minutos, porque é só discurso rsrs)
E eu não coloquei a conversa do Sean com a Antonella, vlw, flw vocês irão descobrir depois buahahaha....
Deixem suas opiniões, críticas construtivas ou seilá nos coentários!!
Até a próxima!
PS: Não me culpem pelo nome idiota do capítulo, não consegui pensar em um melhor hehe



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