Beyond the Appearances escrita por Mavie Paiva


Capítulo 5
Um idiota vem encher o saco


Notas iniciais do capítulo

Oi oi pessoinhas! Os fantasmas estão se multiplicando! O que é ótimo, tem mais gente lendo. Mas ninguém comenta. O que me deixa triste. :( Enfim, aqui está mais um capítulo e acho que vão gostar.



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POV Mabel

Já haviam se passado três dias desde a visita da minha mãe. Desde então eu não conseguia parar de pensar na proposta e em como cumpri-la. No domingo, depois de contar para as meninas, fomos a um salão de beleza. Fui obrigada a passar por uma seção de tortura. Depilação, massagem no cabelo, corte, fazer as unhas dos pés e das mãos... Sim, a tortura completa.

Você deve estar se perguntando como eu consegui um salão em pleno domingo. Simples, temos uma filial de um dos melhores salões do país aqui no campus e quando você é filha dos principais colaboradores na faculdade, consegue alguns favores especiais. Óbvio que a gerente do salão ficou surpresa com meu pedido, eu nunca havia me interessado pelo salão e sinceramente odiei ter que ir lá, mas Jordyn insistiu em acatar as ordens da minha mãe o mais rápido possível e como nenhuma de nós sabia o que fazer em relação ao namorado, ela resolveu que seria melhor começar pelo que as meninas sabiam fazer (lê-se: me submeter a um dia torturante para me fazer perder o título de “Desarrumada)”.

Hoje pela manhã Jordyn havia feito uma trança no meu cabelo, no estilo espinha de peixe. “Vamos começar sua transformação de maneira sutil.” é o que ela vem dizendo nos últimos dias, mas o seu sutil significou banir meus moletons e all star, me obrigar a usar um cabelo mais arrumado, além de colocar rímel e gloss.

Eu estava indo para o parque me encontrar com Jordyn, Carly e Anna depois das aulas quando percebi alguém me seguindo, ignorei e continuei meu caminho. Eu já conseguia vê-las sentadas em um dos bancos do parque quando senti uma mão em meu ombro. Virei-me e dei de cara com a última pessoa no mundo que eu imaginei que algum dia viria falar comigo. Daniel Stuart. Arregalei um pouco os olhos, surpresa. Mas pelo visto ele não percebeu e rapidamente assumi uma expressão de indiferença.

– Oi! – ele falou – Mabel, certo?!

– Sim. E você é...?

Dessa vez foi ele que ficou surpreso. Esse menino tem um ego tão grande que juro que fiquei surpresa pelo gorro que ele usava encaixar em sua cabeça. Ao que parece, ele não admitia não ser reconhecido por alguém da mesma turma e mesmo que eu tenha o reconhecido, não daria esse gostinho a ele.

– Fala sério?! Você não sabe quem sou eu?

– E eu deveria saber por quê...?

– Porque eu sou da mesma turma que você e o homem mais popular dessa faculdade. – comecei a rir, ele se designando como homem é realmente hilário – Está rindo de que?

– De você, gênio!

– Eu tenho cara de palhaço?

– Tenho mesmo que responder? – falei tentando abafar uma risada.

– Deixa pra lá. – acho que ele não é tão burro quanto eu imaginei que era.

– Você ainda não me disse seu nome.

– Daniel Stuart, para o seu prazer. – ele fez uma pequena reverência. Convencido, sim ou claro?

Ergui uma das sobrancelhas e fiz uma cara do tipo “tá de sacanagem com minha cara?“, novamente ele não percebeu e ficou apenas me encarando com um sorriso sínico que eu tenho que admitir: é um pouco sexy.

– O meu prazer é tocar e dançar, não ficar encarando um idiota. – falei, seca. Ele me olhou com uma expressão incrédula.

– Acho que alguém não está com bom humor hoje, credo menina!

– Pode me dizer logo o que você quer?

– Por que você acha que eu quero alguma coisa?

– Pessoas como você nunca vem falar comigo apenas pelo prazer da minha companhia.

– Como você sabe que tipo de pessoa eu sou se não sabia quem eu era? – droga, ele realmente não é o jumento batizado que eu imaginava.

– Não é preciso conviver com você por mais de cinco minutos para saber que tipo de pessoa você é. E meus pais sendo quem são, vivem rodeados de pessoas como você, ou seja, tenho experiência com pessoas do seu tipo. Vocês são todos iguais, só o que muda são as embalagens.

– Você fala como se eu fosse de outra espécie. – ele fez uma careta engraçada.

– Pense o que quiser. – comecei a me virar para ir embora, mas ele me segurou pelo braço.

– Tenho uma proposta para você. – ele falou. Ok, fiquei curiosa.

– E o que seria? – novamente com cara de indiferença.

– Você vai produzir a minha banda.

– Por que diabos eu faria isso? E mesmo se eu fizesse, o que eu ganharia em troca?

– Porque eu estou pedindo. E você ganharia muita popularidade.

Olhei para ele incrédula. Eu posso não ser popular, mas isso nunca me interessou. Sou sociável o suficiente para conseguir as oportunidades certas para meu futuro e meus pais sempre me fizeram estar perto das pessoas mais influentes do mundo da música. Elas conhecem meu talento. Eu não preciso lidar com esse garoto e nem com o resto da trupe.

– Eu não me interesso por essa merda de popularidade, vá atrás de outra pessoa.

Até parece que eu ia me dar ao trabalho de produzir uma banda que não conheço apenas por popularidade. Que oferta mais tosca. Ter que aturar aquele garoto que só pensa em festa e diversão, que possui um QI incrivelmente pequeno e só liga para aparência, festas e bebidas. E para ganhar o que? Mais tempo com pessoas iguais a ele. Aquela oferta parecia com o diabo chamando para um chá no inferno e oferecendo estadia permanente.

Virei para ir embora e dessa vez ele não me puxou de volta. Também não falou mais nada, acho que agora ele vai me deixar em paz.

Eu não poderia estar mais enganada e logo descobriria isso.

Fui até onde as meninas estavam e percebi que elas tinham observado toda a cena, estávamos longe o suficiente para que elas não ouvissem nossa conversa, mas o fato de Daniel Stuart ter vindo falar comigo com certeza tinha despertado a curiosidade delas.

– Aquele era Daniel Stuart? – Carly perguntou assim que eu cheguei perto o suficiente para ouvi-la.

– Não, era o irmão gêmeo dele. – falei sentando ao lado de Anna.

– Que humor arisco. A proposta tá te afetando mais do que eu imaginava. – Jordyn falou.

– O que me deixa louca é ter que andar sem meus moletons.

– Parem de desviar do assunto! – Anna reclamou – queremos saber o que o menino mais popular da faculdade queria com você.

– Ele queria que eu produzisse a banda dele para ganhar popularidade em troca. Ridículo!

– Sério? – Carly estava incrédula. Percebi que não era só ela.

– Por que ele faria essa proposta? – Anna perguntou.

– Não é óbvio? – Jordyn falou – De todos aqui nessa faculdade, a Mabel é a única que conseguiria levar uma banda ao estrelato.

– Isso é verdade, qualquer banda apoiada e produzida pela filha de Henry Oliver ficaria famosa em um piscar de olhos. – Carly falou.

– É claro, eu não produziria uma banda que não fosse boa.

– Por que você não aceitou? – Anna perguntou e eu lancei um olhar descrente para ela.

– Por vários motivos. Primeiro: não quero ter que conviver com ele. Segundo: nunca ouvi a banda dele, não sei se vale a pena. E Terceiro: já tenho problemas demais para ainda ter que lidar com isso.

– É, você tem razão. Depois da proposta que sua mãe fez, isso é a última coisa da qual você precisa. – Jordyn me apoiou.


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Notas finais do capítulo

Entããão, finalmente o encontro da Mabel e do Dani. E por favor, deixem de ser fantasmas e me digam o que acham. A Larissa é a única que me diz o que acha e sei que não tem só ela lendo.
xoxo



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