Falling In The Black escrita por Hime


Capítulo 8
Capítulo Oito – Conversa franca.


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal, caros leitores.
Espero que tenham ganhado muitos presentes, esse é o meu presente pra vocês, capítulo duplo. Vou postar dois capítulos de uma vez só. Recomendem, favoritem e comentem, façam uma autora feliz nessa época tão bonita.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/518544/chapter/8

Fazia alguns dias que Harry descobriu sobre Clair e tudo parecia normal na mansão, ele estava sozinho aproveitando seus dois dias de folga antes da próxima missão. Harry estava na biblioteca absorto em Frankenstein de Mary Shelley, quando Clair adentrou na biblioteca querendo ter uma conversa franca com o moreno e se sentou em uma poltrona de frente para ele, que suspirou antes de fechar o livro e virou-se para ela perguntando educadamente:

—O que deseja Sra. Black?Regulus está no escritório dele.

—Não é com ele que quero falar, Harry, é com você se me permite. —Ela respondeu observando-o acenar gesticulando para que ela prosseguisse: ―Eu vim falar sobre o seu relacionamento com Hermione antes de você partir em missão com uma data de volta indefinida.

―Com todo o respeito que tenho pela senhora, se você não notou Sra. Black ela nem olha mais pra minha cara, Hermione se irrita com a minha mera presença e se recusa a falar comigo. Então posso dizer com toda a certeza que meu relacionamento com ela está um fiasco, estou mais parecendo um inimigo dela que qualquer outra coisa. ―Harry finalmente se abriu com ela, ele disse tudo que estava sentindo e parecia que tinha tirado um peso dos ombros. ―Se eu soubesse que isso fosse arruinar a nossa amizade, eu teria...

―Você teria deixado-a morrer?―Clair perguntou analisando a reação do rapaz, que frustrado suspirou bagunçando o cabelo já rebelde.

―Não, eu não iria. Essa é uma das poucas certezas que tenho. ―Ele respondeu sincero olhando para ela. ―Eu iria tentar achar um jeito de salvá-la sem precisar transformá-la, sem ter que condená-la a escuridão, mesmo que isso custasse a minha vida.

―Mas por que ela é tão importante pra você?―A ruiva perguntou genuinamente curiosa sobre a relação desses dois, mesmo para ela que tinha décadas de experiências era uma relação diferente de alguma forma.

―Ela é uma das poucas coisas boas que aconteceram na minha vida, não importava o que acontecesse Hermione sempre esteve me apoiando quando eu precisei dela e NUNCA me deixou na mão. Ela é uma constante na minha vida há quase seis anos, Sra. Black.

―Então é gratidão?Você tem que protegê-la porque ela cuidou de você?

―Não, quer dizer, é mais como uma ajuda mútua, nós SEMPRE estivemos um para o outro. Essa é a nossa segunda briga em cinco anos, nós raras vezes brigamos e quando isso acontece é coisa grande por assim dizer. ―Ele tentou explicar sem parecer confuso para Clair. ―Por isso mesmo que ela me odeie pelo resto da eternidade, é um preço pequeno a pagar, então eu não me importo com a bagunça que está minha vida pessoal porque a Hermione morta é simplesmente inconcebível pra mim, Clair. ―Era a primeira vez que ele usava um tratamento informal com ela desde que descobriu quem ela era e Clair achou isso gratificante porque ela queria aproximar-se do rapaz, afinal, ele já era da família.

―Você já amou alguém, Harry?Ou teve alguma paixão ardente?

―Eu não diria ardente, mas já me apaixonei sim. ―Harry respondeu levantando-se para guardar o livro enquanto Clair o seguia.

―Como ela era ou era um ele?―Clair perguntou brincalhona enquanto Harry negava veemente. ―Sei lá, ué. Vai que acontece, eu não tenho problema com isso.

―Era uma garota, eu não jogo pro outro time Clair, pelo amor de Merlin. Ela era de descendência oriental, dois anos mais velha que eu e muito bonita, uma beleza exótica. Porém, infelizmente ela era muito ciumenta.

―Por que diz isso?

―Pra ser sincero, ela tinha MUITO ciúme da Hermione, muito mesmo e ela tinha um lance mal resolvido com o falecido namorado, então esses dois somados são iguais a um fim nada agradável de relacionamento. ―Ele respondeu dando de ombros fazendo Clair gargalhar.

―Eu sabia que você tinha senso de humor, rapaz. Então já insinuaram algo sobre você e a Srta. Granger?

―Sim, mas por que todas essas perguntas Clair?―Perguntou desconfiado franzindo o cenho olhando bem para a ruiva que deu de ombros.

―Só curiosidade, mas agora eu tenho que ir resolver algumas coisas. Então te deixo somente uma pergunta: Qual é o meu dom?―Ela perguntou antes de sair e desaparecer em um dos vários corredores deixando um Harry muito confuso para trás.

Após aquele estranho encontro na biblioteca, Harry foi perguntar a Regulus como um vampiro conseguia um dom e qual era a sua serventia, então após uma explicação rápida Regulus deu a ele um de seus livros particulares explicando sobre o assunto. Um dia havia se passado, ele não havia se encontrado com Clair para tentar entender o porquê da estranha pergunta e Harry estava sem a mínima idéia de qual era o dom dela.

Logo se passou seu último dia de folga e Regulus decidiu dar uma missão solo em Montenegro, na cidade de Nikšić, onde Harry só teria que lidar com uma coisa que estava matando vampiros nobres que ali habitavam, não era nada novo. Dobby preparou a mala de seu mestre que iria pegar um jato naquela mesma noite para o aeroporto Sarajevo e iria ficar em um hotel próximo do centro da cidade.

Harry, ao longo do treinamento, guardou o Prevú como um amuleto protetor e carregava-o sempre consigo, ele olhou para o colar novamente com um semblante melancólico antes de guardá-lo na bolsa balançando a cabeça tentando se livrar das lembranças que insistiam em voltar quando ele olhava a bela jóia que não foi dada a verdadeira dona. Era sempre assim, mas nos últimos dois dias, Harry olhava o colar tentando descobrir através dele qual era o dom de Clair e ainda sem uma resposta definitiva, ele voltou a terminar de arrumar a mala.

O percurso até Montenegro foi calmo, mas é como dizem: “Primeiro, a calmaria e depois, a tempestade” e era assim que Harry se sentia, tinha um pressentimento ruim, mas ele não iria abandonar uma missão incompleta. Se ele conseguiu sobreviver ao treinamento do Regulus, ele iria sobreviver a isso.

Harry não fazia idéia do quão errado ele estava, quando desembarcou algo estranho estava no ar e seu instinto entrou em alerta, logo, Harry começou a planejar no caso de uma emboscada, afinal, ele estava sozinho. Assim que chegou ao hotel, ele fez o check-in rapidamente antes de ir procurar pelos vampiros que habitavam a região para começar a investigação. Para os cidadãos, ele era um detetive particular que trabalhava para a polícia e foi contratado por um primo da família que morava no exterior.

A família Stewart era uma família tradicional que vivia na região desde a criação do povoado que com o passar dos anos se transformou em uma cidade, de acordo com o que Regulus havia informado, essa foi à primeira família a ser atacada. A propriedade deles era localizada nos arredores da cidade próxima da saída norte e ocupava oito hectares de terra, eram um clã grande com dez membros e pelo que os exames diziam uma das mulheres estava grávida e a família teria aumentado. O fato que uma grávida foi brutalmente assassinada tornava o crime mais bárbaro ainda, de acordo com os registros policiais do caso foi uma verdadeira chacina.

Com a visão melhorada graças à transformação, Harry podia ver as coisas com uma nitidez incrível, ele nunca iria deixar de surpreender com o fato de que por causa dos sentidos ampliados tudo tinha uma enorme riqueza de detalhes. Ele ficou surpreso com a beleza natural dos prados verdejantes e se perguntou se de dia a paisagem seria ainda mais bonita, mas voltou a prestar atenção a estrada de terra. Não era hora de distrair, Harry precisava focar na sua missão. Ele pulou a fita de segurança da polícia e caminhou em direção até mansão.

Assim que ele passou pelas portas de madeira imperial, um cheiro forte de sangue ainda presente no ar quase o desequilibra. O lugar estava um caos totalmente revirado com claros sinais de luta como a porta arrombada, os móveis bagunçados e quebrados, o sangue nas paredes manchando alguns locais. Obviamente não foi um crime comum, foi premeditado. A pergunta agora era: “Quem” e “Por que”.

Caminhando até o que seria o quarto do futuro membro da família fez com que uma singela lágrima escorresse conforme ele olhava o lugar em busca de pistas. A vida realmente não era justa, Harry esperava que pelo menos ao descobrir o assassino, a família poderia descansar em paz ao saber que a justiça foi feita. Ele conjurou um boque de flores e fez uma oração silenciosa em honra da família antes de sair do lugar com uma determinação reforçada em descobrir quem destruiu essa família.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No próximo capítulo teremos um pouco de ação e luta.
Até a próxima, Lorem lunar.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Falling In The Black" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.