Falling In The Black escrita por Hime


Capítulo 13
Capítulo Treze – Poderes e verdades.


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo, guardam revelações sobre a transformação da Mione. E descobriremos um pouco sobre a Clair.



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De volta a Mansão Black – Quarto do Harry, tempo atual...

Após Harry ter perdoado Hermione, a inconsciência o tomou nos braços novamente e suas feições, que ainda aparentavam estar demoníacas por causa da dor, começaram a suavizar-se até que o rapaz voltou ao semblante humano e sereno. Dessa vez, sem nenhum lugar escuro ou estranho. A morena não largou sua mão e não saiu do seu lado durante toda a operação, seus olhos possuíam uma nova chama de determinação renovada. Os médicos disseram que iriam fazer um check-up mais tarde e saíram para passar as prescrições que seriam necessárias a Regulus e Clair. “Harry estava certo quando disse que os vampiros sentem tudo muito intensamente, porque o alívio que ela estava sentindo era o maior que ela já sentiu em toda sua vida.” Hermione pensou com um sorriso acariciando o rosto dele.

―Você nunca chegou a odiá-lo não é Hermione?―Clair perguntou entrando no quarto assustando a garota, que saltou afastando-se do rapaz. ―O que você sentia, na verdade, era raiva intensificada por ser da nossa raça.

―Como pode ter tanta certeza?―Hermione perguntou tirando sua atenção do rapaz deitado. ―Eu o machuquei demais e, não sei a que milagre agradecer, por ele me perdoar. Porque não tenho certeza se eu perdoaria alguém da mesma forma. ―Ela confessou sentindo-se culpada.

―Porque... —Clair ia dizer quando foi interrompida pela voz rouca do rapaz deitado.

―Porque esse é o poder dela. Ela é uma Empata. ―Ele disse sorrindo travesso fazendo ambas sobressaltarem no susto. ―Não é, Clair?

―Harry, você deveria estar descansando. ―Hermione disse em tom reprovador fazendo sua melhor imitação de McGonagall.

―Fica meio difícil quando minha fonte de calor some bruscamente. ―Ele brincou fazendo-a corar e a Clair rir alto com o comportamento de ambos. ―Mas não se preocupe que eu não fico bravo assim tão fácil.

―Palhaço. ―A morena respondeu beliscando o ombro dele e Harry a olhou fingindo estar magoado.

―Como você pode fazer com seu pobre melhor amigo ferido, mulher sem coração?!―Ele disse falsamente magoado e Hermione ficou indignada. Clair não agüentou começou a gargalhar dos dois antes de responder.

―Sim, Harry. Você está certo. ―A ruiva confirmou com o cenho franzido em confusão e surpreendendo Hermione, que olhou a mulher com admiração, por conseguir mantê-la no escuro tanto tempo. ―Mas como descobriu?

―Logo depois, que você me disse para “adivinhar” seu dom, eu decidi analisar todas as conversas que tivemos e as que você tinha com outras pessoas. ―Ele começou a explicar se mexendo para dar espaço para a morena deitar ao seu lado e para a ruiva poder se sentar ao pé da cama. ―Eu decidi observá-la de perto e percebi como você parecia sempre saber o que os outros estavam sentindo, então decidi pesquisar acerca de dons que envolvessem emoções e encontrei Empatia. Mas esse não parece ser o único, porém eu ainda não tenho certeza do outro para poder afirmar. ―Ele disse pensativo gesticulando para a ruiva explicar sobre o dom dela.

―Muito bem, em raras ocasiões desde a criação da nossa raça, existem certos vampiros que recebem talentos extras e esses talentos são chamados de ‘Dons’ ou ‘Presentes’. Normalmente, somente um para cada e os que recebem mais são vampiros ainda mais raros. Esses Dons podem ser dos mais variados tipos, mas se subdividem em cinco categorias: climáticos, elementares, físicos, espirituais e psíquicos. O meu dom Empatia se enquadra na categoria espiritual, porém meu outro dom é psíquico, eu sou como um detector da verdade vampírico. O que explica minha facilidade em lidar com outras espécies e outros membros da nossa raça... ―Ela ia continuar quando Hermione ergueu sua mão para perguntar, velhos hábitos são difíceis de mudar.

―O que quer dizer com “detector da verdade”?Você tem uma espécie de sexto sentido?

―Não, é mais como se eu pudesse me conectar com a mente de quem está mentindo pra mim. Eu entro na mente da criatura e vejo suas memórias até descobrir o que eu procuro, que nem sempre eu sei, simplesmente sigo meu “instinto”. ―Clair explicou fazendo os dois arregalarem os olhos, quase comicamente, diante das implicações disso. Então ela se apressou em explicar: ―Mas eu que controlo meu dom, não dá para sair entrando na mente das pessoas porque eu acho errado e é invasão de privacidade, exceto em casos extremos.

―E a Empatia?Você também faz isso?―Harry perguntou genuinamente curioso. ―O Regulus também tem algum Dom?

―Sim, porém, o dele é o escudo. Ele se enquadra tanto no psíquico quanto físico. ―Clair disse sorrindo e adicionou com uma pontada de orgulho. ―Regulus é o primeiro a desenvolver um estágio de escudo tão a frente que pode tomar a forma física e psíquica.

―Mas como esses “Dons” se manifestam?É como um tipo magia acidental?―Hermione perguntou tentando armazenar toda essa informação possível. ―É algum tipo de mecanismo de defesa?

―Eu não sei afirmar com precisão, mas eu sei que na biblioteca subterrânea do Conselho tem livros acerca do assunto. ―A ruiva disse pensativa quando o rosto dela iluminou-se com um sorriso. ―Falando nisso, está na hora de ambos unirem-se às reuniões do Conselho, já que tecnicamente, você é um Black, Harry. ―Ambos não entenderam o que ela quis dizer com isso e Harry perguntou confuso:

―Mas como?Regulus é o atual chefe regente, por mais que eu tenha sido feito herdeiro, eu não tenho sangue Black para ser ensinado nem nada. E a Mione é nascida-trouxa.

―É nisso que você se engana, querido. ―Clair disse com um sorriso cheio de malícia e orgulho. ―Você é Black, sim, por parte de avó. Sua avó era Dorea Black antes de se tornar Potter, o que te torna herdeiro por sangue e papel. Então você precisa aprender acerca do controle da Família. E para resolver pra Mione, podemos dizer que ela está sob sua tutela por débito de vida ou por ser sua noiva. Vocês decidem, mas eu QUERO a Mione presente nas reuniões, e aqueles morcegos sabem melhor que me irritar.

―O-o que?―Harry gaguejou pensando não ter ouvido direito e Hermione arregalou os olhos comicamente e a boca ligeiramente aberta.

―Por que você acha isso tão improvável de acontecer, Harry?―Clair perguntou quase ofendida pela falta de aceitação do moreno. ―Tem algo errado com os Black?

―Não é isso, Clair. É que Harry nunca pensou que realmente pudesse ter algum familiar de sangue ainda vivo. ―Hermione explicou acalmando o amigo chocado. Ela o abraçou fortemente, mas não o bastante para fazer a ferida latejar. ―Ele passou por muita coisa, então é meio difícil se apegar a alguém novamente.

―Entendo. ―Ela disse com um semblante pensativo. ―Muito bem, vou deixá-los sozinhos, por enquanto, para recuperarem o tempo perdido. ―Clair disse levantando-se para se retirar.

Quando chegou a porta, ela virou-se para o casal e disse: ―E Harry, Regulus quer falar com você mais tarde no escritório dele. Não precisa bater. Hermione, nós vamos conversar enquanto Harry se resolve com Regulus?―Ela perguntou recebendo um aceno afirmativo de ambos.

Escritório do Regulus, duas horas atrás...

Quando Clair entrou no escritório de Regulus novamente, ele parecia preocupado olhando para a janela, que dava para o Jardim Secreto. A ruiva não precisava de seu poder para saber que algo atormentava seu companheiro. Então, silenciosamente ela chegou por trás e o abraçou.

―O que está te preocupando, Reg?―Ela perguntou acariciando o braço dele. ―Por que está assim?

―Você acha que um erro no caminho pode custar todo um percurso?―Ele perguntou, de repente, virando-se para ela. Ela sentia a ansiedade dele crescendo a cada momento. ―Acha que se você comete um erro pode acabar perdendo alguém importante?

―Depende, se você realmente está arrependido, é possível o perdão. ―Clair respondeu sinceramente, então pôs as mãos no quadril e uma expressão inquisitiva no rosto. ―O que você fez Regulus Arcturus Black?

―Eu fiz uma merda enorme. ―Ele disse frustrado começando a caminhar de um lado para o outro. ―Eu não deveria ter feito isso, Clair.

―Isso o que Regulus?―Ela perguntou confusa tentando entender o comportamento estranho do marido. ―Reg, você está começando a me preocupar. Explica o que está acontecendo.

―A garota, Hermione, ela não deveria ter se tornado uma de nós. ―Ele confessou causando choque em sua esposa. ―Pra ser sincero, ela seria um teste do autocontrole dele, que...

SMACK!!

Esse foi o som do tapa que recebeu de Clair. O rosto pálido da mulher começando a ter coloração vermelha de fúria, o cenho franzido e seus olhos apertando, praticamente o fuzilando com os olhos. Ele nunca a tinha visto tão irritada com ele.

―Ta, eu merecia essa. Mas precisava ser tão fodidamente forte?—Ele perguntou esfregando o local dolorido. Clair tinha uma força assustadora.

―Tinha. Como você pôde fazer isso, Regulus?!Você é imbecil?!―Ela gritou e o bateu novamente. ―Ela é uma menina inocente!Praticamente uma criança e você quase a matou para testar o maldito autocontrole do rapaz!Você faz alguma idéia do que aconteceria se Harry a matasse, seu babaca?!―A cada frase, Clair o estapeava mais e com mais força. ―O que ele estaria sentindo!Ou isso não passou pela sua maldita cabeça?!

―É claro que passou. Porém, depois que a merda estava feita!―Agora, ele também estava ficando irritado com as acusações e insultos. ―Acha que eu não fiquei culpado depois que conheci os dois?!Aquele garoto, com toda teimosia e sarcasmo, conseguiu fazer com que eu me apegasse a ele, caralho!E a menina também, ela é inteligente e perspicaz com um coração bom!Nenhum deles merecia uma existência maldita!―Ele estava tão frustrado que nem percebeu estar gritando também. ―Eu me apeguei aos dois.

―Eu também, Reg...―Clair finalmente percebeu o que havia acontecido e o abraçou reconfortante. ―Você está assustado não é?Depois de tantos anos, você finalmente está deixando alguém, que não eu, a conhecê-lo de verdade e isso te assusta. Por isso, você sente tanta culpa e tem medo de contar a eles não é?

―Sim, mas quando percebi já era tarde e a garota estava transformada. Eu não queria, mas havia algo no olhar do garoto que parecia irritar meu instinto alfa e quando a garota me acertou com o feitiço, foi como se eu soubesse que precisava atingi-la para chegar a ele.

―O que você quer dizer com “irritar seu instinto alfa”?

―Exatamente o que eu disse. Harry vai ser um poderoso vampiro, eu pressinto isso. ―Regulus afirmou com confiança e orgulho, então um semblante pensativo tomou conta de seu rosto. ―Porém, é como se ele não consegue atingir seu potencial ainda. E isso me confunde.

―Talvez tenha a ver com a garota e a ligação dos dois. ―Clair sugeriu lembrando-se do quão ligados os dois são, mesmo brigados. ―Você viu o que houve mais cedo.

―Talvez possa ser isso. ―Ele concordou antes de voltar à história. ―Mas como eu ia dizendo, quando eu feri a perigosamente foi como se algo despertasse a transformação. Ele parecia um demônio e conseguia acompanhar a minha velocidade, quando ele me pediu para curar a garota, ao invés, de me matar e eu decidi ver se ele conseguia se controlar. Eu sei que era perigoso, mas eu queria saber se ele ainda conseguiria manter sua “humanidade” intacta. Mas, eu feri Hermione demais e por um momento durante a troca de sangue, o coração dela parou.

―Você precisa contar isso a eles. ―Clair disse e Regulus negou. ―É melhor saberem por você do que por outra pessoa Regulus, e se você não contar, eu conto. Eu juro pra você que te mando pro sofá e conto tudo.

―Tudo bem, eu vou contar amanhã. ―Ele respondeu suspirando recebendo um olhar zangado da esposa.

―Você vai contar ainda hoje. Se até a meia noite você não tiver dito nada, terão conseqüências. ―Ela ameaçou com seu melhor olhar cruel e semblante ameaçador, Regulus suspirou acenando afirmativamente.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima, queridos fantasminhas. Não deixem de comentar e favoritar.
Beijos da Lorem Lunar.



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