Falling In The Black escrita por Hime


Capítulo 1
Capítulo Um – Depressão.


Notas iniciais do capítulo

Leiam e apreciem, comentários são bem-vindos.
Não sejam leitores fantasmas.



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―É sua culpa, toda essa desgraça poderia ter sido evitada, se você não existisse. Primeiro, foram seus pais, depois, foi Cedrico e então, Sirius. Isso tudo seria diferente, se você não tivesse nascido e então, seus pais e os outros ainda estariam vivos. É só sua culpa e nunca de mais ninguém. ―Seu reflexo, no espelho em um canto do pequeno quarto, disse venenoso com uma expressão cruel.

―Isso não é verdade!Não é!Isso é mentira!―Ele gritou furioso enquanto socava o espelho, que se partiu em diversos pedaços.

Os cacos cortaram sua mão, sangue fluía livremente da ferida e pequenos estilhaços de vidro ainda impregnados no machucado. Porém, Harry não se importava, pois há muito havia se acostumado com a dor. Edwiges aproximou-se cautelosamente de seu mestre bicando suavemente sua orelha, ele acariciou suas penas com sua mão sangrando e assim, manchando as penas alvas do rubro de sangue.

―Só você me entende, Edwiges. Você é minha única amiga no mundo, acho que só você sentirá minha falta quando eu me for. Ron tem sua família e depois de ser atingido por aqueles bichos estranhos irá se afastar de mim, Hermione tem seus pais e nunca mais irá falar comigo após ser ferida por Dolohov graças a mim, pro Neville ainda resta sua avó e agora que está confiante conseguirá seguir sem minha ajuda e a Luna tem seu pai e agora, tem amigos. ―Ele disse enquanto Edwiges piava baixinho como se dissesse “Eu estou aqui com você e sentirei sua falta.”

―É, está na hora de ir. Espero que Voldemort fique feliz, estarei realizando seu sonho de me destruir. Ele finalmente conseguiu me quebrar por dentro, ele conseguiu esse feito. Por muitos anos tentou e falhou até que ele matou Sirius, um dos dois últimos familiares que me restava. Sirius era única coisa que não me permitia desistir de recomeçar uma família e eu era a única coisa que não o permitia desistir de recomeçar uma família. ―Edwiges voou e pousou suavemente em seu ombro enquanto ele dizia isso, ela parecia pressentir que algo ruim ia acontecer e que isso talvez, fosse uma despedida.

Ele saiu de casa silenciosamente vagando pelas ruas desertas da Rua dos Alfeneiros e desconhecido para Harry, um par de olhos cinzentos observava-o escondido dentro da escuridão. Esses olhos cinzentos estavam confusos e pertenciam a uma figura encapuzada que caminhava nas sombras.

Tudo estava indo de acordo com seu plano, ele estava planejando morrer desse jeito fazia duas semanas e essa noite era a brecha que ele precisava para realizar seu feito. Harry foi a um bar sinuoso próximo do centro de Surrey, ele vestiu um jeans preto surrado, camisa de mangas negras e seu velho tênis. Nesse bar, ele bebeu até ficar grogue e saiu tropeçando. Agora, ele só precisava de um caminhão atropelá-lo enquanto ele voltava para “casa”. Esse seria o seu jeito de morrer e essa decisão ninguém iria tomar por ele.

Porém, tudo aconteceu muito rápido, foi em questão de segundos. Ele caminhou de frente a um caminhão que vinha em alta velocidade, só deu tempo d’ele ver as brilhantes luzes dos faróis e então a escuridão o engoliu como um sopro fúnebre.

Quando Harry abriu seus olhos novamente, já era dia. Ele se encontrava em seu quarto na casa dos Dursleys, parecia que tudo havia sido um sonho de sua mente confusa ao raiar da manhã. Ele olhou para sua mão que não tinha nenhum machucado. Mas, quando olhou para Edwiges, que dormia calmamente em seu poleiro, ele viu suas penas sujas de sangue e então ele concluiu que o que quer que tenha acontecido não foi um sonho.

Uma carta, com algumas gotas de sangue, jazia sobre sua cabeceira intocada e ignorada pelo rapaz. Foi quando sua tia, Petúnia, decidiu gritar mandando-o cozinhar o almoço para o seu “pequeno” Dudkins. Harry gemeu e revirou os olhos mentalmente enquanto descia as escadas para cozinha, quando chegou sua tia lançou-lhe um olhar mortal e disse fria:

―Vá cozinhar as costeletas de porco pro almoço, moleque. E acho bom não queimá-las ou ficará sem comida por uma semana. ―Ele suspirou desanimado e respondeu: ―Sim, Tia Petúnia.

Então deu início ao seu trabalho de preparar o almoço enquanto sua tia assistia televisão sentada no sofá da sala de estar. Duda estava fora com alguns dos infratores locais, provavelmente fumando em algum lugar, desde o ano anterior evitava estar até no mesmo cômodo que Harry. Seu tio estava saindo do trabalho na empresa Grunnings para ir almoçar em casa, onde Harry seria mandado comer no quarto e ser tratado como inexistente.

Quando terminou sua tarefa, sua tia separou uma porção minúscula de comida para ele que recebeu em silêncio e partiu para seu quarto. Ele abriu a janela para Edwiges caçar e enquanto ele almoçava contemplou as peças do quebra cabeças que tinha em mãos. Após o término de sua refeição, ele resolveu descansar um pouco e tentar colocar as idéias em ordem.

Ele acordou de sua siesta e foi tomar uma ducha, quando terminou Edwiges já havia retornado e estava encarando uma Asio Clamator, mais conhecida como Coruja Orelhuda que media 37 cm de comprimento com o penacho da cabeça longo e proeminente e disco facial branco margeado de negro, que estava no batente da janela com um envelope amarrado na perna. Harry vestiu-se e desamarrou o papel da perna da coruja, que levantou vôo em seguida. Assim que abriu o selo teve a sensação de um puxão por dentro do umbigo como se fosse um anzol invisível arrastando para frente, então ele é sugado para o vazio e por fim, seus pés batem no chão de Gringottes.


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