Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 31
Capítulo 30 - Andrew


Notas iniciais do capítulo

Heeeey Cupcakessss!!

Se eu pedir milhõõõõõõõõõõões de perdões vocês me desculpammm?? Por que eu sei que eu demorei seculos! Ai, eu sou uma péssima autora :(
Bom, eu não tenho muitas desculpas. Ô de sempre. Provas, cursinho, brigas com os pais e etc. Mas, o importante é que eu estou aqui néh!
Esse cap é diferente (pra compensar o fato da pessoa linda aqui ter atrasado ele pra caramba). Quem narra ele é o ANDY!!! Sim, sim, o nosso galã quem vai descrever o que aconteceeee!! EBAAA!!

Musica do CAP: Justin Bieber - As Long As You Love Me
Beijooooocas!!



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Pov's Andrew

A sala ficou quieta por um momento. Era como se uma bomba acabara de ser jogada na casa, como se uma geladeira cheia de coisas fosse jogada em minhas costas nuas. Eu olhei para Jane, que permanecia parada olhando para meu pai.

– O que você quer dizer com isso? – ela pergunta com a voz baixa. Nunca a vi assim, com esse olhar. Ela me ama de verdade. – penso aumentando o peso em minha consciência.

– Olhe Jane, eu sei que é muita coisa para se entender de uma vez. Mas tente. – meu pai da uma pausa e se aproxima de Jane colocando a mão em seu ombro. – Eu e sua mãe fomos namorados antes dela se casar com o seu pai. E ela própria me disse que você era a minha filha.

– Não... – eu me pronuncio negando com a cabeça. – Isso é impossível! Por que não me disse isso antes?! Por que não me avisou?

– Eu estava esperando por ela. – ele apontou para Jane, que mantinha o olhar para o nada. De repente o improvável aconteceu.

Jane primeiro colocou a mão no peito e soltou uma lagrima que estava presa em seus olhos. Depois tossiu forte e jogou o tronco para frente, engasgando logo em seguida.

– O que houve? – perguntei chegando mais perto dela, fazendo meu pai se afastar. Assim que coloquei a mão em suas costas, como apoio, ela tossiu mais uma vez e, para a minha surpresa, caiu em meus braços soluçando. – Jane! Jane fala comigo!

– Eu... Não... Respirar. – sua voz era fraca e ela olhava para os lados, como se estivesse confusa. Jane repuxou a pele entre as costelas durante a respiração e com força pegou na minha mão, apertando-a forte. – As-As-Asma.

– O que? – gritei balançando ela entre os meus braços. Jane começou a ficar com os lábios e o rosto de cor azulada. – Hey! Hey Jane! O que está acontecendo?!

Nisso meu pai já estava abaixado do meu lado com uma cara de preocupado. Eu nunca o vi assim, nem mesmo quando Hannah passava mal.

– Ela tem asma. – declara puxando a bolsa de Jane de seus ombros e a colocando no colo. Suas mãos estão tremulas. – Onde será que ela coloca a bombinha?

– Eu... Não. – ela tentava falar, mas não conseguia. Senti sua pulsação ficar cada vez mais rápida e seu tórax se contrair. Ela fechou os olhos com força. – Vou... Respirar.

– Calma, não fala. – declaro passando as mãos pelo seu rosto e a acariciando. Viro-me para o meu pai e grito com toda a força. – Acha logo essa merda!

– Não está aqui! – ele grita mais alto.

Jane começa a relaxar mais, como se estivesse prestes a desmaiar. Um espasmo de dor começa a se espalhar pelo seu corpo e ela abre a boca, buscando por ar.

– Temos que leva-la para um hospital! – meu pai decide agarrando a chave do carro na mesinha da sala. Eu rapidamente pego Jane nos braços e a levanto.

– Fique calma, vai dar tudo certo! – falo para Jane, mas não adianta.

Ela já desmaiou.

***

Eu andava de um lado para o outro. Não contava os meus passos, mas tenho certeza que andei mais do que qualquer pessoa que tenha subido o Monte Everest até hoje.

– Daqui a pouco você vai furar o chão Andrew. – meu pai reclama com a voz cansada. Ele está sentado em uma cadeira azul e lê uma revista como se nada disso estivesse acontecendo. – Dá para ficar calmo?

– Como quer que eu fique calmo?! – retruco com a voz mais alta. Alguns enfermeiros que estão por trás do balcão da recepção me olham. – Jane pode estar mal, sabia?

– Ela vai ficar bem. – ele suspira alto e olha no relógio. – Acho que está na hora de eu ir embora, afinal daqui a pouco a família da garota vai aparecer e com isso o “pai” dela também.

– Então é isso? – falo chegando perto dele, que se levanta e fica frente a frente comigo. – Vai deixar ela aqui sozinha? E quem vai ter que inventar a mentira dessa vez?

– Você, é lógico. – ele arruma o terno que veste e passa por mim com passos rápidos. – Aliás, como está fazendo desde que nós firmamos o nosso acordo, se é que bem me lembro.

– Eu não sabia que Jane era a minha irmã. – eu retruco. – E ela também não merece isso. Jane é uma pessoa maravilhosa e não vai deixar que essa merda ultrapasse suas decisões.

– Então é isso... – ele ri ironicamente. E ri de verdade, como se eu tivesse acabado de contar a piada mais engraçada do mundo. – Você se apaixonou por ela.

– O que? – pergunto levantando a sobrancelha. – Está maluco!

– Nem adianta negar Andrew. – ele aponta para o meu peito e olha fundo nos meus olhos. – Você é igual a mim na juventude. Não conseguiu resistir ao encanto de uma mulher tão linda, não?

– Vá embora. – exclamo com certa frieza.

– Só quero te avisar uma coisa meu filho. – meu pai faz o numero um com o dedo e chega bem perto de mim, diminuindo até o tom de voz. – Ela é a sua irmã. Não vão poder ficar juntos.

– Vá embora! – falo mais alto. Ele sorri de lado, do mesmo jeito que eu faço, e se vira de costas, saindo pela porta da frente do hospital.

Eu me sento, derrotado. Como pude ser tão burro a ponto de me envolver mais profundamente com a menina que é justo a minha irmã? Por que eu tinha que aceitar essa droga de acordo com meu pai? Eu poderia ter seguido a minha vida, sem me envolver com ninguém.

Jane disse que me amava. E eu tive aquela reação naquele momento porque, de certa forma, também sentia isso. Só estava inseguro, nunca me senti assim, e me arrependo por não ter aproveitado para dizer que sentia a mesma coisa.

Agora, minha oportunidade desapareceu. Jane nunca vai querer ter alguma coisa com o próprio irmão. Ela nunca vai me perdoar.

– Andy? O que faz aqui? – Ginna aparece na porta e vem em minha direção, seguida por uma mulher mais velha, quem eu chuto ser a sua mãe.

– Ela estava comigo quando aconteceu. – digo abraçando Gin. Esse abraço é apertado e eu solto uma lagrima solitária pelos olhos. A limpo antes que ela veja.

– Tem alguma noticia? – pergunta a mulher mais velha.

– Nada. – desabafo. – Nenhuma enfermeira veio falar comigo ainda.

– Eu vou falar com o medico. – declara a mãe de Gin. Ela assente para a filha, que se senta ao meu lado.

– Está preocupado? – pergunta Ginna com os braços inquietos em seu colo.

– Como não estar? Jane é importante para mim. – Ginna apenas assente. Assim que sua mão volta ela se levanta.

– Eles falaram que a família pode entrar para vê-la. – Ginna assente e me olha com dó. – Desculpe Andrew, mas acho que eles não deixaram você entrar.

– Tudo bem. Só... Vou ficar aqui um tempo, ok? – as duas assentem e seguem um homem de jaleco branco com a aparência séria. Quem dera elas soubessem que eu na verdade sou irmão de Jane, que sou mesmo parte da família.

O que vou falar para ela? Como vou trata-la, sabendo que somos tão mais próximos do que pensávamos? Só quero olhar para Jane, ver como ela está. Esse é o meu único cosolo, vê-la melhor.

Depois de alguns minutos Ginna volta e se senta ao meu lado. A sua cara não está muito boa, então me ajeito na cadeira.

– Como ela está?

– Jane teve uma crise de asma nível quatro. Nós não sabemos o porquê desse ataque, mas os médicos dizem que precisam fazer mais alguns exames antes de dar o veredito. Agora ela está bem, só precisa de mais alguns cuidados básicos. – depois de dizer isso relaxo mais. Ginna suspira e coloca a mão na testa. – A noticia ruim é que ela não quer te ver, Andy. E não me pergunte o motivo.

– Tudo bem. – respiro fundo. Não era nada o que eu não esperava. – Diga que eu... Que eu... Só fale que eu sinto muito.

Ela assente e eu me levanto. Em passos lentos saio do hospital cabisbaixo, levando a minha culpa comigo. Mas também levo uma decisão: Eu a amo e não vou desistir de Jane Morgan.


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Notas finais do capítulo

Vocês ainda querem me matar nééé?? Mas antes de virem com armas na mão já vou avisando que a autora aqui não é responsável pelo enredo que a fic está tomando... Tudo bem, só um pouquinho :)

Beijoooocas!!