Jeff the Killer fora acordando lentamente, sentindo sua cabeça doer como se estivesse de ressaca. Incapaz de fechar os olhos pela falta das pálpebras queimadas, apenas a luz do dia que escapava pela janela do quarto vazio conseguia fazê-lo despertar do sono. Sentou-se no chão e tentou se lembrar da última coisa que vira na noite passada. As poucas coisas que passavam pela sua cabeça era a face de Kyara e sua boca pronunciando coisas pervertidas...

Percebeu que seu moletom se encontrava do outro lado do quarto e engatinhou para alcança-lo. Ao fazê-lo, se perguntou onde a garota estaria naquele momento. Dirigiu-se a porta e descobriu que esta se encontrava trancada. Tentou mais uma vez, em vão. Tudo se clareou em sua mente.

– KYARAAAA ABRE ESSA PORRA! – Gritou, sabendo que ela estava do outro lado. Sua hipótese foi confirmada assim que ouviu a risada da garota.

– Não – Respondeu ainda rindo – Mas me diz, se lembra do que a gente fez ontem?

Se lembrar de era a última preocupação de Jeff naquele momento.

– Não quero saber da noite anterior! Tô mandando você abrir essa porcaria!

– Vou deixar você aí de castigo por mais um tempinho... Já volto; irei tomar um delicioso café da manhã com panquecas com cobertura de caramelo.

– Não se atreva! VOLTE JÁ AQUI!

– Ah, só para constar... – Kyara provocou – Um ponto para mim. Acho que está dois a zero.

E saiu, deixando Jeff apenas ouvindo o som de seus passos se afastarem. Bateu com força na porta com os punhos:

– KYARAAAAAAA EU VOU TE MATAAAAAAR!

A garota continuou rindo e caminhando, ignorando completamente a última fala do assassino. Próxima parada: refeitório.

No meio do caminho, escutou um cover perfeito de uma música de uma banda de rock vinda da pouca visitada biblioteca. Aproximou-se e viu que Dick estava a tocar uma guitarra. Vestia um moletom preto da Metallica e usava fones do tipo headset, no volume máximo, percebera, pois conseguia ouvir a música que dali emanava.

– Hey! – Chamou ela. Ele pareceu não ouvir. Kyara chegou mais perto e cutucou seu ombro, tentando mais uma vez – HEY! Você não vai tomar café, não Drick?

– Hã? – Ele tirou os fones, e os deixaram pendurados no seu pescoço – Não tô afim não.

– Você já não jantou direito ontem, vai acabar ficando doente.

– Ficarei bem.

Kyra suspirou. Será que Dick ainda estava chateado com ela?

– Você toca bem – Elogiou sem saber o que dizer – Aprendeu com quem?

– Sozinho. Compus uma música para meu pai... Ontem anoite.

A garota mordeu os lábios, pesarosa.

– Quer mostra-la? – Indagou por final.

– Pretendo. Mas tenho vergonha – Kyara sorriu como sempre.

– Vergonha é o que mais falta em mim.

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Jack e Randal estavam em seus quarto. Disseram lhes que poderiam fazer qualquer coisa naquele cantinho, seja mudar a decoração até destruí-lo. Conseguiram dormir bem naquela noite, coisa que não faziam há tempos após se tornarem assassinos.

– Acho que devemos ir descer para tomar o café – Comentara o mais novo.

– E eles dão comida de graça aqui? – Indagara Jack.

– Creio que sim. Foi isso que Offenderman havia dito, não é?

Acabaram por sair, do quarto em direção ao refeitório. Pelo caminho encontraram Eyeless Jack indo pela mesma direção. Trocaram rápidos olhares entre si até decidirem se aproximar.

– Ér... Yo mascarado – Cumprimentou Randal. Não podendo ver a reação do outro por causa da máscara – Está indo para o refeitório?

Eyeless acenou afirmativamente com a cabeça.

– Estamos indo para lá também... – Dissera Skull Jack.

– É; todos estão – Respondeu com aquela voz capaz de causar arrepios.

– O que meu irmão quis dizer é que se podemos te acompanhar.

– Podem... – Deu de ombros.

Seguiram para seu objetivo. Observaram a mesa self-service com a grande variedade de comida. Dentre eles pão com Nutela, panquecas doce, os clássicos ovos com bacon e... Taças de sangue?

– UAUUUU! – Exclamou Randal ao ver a deliciosa mesa.

– E quem diabos iria querer beber san... – Começou Jack com desdém até perceber que Eyeless pegava uma taça – Ah, você... Cara bizarro...

Ambos seguiram o azulado até a mesa no grupo de costume. Jack encarando todo mundo do refeitório com raiva por causa do barulho. Ele odiava aquela barulheira. Finalmente sentaram.

– Yo novatos – Cumprimentou Liu – Alguém viu meu irmãozinho?

– Não... – Meio grupo respondeu.

– Caramba. E a Kyara e o Dick?

– Devem estar acertando as contas – Falou Jasmine dando de ombros.

– Yo Eyeless! – K chegou, se sentando ao seu lado. Ele suspirou.

– Prontos para a festa de hoje anoite? – Indagou BEN com a boca cheia de bacon e pão.

– Shhhh! – Chiou Jane – Ou Slender vai ouvir.

– Que festa? – Se animou Randal.

– Vai ser hoje logo que lorde Zalgo, Slender e seus irmãos saírem para algo importante, sabem lá. Vai ser a maior farra!

– Gente; sou só eu ou estou vendo o Alex na mesa dos fodões de novo? – Quis saber Angelique. Todos do grupo levantaram a cabeça para enxergarem o menino ao lado de Splendor, comendo tranquilamente como se fosse a coisa mais normal do Mundo. O mais alto casualmente se inclinava para lhe dizer algo e depois voltava.

– INVEJAAAAAAH! – Declarou Jasmine, apoiando o queixo na mão e o cotovelo na mesa. A maioria riu, assim como a própria mulher.

Smile Dog entrou correndo e latindo no refeitório, seguindo diretamente para Liu. Puxou lhe a barra da calça jeans e o garoto teve de segui-lo, pedindo licença para o resto do grupo.

Smile o levou até o segundo andar e dali Liu já sabia do que se tratava. Apressou-se em direção as altas batidas e gritos eufóricos até chegar ao quarto 122.

– ABRA ESSA MERDA! – Gritava – KYARA QUANDO EU SAIR DAQUI EU VOU...

Liu abrira a porta, fazendo com que Jeff caísse de cara no chão do corredor. Smile abanava o rabo enquanto lambia freneticamente seu dono, porém o assassino pareceu se irritar mais com tal atitude.

– O que houve mano? – O mais velho pergunta.

– Ontem de noite... Kyara e eu... Bem, você sabe... – Jeff pareceu corar um pouco. Liu caiu na gargalhada e depois o incentivou a continuar – E quando acordei hoje, ela me trancou nesse quarto!

– P- Péra! Você dormiu?

– O que foi? Nunca viu não?

– É meio que impossível, mas tudo bem. Sabe onde ela está agora?

– Nem faço idéia... Só sei que tô com uma fome danada. Partiu comer!

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Era de tarde quando Masky foi ao bar do casarão. Chutava que era duas e meia no máximo. Acabara com os trabalhos de Proxy junto de Slender, terminando um vídeo resposta para um canal chamado Marble Hornets. Sentou-se na banqueta vermelha e analisou as bebidas enfileiradas. Pediu uma Red Label para a caveira que lhe servia, logo o recebendo.

Hoodie pareceu ter a mesma idéia, aparecendo no bar e se posicionando na banqueta ao seu lado. Masky não ligou. Já passava bastante tempo com ele graças ao trabalho. Ergueu um pouco sua máscara e tomou um gole caprichado do whisky. Ouviu Hoodie pedir o mesmo.

Sentiu-se desconfortável quando percebia ser observado pelo Infeliz. “Mas que merda” pensava consigo mesmo “O que ele tanto quer?”.

Acontece que Hoodie parecia diferente nos dias que se sucederam, deixando Masky preocupado.

– MASKYYYYY, HOOOODIE! – Uma voz feminina e empolgada chamou-os. Viraram as cabeças simultaneamente encarando Kyara com uma bola de basquete de baixo do braço – Vamo jogar lá na quadra! O resto está esperando.

Levantaram de prontidão, Hoodie seguindo as ações do outro. Seguiram para a quadra.

– No meu time está Jasmine, BEN, K e Eyeless. No de Jeff estão Ticci Toby, Jane, Liu e Angelique. Dick não larga a guitarra, Sally não sabe jogar, Alex prefere só olhar. As outras Creepys não quiseram participar. É só escolherem teus grupos.

Masky acabou escolhendo o grupo de Kyara e automaticamente Hoodie fora parar no de Jeff. Alexandre foi quem se candidatou a dar a partida. Jeffrey e Kyra se encararam em seus postos.

– Essa também vale um ponto – Ela lembrou.

– Vou ganhar essa. Afinal, você me deve – Sussurrou entre dentes.

A partida começara. O assassino foi o primeiro a pegar a bola, quicando-a e lançando-a para Toby, e assim se foi. O placar chegou a empatar e decidiram que a última partida seria a decisiva.

A bola foi parar nas mãos de BEN que se concentrava para lançar na cesta. De algum lugar apareceu Jasmine, correndo em disparada. Não conseguiu parar a tempo e trombou com o esverdeado, levando ambos ao chão que saíram rolando alguns metros. BEN abriu os olhos tendo como a primeira visão o rosto avermelhado de Jasmine, ele estava em cima dela.

– AMOR I LOVE YOU! AMOR I LOVE YOU! – As garotas começaram a cantar, fazendo com que o garoto se levantasse rapidamente, envergonhado.

– Suas idiotas! – Xingou em voz baixa. Jasmine riu.