O Diário das Creepypastas - Interativa escrita por Slendon6336


Capítulo 34
#34 Perdidos e perplexos


Notas iniciais do capítulo

Yo, Heuheuheuehu. Eu queria fazer uma pergunta um tanto desnecessária para vocês: Quantos anos acham que eu tenho? Ficariam perplexos em saber hehe. Bem, respondam nos comentários (^^). Não sei se vocês irão querer me matar depois deste capítulo onde (Bem, vou dar um spoilerzinho) o Dick sofre uns tiquinhos. Mas espero que aproveitem.
~Boa Leitura o/



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– EU DEVERIA MATAR VOCÊS E DAR AS CARCAÇAS PRO THE RAKE!! – Slenderman parecia mais furioso do que nunca. Gritava sem parar para Liu, Jane e principalmente para Jeff. Os outros seis estavam do lado de fora do escritório do ser esguio, com os ouvidos encostados na porta na tentativa de escutar alguma coisa – ONDE JÁ SE VIU TAMANHA INSOLÊNCIA?!

Jeff the Killer pareceu ter se cansado daquela gritaria toda, cortou o maior dizendo:

– Cala a boca, tá legal?! Já ouvi demais de você seu véio rabugento!! – Aquilo saiu um pouco errado do que ele havia pensado.

Todos os três encararam o assassino abismados e incrédulos. Seguiu-se de um silêncio angustiante para Jeff.

– Saiam todos – Slender disse calmamente, de uma maneira assustadora – Preciso falar a sós com o Jeff.

– V... Você não vai machucá-lo né, senhor? – Liu quis saber timidamente.

– Saia! – Insistiu o homem de terno.

Jane e Liu acabaram por ir, não querendo levar mais sermões do mais alto.

– Agora vai me espancar até, não é mesmo? – Jeff cruzou os braços, mostrando estar bravo e nem um pouco arrependido de suas palavras anteriores.

– O que diabos deu na sua cabeça em querer fugir daqui?! – Slender indagou.

– Você ia acabar me expulsando de qualquer jeito – Deu de ombros.

– Você acha mesmo que eu faria uma coisa dessas contigo? – Jeff ficou surpreso ao ouvir tais palavras – Não sei se você sabe, mas é um dos meus assassinos favoritos deste casarão.

– O- o quê...?

Slender suspirou.

– Primeiramente, sabe por que os superiores quiseram te mandar para longe? – O menor negou com a cabeça – Porque você está evoluindo ainda. Está virando um demônio de verdade. E... Eu gosto disso.

– Mas então... Se isso é algo considerado bom, por que os outros queriam me expulsar?

Slenderman caminhou até a grande janela atrás de sua mesa e olhou por ela:

– Eles te consideram uma ameaça – Pausa – Porém eu te considero uma vantagem imensa.

Jeff estava mais confuso do que nunca. O homem-sem-rosto continuou:

– Claro que minha opinião não contava contra a dos outros cinco, mas ainda sim sou o dono deste lugar e quero manter todos aqui. Não se engane com a máscara que eu uso; ninguém sabe das minhas intenções a não ser eu mesmo.

– Isso quer dizer que... Não pretende me expulsar?

– VOCÊ NÃO OUVIU O QUE EU DISSE?! – Slender berrou impaciente, tacando na cabeça de Jeff uma caneca que estava em sua escrivaninha.

– D- desculpa! – Disse enquanto era acertado pelo objeto.

– Mesmo assim – O de terno voltou a olhar pela janela, já calmo – Eu deveria castigar vocês todos por terem sumido com o meu filho.

– Tenho certeza... De que o Dick está bem – Jeff falou abaixando a cabeça – Ele era um dos meus melhores amigos e... Sei que ele consegue escapar de tudo.

– É a função de um pai se preocupar com seu filho. Dick está em perigo só por respirar.

A sala ficou em silêncio constante por um logo período de tempo. Ambos não saíram do lugar, apenas esperavam que alguém tomasse uma atitude. Ao perceber que nada mais poderia ser dito, Slender finalmente falou:

– Está dispensado.

Jeff saiu do escritório correndo como uma gazela.

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Ellen só esperou que a noite chegasse para então sair de seu quarto cautelosamente para não acordar a colega, Nina. Estava ansiosa desde a última noite quando Joe havia lhe dito sobre sorvete. Francamente, ela amava sorvete.

Desceu as escadas, pousando nos degraus com a ponta dos pés, de uma maneira que nenhum ruído fosse escutado. Ao chegar ao chão, percebeu que a porta ainda estava fechada e nem Thompson sequer estava lá. Ellen soltou um suspiro e caminhou graciosamente até a porta, seus passos pertenciam realmente a uma verdadeira felina.

Abriu a porta da frente e deu uma espiada. Do lado de fora não parecia ter muitos sinais de vida.

Alguém lhe cutucou um dos ombros, arrepiando a garota.

– Procurando algo? He, he.

– KYAAAAAAAAA! – Gritou batendo no ar atrás dela – SAI! SAI! SAI!

– CAAAAAAALMAAAAAA!

A esse ponto o garoto que havia lhe cutucado estava no chão, com os olhos rodando como cascas de caracóis. Apenas os sorvetes que estavam em sua mão permaneceram intactos.

– Joe? Ai meu Zalgo, desculpe! – Ellen o ajudou a se levantar.

– Acho que estou vendo estrelas – Murmurou enquanto era colocado sentado no chão, encostado na parede externa do casarão.

– Mas a culpa foi sua também! Onde já se viu chegar assim por trás e... Péra. Como eu não te vi?

– Tenho – Balançou a cabeça fortemente, como se fosse um cachorro tirando a água dos pelos, quando voltou a falar, já estava melhor – Os meus truques – E sorriu.

– Aqui fora tá um frio! Vamos entrar? – Ellen sugeriu, já se dirigindo para dentro.

– Não, Len – Ele a segurou pelo pulso – Eu não vou entrar aí.

A súbita expressão séria assustou um pouco a Ellen. De repente, os olhos castanhos de Joker brilharam, tomando uma cor estranha. Era como se você estivesse olhando para olhos de um dragão, daquele do tipo que solta fogo pela boca. Tomavam uma coloração quente, derivadas do vermelho, laranja e amarelo. A pupila ficava fina, como os olhos de uma serpente. Era assustador.

Mas ao mesmo tempo belo.

– O que a senhorita está fazendo aí fora? – Escutaram a voz de Thompson, sempre educado. Não demorou até que o loiro de vestes brancas e extravagantes (E o sempre presente lenço vermelho-vinho) surgisse na entrada, olhando para os dois ali fora – Ah! Joe, que bom te ver.

Joker riu, fechando os olhos por um instante. Todavia quando os abriu novamente, a cor castanho-natural já havia voltado. Assim, disse:

– Por que vocês me chamam de Joe?

– É seu nome, uai – Ellen respondeu.

– Sim, mas gosto mais de “Joker”.

– E eu gosto mais de “Joe” – Thompson sorriu.

O dos cabelos grisalhos sentiu algo escorrer pela sua mão e então se lembrou dos sorvetes.

– A propósito – Entregou as casquinhas para os outros dois – Por ontem.

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Dick acordou de vagar, sentindo uma dor imensa no peito, como se tivesse sido atropelado por uma Besta. Sentou-se e se encontrou no chão, sem conseguir sentir os braços e as pernas. Só então percebeu que a dor tomava conta de todo o seu ser. Por um instante olhou o lugar onde se encontrava. Podia jurar que nunca esteve ali antes.

Parecia abandonado, com umas poucas janelas quebradas deixando um fio de luz da lua adentrar o local. O chão era de cimento, tão gelado quanto os ventos que sacudiam a porta de entrada do lugar. Era bem grande, porém o tamanho também representava a falta de vida no lugar.

Dick colocou a mão sobre a testa, sentindo-a quente. Não era possível que estivesse com febre, não é mesmo?

Tentou se por de pé, porém se sentia tão fraco que achava que era capaz de voltar a cair no chão, ou até mesmo quebrar um osso. Sim, literalmente. Seu estado dizia para ele que não estava capacitado de realizar quaisquer ações.

De repente, Dick ouviu uma risada psicopata vinda do fim do “armazém”. Ao procurar a origem, se pegou arregalando os olhos ao avistar a figura.

– Olá Dick, meu querido filho – Sorriu cínico, mostrando os dentes serrilhados. Os compridos cabelos negros que deixavam a escuridão da noite no vácuo voavam um pouco como se tivesse vento ao seu redor. Mas eram realmente compridos, se parados poderiam bater bem abaixo de suas nádegas.

A visão do garoto estava embaçada, e tudo rodava para ele, mas pode perceber uma coisa: Era o mesmo homem que ele vira junto com o grupo da Flor de Lótus no terceiro andar do Casarão Creepypasta. Aquele quadro gigante capaz de horrorizar.

– V- Você disse “filho”? – A voz saiu mais baixa do que pretendia.

O homem começara a se aproximar. Onde seus pés tocavam deixavam momentaneamente uma pequena pegada de fogo esverdeado, que logo se apagava.

Nessa hora, Dick estava começando a se preocupar com o pouco espaço entre ele e o ser. Tentou se afastar, arrastando-se de costas para trás.

– Não precisa ficar com medo – Seu tom era infantil – Pare de fugir – Franziu o cenho ao perceber que o menor não parava.

– Você é o tal Daemon?! – Indagou o garoto, percebendo que faltava pouco para chegar ao seu limite. Encostou-se a parede, ao notar que não tinha mais escapatória.

– Ah, então você me conhece – Voltou a sorrir. Pegou Dick pelos cabelos, levantando-o do chão. O menor deixou um gemido de dor escapar – Nunca pensei que um filho meu se tornaria tão fraco – Comentou analisando o garoto.

– Vai se foder – Murmurou Dick, arranjando forças para poder abrir os olhos cheios de lágrimas de dor e encarar firmemente os olhos negros do outro.

Daemon rosnou, apertando o rosto dele com brutalidade.

– Cala essa boca suja antes que eu a arranque de você!

E tacou-o novamente no chão.

Dick buscou coragem para tentar se levantar, tossindo graças ao impacto. Enquanto Daemon caminhava lentamente ao seu encontro, o garoto notou alguns cacos de vidro das janelas caído a alguns metros de distância. Mas havia um grande o suficiente para poder usar como arma contra o diabo. Ainda tossindo, tentou se aproximar daquele objeto reluzindo na claridade da lua.

– Aonde você acha que vai? – Desta vez Daemon o pegou pelo pescoço. Dick tentou desesperadamente afrouxar aquela mão que apertava sem pudor. Mas ele já estava cansado daquele desgraçado. Queria de uma vez por todas acabar com a raça do Daemon. Dick nunca sentiu tanto ódio e repulsa em sua vida, e essa vontade de matá-lo só crescia dentro de si. Por Zalgo, era mesmo possível que o maior conseguia mudar a personalidade dele? Era como se um espírito assassino tomasse conta de Dick. Aquele espírito que ele passou tanto tempo desprezando.

Os olhos castanhos de Dick brilharam, deixando Daemon perplexo. Mais ainda foi sua surpresa ao ouvir o garoto gargalhando, mesmo tendo de gastar muita energia para isso...

Continua...

Imagino o Daemon mais ou menos assim (EU DISSE MAIS OU MENOS): Pois é difícil achar uma arte que seja exatamente igual. - -'


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Notas finais do capítulo

Comentem porque eu respondo tudinho agora ^-^ Claro que se você me mandar um bilhete te responderei com um bilhete e se você me enviar um 'texto' eu te respondo com um texto. (Assim como diz no meu perfil). Se estiver favoritando ou recomendando estará me ajudando MUITO. Obrigado para quem leu e espero que tenham gostado. o/