Depois do fim escrita por AC


Capítulo 5
S5E05 -The Best Laid Plans


Notas iniciais do capítulo

Além de estar sem tempo, não tenho Word instalado aqui e o computador vai 'malémá'.
Escrevi diretamente aqui no Nyah. Possíveis erros vou arrumar num futuro sabe Deus quando.
Espero que gostem.



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– Jane? Jane? - a médica chamava pela detetive num tom impaciente pela demora na resposta - Jane, por favor, onde você está? Vamos embora!

– Aqui, Maura! Aqui - a policial saiu de trás do arbusto do Clube de Tênis onde Maura era sócia e havia a arrastado para lá para uma partida do esporte. Jane detestava ir a esse clube por considerar seus frequentadores apenas "grã-finos metidos a besta" como os defina num preconceito como Maura defina o posicionamento de Jane perante aos demais sócios. "Jane, dizer Oi e Tchau civilizadamente não faz de você uma pessoa capaz de definir ou desvendar o caráter da pessoa, como você pode saber se eles são realmente metidos se mal vem aqui?" - "Porque eu sei, Maura. Apenas sei." - ela rebatia.

Jane podia ter alguns defeitos e talvez esse fosse um deles, Maura vinha de uma outra classe social que a sua e as diferenças vez ou outra apareciam, mas sempre que podia Maura levava, ou melhor, convencia Jane a conhecer o seu mundo, assim como Maura que também não recusava conhecer o de Jane.

– Jane! Vamos logo!!! - ela falava ainda mais impaciente olhando para o céu percebendo que a nuvem preta carregada da chuva se aproximava.

– Nossa, nunca vi você com pressa de sair de uma loja também não vejo motivos para sair correndo daqui mesmo porque foi você quem me arrastou para cá.

– Jane... - ela mudou o tom na voz e tentou algo mais meigo no intuito de convencer a detetive a ir pro carro mais rápido - é que dentro de estabelecimentos comerciais não chove. É totalmente diferente! - a última frase saiu num tom mais pra impaciente do que meigo e, então, ela tentou novamente com um sorriso: - Vamos?

– Ah, claro.. ótima justificativa pela pressa - a morena usou o tom mais irônico que conseguiu - entra no carro e me espera, estou indo. - ela sinalizou com a mão esquerda para que Maura continuasse o caminho de antes de parar para procurar por ela, enquanto, a mão esquerda se encontrava junta a lateral da perna do mesmo lado e a cada passo dado a detetive soltava uma leve careta que mesmo na distância razoável que a médica se encontrava ela pôde ver o gesto.

– Hey Jane!? Tá tudo bem? O que houve com a perna? - a médica imediatamente soltou a bolsa com as roupas do treino no chão e foi se aproximando enquanto falava encaminhando as mãos direto para as pernas da detetive afim de examiná-las. - Dói? Jane fez uma careta que sim e a feição da médica se tornou de pura preocupação. - Você se machucou durante o jogo? Por que não me contou? Poderíamos ter parado. Oh... fui eu quem machucou você? Jane.. por que...?

– Hey, calma, não é nada demais.

– Jane eu sou a médica aqui. - agachada, ela subiu o rosto de encontro ao rosto da detetive para reafirmar o que falava - Quantas vezes vou precisar repetir isso? - e se voltou para as pernas em busca de algum hematoma até que ouviu um riso baixo da morena e quando viu ela estava com a mão na boca se esforçando para não rir em voz alta.

– Posso saber o que aconteceu Jane? Também quero rir, mas creio que a palhaça seja eu.

– Hey, calma. - a vontade de rir acabou no mesmo segundo e tom e postura se endireitaram para falar - querida, eu estou sim com dor na perna, mas é apenas uma cãibra que logo, logo passa. - ela chacoalhou a perna no ar - vê? Já está passando, você não é palhaça só achei engraçado, fofo, na verdade toda a sua preocupação, me desculpa. - a detetive se aproximou da médica para um beijo que selaria o pequeno mal entendido, mas Maura se desvincilhou quando sentiu o primeiro pingo de chuva caindo no seu rosto.

– Ótimo! Agora está chovendo. - levantou as mãos num gesto derrotado.

– Desde quando a Srta, Sabichona sabe fazer ironias?

– Desde quando eu convivo com uma detetive fã delas.

– Vem cá - Jane a puxou pela cintura num gesto tão meigo quanto a última frase dita pela médica - sabia que eu te amo?

– Sabia que eu te amo também? - agora Maura entrelaça seus braços no pescoço da maior num gesto carinhoso e doce não se importando mais com a chuva fina que já se tornava presente, ambas olharam para o céu que já anoitecia e voltaram a atenção para si trocando olhares, apenas olhares por bons segundos.

– Fica comigo? - a detetive perguntou enquanto ajeitava alguns fios de cabelo atrás da orelha da outra.

– Fico, claro, estou aqui, sempre aqui.

– Promete? Então ... casa comigo?

O pedido havia pego Maura de surpresa e até a própria Jane que não esperava fazer esse pedido assim, daquele modo, depois de uma partida de tênis, sob chuva, mas ela estava certa do que queria há um bom tempo e, apesar do pedido para ser precipitado para ela não era porque ela tinha certeza absoluta de que queria Maura na sua vida para sempre.

– Jane... - a legista parecia ainda processar a frase - Claro.. claro que eu me caso com você!

BUM!

– Hey?! Maura??? - Jane que estava na cozinha lavando a louça foi correndo de encontro a amiga assustada com o barulho que ouviu vindo da sala. - Maura? - ela colocou a mão na boca para não rir da cena: metade do corpo de Maura se encontrava no sofá e a outra no chão - Tá tudo bem? O que houve? - ajudou a médica a ser recompor no móvel acolchoado.

– Nossa eu acho que dormi. - a médica tinha uma mão na cabeça como se tentando segurar os pensamentos que estavam sumindo de sua mente - eu.. eu.. estava sonhando... - ela curvou o rosto em dúvida - e aí eu cai.

– Quer um remédio? Alguma coisa? Minha mãe já foi deitar, mas posso chamar ela se quiser para você não ficar sozinha.

– Sozinha? Mas você disse que queria ficar comigo.

– Como? - Jane não havia entendido a última frase da menina e, então, ela se deu conta que a frase de Jane derivava do sonho que acabara de ter.

– É, não.. não é nada... ainda estou meio zonza com a batida, acho que bati a cabeça, Jane. - ela olhou para a detetive que se sentou junto a ela no sofá para verificar sua cabeça. - Não vejo nada, Maur. Talvez apareça um roxo mais tarde.

– É, pode ser... me leva para cama? - a médica hesitou um pouco, mas por fim perguntou - Dorme aqui essa noite? Deve ser tarde pra que ir agora.

A morena riu. - Mas.. e o seu novo namorado? Não vai achar ruim de eu estar aqui? Sei lá.. vai que ele queira te fazer uma surpresa no meio da noite... não quero estragar nada. - ela ria divertida enquanto levava um tapa nos braços.

– Jane! Ele não vai vir aqui e mesmo se viesse eu não o convidei seria de uma tremenda falta de educação não avisar e, por isso, pediria para ele voltar num momento mais apropriado.

– Momento mais apropriado, Dr. Isles? Estamos falando do seu namorado!

– Vai ficar aqui ou não? - e Jane entendeu a mudança no tom da voz da médica.

– Fico, claro, estou aqui, sempre aqui. - Jane respondeu à Maura que apoiando sua mão na da morena sorriu tão feliz quanto no sonho. Para ela isso valia mais que qualquer sonho.


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Notas finais do capítulo

Alguém acreditou que fosse verdade? :P