O Assassino de Valesco escrita por Felipe Araújo


Capítulo 11
#10 - Revelações




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Aquele homem parado em nossa frente, a magreza de seu corpo, o olhar frio com fundos olhos, a ferida em seu lábio e os dentes amarelados. Conhecia aquele homem, fora ele que nos atendeu no velho posto de gasolina na estrada da serra, fora ele. Fitei-o dos pés a cabeça, o que ele poderia estar fazendo naquele galpão me lembrava de que não quis nos ajudar e apenas olhou Tomas e Torico nos levar, se sabia das atrocidades por que não os impediu, era o que teria que tirar de suas palavras, logo perguntava curioso.

– Porque está aqui, você é o velho do posto não é?

– O conhece Alan? – Geovana ainda se esquivava atrás de mim, suspirava forte em minha nuca. Sentia seu medo a metros. O homem nos olhou de cima a baixo, e torceu seu lábio decrépito, o caipira parecia pensar em algo, pois ficara em um silencio mortal apenas observei suas reações, o que será que dirá?

– Garoto está acabado não? – Falara e com sua mão esquerda direcionou para dentro da sala ordenando que entrássemos na sala, observou bem o lado de fora como se procurasse a certeza que ninguém estava nos observando e trancou a porta de aço. – Disse que não tinha telefone, era para vocês irem embora, vocês não sabem onde se meteram garotos.

– Senhor, porque não nos avisou? – implorei em um suspiro sofrido a resposta do velhote que não fizera outra coisa apenas levou suas mãos secas ate seu rosto.

– Tomas e Torico me matariam, ou por me jogariam a Frederik se eu ajudasse vocês, há anos eles veem a meu posto para capturar turistas, mas não posso fazer nada. – Geovana impaciente agarra a camisa xadrezada cor azul do velho e cospe palavras autoritárias.

– Você não tem a noção do que ele é capaz, seu maldito! – Ela estava fora de si – ele matou todos não entende?

– Ninguém de Valesco ou região que conhece a Família Felicious, é capaz de intervir, todos que tentaram acabaram embaixo da terra, vocês não entendem tenho uma esposa e uma filha de sua idade garoto.

– Familia Felicious? – perguntei.

– Sim, Frederik Felicious, Tomas Felicious, eles são uma família de gerações nestas terras. – ele parou de falar e sussurrou, - vocês despertaram um demônio garoto, ao matar e destruir o esquema da família de Frederik você o provocou, não sei se ele respeita mais os moradores de Valesco, mas darei uma chance de vocês sobreviverem.

– Como assim, respeitar? – Geovana pergunta, não conseguia tirar os olhos do velhaco, que suava de nervoso.

– Frederik não mata os moradores deste lugar, não invade casas e respeita cada cidadão, ele apenas recebe ordens para matar quem os Felicious querem que morram, mas já não sei se esta regra será concretizada, pois a família de Frederik fora destruída por vocês, foram os únicos que conseguiram tamanha façanha.

– Tudo bem, mas o que devemos fazer para fugir deste inferno? – Perguntei querendo fugir o quanto antes daquele lugar, já que Elisa e Dani sumiram e precisávamos acha-las.

– A alguns minutos daqui fica localizada minha casa, Frederik não pode entrar lá, pois minha família faz parte de Valesco a anos, estarão salvos, não garanto, mas vocês tem que ir agora.

– Por que não pode ir conosco? – Geovana questiona, olhei para o velho com algum pressentimento, não sabia distinguir ao certo, porem era uma sensação presente em meu peito.

– Não posso Frederik não pode ver que estou ajudando vocês.

– Mas por que esta aqui, neste lugar abandonado? – minha pergunta fora tão direta que o fez dar de ombros.

– Não façam mais perguntas, fujam pela porta de trás e sigam reto, logo à frente encontra-se minha casa. – O velho parecia dizer palavras tremulas, será que estava falando a verdade? Isto não dava tempo de saber, seguimos porta afora onde indicava a saída, deixamos para trás o olhar sofrido do velho, um olhar estranho.

Saímos do galpão, não tirava Elisa e Dani de minha cabeça, por onde elas andavam, só pedia com todas as forças que estivessem bem e que nada acontecesse com elas, não poderia me perdoar por que tinha que ser assim? Mais uma vez elas haviam separado de mim. Do lado de fora do galpão o sol já brilhava entre nuvens de chuva, corremos o mais rápido que conseguimos até a floresta, deixando os bananais para trás.

– Rápido – gritei, e já começamos a correr com dificuldade – olhe Geovana aquilo parece fumaça de chaminé? – Realmente o velho havia dito a verdade, não muito longe dali uma pequena casa ganhava espaço em meio às folhas das arvores.


– Sim, vamos pedir ajuda, pode ser a casa do velhote do posto.

O sol implorava para entrar em meio aos pequenos orifícios das folhas que as enormes árvores tinham, era incrível como a floresta ganhava tamanho e forma quando adentrávamos o seu interior, aquele ar gelado e agonizante estava passando, será que era um alivio de ver a casa de que o velho falara ou era por estarmos um tanto que salvos? Mas não, minha cabeça não aceitava que eles poderiam ser pessoas boas, e que o velho estava falando a verdade, mas já não importava, Geovana e eu começamos a correr em direção a casa.

– Corra! – Gritei, com uma das mãos no rosto e a outra puxando galhos que insistiam e bater em nós. Aproximamos-nos da casa, estava em um grande silencio, a casa estava em bom estado, parecia que tinha gente morando nela, será mesmo que o velho estava nos ajudando, e que dentro desta casa havia nosso salvamento?

– Vamos chamar, vamos. – Gritou Geovana desesperada, quando sem mais um barulho nos chama a atenção, ele vinha da floresta.

– Deve ser ele, deve ser ele, não se mexa. – Falava colocando ela atrás de mim, e o pesadelo parecia não ter fim, em um segundo minhas pernas bambearam, minha pele ficou gélida, perante a nós, Frederik estendia os braços e nos encarava com sua mascará medonha e sua vontade em matar que era transmitida pela sua respiração aguçada.

– Não, ele vai nos matar. – E Geovana chorava sem parar.

– Não se mexa. – Falava, e como esperado Frederik começa a se aproximar com passos lentos, Geovana fora de si corria e começava a bater nos vidros da casa, ela gritava insistentemente, não parava um segundo, não sabia o que fazer.

– Por favor, abram a porta, rápido, por favor. – E ela continuava – Ele vai nos matar.

– Por que esta nos matando? O que nos fizemos. – E Frederik torcia o pescoço para os lados e não dizia nenhuma palavra, apenas se aproximava, ele estava realmente brincando conosco, matava de imediato quem ele queria. Foi quando um barulho de fechadura é escutado, alguém abria a porta.

Neste instante, olho para a casa tentando ver quem poderia ser para nos ajudar, e quando viro meu rosto novamente para Frederik o desgraçado havia sumido. Como ele tinha feito isso, e por que ele não nos matou? Perguntava-me desesperadamente e ao mesmo tempo me sentia aliviado. O que o velho dirá fazia total sentido, Frederik respeitava os moradores de Valesco e não os feriam, era a única explicação que tinha em mente para seus atos.

Corri ao encontro de Geovana, e ao chegar ate a porta um garotinho estava à espera. Seu rosto era de sofrimento, suas roupas sujas denunciavam seus maus-tratos, estava muito assustado, nos fitava dos nossos pés ate nossas cabeças, e pergunta gaguejando.

– Fujam, saiam daqui. – E logo saiu correndo para dentro da casa, parecia que nos alertava de alguma coisa.

– Espere garoto, espere. – Falava Geovana, e logo entramos na casa sem ao menos saber o que ele queria dizer. Não parei para saber o que ele queria dizer, juntos entramos na casa.

Ela era uma casa bonita, tinha um papel de parede rosa e azul com detalhes de flores impecáveis. Nas paredes muitos quadros de paisagens, e moveis impecáveis. Por um segundo parecia que não estávamos mais em perigo, e sim em um lugar aconchegante e bonito.

– Quem será dono desta casa Alan, pois aquele velho não parece gostar de aeis de parede rosa, não é?

– Não sei Geovana, não tenho certeza se esta casa é do senhor do posto – Escutei vozes uma mulher sai de uma porta. Ela era extremamente gorda, possuía um enorme óculos e seus cabelos eram ralos e escasso amarrados para trás, usava um avental que quase estourava pelas suas banhas, e ao ver nós na casa dela sorriu ao invés de nos mandar embora. Fora uma reação estranha, parecia que já estava nos esperando, fitei-a por algum tempo, o que ela estava pensando?

– Desculpe senhora, mas não tem um telefone, nós estamos desesperados, queremos sair deste lugar, deste inferno. – Gritou Geovana, e a velha gorda começava a falar.

– Meu Deus garota você está ferida, e você jovem esta muito mais, sentem-se. – Ela pega no braço de Geovana e a sentava no sofá florido de dois lugares.

– Não queremos sentar, não queremos nada senhora, por favor, ele quer nos matar. – Implorava a garota, Geovana estava certeza, não tive a coragem de falar do velho do posto, não queria assustar a senhora, será mesmo que aquela casa era dele? Isto não importava só queria ajuda, era este nosso objetivo naquela casa.

– Queremos um telefone, por favor, senhora. – Exclamei e ela logo respondeu não dando atenção para minhas perguntas.

– Vou preparar um chá delicioso, já volto. – E se encaminhou a uma porta e de lá sumiu. Não estava entendendo os atos da mulher, ela não estava enxergando o desespero em nossos olhos? Não estava enxergando as feridas espalhadas em meu corpo?

– Geovana fique aqui, vou dar uma olhada na casa, por favor, não grite, não saia daqui. – Ela me abraça e falando chorava lagrimas de sofrimento

– Não me deixe sozinha, não quero morrer Alan, eu não quero morrer. – E a deixando saiu, dando a certeza para a universitária, que ela não iria morrer. Com rapidez começava a andar pelos corredores da casa, tinha algumas portas porem a ultima era que fazia barulho. Aproximei-me devagar, e emburrando a enorme porta de madeira avisto uma cena que eu nunca imaginaria ver naquele local.

Arregalei os olhos e observei em silencio para não ser notado. Uma jovem loira aparentava ter minha idade, ela estava nua completamente nua em cima de um homem, que também estava nu. Ela dançava para o homem que tinha uma aparência velha e acabada, era um homem calvo com enorme barba cinzenta que ia ate seu pescoço ele era velho e aparentava ser da região. A bela jovem mantinha uma feição de nojo, mas continuava a dançar, fazendo movimentos na ereção do velhaco. – E melhor eu sair daqui. – pensei alto.

Porem avistava um celular ao chão perto das roupas intimas da garota, e pelo desespero não pensava em nada apenas abria e escancarava a porta. Parei olhando fixamente para os dois, e o homem levanta assustado da cama jogando a garota para o lado, ele olhava para mim e começava a falar, levantando e indo a minha direção.

– Ela é minha eu paguei, para um garoto todo ferrado entrar assim do nada e estragar? Onde estava com a cabeça, deveria esperar as novas chegarem, comer esta vagabunda não tem mais graça sempre aparece uma nova. – E ele nervoso pegava suas roupas e saia do quarto, saia por uma porta aleatória que estava atrás da cama. A garota nua sem entender deita na cama debruçada com as costas virada para cima, e com um sorriso falava balançando suas traseira nua para mim.

– Você está tão ferido o que aconteceu com você? – Gaguejando falava, indo a sua direção.

– Moça apenas quero o celular, preciso muito dele. – Ela levantava da cama e sentava, sua aparência era espetacular, mesmo naquela situação nãodeixei de reparar, a garota tinha seios lindos, redondos e com mamilos rosas, era uma prostituta? Uma prostituta em uma casa em meio a floresta? Isto esta ficando cada vez mais estranho.

– O celular? Não, eu não posso entregá-lo a você. – E ela se virava e rolava na cama, estava se exibindo para mim, parecia que tentava me seduzir, mas não queria ela, queria apenas o celular, e salvar Elisa e os outros.

– Você não entende garota, não estou pedindo estou implorando, Frederik vai nos matar.

– Frederik? – E ela arregala os olhos, mas logo falava com outro tom de voz. – Não aparecem muitos jovens como você por aqui, dês do dia em que tudo começou só aparecem velhos e nojentos me usam como querem, e quando aparecem jovens de minha idade neste fim de mundo fico muito excitada. – E ela levanta e sem evitar pega em minha calça, e aperta meu pênis. A olhei sem reação e logo falava passando a língua sobre os lábios.

– Se fizer sexo comigo te dou o celular, posso garantir que curo todas as suas feridas com prazer.

– Eu já disse que não, apenas quero o celular, deixe me passar. – Ela pula em cima de mim e me abraçava, seus seios passavam sobre minha barriga, minhas feridas doíam quando ela me apertava, mas estava começando a me excitar, não queria, mas também não pude evitar. Seus delicados dedos iam escorregando sobre minha roupa, e com toques ia me apalpando. Logo a jogo na cama, e falo bruscamente. – Chega, não posso, me desculpe. – A jogo para o lado e saio rapidamente da cama. Pegando o celular em mãos me vinha uma rajada de emoções em minha mente era tudo o que precisávamos, nossa chance era aquele momento, mas as esperanças somem quando o celular não liga. A garota dando gargalhadas e se arrastando na cama falava.

– Você queria realmente o celular?

– Mas que brincadeira é está ele não funciona.

– Claro que não funciona. – Nervoso pego no braço da loira e retruco em seus ouvidos.

– Sua puta nojenta, por que não me disse que o celular estava sem bateria?

– Por que você não me perguntou. – E sem esperar a jogo na cama e viro as costas, ela parecia nervosa e desesperada elos meus atos brutos, começava a gritar.

– Você não vai me pagar? Tocou em meus seios, eu quero dinheiro.

Não respondi as loucuras que ela falara, dei de ombros e saindo do quarto entro no corredor, e já começo a andar, ela gritava insistentemente, ao menos a escutava estava tão nervoso e fora de si que ignorava aquela cena que acabei de vivenciar. Ao chegar na sala avisto Geovana, ela estava sentada e tomava um chá, dele uma arda fumaça saia e ela parecia sorrir para a mulher gorda que fixava o olhar para a garota assustada que já mudara sua feição em um passe de mágica, suas pupilas pareciam que a cada vez fechavam mais.

– Geovana vamos fugir daqui, rápido.

– Por quê? Eles são tão amigáveis e gentis, quero ficar aqui, ela vai me levar para um lugar melhor. – Geovana parecia delirar, não falava coisa com coisa.

– Sente-se garoto, e se sirva também - falava a mulher – o chá está quentinho.

– Quem são vocês, quem realmente são vocês? – E inesperadamente um telefone começa a tocar, e de trás do sofá a gorda tira um telefone, ela com um rosto de desconfiança o atende, fiquei pasmo e não consegui falar.

– Fale logo o que você quer. – Ela falava, e não consegui me mover, queria saber por que ela não nos deu o telefone quando entramos e ao mesmo tempo saber com quem ela falava, e ela continuava.

– Você é um inútil, por que não foi buscá-las logo, e deixado só eles para mim, era para isto ter tido um fim, você não deveria ter permitido. – A conversa estava realmente estranha, foi quando ela fala com palavras claras.

– A confusão foi extrema, você deixou duas delas fugiram, sabe o quanto não perdemos com isso? Se Frederik não achar as duas garotas que fugiram, se elas conseguirem voltar para a estrada...

Fiquei tremulo, por um segundo fiquei paralisado de rancor, elas realmente estavam por trás de tudo, não poderíamos confiar em ninguém, em ninguém. Geovana sem mais desmaia deixando a xícara de chá cair, em saber o que fazer começo a falar, gritava sem parar.

– O que deu para ela? Por que esta ajudando Frederik? O que vocês querem de mim? – Assim que termino de falar, sinto que alguém me dava uma gravata, a loira puta de alguns minutos atrás pulava em meu pescoço e com um ato surpreso enfia uma seringa em meu pescoço e injeta alguma coisa em meu corpo. No mesmo instante perco as forças e devido a isto caia de joelhos ao chão, uma dor intensa é causada em meu corpo e a mulher gorda desliga o telefone e começava a falar, segurando Geovana desmaiada pelos cabelos.

– Está vendo esse rostinho bonito?

– Largue... – Não conseguia falar, então a loira me coloca no sofá e a gorda começava a falar sem parar com outro tom de voz, agora muito mais ameaçador.

– Já que você não vai sobreviver, para presenciar o nosso negocio, irei lhe contar por que está aqui a final, por que não matamos Elisa e Dani ainda.

– Mamãe, não conte nada, este garoto é assunto de Frederik, se ele fugir...

– Ele não vai fugir, Frederik vai matá-lo e capturar as outras duas, os inúteis dos seus meio irmãos estão mortos, Torico e Tomas já não eram o que um dia foram, agora cale-se e escute, você adora está historia não é minha querida.

– Sim, conte mais uma vez mamãe, conte, conte. – Olhava para o lado meio sonolento com a visão tremula e apagada, as duas estava gargalhando como loucas, não conseguia me mover direito, tentava olhar para uma saída, mas estava quase sem forças, ela tinha me dado uma espécie de anestesia. Reparei na janela e foi quando vi o garoto que nos recebeu, ele olhava a cena parado, mas fora ameaçado pela loira

– Hugo, você é muito fraco pode fazer alguma besteira. – E o garoto ao escutar saia correndo e sumia da janela.

– Então Alan, quer escutar a historia, vou começar a lhe contar. – E a gorda começa. –Bom, há muito tempo atrás a mais ou menos uns 30 anos, Frederik era apenas um garoto normal e grande, ele sempre foi grande e forte, mas era doce e bobo Torico e Tomas sempre o faziam de escravo e sempre mandavam fazer coisas que sua mãe Marisol não gostava. Naquela época eu era uma linda jovem inocente que sonhava com a riqueza, foi quando casei com o inútil daquele velho, achando que eu teria uma vida de luxo, mas não eu apenas ganhei dois filhos malditos. E sim Alan o velho que me casei, é o mesmo velho do posto, o velho que os mandou aqui para uma armadilha – Não entendia muito que ela dirá, pois sentia um formigamento intenso em meu corpo, porem escutei claramente que o velho foi quem nos pregou uma armadilha o maldito nos levou para a morte, e ela continuava com a historia.

Marisol era uma vadia, sempre se dava bem, gostava de zombar de mim com seu ilustre filho Frederik, gostava do garoto ele tinha um potencial em seus olhos, mas odiava sua mãe, foi quando ela começou com a plantação de bananas no morro de Valesco. O negocio deu muito lucro por um bom tempo, e ela construiu uma linda cabana no centro do vilarejo, a odiava cada vez mais. Ate que Tomas e Torico foram úteis, em uma noite a mandado de mim, eles queiram a cabana com Marisol e Frederik dentro, o fogo foi devastador, e Marisol é carbonizada e morta, mas o seu querido filinho consegue se salvar só que 90% de seu rosto fora destruído pelo fogo.

– Aonde quer chegar com isso? O que nós temos haver com as atrocidades que vocês fazem? – E a loira da um enorme tapa em meu rosto e gritava.

– A deixa terminar, vou entrar na historia.

– Obrigada querida – a gorda debochava da situação - enfim, com Marisol morta, Frederik mudou drasticamente, revoltado e com medo de si, descontava sua raiva em animais, os matando. Ele gostava de ver o sangue deles, isso fazia sua dor desaparecer e a partir da morte da sua mãe ele sempre dizia, seguia com uma ideia de doente mental em sua mente, dizia que via sua mãe e que ela aparecia sempre para ele, que ela estava em um lugar lindo. Tinha esta ideia na cabeça de que ao morrer o ser se torna divino, e quem as mata pode lhe dar este poder.

– Você quer dizer que Frederik acha que é um tipo de ponte para a morte? – Falava já babando e quase desmaiando.

Aquele doente acha que ao matar alguém ele da o dom da pessoa viver em um mundo melhor, diz que sua mãe Marisol o guia, coisas de retardado, mas irei continuar com minha historia,– a gorda falara com um tom de autoridade. – Com a morte de Marisol tomei posso do bananal e ganhamos dinheiro, só que não por muito tempo, o bananal faliu e tínhamos que fazer algo, montamos um posto de gasolina, que nos ajudou muito.

– E ai que eu entro, é ai, é ai. – falava a maldita da puta que me segurava e não deixava se quer falar.

– Sim minha linda – Ela sorria com seus dentes nojentos para a loira, - minha filha linda trabalhava no posto, com seus 14 anos ela já era uma bela jovem, observava que os clientes a olhavam com outros olhos, ate que tive a ideia de prostitui-la para ganharmos mais dinheiro.

– Você prostituiu sua própria filha? – perguntei espantado e com dificuldade.

Sim, e observei que dava muito lucro, todos os fregueses queriam a doce jovenzinha, queriam a possuir, ter o corpo dela ao deles. O posto começou a encher de clientes e nossa conta subir. Não tínhamos dinheiro para manter o posto, então Tomas e Torico tiveram a ideia de sequestrar um grupo de jovens que estavam de passagem em Valesco. E foi onde tudo começou, raptaram três garotas, e com muito falarmos mandamos os dois garotos para Frederik. Frederik matou os dois, achando que estava fazendo o certo e que mandariam os dois para um mondo melhor e após as três garotas serem estupradas por várias semanas, Frederik as matou também, pois os clientes queriam carne nova. – Minha garganta estava seca, não conseguia entender, por que, por que a mente deles eram tão perversa desta forma?

– Não posso acreditar, vocês matam e fazem as garotas de prostitutas para ganhar dinheiro?

– Cale-se e me deixe terminar. – E ela balançava seus óculos e continuava. - Pelo dinheiro ter rendido muito, começamos a raptar os turistas que passeavam por aqui, Frederik mata os garotos, as garotas são feitas de prostitutas e quando não servem mais, mandamos para Frederik a matá-las.

– Eu não posso acreditar nisto. – Tentava criar forças para fugir dali.

Mas desta vez deu tudo errado, começou com Tomas e Torico, tinham que aproveitar das garotas, se ele tivesse as mandando para o posto, as garotas estavam sendo aproveitadas e nada teria acontecido, e aquela velha da mãe de Marisol, tinha que achar aquela sua amiga parecida com a filha, foi tudo um atraso, tudo decaiu como um efeito domino.– E foi nesta hora que lembrava, por isso Rique ficou espantado, achamos estranho um posto no meio do nada ter tanta gente, eles planejaram dês do começo. Porem desta vez tudo deu errado, pegaram os garotos errados, mesmo meus amigos mortos, conseguimos destruir o esquema maligno desta família de doentes, tinha que manter a promessa que fizera para Rique, tinha que sobreviver. E sem prévio aviso o telefone tocava novamente, e a gorda atendia.

– Já era tarde, não? – Arregalava os olhos, e concentrava-me para entender com quem ela falara ao telefone.

– Ele está vindo para cá? – E ela continuava a falar e olhava para mim. – Já estou com a garota e o jovem que se chama Alan, fale para Frederik vir logo para pega-los. – E ela desligava o telefone, assim que ela desliga a prostituta falava lambendo o meu rosto com uma arrogância devastadora.

– Frederik está vindo. – Ela estava com um ar de deboche, mas ao escutar seu nome não tinha escolha, consegui forças da onde não tinha, e com um impulso gigantesco a jogo de cima de mim para longe.

– Você não deu anestesia o suficiente. – Gritou a gorda. E pegando a poltrona do lugar em minhafrente a jogo janela a fora, quebrando os vidros.

– Ele vai escapar. – Gritava a gorda sem forças de sair do lugar de tão obesa. E a loira levantando gritava, pegando um vidro do chão.

– Você não vai escapar. – Estava tentando levantar Geovana que estava desmaiada, e não consigo desviar. A prostituta me acerta com o vidro em minhas costas e caiu ao chão, não senti a dor pelo fato do meu corpo estar dormente, mas ao cair não consigo me levantar. Minha vista escureceu e a ultima coisa que escuto é a loira falando.

– Frederik está chegando.


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