Unforgivable escrita por oakenshield


Capítulo 10
I Promise You


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente gostaria de saber o que vocês acharam da foto nova da fanfic. Eu me inspirei nessa foto para falar sobre o desenho que Erik fez para Katerina. Tirando as sardas, está igualzinho como eu imaginei.



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Katerina sentia o ar chegar com dificuldade nos seus pulmões. Parecia que ela tinha inalado fumaça e isso a lembrava a noite do incêndio em que não conseguia respirar. A noite em que Erik morreu.

Heather passou no quarto dela para conversar com Francis. Ele saiu com ela na mesma hora.

Do lado de fora do alojamento, Francis cruza os braços.

– Foi você.

Seus olhos estão inchados, cheios de olheiras. Parece que os pesadelos de Katerina tinham voltado.

– Eu o quê?

– Não se finja de otária. Não é difícil pra você, mas não faça isso agora.

Heather finge surpresa.

– Sabe, é engraçado ouvi-lo falar assim - ela pressiona suas mãos contra o peito dele - tão perto de mim e palavras tão agressivas - ela morde os lábios. - Você costumava usar outro tipo de palavras agressivas comigo.

Francis a afasta.

– Eu estou falando sério.

Heather suspira.

– Eu realmente a queria morta, mas eu não faria isso dessa forma.

– Como é?

Heather sorri.

– Não sei como é no seu país e nem no sul de Frömming, mas aqui no norte nós temos métodos eficientes de tortura. Mesmo quem não passou pelo PMI, as famílias ricas pagam treinadores para seus filhos. Mestres de todas as modalidades. São ensinadas a nós a usar todos os tipos de armas, a lutar todos os tipos de...

– Eu entendi - ele cerra os olhos. - Você me parece extremamente suspeita.

– Como eu estava dizendo: se eu quisesse matar Katerina, pode deixar que não ficaria tão na cara. Eu a torturaria muito antes de acabar com seu sofrimento.

– Por que tudo isso?

– Porque eu preciso de você para ir embora daqui e ela está atrapalhando tudo.

– Eu não entendo... você fez o juramento...

– Foda-se esse juramento ridículo feito diante de um monte de idiotas esperançosos que sua rebeliãozinha fará alguma diferença em Meurer ou qualquer outra cidade do norte.

Ele se surpreende.

– Eu pensei que você concordasse com os princípios do rebeldes.

Ela ri.

– Tem alguns babacas que acreditam. Outros estão aqui porque sentem raiva do governo e de Vincent e outros é porque querem fugir de algo.

– Quem te amedronta?

Ela olha para seus pés.

– Herbert Duninghan.

– Seu pai?

– Aquele monstro nunca vai ser o meu pai.

Francis vê as lágrimas que ameaçam cair dos olhos de Heather e se pergunta se realmente vale a pena insistir nesse assunto.

– O que ele fez?

Ela suspira.

– Se você soubesse, nunca mais olharia para mim.

Ele decide que não é o momento certo para se discutir. Apenas a abraça e a deixa chorar sem fazer mais questionamentos.

+++

Katerina chama Valentina em seu quarto.

– Qual será nossa estratégia?

– Para quê?

– Para atacar Vincent, é claro.

– Katerina, você está impossibilitada até de se levantar da cama. Realmente quer atacar um Exército?

– Eu estou cansada das pessoas me dizerem o que eu devo fazer.

Valentina procura entender.

– Você está assim por causa do seu filho?

– EU ESTOU MORRENDO! - ela berra. - É por isso que eu quero agir antes de isso acontecer. Me sinto melhor hoje. Não quero ser inútil. Meus soldados reclamam que não há nada para fazer aqui e até estão pensando em voltar! Vamos dar uma guerra a eles.

– As coisas não funcionam assim...

– Essa minha doença deve ser coisa de Rebekah ou Fleur. Talvez das duas, nunca se sabe. Também tem Ivna, até o próprio Vincent... eu tenho tantos inimigos que realmente não...

– Ou o seu pai.

Ela balança a cabeça.

– Joffrey nunca faria isso?

– Não? E no seu aniversário de vinte?

– Era diferente.

– É mesmo?

Ela se lembra de sua tia Branka. Valentina quer protegê-la, ela entende isso, mas não precisa de proteção contra seu próprio pai. Apesar de todas as coisas que ele já fez, Joffrey a ama e ela sabe disso.

Katerina sentiu uma vontade repentina de defender o pai. Ela podia falar mal dele, afinal o pai era seu para falar, mas outra pessoa não tinha o direito...

– Vamos focar, por favor? - ela pede. - Onde está Melanie?

– Segura - Valentina é vaga. - Podemos começar com as granadas durante o carregamento de comida.

A ruiva sorri.

– Pensei em algo maior - ela conta. - Bem maior.

+++

Melanie espera a reação de Josh com ansiedade. Ela não sabe para onde ele está olhando, nem o que está pensando. Não sabe o que esperar dele. É horrível.

– Uma filha...

– Sim.

– Quanto tempo de vida ela tem?

– Três.

– Meses?

– Anos.

A situação só piora.

– Três anos... - ele olha para Melanie. - Por que você não me contou?

– Porque foi na época que seu pai e Vincent me obrigaram a escolher entre você e o seu irmão. Foi naquela noite em que Drew nos viu e...

– Eu lembro, mas... e daí? Você devia ter me contado.

– Você preferiu ficar com ela, Josh. Você a escolheu e eu fiquei completamente isolada. Não é como se você tivesse me dado espaço para conversar.

Josh a encara com indignação.

– Eu não dei espaço? Você sabe muito bem porque eu fiz isso, Melanie. Eu fiz para proteger você.

– Eu não pedi a droga da sua proteção! - ela grita com lágrimas nos olhos. - Eu só pedi o seu amor.

Josh respira fundo. Não podia se estressar agora. Os dois sabiam muito bem o que acontecia quando ele ficava nervoso.

– Não tente virar o jogo ao seu favor, pelo amor de Deus. Você sabe que não está certa, Melanie. Eu podia ser um mendigo filha da puta, mas se eu fosse o pai, ainda assim eu merecia saber que eu tinha uma filha.

Melanie franze a testa.

– Como assim, se eu fosse o pai?

Josh a encara.

– Você namorava meu irmão na época. Ainda havia Vincent te cercando e o Tyler... como você quer que eu não desconfie?

– Josh, você sabe muito bem que eu nunca tinha ficado com aquele cara asqueroso até...

– Até...

– Até eu ser levada ao extremo. Foi necessário.

– E o Tyler também fazia parte do negócio?

– Eu não tinha ninguém. Você e Drew mal olhavam para mim. Tive minhas necessidades.

Josh respira fundo.

– Está vendo. Pode ser de qualquer um.

Ela acerta um tapa em cheio no rosto dele. Sua mão chega a estalar na bochecha pálida dele.

– Houve apenas uma vez que eu não tomei a pílula que eles dão durante o PMI. Você sabe a época. Você lembra.

– Se essa filha é minha, por que você temia me contar?

– Eu não disse que temia, eu só... olha só, Josh... eu não contei mesmo e se eu tivesse que voltar no tempo, não sei se mudaria. Eu sou impulsiva. Eu fui torturada e ameaçada. Luna quase morreu por causa das agressões que eu sofria. Tinha sangramentos pelo menos uma vez na semana.

Ela olha para ele com mágoa no olhar.

– Ela é uma sobrevivente, assim como eu. Assim como você - ela desvia o olhar para os seus pés. - Você sobreviveu a Herbert.

– Ele é meu pai.

– E você superou a traição dele.

– É diferente agora.

– Por que seria?

– Porque ele não... ele não tem significado algum para mim.

– É exatamente por isso, Josh. Você deveria relevar e me entender. Entender os meus motivos.

– Seus motivos? Qual é o motivo para se esconder uma filha de um pai?

Se ele realmente achasse que a filha não é dele, Melanie pensa, talvez ele não estivesse tão bravo assim. Afinal ele brigaria por alguém que não lhe pertence?

– Luna é a criança mais linda dessa Terra, Josh - ela tenta se aproximar. - Eu a amo do fundo do meu coração e um dia você também amara.

– Eu não a conheço.

– Quando a guerra acabar, você irá conhecer.

– Eu nem sei se ela é minha.

Melanie respira fundo.

– Você quer um teste, é isso? Se é isso, é só você pedir. Não me importo de provar que eu falo a verdade.

Josh respira fundo e passa as mãos pelos cabelos, bagunçando-os.

– Eu só quero ficar sozinho.

Melanie faz uma última tentativa. Ela se aproxima e toca a mão dele com seu polegar, fazendo círculos na cicatriz ali deixada por ela mesma. A morena o olha nos olhos com profundidade e certa tristeza. Seus olhos verdes estão marejados e ela vê tudo meio embaçado, mas ainda assim consegue enxergá-lo como se o foco estivesse nele e todo o resto não importasse.

– Josh, você precisa acreditar em mim e me entender. Eu te amo como eu nunca pensei que seria capaz de amar alguém. Eu nunca pensei que eu pudesse fazer esse tipo de declaração melosa para um cara problemático, mas eu faço - ela sorri de leve e vê a ameaça de um sorriso nos lábios dele, mas ele o contem. - Eu te amo, Josh.

Ele olha para os seus próprios pés.

– Eu preciso ficar sozinho.

– J...

– Agora! - ele se afasta com brutidão e ela se assusta quando suas costas batem contra a escrivaninha e uma dor terrível atinge seu pescoço. Ela desliza até o chão e não consegue se mexer de tanta dor.

Releve, ela pensa. Releve.

Ele sempre teve problemas para controlar seu temperamento. Melanie sabia disso quando decidiu levar as coisas a sério. Não podia culpá-lo. Ela havia o feito passar por muito estresse. Ela culpava a si mesma. Apesar de tudo o que ele havia feito naquela época, ela deveria ter contado. Josh estava certo. Ele podia ser um cara filha da puta, o que não era o caso, e ainda assim não deveria ser privado de conhecer sua filha.

O pior é que ela viu como Luna gosta de Meurer, da casa dos Fieldmann, de brincar com Christopher... de como ela gosta de Vincent. Ela o trata como um pai e isso a faz perder seu chão de tanto desgosto. Aquele homem viraria a cabeça da sua filha contra ela.

Ela precisava fazer algo, nem que a sua vida fosse tomada de suas mãos por isso.

– Mel... - a voz de Josh a atinge. Há pesar nela. - Mel, por favor, diga alguma coisa.

Ela não consegue mexer os lábios ou fazer outro movimento com os olhos que não seja piscar. Ela está completamente paralisada. Talvez seja a surpresa do momento, o choque... ou ela realmente tivesse quebrado algo. Podia ser tanto a dor física quanto a psicológica.

Ela faz esforço para se mexer e arrasta sua mão até a mão dele. Ele agarra seus dedos como se fosse uma moribunda prestes a morrer que está se agarrando nos seus últimos fios de vida.

Ela sentiu o sangue empapando o seu cabelo e se jogou para frente, abraçando Josh.

– Não me deixe morrer - ela implora.

– Nunca.

Ela olha nos olhos dele.

– Me prometa - a morena pede. - Me prometa, Josh.

– Eu prometo.

– Diga que cuidará de Luna caso algo me aconteça.

Ele não fala nada. Fica em completo silêncio e isso corta seu coração.

– Me prometa, Josh - ela pede. - Me prometa que cuidará da nossa filha.

Ele olha para o chão e depois para ela com seus olhos profundamente azuis.

– Nada vai acontecer a você.

– Me prometa - ela insiste.

Ele respira fundo e a puxa para um abraço. Josh fala em um sussurro tão baixo que é mais provável que tenha sido algo desesperado. Um sussurro quase de morte.

– Eu prometo a você, Mellie. Nenhum mal acontecerá a nossa família.

+++

Logo em seguida, alguém bate na porta do quarto de Alison. Ela pensa que é seu pai, por isso manda ele entrar. Hector a surpreende quando fecha a porta.

Ele a olha com profundidade. Ela sempre ficava constrangida com os olhares dele para ela, mas gostava disso. Sua cabeça estava tão confusa que ela não se entendia. Gostava de Valerie de verdade e sabia disso, mas estar com Hector a fazia se sentir tão mulher, tão... viva.

– Você está deslumbrante.

– Obrigada.

– Fico imaginando se não fossemos irmãos... você se casaria comigo?

Alison dá risada.

– Se não fossemos irmãos, provavelmente você iria querer só dormir comigo e depois me jogaria fora. Nunca se casaria comigo.

Antes que ele possa falar, ela recomeça:

– Além disso, somos da família real. Não podemos escolher com quem nos casar.

– Se não fossemos irmãos, não me importaria a nossa posição, eu me casaria com você.

Hector se aproxima dela.

– Eu me casaria com a mulher que eu amo.

Ele a puxa pela cintura e aproxima seus rostos.

– Hec... - ela tenta desviar. - Eu vou me casar daqui alguns minutos.

– Não me importo - ele olha para ela com aquelas esferas azuis sorridentes. - Fuja comigo, Ali.

Ela sorri para ele.

– Você está maluco.

– Por favor. Fuja comigo.

– Hec, a gente não pode simplesmente abandonar tudo e... do que a gente viveria?

– Poderíamos pedir exílio em qualquer lugar do mundo. Soube que na Rússia se casar em família é permitido para manter o sangue puro e etc.

– Hec, você é o rei.

– Temporariamente. Quando Francis voltar ele será rei novamente.

– Eu vou me casar com o rei de Las Mees. Sua esposa é a herdeira direta do trono de Ahnmach se Leona morrer sem herdeiros... Você não entende como nossa vida é complicada?

Hector se afasta dela.

– Você que não está entendendo... eu estou propondo para você fugir comigo, deixar toda essa vida idiota para trás. Só eu e você. Nomes novos, vida nova.

– Hec, eu amo você, mas eu tenho um compromisso.

Ele franze a testa.

– É por causa dela, não é? Por causa daquela vadia.

– Hec, por favor...

– Ela pediu para você casar com essa planta que é Petrus?

– Eu tomo minhas próprias decisões.

– Ótimo. Então se me ama, fuja comigo.

– Hec, eu estou tentando te dizer que...

– Diga a verdade, Alison. Diga a verdade uma vez na sua vida.

Seu olhar está tão magoado que a corta o seu coração. Do lado de fora, Valerie escuta tudo atentamente com o ouvido colado a porta.

– Eu estou dizendo para você ser verdadeira!

Alison pensa no assunto e já sabe a resposta. Não importa mais nada. Ela precisa ser corajosa, ser destemida. Chegou a hora de enfrentar a sua família e o seu país. Se isso fosse necessário, ela faria. Ela não podia se casar com um cara que não ama para agradar uma mulher de quem gosta e deixar a sua felicidade de lado. Ela gostava muito dela, mas não podia fazer isso.

– Não importa o que eu sinta por Valerie - ela diz, se aproximando do irmão. - Tudo aquilo é anulado quando eu estou com você.

Ela toca o rosto dele e ele enlaça seus braços ao redor da cintura dela.

– Eu te amo, Hec.

Ele a beija com ferocidade. Do lado de fora, lágrimas escorrem dos olhos de Valerie e ela decide sair correndo para o banheiro limpar a maquiagem borrada.

Dentro do quarto, Alison sente a mão de Hector levantar todos os panos que a cobrem e tocar sua coxa. Ela a enlaça ao redor da cintura dele quando ele a joga contra a parede.

Alison passa a mão por cima do membro de Hector e começa a desabotoar sua camisa social enquanto ele distribui beijos pelo seu pescoço. Tudo parece perfeito até que...

– Alis, a cerimônia vai começar e...

Ela trava. Hector idem. Os dois não sabem o que fazer, como reagir.

Fodeu, era tudo o que ela conseguia pensar.

Desirée, a ex-namorada de Alison, a flagrou se pegando com o irmão.

+++

Katerina apoia as mãos ao lado dos painéis de Cérebro. Todos esperam o seu comando.

– Quando devemos atacar, Majestade? - um dos soldados pergunta através do comunicador.

– Katerina, tem certeza que é uma boa ideia? - Francis pergunta. - Você deveria estar dormindo.

– Por que você não cuida do fato de que o incesto dos seus irmãos foi descoberto pela ex da sua irmã? - ela rosna para ele. - Deixe a guerra comigo.

Depois que o havia flagrado beijando Heather mais cedo, enquanto aquela falsa chorava, ela decidiu que o melhor a fazer era provar que Francis estava ali de enfeite, porque ela não precisava dele.

– Quero que o tranquem durante o incêndio para ele ver como é bom.

– Nós não devemos matá-lo - Valentina alerta.

– É claro que não. Eu ainda quero torturá-lo muito pelo que ele fez com Erik. Quero fazê-lo implorar pela sua morte e eu, como uma rainha piedosa, a concederei da forma mais dolorosa possível.

Valentina se afasta um pouco porque Francis faz sinal para se aproximar.

– Quando foi que esse seu lado sombrio nasceu? - ele pergunta, tocando o braço dela. - Quando foi que eu não percebi?

Ela se lembra das palavras de Joffrey. Que o seu lado obscuro se revelaria quando ela tivesse seu coração partido. Ela sempre pensou que quem partiria seu coração seria Francis, mas foi Erik. Foi a morte dele.

Joffrey estava certo.

– Ele sempre existiu - ela sussurra, se afastando. - Só estava encoberto.

– Você não é assim, Kat. Podemos fazer isso de forma limpa...

– Uma guerra de forma limpa? - ela dá risada. - Por que você não vai comer Heather e me deixa cuidar das batalhas sozinha?

– Kat, eu não...

Ela acerta um tapa no seu rosto.

– Eles não descobriram o veneno em mim, afinal ele não deixa rastros, mas as câmeras a flagraram colocando o pó dentro do meu vinho.

Ela dá de ombros.

– Nem mesmo Carrick acha que pode conseguir fabricar uma cura no curto tempo de vida que eu tenho. Quero aproveitar meus dias destruindo o homem que me destruiu.

– Você já matou Jacques, não é o suficiente?

– Nunca é suficiente. Eu não quero justiça, você não entende... eu quero vingança. Assim como a que você queria pela sua mãe.

– Eu desisti porque eu te amo e matar o seu pai a faria sofrer. Não valia a pena para mim.

– E por acaso você ama Heather?

– Claro que não.

– Então não tem problema eu matá-la. Você não sente nada por ela mesmo.

– Eu estou tentando te ajudar. Eu não quero que você perca a luz dentro de você.

– A luz dentro de mim se perdeu há tempos.

Os olhos dela se enchem de lágrimas.

– Você me traiu e me deixou. Erik sempre esteve lá por mim, sempre me amou e eu retribui isso. Ele me ajudou com meus pesadelos e me deu a maior alegria que eu poderia ter: um filho. E o que você fez por mim? Você fingiu me amar para pegar informações do meu país, me fez abandonar o campo de batalha em vez de lutar para me trazer aqui para ver você comendo uma vagabunda que quer me matar.

– Você sabe que isso não é verdade, Kat. Você sabe que eu te amo.

– Então por que você nunca deixou Heather? - as lágrimas escorrem pelo seu rosto. - Você quer o quê? Ficar comigo durante a noite e desfilar com ela por aí durante o dia? Eu não sou uma vadia!

– Majestade? - a chamam pelo comunicador. - O incêndio começou.

– Ótimo - ela limpa as lágrimas. - Me coloque em contato com aquele tirano.

Em Meurer, Vincent chama uma das suas seguranças pessoais, Paige Beckering.

– Paige, o que está acontecendo?

– Estamos sendo atacados, Lorde Vincent - ela diz em meio a tosse. - Incêndio.

Vincent se levanta rapidamente e corre até a porta, que está trancada.

– Quem trancou a merda da minha porta?

– Estamos no escuro - a loira fala através do comunicador. - Eles chegaram de surpresa.

– Alguém abre essa porra dessa porta! - Vincent fala, socando-a.

– Vincent - uma voz calma e feminina o chama de algum lugar. Pelo canto do olho, ele vê o monitor ligado.

– Katerina. Estou surpreso.

– Aposto que não esperava por isso.

– Com certeza não. Você me parecia ingênua demais para fazer qualquer coisa fora das asas de Joffrey.

– As coisas mudaram quando você matou o meu marido.

Um sorriso brota nos seus lábios.

– Eu ainda tenho a sua sobrinha e o irmão de Melanie.

– Sobrinha...

– Claro. Luna, a filha de Melanie e do Duninghan problemático. Sabe, queimando um depósito de armas não faz tanta diferença.

– É apenas o começo - ela promete. - Quando eu pegá-lo, você implorará pela sua morte. Eu prometo isso a você.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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