The Tolomei - A história por trás de Shakespeare. escrita por TM


Capítulo 8
Não confie em ninguém




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Alexandre me colocou gentilmente no carro dele, mas eu não notei nem o modelo que era, muito menos a marca desde que eu saísse de lá, até uma charrete serviria. Nessa altura do campeonato eu não sabia em quem confiar, eu só tinha um objetivo em mente: Lutar com garras e dentes.

Chegamos numa praça, a qual me parecia estranhamente familiar. O nome dela era Piazza del Campo, acho que já estive aqui quando era mais nova, mamãe sempre temia por minha segurança, como se nós tivéssemos feito algo de errado pra exterminarem nossa família (Ou teríamos feito?).

Alexandre parou o carro, e nossos olhares se cruzaram, até que ele desviou o olhar e disse baixo, quase um sussurro:

– Aconteça o que acontecer, não fale nada, apenas sorria. - E ele forçou um sorriso pra mim, no qual eu tive que retribuir; minha vida estava na mão daquele desconhecido que poderia me ajudar a descobrir coisas sobre meus pais e principalmente, minha família.

Ele saiu do carro primeiro, e eu o segui. Ele foi em direção á uma mulher na qual os cabelos misturavam se a noite, e os olhos eram azuis como o oceano, e ela estava esperando por ele. Ele já tinha tudo isso em mente. Ele não poderia me sequestrar. Ou poderia?

– Vejamos o que temos aqui, Alex, Alex... - Ela me olhou de cima a baixo, e aquele olhar me fez ter arrepios. - Quem é a novata? - No momento em que ela terminou a frase, Alexandre colocou as mãos na minha cintura, e eu fiz o que ele disse, sorri.

– Nathalie essa é Sam. Devemos conversar a particular? - Ela concordou com um aceno de cabeça, e Alexandre olhou pra mim e disse: - Sam você poderia nos dar licença? Você tem a praça inteira pra ver, mais não se esqueça: "Um dia é da caça e do outro o caçador". - E começou a rir enquanto eu me afastava dele, correndo o mais rápido que podia.

Eles trabalham pra Auguste. Ele me fez acreditar nele. Eu tenho que fugir deles o mais rápido possível.

Quanto mais eu corria, mais esgotada eu ficava. Até que alguém me segurou por trás e tampou minha boca pra eu não gritar.

– Samantha, eu não estou fazendo isso por você. Estou fazendo pelo meu irmão. Agora entre no carro discretamente. Desconfio que a vaca da Elenna Krueger esteja aqui em Siena. - Jullie continuou a me encarar. - Tá esperando o quê? Estou falando grego por acaso? - Ela foi me empurrando até que eu entrei no carro. E ela foi como motorista, Jullie era pior que Alexandre pra dirigir, ela ultrapassava todos os limites de velocidade estabelecidos.

Metade da viagem foi só silêncio, até que eu tomei a iniciativa que perguntar:

– Aonde estamos indo? Por que vocês querem me proteger? Vocês mal sabem quem eu sou. - Eu olhei pra ela suplicando pra que ela falasse alguma coisa, mais ela apenas dirigiu.

Até que chegamos num sítio e ela finalmente olhou pro meu rosto e falou:

– Nós estamos no sítio de nossa família, mas não se preocupe, aqui ninguém vai nos seguir. Nós sabemos quem você é, apenas queremos te ajudar, querida Cassandra. - Ela saiu do carro, e eu fui logo atrás dela.

James veio correndo me abraçar, o abraço dele me fazia sentir segura, espantava meus piores medos. E passei a noite inteira assim, abraçada com James me culpando por tudo e chorando em seus braços.


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