The Tolomei - A história por trás de Shakespeare. escrita por TM


Capítulo 15
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Naquele turbilhão de pesamentos, eu consegui dormir. E quando acordei, parecia mais cansada do que nunca, fui ver que horas eram no relógio: eram 7:34 da manhã.

Tomei um banho morno, acho que demorei uns vinte minutos no banho, o tempo não importava pra mim, minha cabeça estava cheia de pensamentos. E que pensamentos.

Vesti um jeans, coloquei meu all star, e uma camisa preta pra combinar com o meu humor. Eu tinha que comprar um remédio, a dor de cabeça estava ficando insuportável. Quando cheguei a portaria, uma recepcionista nova, chamada Fernanda Faghh estava á minha espera. Ela me chamou, e me disse:

– Senhorita Krueger, sua prima Andrea hoje bem cedo e mandou eu lhe perguntar se estava tudo bem com a senhora. Ah, e também eu gostaria de falar uma coisa.. Quem era aquele rapaz muito bonito de ontem? Que subiu após dona Andrea? - Aqueles olhos castanhos esbanjavam curiosidade enquanto os cabelos do mesmo tom, caiam sobre os ombros.

Ahn.. Estou bem sim. Pode avisar a Andrea que estou bem e que depois eu ligo pra ela? - Sorri pra ela. - E aquele rapaz bonito era, ahn.. Meu amigo. Ele era meu amigo de infância do tempo que eu morava por aqui. - Ela continuou a sorrir pra mim, e eu retribui o sorriso.

Logo que saí do hotel fui á uma farmácia mais próxima, peguei meu remédio e aguardei na fila. Paguei e quando estava saindo da farmácia, alguém me puxou pelo braço. Na hora achei que ia ficar com hematomas, pois era forte demais. Então não poderia ser mulher, e sim um homem. Quando me virei, reconheci aqueles olhos castanhos e aquele cabelo loiro na hora: Era Alexandre.

– Não consegue ficar longe mesmo não é? - Eu sussurrei pra ele, enquanto ele me levava pro outro lado da rua como uma criança de oito anos que está começando a se voltar contra os pais.

– De você? Claro que não princesa. - Ele me sorriu, aquele sorriso me lembrava Auguste. Pra mim eles eram demônios que de alguma forma Deus sabia que eu iria aguenta-los, enfrenta-los; Só não sabia como fazer isso.

– Me solte antes que eu grite. Não achou que eu não saberia sua reputação, não é Doutor Fehn? Quem diria! Um cara como você, estudando pra ser médico. Agora vai me largar pra termos uma conversa como duas pessoas civilizadas ou vou ter que fazer um vexame no meio da rua de Siena? O que vai ser? - Encarei o olhar dele, eu o estava o desafiando. Eu sabia com quem ele estava mexendo, ele não era ninguém perto de Auguste. Ninguém.

E ele me soltou, vi naqueles olhos raiva e mais raiva, e eu não pude deixar de rir. Quando ele viu que eu estava rindo, virou a me encarar e disse:

– Querida Cassandra, eu lhe dei um prazo, lembra? Ah, e quem aquele James pensa que é pra se meter na sua vida? Você não lhe avisou que somos almas gêmeas destinadas e ficar juntas nem que seja após a morte como a história original? - Ele sorriu pra mim. E eu não pude deixar de fazer cara de nojo. - Estou avisando Cassandra, eu vou caçar você, nem que isso custe a minha vida.

– Boa sorte. - E sai andando de volta pro hotel. Quando cheguei lá, me deparei com o relógio, eram 8:58 da manhã, restava um bom tempo antes de James ir lá me pegar para tomarmos sorvete, então eu subi e liguei pra minha tia.

Ela perguntou o por quê de eu ter fugido, e assim que eu falei pra ela que arrumei um emprego e estava viajando a negócios, ela ficou feliz. Ela também falou que estava com saudades.. "Eu também tia, eu também. Você sabe que eu nunca vou deixar de amar a senhora, não sabe? Sabe que eu sou grata por tudo que você fez por mim, né?" e assim eu desliguei o telefone e me joguei na cama.

Passei horas pensando em meus pais, na minha família, no Alexandre... E até em James. Fui interrompida por batimentos na porta, e antes de abrir, amarrei meu cabelo num coque alto. Por que assim destacava meus olhos, segundo minha tia.

Quando abri a porta, James estava mais bonito que nunca. Com aquele sorriso que eu conhecia tão bem, e amava. Ele estava com um buque de rosas vermelhas nas mãos.

– É.. São pra você. - E sorriu ao me entregar. - Parece que cada dia que passa, você fica mais linda. Mas nada se compara quando você tinha seus 2 anos de idade.

Deixei as flores em cima da mesa e sai com James. Fomos até uma sorveteria, e começamos a conversar sobre assuntos cotidianos quando eu falei:

– Alexandre me encontrou na farmácia hoje. - E olhei pro chão, não queria encarar aquele olhar, não podia.

– O que ele queria? - Ele pegou minha mão para que eu falasse.

– Ele queria me avisar sobre o prazo e tudo mais.. - Quando eu olhei atrás do ombro de James, lá estava ela. Eu a reconheci por fotos que minha tia me mostrou antes de eu sair da América. Era Elenna Krueger. Ela era muito mais bonita pessoalmente, aqueles cabelos ruivos brilhavam. E eu estava a encarando, quando percebi que ela estava fazendo o mesmo comigo. Aqueles olhos castanhos estavam olhando diretamente pros meus.

– Sam, algum problema? - James me olhou cheio de preocupação, apertando ainda mais minha mão.

– Ela está aqui, temos que ir embora. - Fui levantando quando James pegou no meu braço, e olhou no fundo dos meus olhos, exigindo uma resposta.

Uma resposta da qual eu preferia evitar de dar.

– Ela quem? - Foi assim que eu comecei a olhar nos olhos dele. Eu estava assustada, com medo. E senti que ele sabia disso também, por que começou a fazer carinho no meu braço para me acalmar.

– Minha tia, Elenna Krueger.


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