Legendary Lovers escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 1
Capítulo I - Gladiadores


Notas iniciais do capítulo

Espero que se divirta!



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Cidade de Menphis, Egito, Período Arcaico – 3092 a.C. (Aproximadamente 5000 anos atrás)

Era um luxuoso aposento, com seis dos melhores soldados de guarda do lado de fora, tudo era completamente dourado, cheio de ouro e muitas joias preciosas, os melhores tecidos, os mais exuberantes artefatos de arte e a melhor vista para o rio Nilo. Aquele quarto era com certeza o melhor de todo o palácio, só não era mais repleto de luxo que o do próprio Faraó Menés.

A “Deusa” adentrou seu aposento nada humilde e acabou encontrando duas criadas que faziam a limpeza cochichando. Quando notaram a presença “Dela”, as mulheres, que não deveriam ter mais que 16 colheitas do Nilo se calaram e se ajoelharam abaixando a cabeça.

– Do que falavam? – A “Deusa” perguntou.

Uma das criadas respondeu ainda de cabeça baixa.

– Não se fala em mais nada em todo o palácio, minha “Deusa”... Os soldados do Faraó, que viva por muitas colheitas do Nilo!, derrotaram forasteiros para além do deserto, na terra além do Grande Mar, e trouxeram alguns dos estrangeiros de presente como escravos, para o Faraó, que viva por muitas colheitas do Nilo!

A princípio, a “Deusa” não se interessou bastante pelo assunto.

– Um deles... – Começou a dizer a outra criada. -... têm olhos mais claros que o azul do Grande Mar. – A criada terminou, ela e a outra riram brevemente. A “Deusa” continuou sem ter nenhum interesse na história.

– Terminem seus afazeres e saiam, quero descansar um pouco a sós. – A “Deusa” disse.

As criadas estavam saindo pela imensa porta de ouro maciço, enquanto um mensageiro adentrou. A “Deusa” olhava o Nilo de sua gigantesca janela e suspirava infeliz até que o mensageiro chamou sua atenção.

– Perdoe-me, minha “Deusa”, mas o Faraó, que viva por muitas colheitas do Nilo!, exige sua presença no Grande Salão. – Disse o homem.

– Diga que já estou indo. – Disse ela.

O eunuco se retirou.

O Faraó Menés, o primeiro Faraó humano do Egito, se autodenominava herdeiro do trono do próprio deus Hórus. Ele tinha pouco mais que quarenta colheitas do Nilo ou como preferir, quarenta anos, possuía sete esposas e doze filhos, seu primogênito e herdeiro era Atótis.

A “Deusa” havia sido um presente dado a Menés há anos atrás, graças a seu grande feito de conseguir, por meio de seus esforços militares, unificar o Alto e o Baixo Egito. Ela era uma garota de aproximadamente 18 colheitas do Nilo, e era chamada de “Deusa” graças as suas incríveis e raríssimas habilidades que só os deuses desse povo possuíam, hoje em dia a classificariam com outros nomes, dentre eles: bruxa.

[...]

A “Deusa” chegou ao Grande salão do palácio de ouro, Menés estava no seu trono dourado cravejado de rubis e esmeraldas, e a seu lado estavam alguns nobres, sacerdotes e todas as suas esposas.

Era óbvio que nenhuma das esposas se gostavam, mas algo as unia, o ciúme pela “Deusa”. Menés desejava aquela garota mais que tudo, era até hoje o melhor de seus presentes, o maior sonho do faraó era torná-la sua oitava esposa e fazê-la sua rainha, destronando a primeira esposa, e tornar os filhos dessa união seus herdeiros legítimos.

Menés achava isso mais que justo, afinal o Faraó era um deus na Terra, e quem melhor para casar-se com ele do que uma “Deusa”? Ele a via como a única mulher ao seu nível divino, pois não era de conhecimento deles a existência de mais pessoas como ela.

Este casamento só não tinha acontecido graças a uma estratégia de atrasá-lo vindo da cabeça da “Deusa”. Ela disse a Menés que seus poderes sobrenaturais desapareceriam se ela se deitasse com algum homem, e ela sabia que seu “amado” Faraó ainda tinha muitos inimigos que queriam tomar sua coroa e destruir o Egito, então ela deveria por amor a ele, não sucumbir aos desejos da carne para poder continuar usando seus poderes para protegê-lo e a todo o Egito.

– Mandou chamarem-me? – Ela perguntou abaixando a cabeça reverenciando-o.

– Sim, mandei. – Disse o Faraó, ele estava animadíssimo. -... Amom-Seth trouxe para meu deleite alguns escravos de Além-Mar, sei que você gosta de ver meus inimigos caírem em desgraça diante de mim, então sente-se aos meus pés e divirta-se um pouco comigo.

A “Deusa” obedeceu, a contragosto das esposas; sentar-se aos pés do Faraó era a posição mais honrada e privilegiada de todo o salão.

– Que entrem meus presentes! – Ordenou Menés.

Uma porta lateral foi aberta e quase duas dezenas de homens entraram no grande salão, eram oito soldados armados e uma dúzia de homens acorrentados, sujos de sangue e lama.

Foram trazidos da batalha na Península Itálica e não receberam sequer um banho - alguns milênios seguintes, o povo do qual os prisioneiros tinham origem, fundaria Roma.

– Ora, que condições horríveis... Como podem ter coragem de me dar um presente imundo assim?! – Disse o Faraó.

– Não quer que sujem seu chão, Menés? – Perguntou Amom-Seth com intimidade, era primo do Faraó. – Podemos pedir que limpem com a língua...

– Tenho dúvidas se isso limparia, ou apenas sujaria mais. – Disse uma das esposas. Os dois homens cruéis riram concordando com a mulher.

A “Deusa” apenas observava os pobres homens derrotados, a maioria mantinha suas vistas no chão, com ombros encolhidos acompanhadas de expressões cansadas e temerosas pelo terrível futuro que os aguardava nessa terra desconhecida.

Mas um deles era diferente, ele não olhava para baixo, tinha a cabeça erguida e não parecia ter medo, ele era corajoso e se mantinha severo. Seus olhos azuis cristalinos, não foram o que mais chamou a atenção da “Deusa”, apesar dela nunca ter conhecido alguém com olhos claros antes, o que realmente chamou atenção naqueles olhos era que eles observavam cada um no salão com a bravura para enfrentar o que é que o destino reservasse para ele.

– Vocês todos não devem ser soldados, suas vestes são distintas... – Observou Menés. -... Qual de vocês possuía o posto mais alto em seu exército?

Os homens ficaram em silêncio, um soldado bateu o chicote nas costas de um como aviso.

– Quando o Faraó fala com vocês, vocês obedecem! – Gritou ele.

– Eu possuía. – Respondeu o homem de olhos claros e cabelos negros como a noite.

– Pois bem... – Disse o Faraó. – Como chamam você em sua terra?

– Caelinus, esse é meu nome. – Disse ele.

– Caelinus, Caelinus... Sabe... Não são muitas tribos que conseguem resistir a três luas de ataque do meu exército, por isso respeito você e seus homens. – Disse o Faraó.

– E nós respeitamos quem é capaz de nos derrotar. – Dizia Caelinus de cabeça ainda erguida, enquanto seus homens continuavam amedrontados de cabeça baixa.

O olhar dele por um segundo caiu sobre a “Deusa”, e ela não gostou do quão estranha se sentiu nessa fração de segundos.

– Você escuta, minha “Deusa”? Meus inimigos que nada sabem sobre nós já nos respeitam... Imagine o que fariam se nos conhecessem... – Disse Menés.

– Com certeza, se renderiam no primeiro dia de batalha. – Disse ela, e conseguiu outro olhar breve de Caelinus.

– Bom, Caelinus... – Continuou o Faraó. -... Eu gosto de saber um pouco dos costumes dos meus inimigos, aprender com a cultura deles para tratá-los de acordo como seus deuses gostam, sabe? E eu fiquei sabendo que o seu povo adora assistir batalhas até a morte entre seus cavaleiros em arenas, fui informado certo?

– Na verdade, não são cavaleiros, são apenas escravos. – Disse Caelinus.

As esposas, os sacerdotes e os nobres deram breves risadinhas.

– É assim que vocês tratam seus escravos?! – Disse Menés.

Caelinus confirmou com a cabeça.

– Pois agora vocês são escravos, e nada é mais certo do que tratarem vocês como tais segundo sua cultura... – Disse o Faraó.

– Eu não sou um escravo, sou um guerreiro. – Disse Caelinus ganhando a antipatia de Menés.

– Você é o que eu disser que é! – Exclamou o Faraó irritado. – Você é meu brinquedinho assim como os seus soldadinhos, agora podem se preparar! Quero esses homens banhados e alimentados, mandem construir uma arena, eles se enfrentarão até o último sobrevivente!


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Notas finais do capítulo

- Embaixo de uma lua de prata, temperatura tropical
Eu sinto meu lotus florecer, se aproxime
Eu quero a sua energia, eu quero a sua aura
Você é meu destino, meu mantra.
Eu nunca soube que eu poderia ver algo tão claramente
através do meu terceiro olho
Eu nunca soube que o carma poderia ser tão recompensador
e me trazer a sua luz
Talvez este seja o começo de algo muito mágico nesta noite.
Me leve para o rio
Embaixo do sol laranja-sangue
Diga meu nome como um texto sagrado
Mantenha meu coração batendo como uma bateria
Amantes lendários
Poderíamos ser lendários
Amantes lendários
Deveríamos ser lendários
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Entraremos para a história, entraremos juntos
Para o infinito, para sempre
Sua Cleópatra, Sua corada Julieta
Qualquer coisa por você, amor, estou disposta a tudo
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(Legendary Lovers - Katy Perry)
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E não, Dark Horse da Katy Perry não me inspirou para essa SHORT FIC, e nem essa música. Apenas resolvi usá-la como tema e título porque combina *-*
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"A DEUSA": http://pretty-little-liars-books.com/wp-content/uploads/2014/05/lucyhale.jpg
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CAELINUS: http://images2.fanpop.com/image/photos/13400000/Marco-Polo-ian-somerhalder-13474744-500-404.jpg
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Espero que deixe um comentário dizendo o que achou para que eu possa postar o próximo capítulo
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Beijos