Meu Destino é Você escrita por Yukino Miyazawa


Capítulo 9
Encontros


Notas iniciais do capítulo

Oi
Demorou mais eis que desencantei....
Vocês já conhecem o mantra... erros... pulem...
Boa leitura e espero que vocês gostem!!!

Ah, uma notinha importante no fim do capitulo.

Anne, obrigada! Para você LINDA!!!



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"O que for teu desejo, assim será tua vontade.
O que for tua vontade, assim serão teus atos.
O que forem teus atos, assim será teu destino."


– Eu sou o namorado do Niko, muito prazer Félix Khoury!

Niko queria que alguém o beliscasse, precisava saber se estava sonhando, Félix estava do seu lado? Antes que conseguisse forma um pensamento coerente, ele o virou encontrando seus olhos.

– Félix?

– Sentir tanto a sua falta - ele sussurrou tocando seu rosto, ele o puxou para mais perto e o beijou, o toque dele era bem real para ser um sonho, era o gosto dele, era o cheiro dele, era o seu Félix. Se agarrou a ele com força, temendo que ele desaparecesse.

Niko sentia seu corpo relaxando e se excitando nos braços dele, sua cabeça estava leve, toda a dor e sofrimento desaparecendo, Félix estava com ele, sem a noiva. Sem a noiva? O pensamento fez seu corpo ficar rígido, colocando as mãos no peito dele, Niko o afastou.

Ele o olhou espantado tentando entender a sua reação, Niko sentiu-se desorientado, com a musica explodindo em seus ouvidos. Félix tentou se aproximar, mas Niko recuou mantendo uma distancia entre eles, sabia que se ele o tocasse, não teria forças para resistir.

– Niko - ele tentou se aproximar, mas como um animal acuado se afastou um passo dele.

– O que você está fazendo aqui... cadê a sua noiva? - o olhar dele suavizou e quando ele se aproximou novamente Niko não se afastou, por um segundo pensou que ele o abraçaria, mas Félix segurou sua mão apertado e o levou até a saída.

Quando já estavam na porta foi que percebeu que Eron tinha sumido, o que agradeceu mentalmente, era um problema a menos para lidar.

Niko respirou fundo assim que chegaram a rua, sentindo o cheiro de mar que se espalhava por toda Positano.

Niko tentava não pensar, no que significava Félix tê-lo procurado, sua vontade era larga a mão dele e ir embora, mas não conseguia por que era esse o seu maior desejo, andar de mão dadas com ele pelo resto da sua vida.

Aos poucos foram se afastando das áreas com maior movimentação ate chegarem a uma praia quase deserta.

Niko sentiu-se assustado e confuso, por que ele tinha voltado? E a noiva dele? Eles ainda continuavam juntos, Félix tinha terminado tudo, por isso o tinha buscado, Niko se deteve quando um sentimento de erro o atingiu, mas não largou a mão dele. Niko o olhou tentando esconder o quanto estava ferido.

Sentia-se desorientado, queria correr para os braços dele e faze-lo jurar que nunca mais o deixaria, mas não podia, por que sabia por mais que doesse que queria Félix por inteiro, e não pedaços dele.

As mãos de Félix quentes e seguras, era uma provação para sua decisão de deixa-lo ir, se ele não pudesse se entrega por inteiro. Queria acreditar que conseguiria, mas o estava seguindo sem que ele precisasse fazer nenhum esforço. Com uma mistura de vergonha e apatia percebeu que aceitaria o que ele pudesse lhe oferecer, mesmo que fosse apenas metade dele. Largou a mão dele e cruzou os braços, como se sentisse frio e esperou, para saber o que o destino lhe tinha reservado.

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Félix sentia-se absurdamente feliz apenas em vê-lo, mesmo quando ele adotou uma posição defensiva, como se estivesse prestes a duela com um inimigo muito perigoso.

Félix sabia que talvez o fosse, sabia que poderia convence-lo a continuar com ele, mesmo se casando com Edith, mas por quanto tempo? Por quanto tempo ele aceitaria essa situação, e quanto tempo demoraria até ele querer mais do que Félix poderia oferecer. Quanto tempo até ele o abandonar, por mais que isso o machucasse. Mas Félix o amava demais para oferecer migalhas e ele, queria dar tudo a NIko, apenas não sabia se conseguiria. Mas queria tentar.

– Não vou me casar com Edith!

Niko tentou manter sua expressão impassível, mas seus olhos se encheram de lágrimas.

– Por quanto tempo... você manterá essa decisão? Não quero que você se separe dela por minha causa, se você demorou quatro dias para tomar essa decisão... é por que você não tem muitas certezas... - ele disse com firmeza.

Félix suspirou.

– Eu não tomei essa decisão por você - Félix disse e percebeu que suas palavras o tinha acertado em cheio - Eu fiz por mim... por que eu não a amo... por que eu sei que eu nunca vou ser feliz com ela... e por que eu sei que só vou ser completamente feliz com uma pessoa... você entender Niko, seu eu tivesse tomado essa decisão apenas por você... um dia eu poderia culpa-lo por essa escolha... eu te amo demais para fazer isso... essa decisão tinha que ser por mim. Eu queria vir até você sem dúvidas... não que eu tenha duvidado por um segundo o que sinto por você... mas se eu conseguiria enfrentar tudo que eu terei que enfrentar para que possamos ficar juntos...

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Niko tentou endurecer seu coração quando afastou sua mão da dele, para não se entregar a ele sem lutar. Mas agora sentia-se egoísta, ao contrário de Niko, que teve o apoio de sua família quando se assumiu, o mesmo não aconteceu com Félix, o pai dele o subjugou e provavelmente a mãe era uma mulher que não conseguiu apoiar o filho, a única aliada dele era Paloma.

Mas apesar de tudo isso, ele amava a família dele, e teria que deixá-los, e uma vida de luxo e comodidade ao qual estava acostumado, e o pior, teria que enfrentar o ódio do pai, de quem Félix queria ganhar a admiração. Félix estava abrindo mão de tudo para tentar ser feliz.

Niko foi tomado por uma onda de orgulho por ele, e da coragem dele. Félix o olhava com determinação, e Niko o amou mais, o que achou que seria impossível. Sorrindo foi até ele, passando os braços em volta do pescoço dele e sussurrou.

– Eu te amo Félix

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– O que você está fazendo? - Félix ignorou a pergunta e continuou a colocar suas roupas na mala - Félix... eu mereço uma explicação! - Edith segurou em seu braço o detendo.

– Você tem razão Edith - ele disse se soltando dela e fechando a mala e virando-se para olha-la - o bebê que você está esperando... nosso filho... eu não vou abandona-lo... você terá todo o meu apoio... mas eu não vou me casar com você - Félix respirou fundo - Eu me apaixonei... ele...

– Ele? - Edith gritou em horror.

– Por favor Edith não subestime a minha inteligência... você sempre soube por quem eu realmente sentia desejo... Nós teremos um bebê, o melhor e tentarmos ter um relacionamento cordial...

Félix se preparou para o ataque de fúria dela, mas Edith apenas o olhou com frieza.

– Para onde você está indo?

– Positano... é onde ele está... eu não tenho muitas certeza, mas sei que é com ele que quero passar o resto da minha vida... Edith...

– Faça como você quiser Félix... mas saiba que ainda não terminou entre nós...

Sem esperar resposta Edith virou-se e saiu do quarto, batendo a porta do quarto com força.

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Cristiano ouviu o vidro se chocando contra a parede, com um suspiro entrou no quarto a tempo de desviar do vaso que foi jogado em sua direção.

– Sabe o que ele me disse? - Edith perguntou furiosa - Que se apaixonou... que não vai mais se casar comigo... que se apaixonou por... eu não consigo nem pronunciar... – ele disse jogando mais um vaso contra a parede.

– Chegar! Você vai se machucar. - Cristiano disse se aproximando dela e a segurando pelos braços.

– Me soltar! - ela gritou e tentou se livra do agarre dele, mas ele intensificou o aperto. E a sacudiu levemente.

– Por que você está fazendo um escarcéu... você deveria estar agradecendo... por não precisar se casar com ele... você já está gravida dele... com esse filho sua vida já está feita... sem falar que ele não ama você, nem ao menos deseja você!

Edith puxou seus braços com força, para ergue-lo novamente com toda sua força no rosto de Cristiano.

– Quer saber por que quero me casar com ele? - Edith gritou lágrimas escorrendo por seu rosto – Por que eu amo ele... não é pelo dinheiro... se fosse eu teria me casado com você! - ela completou cruelmente - E você pode ter certeza... Félix vai se casar comigo!

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– Cristiano e Edith? - Paloma perguntou enquanto Félix fazia o check out no hotel.

– Bati no quarto dela... mas ela não atendeu... Você não quer mesmo vir comigo? - Félix disse olhando a irmã. Paloma suspirou balançando a cabeça negativamente.

– Acho melhor ficar aqui e proteger a retaguarda! Quando ele descobrirem que você já foi... podem querer ir atrás!

Félix sorriu e abraçou a irmã.

– Obrigado!

– Mas você tem alguma ideia de como encontrar o Niko? - Paloma perguntou, ainda abraçada ao irmão.

Félix puxou um pedaço de papel.

– Esse é o endereço onde ele vai fazer o curso de culinária... eu vou ficar de vigia na entrada até ele aparecer... mesmo que meus tornozelos fiquem em chamas... pelo Niko vale qualquer sacrifício.

Paloma sorriu se afastando do irmão.

– Pelo menos um de nós será feliz! - ela disse melancolicamente.

Félix semicerrou os olhos e franziu a testa, olhando por sobre o ombro da irmã.

– A minha intuição me diz que nos dois seremos felizes - ele disse com um sorriso largo, ainda olhando algo as suas costas.

Paloma virou-se e seguiu o olhar do irmão, sua respiração diminuiu e seu coração acelerou, enquanto Bruno caminhava em sua direção.

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Félix pressionou seu corpo contra o de Niko, sentindo o desejo dele contra sua coxa. Nada mais importava, a não ser o fato dele está em seus braços. Deslizou sua boca sobre o pescoço dele, enquanto suas mãos tocavam a pele dele por baixo da camisa.

– Félix - ele murmurou com uma mão em seu cabelo e a outra em suas costas o puxando para mais perto - Precisamos parar... alguém pode nós ver...

Félix o ignorou voltando a beija-lo, como tinha sentido falta dos beijos dele. Niko riu contra sua boca.

– Do que você está rindo? - Perguntou interrompendo o beijo.

– Que ser preso por fazer amor com você na rua não seria tão ruim assim.

Félix sorriu

– Sua casa fica muito longe?

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– Você precisa se mudar! - Félix sentenciou ao chegarem a porta de Niko, após subirem as ruas íngremes que davam a casa onde estava hospedado. Os braços dele ainda em volta da sua cintura. Assim que Niko abriu a porta ele o virou o beijando, empurrando a porta com o pé.

Niko sorria contra a boca dele, estava tão feliz que não conseguia evitar. Suas mãos estavam na camisa dele, queria sentir a pele dele. Mas Félix segurou seus pulsos e se afastou, Niko o olhou surpreso.

– Precisamos conversar - ele disse sério - Eu tenho algo muito importante para te contar.

– Algo importante? - Niko perguntou sentindo o medo se aproximar.

Félix o puxou até o sofá, segurou com força suas mãos entre as deles.

– Eu te amo... eu quero ficar com você...

Niko prendeu a respiração esperando o que viria depois. Mas Félix não conseguiu contar o que era tão importante, por que a porta foi aberta com estrondo. Amarilys estava apoiada na soleira, a bolsa e um pé do sapato que usava na mão.

– Como você pôde? - Ela avançou tropegamente em direção a Niko a bolsa balançando de um lado a outro.

–Amarilys... o que aconteceu? - Niko se levantou e tentou segura-la, mas ela o empurrou o que a fez perde o equilíbrio e cair quase em cima de Félix.

– Sai pra lá criatura... - ele disse se afastando

– Achei que fôssemos amigos - ela disse enquanto lágrimas borravam toda a maquiagem pesada que ela tinha espalhado pelo rosto.

– Mas eu sou seu amigo - Niko disse confuso e olhou Félix como se ele pudesse ajuda-lo a compreende o que estava acontecendo.

– Você estava dando em cima dele! - ela o acusou e começou a soluçar. Félix ergueu a sobrancelha.

– Você deu em cima dele? - Félix perguntou olhando perigosamente para Niko.

– Amarilys isso é sobre o Eron? - Niko perguntou gentilmente ignorando os olhares de Félix.

– Eron é aquele serzinho que estava te atacando? - Félix perguntou cravando os olhos em Niko a espera de uma resposta.

– Amarilys eu não tenho nada com Eron - ele disse para a amiga, então olhou para Félix - Ele não estava me atacando!

– Não, por que eu cheguei a tempo de te salvar das garras dele!

Niko estava pronto para responde-lo quando Amarilys tombou no sofá a cara enfiado no coro preto.

– Félix me ajudar! - Niko pediu levantando a amiga e afastando o cabelo do rosto dela.

– E se ela vomitar?

– Félix! Me ajudar a levar ela para quarto!

– Tá bom! Mas se ela vomitar em mim... eu jogo ela desse penhasco!

Niko revirou os olhos, enquanto levantava Amarilys pelo braço, Félix pegou o outro braço e a arrastaram pela escada, até o quarto dela. Assim que alcançaram a cama Félix a largou, Niko a puxou até que ela estivesse completamente sobre a cama, tirou o único sapato que ela tinha no pé e a cobriu. Suspirou pensando que quando ela acordasse, estaria com uma dor de cabeça terrível.

Félix estava apoiado no batente da porta o olhando com um olhar insinuante.

– Então... onde ficar o seu quarto?

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Quando Niko abriu os olhos o primeiro que viu foi Félix, o rosto dele a centímetros do seu. Era impossível não compara-lo, quando ele está acordado era um poço de energia, mas dormindo havia uma calma serena nele. Os cílios longos e escuros vibram durante o sono, ele mantinha um leve sorriso no rosto, e Niko se perguntou o que ele estava sonhando, mas devia ser algo bom.

Precisou de toda sua determinação para não acorda-lo com beijos. Com sua mente gritando para que continuasse olhando-o, lentamente saiu da cama, após fazer sua higiene matinal, correu até a cozinha, preparou um café da manhã o mais especial possível com o que tinha no pequeno armário. Convenceria Félix a acompanha-lo até o mercado para fazerem compras, queria cozinha algo especial para ele.

Com a pratica de alguém que já carregou muitas bandejas, Niko saiu da cozinha, mas antes que pudesse chegar a escada a campainha tocou, hesitou por um segundo, mas resolveu atender. Colocando cuidadosamente a bandeja sobre a mesa que ficava ao lado do sofá, correu até a porta para se livrar da visita importuna.

– Oi - Niko cumprimentou com um sorriso a mulher parada na sua porta, mas ela não correspondeu seu sorriso, apenas olhou por cima do seu ombro.

– Então é você?

Niko franziu a testa com o tom de acusação na voz dela, observou com atenção o rosto dela, ela não era estranha, já a tinha visto em algum lugar.

– Nós conhecemos?

Ela lhe lançou um sorriso irônico.

– Ainda não fomos apresentados.... Eu sou Edith noiva do Félix.


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Notas finais do capítulo

Meninas... então... esse é o penúltimo capitulo de MDéV, então para a fic se finalizada ainda teremos dois capitulos, o final, que eu espero que não demore a sair, e um epilogo que já está quase todo escrito... eu queria agradece o carinho enorme que vocês sempre tiveram por MDéV... então é isso... em breve o fim..

Bjos meninas adoro vocês de paixão.



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