Meu Destino é Você escrita por Yukino Miyazawa


Capítulo 1
Félix


Notas iniciais do capítulo


Fic totalmente U.A!!! Espero que vocês gostem. Relevem os erros que encontrarem pelo caminho!

Notas: As idades: Félix tem por volta dos 24, 25 anos. O Niko tem 21 anos. Paloma tem quase 18.
Nota2: Cristiano esta vivo!
Nota3: Por isso Paloma não é uma mimadinha, pois o queridinho do Cesar é o Cristiano!

Bjos, cheiros e abraços!!!!



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"É nos momentos de decisão que seu destino é decidido".

Félix encostou sua testa no ladrilho do banheiro, agradecendo o frio que se espalhou por sua pele. Expirar. Inspirar. Repetia a si mesmo, uma e outra vez tentando normalizar seus batimentos cardíacos. E fazer com que a comida permanecesse dentro do seu estômago. Expirar. Inspirar.

Enfiou a mão dentro do bolso, tirando a pequena caixa vermelha. Apertou com força. Seus olhos foram para o vaso sanitário. E se deixasse cair? Poderia dizer que foi um acidente! Abriu a caixa com as mãos tremendo e tirou o anel prateado com uma grande pedra de diamante.

Apertou o objeto na mão. Basta deixar cair! Fechou os olhos e abriu sua mão sentindo o pequeno circulo queimando sua pele. Agora é só vira e ele vai escorregar! Vira a mão Félix! Félix fechou a mão com força. E bateu a cabeça contra a parede. A quem estava enganando. Era um covarde, por isso estava trancado no banheiro e não enfrentando seus pais. Seu pai. Ele o odiaria pra sempre.

Sentiu algo salgado em sua boca e percebeu que estava chorando. Ótimo! Era tudo que precisava voltar para a festa com os olhos vermelhos!

Esfregou as mãos em sua calça, em um tique nervoso. Ninguém ainda o tinha visto, por isso resolveu ficar mais um momento escondido na escuridão. Queria fica ali para sempre. Mas um barulho metálico chamou sua atenção.

Se virou a tempo de agarra o objeto que vinha em sua direção, antes que acertasse seu rosto. Olhou a chave que tinha agarrado com a sobrancelha erguida.

- O que significa isso?

- A chave do seu carro! - Paloma disse encostando no irmão.

- Que é a chave do meu carro eu sei, por que você esta me dando?

Paloma girou os olhos e deu um soco no braço do irmão.

- Ai isso doeu! Você bate como um garoto!

- E você apanhar como uma garota!

Os dois se enfrentaram sem desviar o olhar, mas Félix piscou!

- Ganhei - Paloma disse enquanto seu irmão dava de ombros suspirando desanimadamente enquanto olhava sua festa de noivado.

- Ainda da tempo! - Félix ouviu enquanto sentia a cabeça de Paloma encosta-se em seu ombro.

Ainda da tempo! A chave estava em sua mão, era só ir embora! Sem olhar para trás. Seus pés chegaram a se mover.

- O que vocês estão fazendo ai? - sua mãe se materializou na sua frente.

- Ué brincando de esconde e esconde. Parabéns mãe! Você nós encontrou, agora a gente fecha os olhos e você se esconde!

- Olha o respeito Paloma! - Félix teria tentado esconder o sorriso, se houvesse algum sorriso a ser escondido. Nem as constantes brigas entre sua mãe e irmã, que sempre o fazia sorrir com as respostas afiadas de Paloma o fariam sorrir nesse momento.

- Félix essa é sua festa de noivado. Você tem que ficar com sua noiva - Pilar disse ignorando a filha caçula.

Félix se sentiu afundar, enquanto Pilar o puxava pelo meio daquelas pessoas, que mal conhecia. Viu-se como um boi sendo arrastado para o matadouro.

- Félix o que foi? - Pilar perguntou pondo a mão na sua testa - Você esta pálido... Não precisa ficar nervoso querido, Edith te ama - Ela disse entendendo erradamente o motivo do nervosismo do filho.

- Mãe... - Talvez a mãe o ajudasse - Eu...

- O que vocês estão fazendo? - Cesar se aproximou sussurrando ferozmente - Félix esta na hora. Faça o pedido!

Félix sentiu suas pernas perderem as forças. O quão irritado seu pai ficaria se desmaiasse? Provavelmente todas aquelas pessoas teriam algo para comentar no dia seguinte.

- Félix! - Cesar o segurou pelo braço, apertando com mais força do que o necessário como se previsse que ele fosse sair correndo pela porta - Esta com o anel?

Félix respirou fundo. Balançou a cabeça em concordância.

- Então faça! - ele disse lhe dando um leve empurrão

Félix pegou uma taça de champanhe de uma bandeja que estava passando. E virou o conteúdo em um gole. O álcool pareceu derrete um pouco do iceberg que tinha dentro do peito. Tentou pigarrear mais saiu mais como um soluço engasgado. Seu pai resolveu o problema chamando a atenção de todos.

Sentia-se como um cervo na mira de uma arma, todos aqueles olhos cravados nele. Você consegue! Precisou de todo esforço para dar o primeiro passo, mas agradeceu que os outros vieram com facilidade.

Edith parecia uma noiva de um romance barato. Bonita, doce e pura. Obrigou-se a se anestesia. Já não sentia... Aquilo era um filme entediante que era obrigado a assistir.

E assistiu-se segurando as mãos de Edith. Assistiu-se se ajoelhando, sobre o arfar das pessoas a sua volta. Lágrimas escorriam graciosamente pelas bochechas de Edith enquanto deslizava a pequena joia por seu dedo. Sua mãe borrando toda a maquiagem em um mar de lágrimas. Seu irmão Cristiano o olhando, com raiva? Não conseguiu encontrar Paloma, provavelmente não quis fazer parte desse espetáculo grotesco. Então seu pai. Aquele olhar. Sorriu verdadeiramente pela primeira vez. Se recebesse mais desses olhares do seu pai, então valeria a pena.

As palmas o fizeram voltar à realidade. Edith estava ao seu lado, agarrada ao seu braço. Sua mãe foi a primeira a alcança-los, os puxando para um abraço. E logo outros abraços e apertos de mãos vieram. Félix permanecia com o sorriso grudado em seu rosto, pois tinha medo de desfazê-lo, não sabia se conseguiria sorrir novamente.

- Menininho! - Seu sorriso escorregou de seu rosto se partindo em milhares de pedaços no chão.

Seus olhos encontram o chão. Não podia encara-la, não enquanto estava fazendo isso. Mãos delicadas tocaram seu rosto, seu queixo. O fazendo encontrar aqueles olhos. Não encontrou decepção neles, mas sim compreensão. A mesma compreensão que encontrou quando confidenciou a ela que sentia desejo por garotos.

Ela o puxou para um abraço apertado. Félix quis chora, como fez tantas vezes antes naqueles braços.

- Marcia, outras pessoas querem cumprimentar os noivos. - Atílio disse gentilmente.

Félix se afastou tentando limpar as lágrimas que tinham escapado.

- Para a minha rainha eu tenho todo tempo do mundo Atílio - disse sorrindo e voltou a abraça Marcia.

- Atílio... Marcia! Achei que você não viriam! - Sua mãe se aproximou olhando atravessado para Marcia, a verdade era que Pilar ainda não tinha superado o fato de sua empregada ter se casado com um amigo da família.

- Como eu perderia a festa de noivado do meu menininho... E você esta linda Pilar - Marcia disse, mas até o mais inocente dos seres poderia ver que não havia verdade em sua afirmação – Mas é claro, não tão linda como a noiva! - Marcia beijou o rosto de Edith.

- Eu sei que geralmente se da presente para os noivos, mas eu nunca fui de seguir os protocolos, o meu presente é apenas para o noivo... você não se importa não é querida? - Marcia disse olhando Edith como se ela fosse uma mancha de café em seu vestido branco - Menininho para você - sem espera resposta de Edith entregou um envelope para Félix, sob o olhar curioso de todos.

Félix segurou o envelope com força, abrindo-o rapidamente. Adorava ganhar presentes.

- Acho que Paloma seria uma ótima companhia! - Marcia falou sorrindo

Félix olhou o conteúdo do envelope não acreditando no que Marcia tinha lhe dado.

- Obrigado rainha! - Félix disse a abraçando.

- Espero que você encontre o que precisa, querido! - Marcia sussurrou em seu ouvido.

- O que é isso? - Pilar perguntou olhando com desconfiança

Félix sorriu mostrando o que tinha em suas mãos.

- Eu vou para Itália!


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Notas finais do capítulo

Ah! Vamos para Itália!!! Próximo capitulo "Niko"!!!



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