My new crazy life! - Vancouver Baby! escrita por Mitsue, Uchiha Elric


Capítulo 16
Plano em ação!


Notas iniciais do capítulo

Mitsue: Gente, só depois que eu postei que minha amiga (OBRIGADA LEITE-SAN) me avisou que eu troquei o nome da 'Michele' pelo nome 'Jade'.
Celeste: Como você fez essa proeza? ¬¬
Mitsue: Explicação, não sei se eu já falei isso, mas os personagens são inspirados em pessoas reais em certos pontos. Tipo a Lisa, tia Belle, Cat, Abbie... A Mich é inspirada em minha irmã mais velha. Por isso sem querer troquei os nomes.
Celeste: Lerda.
Mitsue e Celeste: OBRIGADA HELEN, SUA RECOMENDAÇÃO FOI LINDA DEMAIS MINHA FILHA T.T UM BEIJÃO E ESPERAMOS QUE CONTINUE APROVEITANDO A FANFICTION ^^



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O.V Lisa

O jantar está sendo tenso. Cat fica olhando nervosa para seu prato, meu pai conta sobre seu dia e eu finjo estar escutando, mas na verdade estou pensando nas respostas que darei a meu pai a cada perguntar que fizer.

– Não entendo sua irmã. – Falou papai. – Está passando mal, mas não quer que eu entre para vê-la.

– É, Michele é muito estranha. – Ri forçado. – Mas você a conhece, quando está doente prefere ficar sozinha na dela.

– Se eu for atrás dela só piorarei o humor dela. – Concluiu dando de ombros. – Como vão os estudos Lisa? Tudo certinho?

Será que eu conto que travo uma nova batalha todo dia contra o meu professor de Filosofia?

– Está normal, tudo a mesma coisa. – Falei. – Mas as provas vão chegar mês que vem, então preciso estar estudando afiado.

– E você Cat? Medicina é difícil como dizem? – Virou-se para minha amiga.

A loira estava meio desesperada, pelo visto não queria queimar seu filme com meu pai. Afinal, até hoje não aprontou nada de muito grave, apenas o negócio da bebida. Continuava encarando seu prato super agitada, batia o pé freneticamente no chão.

– Cat. – Sussurrei chutando sua perna por baixo da mesa.

– Hã? – Acordou do transe.

– Meu pai te perguntou como vai a faculdade.

– Vai tudo ótimo! O curso é muito complicado, mas estou adorando me desafiar e ver meus resultados. – Sorriu. – Serei uma grande Pediatra quando me formar.

Isso mesmo Cat, distraia meu pai para que ele se esqueça da Michele, bom trabalho amiga, bom trabalho...

– Vocês não se importam em ficarem separadas durante dois anos? – Questionou bebendo um pouco de seu suco.

– Dois anos? – Franzi o cenho.

– O curso de Medicina é mais tempo que o de Artes Cênicas. – Explicou. – O seu é de quatro anos filha, o dela é de seis.

– Isso já foi resolvido querido pai. – Sorri e fiz meu olhar analítico. – Farei o curso tecnológico e ficarei mais dois anos na escola, além de poder colocar em meu currículo ficarei mais um tempinho com ela.

– Super apoiado. – Assentiu a loira. – Não planejo fazer mestrado assim que acabar a faculdade, quando conseguir um emprego bom e me ajustar, começarei.

– Até lá nós já teremos saído daqui pai. – Disse mordendo minha carne. – Quero ter minha própria casa quando arrumar um trabalho, poder ser independente.

– Iremos morar perto uma da outra, correto? – Cat perguntou.

– Claro, se eu explodir alguma coisa preciso de alguém perto para apagar o fogo. – Mostrei a língua.

– Estou com medo de te entregar um micro-ondas. – Riu.

O moreno começou a rir e olhamos para ele.

– Vocês duas são engraçadas. – Falou. – A amizade de vocês durará um longo tempo.

– Tomara. – Falamos juntas e rimos.

Voltamos ao jantar.

– Sua irmã está bem quieta lá em cima. – Comentou. – Vou levar algo para ela, ficar sem comer não será saudável.

– Deixa que eu levo pai! – Falei segurando seu pulso e o fazendo sentar novamente. – Não precisa se preocupar com isso.

– Obrigado filha, mas aí aproveito e vejo se está com febre ou algo do tipo.

Soltou-se de minhas mãos e se levantou, foi até a cozinha e preparou um lanche leve para Michele.

– Pai, deixa a menina quieta lá. – Levantei da mesa apressada.

– Caleb, ela deve estar dormindo agora. – Cat me alcançou. – Estava bem cansada quando fomos lá.

– Mais um motivo para eu ir lá, irei ver se ela está quente. – Continuou a andar.

Olhei desesperada para minha amiga.

– Espera aí! – Pulei em sua frente, o obrigando a parar.

– O que foi? – Arqueou a sobrancelha.

– Acabei de lembrar que... Que eu... – Tentava falar. – Calma ai que está na ponta da língua!

– Lisa, eu vou até sua irmã enquanto você pensa. – Passou por mim e começou a subir as escadas.

Cat parecia que ia desmaiar a qualquer momento. Pensei rápido e fiz a primeira coisa que veio a minha cabeça. / Isso mesmo, ela se jogou da escada.

– LISA! – Papai falou alarmado. Foi até onde eu estava no chão. – Filha, você precisa prestar mais atenção.

Comecei a resmungar.

– Pai, está doendo. – Meus olhos marejaram. – Acho que torci meu calcanhar.

– Seu calcanhar? – Questionou.

– Isso aqui. – Apontei e depois soltei um grunhido. – Me ajuda a levantar, por favor.

Com “dificuldade” papai me fez ficar em pé e me colocou no sofá.

– Deixa eu ver isso. – Falou e apertou uma área. – Dói quando eu faço isso?

– Um pouco. – Fiz um beicinho, fez outro. – Caralho!

– Não fale palavras sujas. – Brigou e depois suspirou. – Vou pegar gelo na cozinha. Cat, leve até a Michele a comida?

– Claro que eu faço isso! – Concordou, assim que meu pai saiu fez sinal positivo para mim. – É por isso que você faz Artes Cênicas.

Dei uma piscadinha para ela. Quando meu pai voltou grunhi mais um pouco.

– Continua doendo? – Questionou colocando o gelo.

– Ahã, eu preciso prestar mais atenção por onde ando. – Meus olhos voltaram a ficar molhados. – Por que eu sou tão desastrada?

– Por que você puxou o lado da família de sua mãe. – Riu.

– Não entendi. – Falei confusa.

– Lembra de como eu conheci sua mãe? – Perguntou sorrindo minimamente.

Eu me lembro muito bem, mas preciso de tempo.

– Desculpe, não me lembro muito bem. – Sorri amarelo.

Papai suspirou, tinha um ar nostálgico em si.

– Eu estava fazendo um intercambio em Paris. – Sentou ao meu lado e começou a contar. – Caminhava por um de seus parques com meu violão, encostei-me em uma árvore e comecei a tocar, estava tocando uma música “Our Last Summer”, do Abba. Assim que terminei ouvi um aplauso moderado, procurei de onde estava vindo as palmas, mas não tinha ninguém perto de mim. – Riu. – Escutei um assobio bem acima de mim, ela estava em cima da árvore que eu encostei. Tinha um dos olhos mais bonitos que eu já vi, escuros como a noite e encantadores como a mesma. “Você deveria seguir a carreira de cantor”, tinha sugerido. Ainda estava atordoado pelo seu sorriso, mas quando acordei apenas neguei dizendo que estava cursando ‘Administração’. – Olhou para ver se estava prestando atenção e então continuou. – Tentou descer cuidadosamente pelo tronco, mas se desequilibrou e caiu com tudo, teria se machucado seriamente se eu não a tivesse segurado. Foi nesse momento que eu me apaixonei por ela, seu sorriso foi o gesto mais simples, mas ao mesmo tempo mais belo que eu encontrara. Conversamos minutos a fio, descobrimos mais sobre cada um. Até que sua irmã mais nova apareceu correndo e a puxou pelo pulso a chamando. Marcamos de nós encontrar no mesmo lugar no dia seguinte. – Respirou fundo. – E fizemos isso até que eu desisti da faculdade de Administração, me mudei para Paris, comecei a cursar Música e algum tempo depois nos casamos.

Fiquei igual uma boba olhando para meu pai. Sua história com minha mãe era um clichê de livros, mas um dos melhores clichês existentes.

– Pai, você amava minha mãe quando ela te expulsou de casa? – Perguntei.

– Sim. – Respondeu sem hesitação. – Depois que fui embora com Michele essa foi uma das poucas certezas que tinha.

– Sem querer parecer chata, mas... – Enrolei. – Você ainda sente algo pela mamãe?

O moreno ficou me encarando durante um tempo, pensando em qual resposta me daria. Sei que essa pergunta foi meio insensível, mas precisava saber. Por fim soltou um suspiro e bagunçou meus cabelos.

– Nunca irei para de amar sua mãe, Lisa. – Soltou. – Graças a ela passei os melhores anos de minha vida, e ganhei as duas pessoas que mais amo nesse mundo. Como poderia não sentir nada por alguém que me concedeu a chance de ser pai?

Sorri um pouco para meu pai, e depositei um beijo em sua bochecha.

– Mas não pense que não estou feliz com o casamento dela com William.

– Como você sabe?!

– Ela me contou outro dia, tinha me ligado para perguntar sobre você e sua irmã e acabamos conversando sobre isso.

Cat desceu a escada e chamou nossa atenção.

– Caleb, eu tomei a liberdade de checar a Michele. – Disse meio nervosa. – Não está com a temperatura muito alto, depois que comeu o lanche tomou um remédio para dor de cabeça e foi dormir.

– Muito obrigada Cat. – Sorriu para a loira e se levantou. – Vou para meu quarto, garotas, boa noite para as duas. Não durmam muito tarde.

Esperamos ouvir o barulho de sua porta batendo e sorrimos abertamente uma para a outra.

– Graças a Deus deu tudo certo. – Falou aliviada. – Quase tive um ataque do coração.

– Pelo menos uma vez eu me dei bem em algum plano. – Suspirei.


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Notas finais do capítulo

Mitsue: Até o próximo capítulo, tentarei escrever e postar o mais rápido possível :3
Celeste: Semana de prova vai começar, quero ver ter tempo para escrever '-'
Mitsue: Obrigada pelo apoio ^^



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