Another Dumb Love Song escrita por TheSecretWriter


Capítulo 3
The Girl of My Dreams


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu acho que devo desculpas aos leitores... Passei, sei lá, um ano? Sem escrever nada aqui, e isso não se faz. Recebi muitos comentários pedindo que eu voltasse, e depois de uma batalha muito árdua comigo mesma, eu tomei vergonha na cara e decidi terminar o que eu comecei.
Por isso, cá está, mais um capítulo - finalmente! - Espero que gostem, e que me perdoem haha. Vou tentar escrever mais, de verdade. Muito obrigada. :)

Capítulo inspirado na canção The Girl of My Dreams, do começo da carreira de Nat Wolff, espero que gostem https://www.youtube.com/watch?v=92GAr_hbaR0 (obs. não achei vídeo em português, querendo traduções, no vagalume tem essa http://www.vagalume.com.br/the-naked-brothers-band/girl-of-my-dreams-traducao.html )



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/517812/chapter/3

Como esse anjo pôde cair de paraquedas na minha vida? Meu Deus, o que eu fiz para merecer tanto?”, Marina pensava consigo mesma.

– Como você faz isso? – ela perguntou, com um sorriso.

– Isso o quê? – a outra perguntou, estranhando.

– Como faz para ser tão perfeita?

Clara enrubesceu, num misto de lisonjeio e timidez.

– Não, não, não, não, não! – Cadu começou a gritar, antes que a conversa pudesse ter continuidade.

O súbito desespero do marido interrompeu a conversa, o clima, e desfez o toque entre as mãos das mulheres.

– Mas o que é isso, Cadu, está todo mundo olhando – Clara disse, com rigidez.

– Clara – segurando o telefone na orelha, ele começou a puxar a mulher pelo braço em direção à saída – A gente precisa ir embora, o Fernando está desesperado, disse que assaltaram o restaurante.

A mulher ficou imediatamente alarmada, e os dois se apressaram para fora da galeria.

– Espera! – Marina chamou – Me diz onde te encontrar!

Marina seguiu-a com o olhar em busca da resposta, mas infelizmente Clara já não podia ouvi-la, pois ela e o marido já estavam longe.


Alguns dias se passaram, e Vanessa não se conformava com o estado de Marina. Esta procurava por aquela mulher da galeria como se buscasse a cura do câncer.

– Quantas Claras cabem nesse Rio de Janeiro? – ela reclamava – Não é possível, isso aqui é mais difícil que “Onde Está Wally?”, droga!

– Se acalma, Marina – a ruiva disse, pousando a bandeja com xícaras de chá sobre a mesa da morena, se sentando ao lado dela – Você vai acabar ficando doida assim.

– Eu preciso encontrá-la, Van, preciso!

Vanessa nunca havia visto Marina daquele jeito, ousava até dizer que nunca vira nenhuma mulher afetá-la tão gravemente. Isso a deixava possessa.

– Chá, Van? – perguntou Marina quando deu um gole no líquido da xícara – Preciso ficar acordada, pode me trazer um café, por favor?

– Você precisa é descansar, menina.

Marina parou de digitar e se virou para ela.

– Não me entende, né? – a morena indagou – Não tem ideia do porque eu sento aqui todos os dias procurando uma mulher praticamente desconhecida.

– Não, eu não entendo, Marina.

A fotógrafa olhou fundo nos olhos da assistente, e pousou suas mãos sobre os joelhos desta.

– Nunca teve ninguém que te fisgou o coração de uma forma que nem que você quisesse roubar de volta, não conseguia? Alguém que, sei lá, com um olhar te decifra a alma e te deixa de joelhos? Uma pessoa que te hipnotiza com um simples olhar, Van, nunca?

– Hã... Bem... – Vanessa não admitiria que essa pessoa estava bem à sua frente. Já estava cansada de se humilhar – Tudo bem, mas você mal falou com ela, qual é?

– Van, ela é a garota dos meus sonhos. Minha mente está virada de cabeça para baixo, eu estou agindo como uma palhaça, não percebe?

– Claro que percebo, estou vendo seu estado há dias – ela riu.

– É sério, poxa – Marina soltou um risinho – É ela a mulher por quem eu vim procurando esse tempo todo. É como se eu estivesse perdida, e de repente, todas as estradas levassem a ela. É perfeito, Van. É lindo isso que eu sinto.

As palavras da morena faziam o coração de Vanessa se apertar. Mas o que ela podia fazer? Vinha alimentando essa fantasia de que um dia Marina voltaria para ela havia séculos. Devia ter se preparado para o dia no qual seu amor achasse um amor que realmente a satisfizesse.

– Eu vou acha-la, Van. Vou vê-la, a quilômetros de distância, de dia ou de noite, não importa. Eu sei que vou vê-la de novo. Eu sonho com ela, Van. Sonho com ela enquanto ela não está perto, e quando ela estiver, eu vou continuar sonhando. Porque ela é tudo o que eu sempre precisei. Nem se eu a tivesse descrito e encomendado ao destino ela não teria saído tão perfeita. Todos os dias, vou precisar dela, tanto quanto preciso agora. Ela vai ser a mulher mais feliz do mundo, e eu, a segunda, por fazê-la se sentir assim. Prometo que vou conseguir seu afeto.

– Uau – o discurso de Marina deixara Vanessa sem palavras, porque ela se lembrava de cada palavra de amor que já saíra da boca da morena dirigindo-se à ela, e reconhecia as exatas palavras toda vez que ela conhecia uma mulher nova. Marina tinha seu discurso preparado para quando queria conquistar uma mulher, e ser amada. O que ela havia acabado de dizer não se comparava àquilo. Era profundo, era sincero. Cada palavra era verdadeira, e isso fazia Vanessa sangrar por dentro. Tanto, que a próxima frase saiu praticamente como um sussurro – Você realmente está mudada...

– É que a garota dos meus sonhos estava do meu lado, tão perto de mim, e eu a deixei ir. Nem peguei seu nome, Van, e isso está me deixando louca – Marina olhou para o chão um instante – Eu estou apaixonada por ela.

Vanessa ponderou uns instantes sobre aquilo, e se odiou muito depois de pronunciar a seguinte frase:

– Tudo bem, eu te ajudo.

– Oi? – Marina perguntou, incrédula.

– Eu te ajudo a encontra-la, já que é tão importante.

– Ai meu Deus, você faria isso por mim? – Marina agarrou o pescoço da ruiva num abraço e encheu sua cabeça de beijos – Obrigada, obrigada, obrigada, Van! Mesmo, por isso que você é a melhor amiga do universo! Obrigada mesmo – a morena parecia uma criança pisando pela primeira vez na Disneylândia.

– Ok, por onde eu começo? Devo checar a lista de convidados da exposição?

– Não, os ingressos estavam no nome de um amigo de um amigo dela. Continua procurando por mulheres chamadas Clara, com maridos cozinheiros, chamados Cadu, de Caio Eduardo, Carlos de alguma coisa, sei lá. E que tem os olhos mais lindos que você já viu na sua vida.

– Tudo bem, não exagera, o Google não tem esse grau de precisão. Vou pegar cafés para nós e já volto para continuar sua busca.

Vanessa se levantou, e deixou Marina sozinha na sala. A morena sentia seu coração bater a mil, tinha um sorriso enorme no rosto, só porque se sentia um passo mais perto de sua alma gêmea.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Peço perdão de novo, deixem comentários porque isso aquece o coração :) Vejo vocês lá



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Another Dumb Love Song" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.