Desastre sem limites escrita por psycho killerr


Capítulo 2
Capítulo 2




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Depois da escola, tive que acompanhar minha madrasta em uma consulta com a ginecologista que faria o parto, o que foi definitivamente desagradável.

Enquanto não chegava sua vez, ficamos esperando na padaria.

– Camryn, você já está moça, tenho certeza que já tem algum pretendente - disse Amberly.

– Não, Amberly, não tem. Meu pai não está por perto, pode parar de fingir que se importa.

– Cam, eu sei que é difícil aceitar que eu tomei o lugar da sua mãe, mas... - eu a interrompi.

– Ah, não acredito que você está dizendo isso. Você nunca tomaria o lugar dela.

– Bom, não é o que parece. Eu e seu pai teremos uma família nossa, e quando você se formar, sua mãe não passará de uma lembrança ruim para o seu pai e para mim.

– É mesmo, Amberly? É o que veremos.

– Desculpa, Camryn. Eu, realmente gostaria que fossemos amigas, como antes... - ela parecia sincera.

– Antes? Antes de você cair de pernas abertas em cima do meu pai?

– Não dificulte as coisas.

– Está certa, Amberly - disse, revirando os olhos.

Finalmente, havia chegado a hora da consulta dela. Chamei o elevador, e ela entrou, arrumando os cabelos, e passando maquiagem num pequeno espelho que segurava em suas mãos.

– Amberly? - disse a médica.

Então, eu e Amberly entramos na sala da ginecologista.

– Olá, Amberly, como vai?

– Vou bem, Dra. Sarah.

A doutora parecia muito simpática, tirando o fato de ter me ignorado completamente.

– Então, como vai nosso pequeno bebê? - Dra. Sarah disse, olhando os exames.

– Ah, ele vai super bem! A propósito, doutora, o nome dele será Henry - Amberly disse entusiasmada.

– Henry! Ah, que nome forte!

– Era o nome do avô de Camryn.

– Camryn? Sua enteada?

– Sim, sou eu - falei com um sorriso tímido.

– Olá, querida! Desculpe, sou muito distraída.

Assenti.

Basicamente, a consulta inteira, Amberly falava de como seu marido era perfeito, e que ele dava tudo para ela.

Chegando em casa, fui direto para o meu quarto, para fazer lição de casa. Já estava cansada, então resolvi parar, e ligar para minha mãe.

– Filha?

– Oi, mãe!

– Como foi seu dia, querida?

– Bom, digamos que eu odeio a Amberly.

– Ah, minha flor, o que ela fez pra você?

– Ela disse que te substituiu.

– Não ligue pra ela. Mas, enfim, te pego amanhã, depois da aula.

– Para que? Você não tem trabalho?

– Tenho, mas fiquei sabendo que terá um baile da escola, e... - eu a interrompi.

– E eu não vou.

– Por que, filha?

– Não tenho par.

– Ah, filha... Isso não é um problema! Você é linda, e tenho certeza que os rapazes são tímidos.

– Tudo bem, mãe.

– Te vejo amanhã.

Eu adorava aquilo na minha mãe. Ela não estava só querendo me confortar, ela estava querendo ser sincera.

Ouvi o barulho da porta batendo, logo deduzi que meu pai havia chegado, mas, estranho era que ele só chegaria daqui duas horas. Cerca de segundos depois, com muita dificuldade, escutei alguns murmuros, e resolvi ver quem era.

– Você tem que falar mais baixo, Allan, senão a garota vai nos ouvir - Amberly disse para uma homem mais alto que ela, loiro, olhos castanhos, e particularmente, gostoso - e mais novo, bem mais novo que meu pai -.

– Tudo bem, amor, desculpe - então ele a beijou.

Ashley traía meu pai. Isso estava mais que evidente para mim.

Eu esqueci de tudo naquele momento. Será que o bebê era mesmo do meu pai?

Amberly dá um abraço no cara, e me vê.

– Ai, meu Deus! Camryn, venha aqui.

– O que você quer, Amberly?

– Eu amo o seu pai.

– É, deu pra ver que você o ama! Ama tanto que nem sabe se o filho é mesmo dele.

– Não conte isso pra ele, por favor.

– Você não merece piedade minha, Amberly.

Então ela começou a chorar.

– Camryn, não seja ridícula, não estrague o meu casamento com seu pai.

– Eu não preciso fazer isso, você já fez.

Subi correndo as escadas, me tranquei no quarto, esperando cair no sono, antes que meu chegasse em casa.

Filha da puta. Estava com meu pai por causa do dinheiro dele.


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