It's The End Of The World escrita por Fernanda Yumi


Capítulo 10
Um Dia Após o Outro


Notas iniciais do capítulo

Hey povo! Demorei mais de uma semana né kkk Bom, o próximo não vai demorar tanto assim! Então, fico feliz que vocês estejam gostando da fic, que estejam comentando e coisa e tal. Muito feliz mesmo.
Bom, esse capítulo ficou bem pou mas acho que dá pro gasto... Espero que gostem!
Nesse capítulo tive uma ajudinha da Camila, Roberta e Laura!! Povo, eu sei que vocês sabem do que eu to falando! kkkkkkkkk
Aproveita ai povo e boa leitura!!!



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Levar um fora da pessoa que mais amamos na vida não é uma coisa agradável.

Eu devo ter ficado parado em frente àquela porta por um bom tempo. Eu não sabia o que estava sentindo e nem o que estava fazendo quando comecei a andar sem rumo. Muito menos percebi quando bati na porta do compartimento de Thalia ou quando ela me atendeu balbuciando todos os palavrões possíveis e inimagináveis.

Agora aqui estou eu, parado em frente a minha irmã com a maior cara de tacho e com uma enorme vontade de desabar.

– Caralho Percy! Eu tenho que acordar cedo amanhã! Vou fazer parte da patrulha essa semana! Será que tem como me deixar dormir?! – Thalia diz ainda sonolenta e com cara de quem acabou de acordar.

– Thalia... A Annabeth... Ela... Ela... – eu não conseguia dizer o que tinha acontecido. Eu não conseguia entender o que tinha acontecido.

– Percy?! O que aconteceu?! Ela te deu um fora né?! – ela disse preocupada e, inesperadamente, me puxando para um abraço. – Vem, Percy. Entra um pouco e me conta o que aconteceu.

Thalia sentou em sua cama e me fez deitar em seu colo. Eu passei um bom tempo lhe contando tudo enquanto ela ficou acariciando meus cabelos. Eu estava acabado. Sentia uma dor profunda em meu peito e estava sem chão. Ter me declarado para Annie foi, irrefutavelmente, a pior besteira da minha vida. Acabei com tudo que existia entre nós e com toda a certeza, Annabeth nunca mais irá olhar na minha cara.

– Percy... Dê um tempo a ela. – depois de um tempo em silêncio, Thalia finalmente se pronunciou – Sabe, nesses últimos meses ela passou uma barra, todos nós passamos. Primeiro, tem toda essa coisa apocalíptica que vem acontecendo. Depois pensávamos que você estava morto, e quando você finalmente aparece, acontece tudo aquilo... Eu acho que ela só está confusa com tudo que está acontecendo. Dê-lhe algum espaço e talvez daqui a alguns dias, vocês estarão juntos e tão grudentos que eu vou vomitar. – ri. Mesmo com tudo que estava acontecendo, Thalia sempre arranjava um jeito de me alegrar e tirar sarro.

– Eu espero que sim Thals. Eu realmente espero. – suspirei.

– Agora para de drama e vê se se anima. – dei um sorriso fraco – Dorme aqui comigo hoje tá. Aí amanhã você sai em patrulha comigo e tenta manter a cabeça longe desses problemas momentâneos. – Assenti com a cabeça, me deitei a puxando para meu peito e não demorou a eu perceber que ela dormia.

Sabe, eu nunca imaginei que algum dia, seria ela quem estaria me dando essa maior força. Mesmo porque, depois de tudo pelo que ela passou, Thals virou uma garota muito fechada. Bom, é uma história meio complicada sabe. Primeiramente, é muito importante esclarecer que nós dois, somos, na realidade, primos. Seus pais, Zeus e Beryl Grace eram grandes empresários, realmente muito famosos. Há uns bons anos atrás, eles estavam voltando de uma viagem de negócios e por um defeito nos aparelhos de navegação, o avião acabou caindo no meio do oceano. Thalia sofreu tanto com a perda dos pais... Ela deixou de ser aquela garotinha sabe, mas com meus pais, comigo, ela voltou a ter uma família e com Luke, bom, ela conseguiu voltar a ser aquela garota que há tempos havia se perdido.

E eu me lembro das noites em que Thalia fugia para meu quarto e eu passava horas tentando fazê-la dormir. Quando ela desabava em lágrimas e chorava até cair no sono.

E agora, era eu quem estava sendo consolado por essa garota que aprendeu a ser forte com a vida. Então eu poderia superar como ela fez.

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18 de setembro de 2014

Acordei com uma dor de cabeça dos infernos e com o corpo totalmente dolorido. E pra piorar ainda mais, no chão frio do meu quarto. Com certa dificuldade me levantei, meu ombro doendo mais do que nunca. Essa com toda certeza foi uma semana de bosta.

Eu e Annabeth não nos encontramos nenhuma vez. Eu a evitava, ela me evitava.

Eu tentei manter a cabeça ocupada. Participei de inúmeros turnos de vigia, sai em patrulhas, ensinei os novatos a atirarem, treinei por horas a fio. Mas nada poderia mudar as noites que passei em claro me corroendo e me perguntando: “que merda eu fiz?”.

E agora eu estou esperando no QG do acampamento a mais de meia hora, para me encontrar com Rachel já que, mesmo morrendo de dor e supostamente afastado das atividades do acampamento, me colocaram nessa missão urgente. Motivo? Falta de gente. Bom, aparentemente algum idiota saiu do acampamento sem supervisão e estava desaparecido, até que nesses últimos dias, conseguiram fazer contato por meio do rádio e descobriram que o babaca, está preso num armazém a algumas quadras daqui.

Então, o cara aqui, vai ter que sair da profunda depressão, assim denominada pela Thalia, e ir nessa bosta de missão.

E como num passe de mágica, Rachel entra na sala acompanhada de um cara super alto, tipo grandão, daqueles que você não vê todo dia sabe, ele tinha os cabelos castanhos enrolados caindo sobre os olhos e um sorriso sarcástico no rosto.

– Hey! Que bom que você já está aqui. Eu quero te apresentar uma pessoa... – me aproximei até estar perto deles.

– Você é Percy Jackson, certo? – assenti – Prazer! Eu sou Travis, Travis Stoll, mas meus amigos me chamam de TP.

– O prazer é meu, mas... Por que TP? – perguntei curioso.

– A pergunta certa é, por que não TP? – ele me respondeu com um sorriso de canto. Eu fiquei encarando-o tentando entender enquanto eu ouvia a Rach rindo ao fundo. Bom, sai dos meus devaneios quando ela tocou em meu ombro e me puxou pra uma mesa onde tinha um mapa da região.

– Então Percy, nós conseguimos falar com Ethan Nakamura na noite de ontem. Ele nos informou estar preso num armazém uma quadra fora da zona limpa.

– Ha, esse babaca não conseguiu sobreviver nem um quarteirão sem proteção. Queria se fazer de machão e agora deu nisso. E agora a gente vai arriscar nossas vidas pra salvar esse cara. – falei debochado.

– Percy, é só um garoto. Irresponsável, mas ainda é um garoto. A gente simplesmente não pode deixar ele lá pra ser comido pelos walkers.

– E por que não? – ri sarcasticamente – Ele se meteu nessa, agora ele que se vira e sai dessa.

– Perseu! Ouve o que você tá dizendo! – Rachel gritou.

– Eu tô ouvindo! Se ele foi homem o suficiente pra fazer essa merda toda, agora ele que seja homem o suficiente, pra sair dessa merda. – falei calmo.

Rachel me olhou pasma e me desferiu um tapa na cara. Eu olhei incrédulo pra ela.

– Não é porque você foi rejeitado pela Annabeth e está revoltado com a vida, que tem que ser um idiota com todo mundo. Se você está com raiva não desconte na gente. Que brigar com alguém? Vai e fala tudo isso pra Annabeth, e só pra ela. Não meta a gente nisso. – ela se virou pro Travis – Te espero lá fora. – E saiu.

Então a realidade bateu na minha cara. Eu estava sendo um idiota com pessoas maravilhosas e sem motivo algum. Rachel estava certa. Não é culpa dos outros que Annabeth não sinta o mesmo que eu. Não é nem culpa da Annabeth. Eu sabia que era um risco, e mesmo assim, preferi ser egoísta e dizer o que queria. Eu sabia das consequências, e elas são somente minhas...

– É cara. Você mandou muito mal agora. – TP disse enquanto me dava um tapinha nas costas. – Acho que você já sabe o que fazer né?

– É... Sei sim. Eu, eu só preciso de um tempinho, pode ser? - perguntei me apoiando numa mesa.

– Beleza cara. Te esperamos lá fora. Eu vou dando uma acalmada na fera. - Então ele saiu me deixando sozinho.

Um tempo sozinho era tudo o que eu mais precisava nesse momento. Enquanto eu estava parado lá, apoiado na mesa, parei pra respirar e me acalmar. Depois, sai do QG e encontrei Rachel e Travis conversando próximos de um carro. Aproximei-me de Rachel e parei as suas costas. Então ela se virou para mim, com uma cara de ódio e cruzou os braços.

– Rach, me desculpa. Eu fui um idiota e você estava certa. Sobre tudo. Não vai se repetir. – falei olhando em seus olhos. Ela me analisou então bufou.

– Tudo bem Percy. Agora vamos lá, não temos muito tempo. – ela entrou no carro.

Olhei para o Travis procurando saber o que fazer. Ele apenas deu de ombros, deu a volta e entrou no banco de passageiro do carro. Suspirei e fiz o mesmo.

POV Annabeth Chase

Droga, droga, droga. Ok, Annabeth, respira. Bom, só faz uma semana. Não! Já era tempo de você ter pensado e decidido. Ele te deu espaço. Era exatamente o que você precisava. Você falou com a Thalia. Ela te ajudou. Mentira. Ela só te confundiu ainda mais. Droga.

Por que tem que ser tão difícil?! Era tão simples antes! Vocês só eram melhores amigos. Era tão mais fácil. Mas não. Depois que ele desapareceu, você tinha que sentir essas coisas estranhas. E quando ele voltou, você tinha que ter ficado tão desesperada assim? Era normal não era? Nós somos melhores amigos. Ou pelo menos éramos antes de eu ter dado o maior fora nele. Que droga.

Beleza. Respira. A Thalia disse que é normal eu estar confusa. Eu passei por muita coisa esses últimos meses, certo? Eu tenho esse direito. Mas o Percy não merece isso. Já faz uma semana... Ai droga. Tô entrando em desespero de novo. Assim não dá.

Ok. Pensa caramba! Você é Annabeth Chase!

Vamos pelo começo, vai. Nós somos melhores amigos desde criança. Não tem como não nos conhecermos direito, certo? Eu simplesmente conheço todos os lados dele. Mas e se ele mudou esses meses. Não, isso não. Ele é mais velho. Dois anos só Annabeth! Isso nunca te atrapalhou. E o Percy! O cara mais maravilhoso que você conheceu. E melhor, ele não é gay!

Você sabe, também, que ele sempre vai estar do seu lado. Fala sério, ele passou três meses sozinho e sobreviveu, isso porque ele continuou procurando por sua família e a você!

Então qual é o problema? O problema talvez seja que eu não queira me arriscar e estragar a amizade. Percy é muito especial pra mim. Mas e se não der certo? E se eu estiver enganada e isso for apenas amor de irmão? E se...? São tantas dúvidas... Será que vale a pena arriscar tudo e cair de cabeça?

Mas mesmo assim. Nossa amizade não vai ser a mesma, vai? Tipo, nós estamos nos evitando a uma semana! Não era pra isso acontecer... Mas vocês se beijaram Annabeth. Você disse que não podia ter feito isso e depois bateu a porta na cara dele! O que você queria?

Tudo bem. Eu acho que... Eu acho que eu já sei o que vou fazer.

Então ouço um barulho descomunal do lado de fora do meu compartimento. Então saio correndo pra ver o que estava acontecendo e me deparo com uma cena não muito agradável. Gritos e confusão pairam sobre todos, que correm de um lado para o outro abrindo os portões da ala sul.

Então, vejo um carro em alta velocidade passando pelos portões e inúmeros homens puxando as cordas para fechar as portas por onde uma grande orda de walkers está vindo.

Com tudo mais calmo, vejo Percy saindo do carro, junto a Rachel e um garoto que está sendo carregado para fora por Travis. O menino estava todo ferido e gritava de dor, abraçando seu braço e onde deveria estar sua mão. Antes de Percy sair correndo junto aos outros três em direção à enfermaria, temos uma rápida troca de olhares que acaba por eu desviando os olhos.

Percy Jackson estava em uma missão, que poderia tê-lo matado, e eu simplesmente não sabia disso. Ele podia estar morto, e eu poderia ter não me despedido dele... Tudo por eu ser essa pessoa racional, que só pensa, mas não vive o momento, não deixa se levar pelos sentimentos.

Bom, eu acho que isso está na hora de mudar e de eu passar a viver um pouco.

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Já anoiteceu há séculos e eu ainda estou esperando a chuva parar pra poder ir falar com Percy. Mas a chuva só parece piorar, ficar mais intensa a cada hora que passa...

Esperar e esperar. Eu já não aguento mais isso. Depois que eu decidi conversar com Percy, ficou difícil esperar. Estranho, porque esperar era o que eu mais fiz essa semana. Esperar por alguma coisa, esperar por alguém me dizer o que fazer.

Então decidida a não esperar mais, eu pega uma blusa e saio do meu compartimento indo até o do Percy, compartimento 18.

Não é um caminho muito longo.

Não é um caminho que demora.

A chuva me castiga e chego ensopada a porta de Percy. Com as mãos trêmulas e receosas, bato a sua porta diversas vezes até ouvir um baque seguido de resmungos e um já vai. Ele provavelmente deve ter caído da cama. Rio com esse pensamento, me trazendo boas lembranças e me deixando ainda mais confiante e certa do que eu estou prestes a fazer.

Então ele abre a porta.

E o que vejo, é um Percy sonolento mas totalmente pasmo e incrédulo me olhando como se eu fosse um fantasma.

– Annabeth? – ele fala com os olhos arregalados – O que você tá fazendo aqui?!

– Olha Percy, eu precisava falar com você tudo bem. Então me deixa falar, certo? – respiro fundo.

– Tudo bem, Annabeth. Mas entra antes. Tá chovendo e você está encharcada. Vai acabar pegando uma pneumonia desse jeito. Entra e aí você me fala o que quer que seja, tudo bem? – ele falou preocupado enquanto coçava a cabeça.

Percy abriu espaço e eu adentrei em seu quarto. Ele foi correndo me buscar uma toalha e colocou-a em meus ombros. Logo em seguida, ele parou na minha frente.

– Percy... Olha, eu nem sei por onde começar, nem sei se você quer olhar na minha cara depois de tudo. – respirei fundo – Um vez eu li uma coisa, não sei aonde, mas ela dizia: às vezes, as pessoas que nós mais amamos são as pessoas que nós mais temos dificuldades de nos expressarmos. E eu nunca entendi isso, até aquele dia. Até você me dizer todas aquelas coisas e eu simplesmente não conseguir me expressar, não conseguir dizer tudo o que eu sentia. E isso tudo me deixou confusa entende? E então, sim, eu precisei de um tempo. Precisei de um tempo pra parar, pensar em tudo, colocar minha cabeça no lugar. Fala sério! Eu sou a garota mais racional que existe. E isso é um saco. Então eu sinto que você tenha que ter passado por isso. Mas depois de tudo, Percy – sorri – eu percebi que eu quero te dar uma chance. Eu quero dar uma chance a nós. Porque eu realmente acho que isso pode dar certo sabe. E eu preciso tanto de você... – suspirei – Mas, eu vou entender totalmente se você não quiser arriscar entrar em um relacionamento louco e instável comigo, porque eu sei que... – e então Percy simplesmente me calou com um beijo, que me pegou totalmente desprevenida, mas que fiz questão de corresponder depois do susto inicial. Então, se transformou num beijo intenso e apaixonado que me deixou completamente sem fôlego.

– Percy... – falei ofegante.

– Shhhh – ele colocou um dedo sobre minha boca. – Olha Annie, eu quero que você entenda uma coisa, tudo bem? Eu nunca vou desistir de você. Acostume-se a isso. – ele deu um sorriso de canto. – E eu te amo.

–Percy, eu... – o abracei sem saber o que dizer. Era tudo tão novo pra mim.

– Shhhh, eu sei Annabeth. Leve o tempo que precisar. Não se preocupe, ok?


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Notas finais do capítulo

Heeeey! Então, espero que tenham gostado, principalmente desse final ai que deu trabalho pra essa pessoa que não sabe escrever romance fazer kkkkkk Bom, se quiserem, comentem, favoritem, recomendem!! Vejo vocês na próxima!! Beijos



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