A Chave Inglesa escrita por liligi


Capítulo 6
Capítulo 6




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Capítulo 6. Viagem

Ed tocou as mãos para transmutar seu braço, mas não conseguiu uma vez que Scar o empurrou com força.

- Não pense que haverá uma chance para você nessa luta. Os pecadores devem pagar seus pecados sem resistir.

- Huh! Até parece! Você é rápido, mas eu também sou!

- Você tem um ego muito grande para o seu tamanho. – Scar zombou, uma veia latejante surgiu na testa de Edward.

- QUEM VOCÊ TÁ DIZENDO QUE É TÃO MINUSCULO QUE NÃO CONSEGUIRIA VER NEM COM UM MICROSCOPIO AUMENTANDO EM UM MILHÃO DE VEZES?

- Ninguém disse isso, nii-san. – gota em Al

- Além de tudo é nervoso. Com certeza não irá dura muito, criança.

- Você vai ver!

Novamente Ed tocou as mãos e logo em seguida as tocou contra o chão, fazendo surgir uma lança.

- Armas não vão adiantar, anãozinho.

- Heh! Quer apostar?

Ed cravou a lança fortemente no chão, se apoiou nela e girou o corpo acertando Scar com sua perna esquerda.

- Outro automail... O que uma criança faz com membros artificiais?

- Porque acha que eu tenho o titulo de fullmetal? E pare de me chamar de criança! Não sou mais uma criança!

- Fullmetal, huh? Já ouvi falar de você... O menino arrogante que morava na cidade do leste, não é?

- Isso aí. Pelo o que vejo estou em desvantagem, não sei nada sobre você. Exceto, claro, que você é um assassino. – Scar riu sarcasticamente – O que foi tão engraçado.

- O que você falou. Deveria saber quem eu sou já que é um militar. – Ele tirou os óculos escuros revelando os olhos avermelhados. Ed nunca tinha visto olhos como aqueles, vermelhos como sangue... – Eu sou um Ishbaliano.

- I-Ishibaliano? Não... Os Ishbalianos foram dizimados...

- Graças a vocês, meu povo foi praticamente dizimado, como você disse, e os que conseguiram sobreviver se escondem com medo do exército e com a única certeza de que nunca serão aceitos por essa sociedade de pecadores.

- O... O que você quer?

- Vingança!

- Sinto dizer, mas daqui você não passa! Você ns chama de pecadores, mas o que você está fazendo também é um pecado! Está matando seres inocentes!

- Só diz isso porque não estava lá. E daí se for pecado? Sei que serei perdoado por vingar meu povo, fazer com que saibam que ainda existimos!

- Cara... Você precisa de um psicólogo!

- Huh!

Scar novamente partiu pra cima de Ed que desviava dos ataques, mas não conseguia atacar. O ishbaliano pegou a lança que estava no chão e fez um corte na perna Ed que gemeu de dor.

- Eu lhe disse. Não há salvação para os pecadores.

- E como pretende ser salvo? – ele perguntou tentando ficar de pé, mas Scar o prendeu contra a parede segurando seus braços aberto.

- NII-SAN!

- Fique aí, Al! Não se intrometa!

- Mas...

- Obedeça!

- Ed...

- Você não necessita de círculos de transmutação para realizar alquimia, acho que deve isso a seu braço, certo? Então, se não o tiver mais será inútil. – Scar disse examinando o braço mecânico do loiro.

- Olha lá como fala comigo o inútil por aqui é aquele coronel mulherengo!

Scar apertou o automail de Ed que logo em seguida 'explodiu' em vário pedacinhos, então Scar finalmente soltou Ed que caiu no chão.

- Quais são suas últimas palavras?

- Vá se ferrar.

- Muito bem...

Scar estendeu o braço em direção a cabeça de Ed, mas Al se meteu na frente do irmão e abriu os braços como se dissesse que não deixaria Scar se aproximar mais.

- Não torne as coisas mais difíceis, rapaz. Saia da frente.

- NÃO!

- Saia agora ou você morrera junto com ele!

- Vá embora, Al! – Ed ordenou

- Mas, Ed!

- Não tem mas! Essa luta é minha!

- Você é meu irmão, eu não vou ficar parado e vê-lo morrer!

- Você é corajoso. Está disposto a dar vida por seu irmão, não está?

- Estou sim! – Al respondeu confiante.

- Muito bem... Morra junto com ele!

- Al!

Ed gritou, e o que aconteceu no segundo seguinte foi muito rápido para que Scar ou Al entendessem ou pudessem reagir, um punho de pedra ergueu-se e atingiu scar em cheio. Ed havia aproveitado a 'conversinha' de Al e Scar e desenhou um circulo de transmutação no chão.

- Vamos Al!

Ed disse ficando de pé, Al acenou com a cabeça e os dois começaram a correr com Scar em seu encalço. Entraram num beco que não tinha saída, como haviam acabado de se mudar ainda não conheciam muito bem a cidade.

- Agora você me deixou bem irritado, fullmetal.

- Isso prova que eu não sou um inútil.

- Agora sua morte será bem mais dolorosa.

- Até parece que você vai conseguir me matar. –Ed zombou

- Veremos.

- Errr... Nii-san... Não sei se percebeu, mas não tem saída... – Al murmurou

- Oops... Esqueci... – Ed começou a suar frio

Antes que Scar chegassem aos irmãos Elric uma parede de fog ergueu-se entre eles.

- Ora, ora. Por que a pressa?

- Coronel! – Ed e Al exclamaram juntos

- Droga, porque ele tinha que aparecer justo agora?

- Não reclama, nii-san. Se não fosse por ele estaríamos mortos.

- Eu poderia dar conta desse babaca sozinho.

- Sei... – Al estreitou os olhos.

- Fullmetal, Alphonse, vocês estão bem?

- Estaríamos melhores se você não estivesse aqui.

- Deixa de ser mal agradecido, moleque. Vocês estariam mortos sem mim. – O coronel disse

- O Flame alchemist em pessoa. Um dos cãezinhos que destruiu a minha nação.

- O Ishbaliano que tem me dado tanto trabalho e papelada...

- Você zomba de tudo e de todos, não importando se a situação é boa ou ruim como essa é, não gosto disso. Pagará por seus crimes junto com o fullmetal o irmãozinho dele.

- Vá sonhando.

Scar avançou, o coronel estalou os dedos soltando algumas faíscas, Scar desviou, e novamente o coronel desferiu vários ataques em que scar evitava facilmente.

- Já estou cansado dessa brincadeira. – Roy disse depois de um grande suspiro.

- Eu concordo.

Scar tocou no chão o logo depois o encanamento do esgoto emergiu e começou a 'vazar' pra todo lado molhando as luvas do coronel e o deixando incapaz de usar alquimia.

- Fim da linha pra todos vocês.

Ele deu dois passos à frente, mas não foi mais adiante uma vez que um tiro acertou seu braço.

- Acho que é o fim da linha pra você, Scar. – o coronel disse – Você não conseguirá contra três alquimistas e a melhor sniper de Amestris!

Riza estava na entrada do beco apontando a arma diretamente para a cabeça de Scar.

- Acredite, a tenente Hawkeye não errará o alvo. Por mais que se mexa. Os olhos dela serão mais rápidos que seu corpo.

- Droga... Muito bem... Sei reconhecer quando estou derrotado.

Numas manobras muito loucas (Claro, quem escreve é uma louca, então só podia ter coisa louca aqui, né? XD) Scar alcançou o muro e pulou através dos telhados do prédio.

- Tenente, mande uma tropa de busca para seguir o Scar.

- Sim, coronel. – Riza disse antes de se retirar.

- Vocês estão bem? – O coronel se dirigiu a Ed e Al.

- Eu estou sim coronel, mas o braço do meu irmão... – Al disse.

- - - - - - - - x - - - - - - - -

No QG...

- Não precisa mesmo de nada, Edward? – Riza perguntou

- Bem, na verdade eu preciso sim... Err... Você poderia pedir para a Winry vir da uma olhada no meu automail?

- Ah, sinto muito, Edward. Mas a Winry voltou para Rizembool.

- O que? –ele exclamou

- Faz uma semana.

- Droga! Agora terei de ir ao Rush valley.

- Bem, Rizembool é mais perto do que Rush valley.

- Bem... É que... A Winry tá com raiva de mim... E eu não quero incomodar é melhor eu procurar meu mecânico mesmo...

- Nem pensar, nii-san. – Al disse – Você precisa pedir desculpas a Winry! Nós vamos a Rizembool!

- Não decida as coisas sem mim, Al!

- Alguém tem que ser o seu juízo porque você não tem nenhum.

- Como é? – Ed disse nervoso.

- Não tem o que discutir. Vamos a Rizembool!

- Vocês pretendem mesmo ir a Rizembool? – Riza perguntou erguendo uma sobrancelha

- Sim. – Al disse

- É melhor levarem capacetes.

- O-O que quer dizer com isso? – Ed perguntou

- Vou comprar as suas passagens. – Riza disse e saiu

- Vamos pra casa, nii-san. Temos que arrumar as malas.

- Já disse que não quero ir pra Rizembool!

- Ruim pra você, porque você vai!

- Você não devia decidir essas coisas sem mim, Alphonse. – Edward disse em tom de censura.

- Você quer ficar com o braço desse jeito, por acaso?

- Poderíamos ir a Rush valley!

- Rizembool é mais perto. E aquelas pessoas de Rush valley ainda estão com raiva de nós por ter destruído a cidade inteira! A última coisa que eu quero é um bando de cidadãos atrás de mim por você ter feito besteira. – Al disse mostrando-se aborrecido enquanto cruzava os braços em frente ao peito. – Além disso, você e a Win precisam se acertar.

- Aff... – Edward suspirou pesadamente.

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- Tudo pronto, Ed? – Alphonse perguntou no seu habitual tom calmo. – Já terminou de arrumar as coisas?

- Sabe, com o meu braço nesse estado você deveria ajeitar as malas e não eu. Eu deveria estar muito bem sentado em frente ao sofá assistindo Tv antes de irmos.

- Preguiçoso. – Al estreitou os olhos

- Tá tudo pronto, vamos.

- O táxi está nos esperando lá fora.

- Tá.

Depois de uma viagem silenciosa, Ed e Al chegaram na estação. Sentaram-se num banco a espera do trem que os levaria a casa de Winry, apesar de não estar demonstrando, Ed estava extremamente nervoso, só de pensar em Winry seu coração começava a bater acelerado.

- O trem chegou, nii-san. – Al falou chamando a atenção de Ed

- Hm? Finalmente.

- Hehe... Você tá mesmo ansioso para ver a Winry, não é? – Ed ficou vermelho até a raiz dos cabelos com o comentário do irmão.

- COMO ASSIM? TÔ ANSIOSO PRA AJEITAR MEU BRAÇO E NÃO PARA VER AQUELA GAROTA!

- Tá, tá bom. Não grite.

- Hunf!

Ele se abaixou e pegou sua mala e foi para o vagão, quando se deu conta que Al ficara pra trás.

- O que tá fazendo? Se apressa!

- Er... Eu vou ali pegar um... Er... Um bolinho e volto já.

- Traz um pra mim e não demore.

- Ok, nii-san.

Al disse se afastando cada vez mais do irmão, que logo entrou no trem e procurou uma cabine vazia. Ele sentou próximo à janela e segurou o rosto enquanto seu braço estava apoiado no parapeito da janela.

- Embarcar!

Ed ouviu o homem falar, mas onde o Al estava? Que raios de demora era essa? Mas não estava realmente preocupado, afinal, o irmão não seria tão irresponsável pra não chegar a tempo do trem partir. Mas logo percebeu que estava enganado quando o tremo começou a se mover lentamente.

- O quê? Mas o Al...

- Oi, nii-san! – Ed ouviu a voz do irmão e olhou através da janela e viu o irmão sorrindo calmamente.

- Al, o que você está fazendo? Entra aí antes que não haja mais tempo!

- Eu não vou, nii-san.

- Como assim não vai? – Ed falou alarmado – Pára de brincadeira e entre nesse trem!

- Eu não posso.

- Por que?

- Eu não tenho passagem. Pedi para a tenente não comprar.

- O quê? – A boca de Edward estava escancarada, não entendia porquê o irmão havia feito aquilo.

- Tchau, nii-san! – Al disse quando o trem realmente se afastou da estação.

- AAAL!


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