A Chave Inglesa escrita por liligi


Capítulo 5
Capítulo 5




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Capítulo 5. O primeiro problema

- Droga. Tem o maior galo na minha cabeça! – Ed resmungou

- Você tem é que pedir desculpas para a Winry. – Al falou

- Hã? Ela quase me mata e você quer que eu peça desculpas para ela?

- É sim. Não quero perder uma amiga por suas grosserias.

- Então fala você.

- Não fui eu que disse que ela era louca.

- Também não sou que vou pedir desculpas. – Ed disse displicente

- Bem, se você não pedir desculpas a ela, você terá que ir até o Rush Valley para fazer a manutenção.

Ed ficou em silêncio por um tempo, refletindo.

- Não vou pedir desculpas. – ele disse e adentrou o prédio do exército deixando o irmão para trás.

- Teimoso.

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- Idiota. – Winry murmurou enquanto enchia uma sacola de frutas.

" Não sei o que eu vi naquele baixinho, ele é grosso, teimoso, explosivo e nem bonito ele é!"

Winry pensava, ela estava tão nervosa que deixou cair uma laranja, mas antes que essa encostasse no chão alguém a pegou.

- Aqui. – o homem disse entregando a fruta para Winry

- Obrigado. – ela a pegou e colocou dentro da sacola e se virou para continuar escolhendo mais algumas frutas.

- Então... O que faz aqui, senhorita Rockbell? – ele perguntou, Winry estranhou o homem saber seu nome, então se virou para ver quem era e deu de cara com Roy Mustang.

- Você é o coronel, né? O chefe da minha irmã?

- Fico feliz que se lembre de mim. – ele sorriu sedutoramente, Winry corou com tal sorriso.

- Eu estou... Fazendo umas compras para a minha irmã.

- Hum, entendo. Mas que tal um sorvete? – convidou

- Hein? – Winry se surpreendeu

- Você deve estar com sede, com esse calor todo, não é?

- Bem...

- Vamos, eu não mordo.

- Eu ainda não terminei as compras... – ela disse na tentava de fazê-lo deixá-la em paz

- Eu posso esperar. Que tal?

- Mas você é um homem ocupado, não quero desperdiçar seu tempo...

- Ora, não se preocupe com isso. Eu posso esperar.

- Está bem, então. – ela disser vencida.

Depois de ajudá-la a comprar tudo o que precisava, Roy levou Winry para a sorveteria.

- Então... Quantos anos você tem?

- Dezesseis. Você tem a mesma idade que a minha irmã, né?

- Não, não. Sou mais velho quatro anos.

- Pois não parece.

- Que bom. – ele sorriu, Winry novamente sentia-se incomodada com a forma que ele sorria – Tem namorado, Winry?

- Não.

- Gosta de alguém?

- Errr... – Winry começou a ficar vermelha, mas achou melhor negar. – Não.

- Sua cara não engana ninguém. Mas não se preocupe, eu não vou contar pra ninguém.

- Não há nada o que contar.

- Certo. – Roy dá uma olhada no relógio – Bem, é melhor eu ir ou então sua irmã vai cravar uma bala no meio da minha testa.

- Tchau.

- Até logo.

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- Coronel, onde estava? – Riza perguntou séria quando o moreno adentrou sua sala

- Por aí...

- E isso é resposta? Você devia estar trabalhando e não por aí. – Riza disse jogando uma pasta na frente do coronel

- O que é isso?

- Acabou de chegar. O tenente-coronel Hughes trouxe.

- Hughes?

Roy abre o arquivo e o lê. Fica instantaneamente impressionado.

- O que isso significa? – ele perguntou sério

- Um serial killer que mata alquimistas federais. Deram-lhe o nome de Scar por ter uma grande cicatriz no rosto.

Riza explicou calmamente

- Aqui diz que em menos de uma semana ele matou mais de vinte e três alquimistas.

- Isso mesmo. Explodiu as vitimas de dentro pra fora.

- Esse homem é terrível.

- Mais uma coisa.

- O que é?

- Algumas pessoas que o viram, afirmam que ele é de Ishbal...

- O quê? – Roy arregalou os olhos

- Procura vingança e matará qualquer um que atravesse seu caminho.

- Droga! Estamos em alerta máximo, não estamos?

- Sim.

- Ótimo.

- Muitos alquimistas já foram avisados do perigo que ele representa.

- Avise a todos. Não quero ninguém morto por aqui.

- Sim, coronel. – ela bateu continência.

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- Não quer mesmo que eu ligue para a vovó e peça para que fique um pouco mais? –Riza perguntou enquanto via Winry 'caçar' seus pertences e jogá-los de qualquer jeito na mala.

- Está tudo bem. Não precisa mesmo. Foi bom enquanto durou. – ela disse ainda concentrada em procurar seus objetos

- Você... Hum... Despediu-se do Edward e do Alphonse?

- Não me fale daquele idiota! – Winry trovejou um tanto quanto aborrecida. – Ele me chamou de um monte de coisas e nem pediu desculpas!

- Talvez não pretendesse dizer tudo aquilo.

- Não o defenda! Ele é um idiota.

- Deu pra perceber.

"Droga! Por que esses dois são tão teimosos? Já está bem claro que se amam, então, por quê não admitem logo e ficam juntos?" – pensa Riza.

- Tomara que eu nunca mais veja aquele idiota em toda a minha vida!

- E quanto ao Alphonse?

- Do Al eu gosto, mas aquele mini, mini, mini projeto de baratinha... – Winry dizia

irritada

~~ Quanto a Edward ~~

- ATCHIIMM!

- Tá doente, nii-san? – Al perguntou preocupado

- Acho que sim...

- Não vai mesmo falar com eles antes de ir?

- Não.

- Quer que eu diga alguma coisa?

- Só pro Al. Diga que eu vou sentir saudades e que espero que a gente se encontre de novo.

- Okay. Vou te levar até a estação.

- Tudo bem.

Winry pegou uma de suas malas e Riza pegou outra, afinal, Winry tinha feito muitas compras desde que chegara.

Chegaram na estação quinze minutos adiantadas, então se sentaram num banco para esperar o trem que ia para Rizembool.

- Quando vai nos visitar em Rizembool, Riza? – Winry perguntou depois de tantos minutos de silêncio.

- Sabe que eu não gosto de ir a Rizembool. E nem tenho tempo para ir.

- Apenas nos vemos no natal, e nem é todo natal que você vai para casa. E ainda por cima, vai embora no dia seguinte. – Winry disse emburrada, Riza suspirou longamente.

- Não consigo ficar naquela cidade. É tudo muito parado. Gosto de mais agitação.

- Você não muda.

- O trem chegou.

Riza falou ao ver o trem desembarcar.

- Pois é. Acho que é a hora do adeus. – Winry disse ficando de pé.

- A gente se vê, mocinha. Logo, logo.

- Mas vê se vai pra Rizembool, que é muito cansativo vir até a Central. Além do mais, não quero dar de cara com aquele nanico.

~~ Quanto a Edward ~~

- ATCHIIIMMMM!

- Puxa, nii-san. É melhor fazer uma canja de galinha. Você só pode estar resfriado. – Al disse indo imediatamente para a cozinha.

- Mas, Al... Você não sabe cozinhar!

- Eu tenho uma receita por aqui... – ele gritou da cozinha

- Tudo bem. Vou ver o que posso fazer.

- Tchau, Riza.

Winry disse e as duas se abraçaram. Separaram-se quando ouviu alguém dizer que era a hora de embarcar.

Riza ficou olhando e acenando para a irmã pela a janela enquanto trem não sumiu.

- - - - - - - - x - - - - - - - -

Uma semana depois...

- Nii-san! Não vemos a Winry a mais de uma semana! Você tem que pedir desculpas a ela! – Al disse alarmado

- Já chega, Alphonse! Já disse que não vou pedir desculpas. – Ed falou com aspereza.

- Edward!

- Não.

- Mas...

Edward se virou para o irmão, sua expressão era de poucos amigos.

- Já falei que não vou pedir desculpas àquela menina! Ela quase me assassinou. E olha que eu sou um alquimista federal!

- Alquimista federal? Um nanico como você? – Ouviram alguém falar, uma veia latejante surgiu na testa de Edward.

- QUEM VOCÊ ESTÁ CHAMANDO DE MICRO BACTÉRIA QUE NEM ESTUDADA PODE SER, POIS NÃO PODE SER VISTA?

- Ninguém disse isso, nii-san. – Al disse com uma gota na cabeça.

- Ishbala é muito generoso. Um alquimista federal andando por aí sem proteção, e ainda por cima, uma criança. – O homem falou

- Tenha cuidado, nii-san!

Edward olhou para ele muito sério, se virou para Al e murmurou.

- Al, quem é esse idiota?

Al quase caiu pra trás.

- COMO ASSIM QUEM É ESSE? O CORONEL NOS ADVERTIU SOBRE ELE!

- Hã? É aquele cara que tá assassinando os alquimistas federais?

- Finalmente a ficha caiu.

- Ah, que bom! Um pouco de diversão! Preciso descontar minha raiva em alguém. – Edward disse 'se aquecendo'

- Criança arrogante. Acha que pode descontar a raiva em um servo de Deus? Está muito enganado. Pagará por seus pecados.

- Aff... Você fala demais. Vamos logo pra ação. – Ed disse fazendo pouco caso.

- Se é assim que você quer...

- Manda a ver!



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