A Chave Inglesa escrita por liligi


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/51757/chapter/2

Capitulo 2 – Alquimista federal

- Hei, Ed. – Al chamou.

- Hum?

- O que você achou da Winry?

- ...

- Ela é bonita, não é?

- Se você diz...

- Ah, admita, Ed! Você gostou dela!

- Não gostei não.

- Gostou sim.

- Por que você acha que eu gostei dela?

- Porque na Cidade do Leste você sempre conversava com a Rose e com outras garotas, mas não ficava vermelho como você ficou quando conversou com a Winry!

- Eu... Eu... EU NÃO FIQUEI VERMELHO!!!! – ele disse novamente vermelho.

- Tá bom, não precisa gritar.

- E você? Gostou dela? – ele perguntou mais calmo

- Gostei sim. Ela parece ser uma boa pessoa.

-...


- Hei, Winry, o que vai fazer pela a tarde?

- Ah, nada. Por quê?

- Será que você podia arrumar a casa? Não tenho tido muito tempo.

- Claro. Eu arrumo.

- Ah, eu vou chegar tarde hoje.

- Por quê? Vai ter algum encontro? – Winry perguntou maliciosamente

- Winry! Não! É que hoje vai ao quartel um alquimista federal transferido para jurisdição do coronel Mustang.

- Ahhh!!!

- Até a noite, irmãzinha. – Riza estalou um beijo na testa de Winry.


- Anda logo, Ed. Não vai passar uma boa impressão pro seu novo chefe se você chegar atrasado. – Al alertou

- ‘Tá bom, mamãe. – Ironizou – Já estou pronto.

- O carro está esperando.


- O senhor pode entra, o coronel está esperando. – a secretária disse

- Tá. – Ed disse sem emoção.

E entrou na sala juntamente com Al. Lá tinham apenas duas pessoas: Um homem sentado confortavelmente em sua cadeira e uma mulher que estava em pé ao lado deste prestando continência.

- Ora, ora. Se não é o fullmetal alchemist. – O homem disse – Um alquimista tão renomado... E tão baixinho. – ele disse debochado.

- COMO É QUE É??!!! – Ed se preparava pra partir para cima do homem, mas Al o segurou.

- Controle-se, fullmetal. Agora eu sou seu superior. Sou Roy Mustang, o flame alchemist. E esse que veio com você, quem é?

- Esse é o meu irmão caçula, ‘coronel’.

- Caçula? Sério? Ele é pelo menos dois palmos mais alto que você! – Debochou novamente

- Ora seu...

- Nii-san, se acalma!

- Bem, seja bem vindo fullmetal. – O homem disse pondo-se de pé – A 1ª tenente Hawkeye lhe mostrará as instalações do quartel central.

Ed olhou para a mulher.

- Eu não te conheço de algum lugar?

- Espera, Você era aquele garoto que estava conversando com a minha irmã caçula outro dia, não é?

- A Winry? – Al perguntou

- É o nome dela. – Riza respondeu. – Eu sou a 1ª tenente Riza Hawkeye. – novamente bateu continência.

- Prazer. Eu sou Edward Elric e esse é meu irmão Alphonse Elric. E aí? Vamos conhecer esse lugar ou vai ficar me encarando.

- Desculpe. – ela disse abrindo a porta para os dois passarem.


- Então... – Ed começou – Você é a irmã daquela garota.

- Aquela garota, se chama Winry. – Riza corrigiu, fazendo Ed se sentir um idiota.

- Desculpe. – murmurou

- Mas... O que ia perguntar sobre ela? – Ed corou furiosamente

- Err... Nada... Só pra... Saber se ela estava bem.

- Ela... Está sim.

- Hummm

- Sabe, foi bom Winry ter feito amigos. – Riza disse a cabo de poucos segundos

- Como assim?

- Desde que nossos pais morreram, ela tem evitado ficar perto das pessoas. Winry se tranca na oficina da casa da nossa avó e fica fazendo automails por horas. Eu sei que ela gosta, mas ela faz mais isso para se afastar de tudo, criando seu próprio mundo em que ninguém tem permissão pra se aproximar demais. Acho que ela tem medo de sofrer de novo.

- Então ela se isola? – Al perguntou visivelmente perplexo pelo o que Riza falara

- Isso. As únicas pessoas com quem ela fala abertamente sou eu e a nossa avó. No colégio ela não tem muitos amigos, e os que ela tem ela acaba repelindo. Bem agora eu preciso ir ver o coronel antes que dê uma de suas escapadas. Com licença. – prestou continência e se afastou a passos largos, mas lentos.

- Será que ela sofre muito, nii-san? – Al perguntou ao irmão que não dissera nada, apenas escutou o relato de Riza pensativo.

- Ela é uma garota boba. – Ed disse arrogante – Ela se afasta das pessoas que a amam, em vez de se consolar junto a elas. Prefere maquinas a pessoas.

- Já sei! – Ala exclamou animado, o que intrigou Ed – Nós vamos ajudá-la a confiar novamente nas pessoas!

- Ah, não, Al. Não vem com essas idéias! Aquela garota não gosta de companhia, lembra?

- Mas é justamente por isso que vamos ajudá-la. – Al disse exibindo um belo sorriso na qual o irmão detestou – E já sei como! – completou o rapaz com um brilho no olhar.

- É mesmo? E o que é?

- É segredo.

- E como é que NÓS vamos ajudá-la se só você souber do plano? – Ed gritou indignado

- Deixa comigo, nii-san.


Winry terminava a faxina na casa; Sentou-se numa poltrona para descansar um pouco, e viu, debaixo de um cinzeiro um papelzinho que reconheceu como o que Alphonse lhe dera com o endereço da casa.

“Por quê eu não vou lá dar um oi? Além do mais ele está com a minha chave inglesa nova”.– pensou

- Hum... Mas eu tenho que avisar a Riza.

Ela pegou a agenda telefônica à procura do número do gabinete de Mustang, o chefe dela (Duhhh), mas não encontrou nada.

- É claro que não! - Winry fechou a agenda furiosamente – Ela sabe o número de cor. Quer saber? Eu vou passar lá, sem falar que é pertinho da casa daqueles dois.

Winry seguiu para o banheiro, poucos minutos depois estava pronta. Trancou a casa e colocou a chave debaixo do tapete.


- Al, no que está pensando? – Ed perguntou percebendo o irmão distante e pensativo, mas com um ar até mesmo malicioso.

- Hum? Nada, não, esquece.

- O que está planejando? Você nunca esconde nada de mim!

- Não seja chato, nii-san! Eu não quero contar! – respondeu mostrando-se meio aborrecido

- Quem é você e o que fez com o meu irmão? – Ed estreitou os olhos.

- Você saberá logo.


Winry adentrou no quartel Central e dirigiu a secretária que parecia atordoada com alguns papéis espalhados pela a mesa e pelos dois telefones tocando ao mesmo tempo.

- Bom dia, eu...

- Quartel general Central de Amestris? – A pobre moça atendeu ao telefone e continuou a organizar as folhas, que, por ela estar nervosa, esvoaçavam para todos os cantos de seu pequeno escritório – Ahhh! Não! Ligue para a emergência o número é 911! – Dito isso repôs o telefone no gancho e continuou sua ‘caça’ aos papéis.

- Com licença, eu estou procurando... – Novamente Winry fora interrompida

- Ah, agora não! Tenho que levar esses papéis para o general de brigada Urami! – ela disse levantando-se e jogando furiosamente os papéis sobre a mesa.

- Mas eu só preciso de uma indicação! Onde fica a sala do coronel Mustang?

- Ali. – a moça apontou o corredor no lado esquerdo de Winry, na qual a garota seguiu.

Ao se aproximar da sala, a porta foi aberta repentinamente e de lá saiu um homem de cabelos e olhos igualmente negros e a pesada farda azul, idêntica a de Riza.

- Ora, ora. O que uma jovem tão linda faz andando sozinha pelos corredores do exército? Quem procura, senhorita? – Roy disse galanteador.

- Errr... Estou procurando minha irmã. – Winry disse timidamente.

- Sua irmã? – ele pareceu momentaneamente desapontado – Quer ajuda? – Novamente falou naquele tom sedutor o que deixou Winry incomodada

- Bem, eu... – A frase morreu quando Riza saiu da sala.

- Winry? O que faz aqui?

- Ah, oi Riza, eu... – Novamente as palavras não saíram de sua boca, pois vinham sem sua direção, Edward e Alphonse. - Vocês? O que fazem aqui? – ela indagou

- Olá, Winry-chan! – Al cumprimentou alegre

- Oi, Alphonse. – sorriu, e virou-se para Edward – Olá, Edward.

- Oi. – ele disse – O que você faz aqui?

- Eu vim dizer a Riza que eu ia à casa de vocês dois, já que é caminho... Mas e vocês?

- Eu trabalho aqui. – Edward disse

- Trabalha aqui? – ela pareceu descrente a afirmação

- Trabalho. Tá duvidando?

- Sim. – Ed quase caiu pra trás quando ela disse isso

- É claro que eu trabalho aqui! Eu sou um alquimista federal! – ele berrou

- Fala sério. – Winry parecia acreditar menos ainda

- Eu estou! – Ed meteu as mãos nas vestes e tirou de lá um relógio prateado – Está vendo? Isso prova que eu sou um alquimista federal. – Ed disse orgulhoso, no segundo seguinte viu seu relógio ser pego por Winry, num movimento tão rápido que ele nem sequer pôde impedir.

- Waaaa!!!! Que lindo! Deixa que eu desmonte!!!! Deixa!Deixa!Deixa!!!! – ela disse encantada

- Não! – ele tomou o relógio das mãos de Winry que se desapontou

- Ah, não seja mau!

- Não vou deixar você desmontar meu relógio de prata!

- Ahhh... – ela suspirou tristemente – Seu chato.

- Como é?

- Você é um chato! Depois eu coloco do jeito que era antes!

- Não vou deixar você fazer meu relógio de prata em pedacinhos!

E em pouco tempo estavam berrando no meio do corredor do exército, e não pareciam dar a mínima para isso.

- Ah, pessoal... Vocês estão chamando atenção. – Al falou baixo para os dois que perceberam que já havia uma pequena multidão observando-os e logo pararam de discutir.

- Winry, o que faz aqui? – Riza perguntou

- Ah eu vim aqui dizer que eu ia a casa desses dois, mas eles já estão aqui...

- Nós já estávamos indo para casa. – Al disse sorridente como sempre. – Venha com a gente.

- Péssima idéia. – Ed disse emburrado ao que Winry ignorou

- Claro. – ela respondeu retribuindo o sorriso. – Tem algum problema, Riza?

- Não. Pode ir. Você colocou a chave no lugar certo?

- Coloquei.

- Tudo bem, então.

Al ofereceu o braço a jovem.

- Vamos?

- Sim! – ela disse alegre.

E os três adolescentes saíram juntos do QG Central.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Chave Inglesa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.