O que nós estamos fazendo aqui? -perguntei para o Grandark.

Estávamos no meio da floresta, lembro que alguns tinham saído como Lupus... Será que eu fui atrás dele?

Eu vou saber?! Quem manda agora é você, não? -ele respondeu.

Verdade né? Então vamos voltar... -dei meia volta.

–Eu estou com muita sorte hoje. -uma moça de roxo apareceu na minha frente, interrompendo meu caminho.

É a Cazeaje, quando ela ficou gostosa desse jeito? -GD comentou.

Ela voltou mesmo? -fiquei surpreso.

Eu tinha avisado! -GD gritou.

–Vai ficar quietinho? -Cazeaje provocou.

–Saia do meu caminho. -falei sério.

–Mal acabei de chegar... -ela passou a mão no meu cabelo.

–O que você quer? -perguntei.

Como eu queria que ela me tocasse assim... Posso ficar na minha forma humana? Vai que ela resolve mexer comigo... -GD não calava a boca na minha cabeça.

–Queria falar com quem manda, o GD não vai sair?

–Haha, sinto lhe informar, mas quem manda agora sou eu. -falei.

–Zero? Então por que continua com o óculos de controle da GD? -ela passou a mão no meu óculos.

GD? O que significa isso? -perguntei.

Não ligue para ela, viemos até aqui porque você quis, não? -ele respondeu.

Verdade... -voltei a ficar calmo.

–Óculos laranja? É uma cor diferente da do GD, parece que você deve ter uns... 10% de controle.

GD? -falei bravo.

Não de ouvidos a ela! Ela é uma piranha!

–Pobre Zero iludido... -Cazeaje falava.

GD virou humano e deu um chute em Cazeaje, a fazendo ir para longe.

–GD? Eu não te autorizei a ficar na forma humana... -falei irritado.

–Zero, você não vê que ela quer nos separar? -GD se virou pra mim.

–Eu só estou dizendo a verdade. -ela foi se aproximando.

–Zero, eu e você separados somos dois inúteis, quer me ouvir? -GD falou.

–Eu não te obedeço mais. -respondi.

–Zero, eu não estou mandando em você, estou te dando um conselho de amigo, que é o que você é pra mim. Acha mesmo que eu deixaria que qualquer um mandasse em mim? -GD continuou.

–Que momento fofo. -Cazeaje falou e logo avançou em Grandark, enforcando-o -Não vai mesmo dizer a verdade?

–GD! -gritei.

–Ze-Zero... -ele tentava se soltar.

Tentei atacar Cazeaje, mas parecia nem fazer cócegas nela.

–Tadinhos, não vai falar a verdade GD?

–Ta-a bom. Zero, o que ela falou não é muito mentira, mas você tem 15% de controle sobre si.

–GD? -parei de atacar, até que fiquei um pouco triste...

Cazeaje o soltou.

–Não entenda mal, só que seu poder na verdade é o meu. Você não fez nada em Cazeaje agora porque eu estou como forma humana e o poder está comigo.

–GD... -eu estava um pouco triste, segurava o óculos do meu rosto.

Não acredito que ele mentiu para mim...

–Não entenda mal, só que... Você é fraco, pelo menos comparado a mim.

–Como são unidos.

Claro que isso que ela falou me deu uma ideia.

–GD, volte a ser arma. -falei determinado.

–Mas Zero...

–Agora!

–Não liga para o que ele fez, Zero? -ela continuava a provocar.

Não ficou bravo? -GD perguntou.

Um pouco, triste também, mas tenho uma ideia. -respondi.

Não me diga que... -ele começou.

Sim, algo que você nunca faria, mas vai ter que. -continuei.

Você acha mesmo que é forte? -ele perguntou.

Quero juntar nossas forças, não abrir mão da tua. Idiota! -falei

Ah bom. -GD respondeu calmo.

E é claro que eu sou forte! O único que pode carregar uma espada lendária, acha mesmo que sou fraco? -o interroguei.

Você foi feito pra isso... -GD lembrou que eu sou só um robô.

Dane-se, quer fazer logo o que eu mando? -falei.

Certo! -GD começou a brilhar.

–O que é isso? -Cazeaje perguntou em dúvida.

Senti o óculos quebrar, pelo menos parte dele. Vi meu cabelo cair sobre meu rosto, estava branco.

Olhei para minha roupa que também havia mudado, estava preta e rosa, GD da mesma cor.

Como você mandou, sente alguma diferença? -GD perguntou.

Muita. -respondi.

Também, o que é estranho pra mim. -ele comentou.

Acabei por rir.

–Então se uniram? -Cazeaje tentou desvendar o que havia ocorrido.

–Mais que isso! -respondi.

Zero, foi só isso o que fizemos mesmo... -GD comentou.

Eu sei! Mas assim fica mais legal... -respondi.

Ele riu.

–Então, deixe-me testá-los. -ela avançou em nós dois.

Rapidamente a bloqueei com a GD.

Wow, que rápido... Eu não estou mais tão pesado? -GD perguntou.

Não. -respondi.

–Melhor do que eu esperava... -Cazeaje respondeu.

Ataque! Ataque! Mata essa piranha! -GD gritava na minha cabeça.

Meus golpes realmente estavam mais rápidos e fortes.

GD, humano! -mandei.

Antes dele virar humano o joguei como arma em direção a Cazeaje, assim que ele assumiu sua outra forma, emitiu uma onda que jogou aquela piranha contra uma árvore.

Eu rapidamente corri e a acertei uma série de socos.

Ela ficou machucada, mas quando se teleportou para atrás de nós seus machucados sumiram.

–Nada mal, nada mal, na verdade... Parabéns, mas ainda não é hora. -Ela falou e sumiu.

–VIU ISSO? VIU ISSO? -falei animado.

–Nós realmente estamos muito melhores... -GD se esticava.

–Tua roupa mudou, você viu? -comentei.

Em vez de verde, a dele havia ficado como a minha. Preta com rosa. Seu cabelo havia mudado um pouco mas continuava um pouco verde.

–Meu cabelo... Nooooo... -ele tentou abraçar o cabelo.

–Não ficou ruim...

–Mas eu gostava dele antes.

Acabei por rir.

–Então... Como é enxergar como humano? E ao mesmo tempo robô? -GD perguntou.

–Eu achei estranho... Estou acostumado ao óculos... Mas é legal.

–É só cobrir com a franja. -ele foi até mim e arrumou meu cabelo -Engraçado, seu olho é laranja e o último óculos também era laranja...

–Sério? -fui correndo procurando alguma coisa para me ver até que achei um lago -Que legal...

–Espera! -falou GD logo atrás -Eu nem sabia que era possível um robô ficar tão alegre... Que tal voltarmos para a Mari te estudar?

–Cala a boca, volta a chorar pelo seu cabelo!

–Mas eu já estou cansado e com fome, vamos voltar...

–Ok.

–E você me carrega. -GD virou arma –acho que vou tirar um cochilo durante a viagem...

Acabei por rir.