Eu tive que me separar temporariamente da Grand Chase porque tinha coisas pessoais para tratar, mas me arrependo de não ter pedido ajuda alguma!

Eu estava no meu reino, o reino da luz, tentando impedir uma invasão com o resto dos paladinos.

—Mas que droga! Não adianta... Por mais que eu cure, eles quase nos matam de novo! —falei.

—Calma, nós vamos conseguir! —Leon, o meu melhor amigo de todo o reino, falou.

—Certo! Certo! Vamos! —falei.

Fomos correndo atacando tudo o que eu via pela frente, claro que nos atacávamos também e estávamos bem machucados.

—Conseguimos! —Leon disse, ofegante.

—Acho melhor não cantarmos vitória tão cedo... —falei ao ver mais um monstro atrás de Leon.

—Vamos! —Ele foi atacar o monstro, mais foi pego por ele —Ahhhh! Me solta!

—Leeeeooooon! —gritei.

O monstro era gigantesco e estava apertando ele.

—Hooooolyyyyyy! —ele gritava tentando se soltar.

—Glória! —gritei, mas o monstro foi mais rápido.

Ele havia morrido, não da pra se curar mortos.

O monstro o largou, fui até ele e comecei a chorar.

—Leon... —olhava para ele.

—HUAAAAARRR! —o monstro rugia.

Por um momento eu fiquei lá, chorando e olhando aquele defunto, mas me senti mais forte, sequei minhas lágrimas e encarei aquele bicho.

—Eu não te perdoarei! —fui correndo até o monstro e nem dei tempo para que ele atacasse, já estava morto igual fez com Leon.

Eu realmente estava mais rápida e mais forte.

—Holy, o que aconteceu com você? —um paladino perguntou.

—É, desde quando tem cabelo rosa? —outro perguntou.

—O QUEEEEEE? —me olhei no espelho, aquilo era verdade.

Logo após o susto me esqueci totalmente que meus olhos e cabelos estavam rosa, afinal... Eu estava no meio do funeral do Leon, eu não conseguia fazer mais nada a não ser chorar e pensar em nada a não ser a mancada que eu dei por demorar na cura...

Fiquei mais alguns dias no reino, visitando o túmulo de Leon todos os dias, mas eu não poderia ficar longe da Grand Chase para sempre...

Voltei para o QG, onde Dio me recebeu.

—Quem é você? —ele perguntou.

—Como assim quem sou eu? A Holy! —respondi.

—Desde quando você tem cabelo rosa? Sem falar os olhos... —ele encarava.

—Eu não sei! —respondi.

Fui até a sala.

—Holy, o que aconteceu com você? —Lire foi até mim, preocupada.

—Eu também não sei... —respondi.

—Nós podemos tentar descobrir. —Arme falou.

—Só precisamos de alguns testes. —Mari, que estava ao lado de Arne, falou.

—Certo... —respondi.

De tirar sangue até recolher fio de cabelo, todos os possíveis testes foram feitos por aquelas duas, fora que leram quase rosa a biblioteca.

—Descobrimos. —Mari falou sem nenhum sentimento, ainda lendo um dos livros.

—Então o que aconteceu comigo? —perguntei.

—"Despertar". —Arme lia o livro junto com Mari.

—Despertar? —perguntei.

—Sim, você ultrapassou seu limite de poder.

—Despertar é causado por alguma turbulência emocional. —Mari falou.

—E por que a cor do meu cabelo mudou? —perguntei.

—A mudança de poder é tão grande que a pessoa muda até fisicamente. —a azulada respondeu.

—E como eu volto ao normal?

—Fala sério, quem quer perder poder? —Sieg, que assistia tudo, comentou.

—Não tem nenhuma volta tão fácil assim. —Mari fechou o livro.

—Ué, o que aconteceu com a Holy? —chegou Ryan junto de Amy.

—Despertar. —Arme respondeu.

—Mas o que? —Ryan perguntou.

—Fiz uma apresentação explicando.

—Mari entregou um pendrive a Ryan.

—Mais fácil. —Arme falou.

Ryan não sabia o que fazer com aquilo.

—Esse cabelo rosa não combina comigo! —reclamei.

—É só trocar a roupa! —Amy me pegou pelo pulso e puxou.

Me levou para seu quarto, tirou minhas medidas e depois de algumas horas tinha feito um vestido preto com rosa.

—Eu pareço uma princesa das trevas... —me olhava no espelho.

—Mas está combinando tanto... —Amy falou.

—E qual a dessa coroa? Parece a que a Cazeaje usa...

—Mas ficou tão bonitinho...

É, acho que vou ter que me acostumar com isso, não ficou tão mal assim...

—Holy, a Mari quer te testar. —Ryan bateu na porta e avisou.

—Vão colocar agulhas na Holy! —Amy me abraçou.

—Ela só quer testar a força. —Ryan falou.

Fui até a sala de treino, lá fazíamos testes de nossa força e eu tive que refazer o meu.

—É... Parece que sua força dobrou. —Mari estava encostada na cadeira na sala de comando.

—Bom... Eu acho.

—Eu também quero despertar! —Amy dizia —Jin vem aqui! Se você morrer eu vou ficar depre é despertar!

—O que? Quer me matar? —ele se afastava um pouco dela.

—É por uma boa causa. —ela se aproximava dele.

—Eu não acho que você vá despertar matando ele. —Mari falou.

—Droga. —ela fechou o punho.

—Obrigada. —Jin falou aliviado.

É, eu tinha até esquecido que o Leon tinha morrido, e associei meu cabelo rosa a morte dele, tendo que sempre encarar a morte de Leon a cada vez que me olhar no espelho.

Eu já estava no meu quarto e já era de noite.

—Até que essa roupa preta que a Amy arranjou combina com o luto... —falei me olhando no espelho.

Logo fui dormir.