Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 24
You're not the only one


Notas iniciais do capítulo

Oioi Gente.. Queria dizer que eu voltei!! (sério??)
Espero que se divirtam. Beijo!!!



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POV Sirius:

– Cara! Você beijou a Falcon! Você beijou a Falcon na frente da Evans! – Eu falei preocupado.

– E daí? Ela queria que eu ficasse batendo uma pensando nela ou coisa do tipo, enquanto a escola inteira quer me beijar? – Ele disse despreocupado. Ainda bem que tia Dorea diz que eu não sou todo mundo...

– E daí que você vai se sair muito machucado nessa história meu amigo...

CINCO COISAS QUE PODE ACONTECER COM JAMES POTTER SE ELE ENTRAR NA SALA:

1° - O cidadão em questão pode perder algum membro superior ou inferior, ou aqueles que nos distinguem das mulheres, se é que você me entende.

2° - Potter pode perder a audição (já ouviu os gritos que ela dá?)

3° - Pode perder a visão. (nunca deixe uma mulher sozinha, com o homem que ela odeia e com uma tesoura na mão.)

4° - O sujeito em questão pode sofrer hematomas sérios, tanto na pele quanto nos órgãos internos, ou em outros lugares...

5° - Se não ouvirmos nenhum grito, ou apelo, ou gemido vindo da parte de James Potter através da porta, chame uma ambulância. (Porque eu não vou ser burro o bastante para entrar com ele no matadouro ruivo).

– Ora... Ela não vai me bater. – Ele falou com a maior calma do mundo.

– E posso saber por quê? – Como ele consegue ficar calmo sabendo que tem uma pessoa querendo te esfaquear, e depois fazer churrasco dos seus restos mortais?

– Por causa de um simples detalhe: Eu não sou nada dela, e ela não é nada meu. Ela mesma disse isso antes do jogo. Você não ouviu?

– Não... Eu estava andando por ai... Se é que você me entende. – Dei um sorriso malicioso para ele e ele retribuiu com outro, e isso ficou muito estranho.

– Pronto para passar por aquela porta? – Eu perguntei apontando a porta vermelha com um leão desenhado no final do corredor.

– Pads... Meu querido Pads... Ela não queria que eu cuidasse da minha vida... Estou cuidando, estou tirando ela da minha vida... – Ele disse com um sorriso triste, e eu me toquei na hora o que tava pegando.

– Cara!! Você é afim da Evans! – Eu coloquei a mão na cabeça e comecei a rir. Como bom amigo que sou, eu tive que zoar com a cara dele.

Ele me olhou espantado e depois pediu para que eu calasse a boca.

– Tá maluco, Sirius! Se alguém ouve e resolve contar pra ela! Eu tô fudido, cara! – Ele tapou minha boca e começou a cochichar.

– Então é verdade? – Eu perguntei com “aquele” sorriso na boca (não, na bunda, seu imbecil).

– Pode ser... Mas se você contar para alguém, eu juro que você vai perder o seu...

– OK, OK! Já entendi, Romeu! Agora será que dá para parar de colocar os Juniors na história! – Eu falei e ele riu. – James... Mas você sabe que o negócio foi sério. Porque enquanto vocês estavam se beijando, ela te olhou magoada, cara.

– Não tem aquela frase: A gente só dá valor quando perde alguma coisa. Então... Espero que ela veja o que ela perdeu. – Ele disse decidido. – E por falar em perder, você e a Mckinnon não tem mais jeito, né?

– Não sei, Prongs... – Eu disse de cabeça baixa.

Desde que eu e ela brigamos, não consigo mais beijar uma garota sem pensar nela.

Não, eu não gosto dela “desse jeito”. Eu só não, não consigo esquecer ela. Porque ela foi uma grande amiga pra mim.

E eu definitivamente não consigo acreditar que eu pude estragar tudo!

– Sirius... Sirius... – James me chamava e estalava os dedos na minha frente. – Cara, você foi pra Timbuctu ou o que?

– Nada... Só estava pensando. – Eu me virei e fui em direção à porta da Grifinória. Só que parei quando percebi que James não estava me acompanhando. – Você não vem? James... O que aconteceu?

Ele estava estático e olhando pra mim como se eu fosse a Lula Gigante ou coisa do tipo.

– Você... Sirius Black... Você está amando... – Ele falou sonhador e eu fiquei com a maior cara de tacho.

Só eu que achei isso gay?

– Cara... Eu sei que você é desmunhecado, mas não precisa mostrar pra Hogwarts inteira, tá? – Eu falei rindo e ele bufou e me deu um soco no ombro, e doeu.

– Mas agora fala sério, você gosta da Mckinnon, não gosta? – Ele perguntou mudando de assunto.

– Não desse jeito que sua mente pervertida pensa, James. – Eu disse e ele riu.

– Como se você tivesse crescido num orfanato de freiras para ter uma mente tão pura. – A clássica ironia nunca muda entre nós dois.

– Não me fale em freiras! Você sabe o que aconteceu quando eu tentei bem... Eu sai bem machucado nessa história... Vamos entrar logo. – Eu falei abrindo a porta e dando de cara com todas as meninas da Grifinória lá dentro. Não que eu estivesse achando ruim, mas... Eram só elas. – O que está acontecendo? – Perguntei pro James que estava com a mesma cara de curioso que eu.

– Sei lá... Salão de Beleza grátis? – Ele sugeriu e eu dei de ombros.

– Não... São os outros jogadores que ainda estão sendo paparicados... – Eu disse apontando para um canto da Sala onde tinha um jogador reserva do nosso time quase sendo engolido por uma garota.

Nos sentamos em um sofá mais afastado e ficamos conversando sobre tudo. Sobre o jogo, sobre os próximos jogos, sobre nossas próximas detenções, sobre a capa do Playboy... Quero dizer, sobre o assunto da revista Superinteressante...

Passaram-se cinco minutos quando vejo que certa morena sai da Sala.

– Prongs... Vou resolver umas coisas ai e já volto... – Eu me levantei e fui atrás dela.

Para quem ainda não sabe quem é: Marlene Mckinnon.

Ela desceu um andar. O andar da Corvinal.

Enquanto ela conversava com umas meninas no corredor, eu fingi que era um móvel e fiquei lá, escondidinho, só esperando para ver o que ela iria fazer. O tal de Benjamin chega e dá um selinho nela, e eu reviro os olhos.

De repente, os dois saem e eu saio de lá antes que me vejam. Desço até o térreo e por coincidência os dois também. Vou até o pátio e eles fazem questão de ir também.

Eu me sento em uma árvore e fico olhando os pombinhos trocando saliva em um canto.

Acho que já estou percebendo o joguinho dela.

Tinha certeza que estava emburrado, pois todo mundo que passava me olhava com cara de curioso.

Mas eu já fiz tanta besteira na minha vida que nem ligo mais se as pessoas estão olhando para mim ou não, mas as mulheres são uma exceção.

Passa-se uns três minutos e o Corvinal sai para... Para ir a algum lugar e ela fica lá ouvindo musica no celular.

Eu vejo se ele já sumiu dali e vejo que sim. Eu me levanto e vou caminhando até ela. Parece que ela ainda não me viu, nem me ouviu já que estava usando fone de ouvido.

Ou seja, ela levou um susto quando eu a segurei pelo braço e a levei para dentro da escola, longe de olhares indiscretos.

Levei-a para uma sala vazia e quando a soltei ela me olhou feio. Mas eu apenas sorri da cara dela.

– Como vai Mckinnon? – Perguntei com o maior sarcasmo que podia ter.

– Estava bem melhor quando você não me estava perturbando.

– Quero conversar com você. Eu fiquei pensando um tempo e...

– Você pensando? Nossa, como conseguiu fazer essa proeza? – Ela perguntou com ironia.

– Continuando... Eu sei o que está fazendo comigo. Já não basta a humilhação que eu tive que pagar na praça, que eu te garanto que foi muita, agora você quer esfregar na minha cara que você é maior do que eu, não é? – Perguntei me aproximando dela e a prendendo na parede.

– Sirius... – Ela disse ameaçadoramente, mas dessa vez eu não recuei.

– Olha, se você quiser pode me bater, mas você vai esperar até eu dizer tudo o que eu tenho de dizer. – Eu a pressionei com o meu corpo e pude sentir que a respiração dela estava acelerada e não pude deixar de sorrir.

– E o que você quer dizer? – Ela perguntou séria.

– Quero apenas que você saiba que você não é maior do que eu.

– Ah, Sirius... Digo o mesmo para você. Acho que isso se aplica ao que você ainda faz com algumas pessoas, não? – Ela perguntou arqueando uma sobrancelha e eu fiquei sério.

– O que quer dizer com isso?

– Ofendendo pessoas, as humilhando, batendo nelas sem elas terem feito nada... Deixa eu te falar uma coisa: Você não é um Deus que todos têm que glorificar! – Ela me empurrou e saiu de perto, mas antes dela sair eu a segurei novamente.

– Então é por isso que você está com aquele carinha? Para me mostrar que não sou melhor que ninguém?! Só que deixa eu te falar uma coisa também: Não precisa falar nada disso para mim, porque minha mãe já faz isso por você!

POV Marlene:

– O que você quer dizer com... – Eu ia perguntar, mas ele me interrompeu, e estava bravo.

– O quê?!? Acha que minha vida é perfeita?! Eu daria tudo pra trocar de lugar com alguém que tem pais que te amam, tem uma família de verdade! – Ele estava chorando? Mas logo depois ele deu um suspiro e falou. - Você não sabe quase nada sobre mim. – Ele me soltou e saiu da sala, e eu fiquei lá.

O que ele quis dizer com isso?

Eu sai da sala antes que Filtch me pegasse lá e voltei para o pátio. Ele não estava lá.

– Lene... O que aconteceu? Onde você estava? – Benjamin chegou perto de mim e me abraçou.

– Ben... Pode me deixar um pouco sozinha? – Perguntei com meus olhos ardendo.

– Por quê? – Ele perguntou e eu não aguentei e o abracei.

Ele não falou nada, só me deixou chorar. É bom ter um amigo para essas coisas. Passaram-se quinze minutos, eu acho. Até que ele me chama.

– Vem, vamos para a porta de saída. O sinal já bateu. – Ele me puxou para a saída.

(...)

– Marlene! O que aconteceu? – Lily perguntou assim que me viu.

– Posso ligar pra você mais tarde? Não quero falar nisso. – Eu disse indo para o estacionamento. Mas me assustei ao ver que minha mãe estava parada encostada na porta do meu carro.

– O que eu fiz de errado? – Perguntei me aproximando dela.

– Por que está comendo escondida de mim, Marlene? – Do que essa mulher tá falando?

– Oi? Ah, se é sobre aquele pedaço de chocolate que eu comi noite passada... Eu estava de TPM. E sabe como uma mulher fica... – Eu ia terminar, mas não deu tempo, pois senti minha bochecha arder. – Por que fez isso?!?! – Eu olhei para os lados, e não tinha ninguém olhando.

– Isso é por mentir para mim! Eu sei o que você come, e sei que suas roupas estão ficando apertadas! – Ela apontou o dedo na minha cara.

– Mas claro que elas estão ficando apertadas! Você olha as roupas de quando eu tinha dez anos! – Desabafei e ela me olhou com um olhar mortal e eu me encolhi.

– Marlene, vim para falar isso, e para falar que eu não vou dormir hoje a noite em casa. – Ela estava pegando alguma coisa da sua bolsa.

– Por que?

– Seu pai e eu brigamos.

– De novo?

– Pois é... Tchau.

– Tchau. – Respondi seca. Não é a primeira vez que minha mãe dorme fora de casa.

Quando ela foi embora, eu me encostei no carro e chorei. Chorei pelo meu pai, pela minha mãe, pela dor que estava meu rosto, porque ela botou toda força que tem pelo visto... Mas quando eu percebo, no carro ao lado tinha alguém me olhando de dentro do carro. Ele não olhava bravo, mas sim curioso. E tenho certeza que ele viu tudo.

E esse alguém era Sirius Black.

Eu apenas me limitei a dizer:

– Você não é o único. – E eu sei que ele entendeu o que eu quis dizer.

POV Lilian:

Eu não acredito que o Potter fez isso! Eu não acredito!

Ele nunca viu uma ruiva brava!

Na saída eu encontrei o energúmeno lá conversando com seus “amiguinhos”. Que no caso não era nenhum dos marotos, pois eles estavam ocupados demais tentando explicar pras meninas que eles não pegaram nenhuma menina nos intervalos dos jogos.

Sabe quando uma raiva interior vai subindo dentro de você, e você não consegue se controlar e acaba indo pra cima dele, sem mais nem menos.

Não foi isso que aconteceu, fiquem calmos. Eu não iria demonstrar nada, porque senão ele iria achar que eu estava gostando dele, o que é uma mentira.

– Lilian? – Ben me chamou, e uma ideia brotou na minha linda cabecinha em chamas. – Você viu a Lene por ai?

– Não... Você pode me ajudar. – Eu o puxei para o outro lado do pátio e expliquei a situação para ele.

– Hum... Então você está com ciúmes dele.

– Eu NÃO estou com ciúmes do Potter está bem! Ele é um idiota que beijou aquela lacraia com cirrose que é a Maggie! E eu queria mostrar para ele que eu não estou com ciúmes, o que é verdade! – Eu expliquei para ele, que sorriu maroto.

– Calma, Lilica. Eu sei o que você pode fazer. O Potter, assim como todos os capitães, eles não aceitam perder. E você tem que mostrar que ele não conseguiu te afetar. – Ele explicou.

– E como eu faço isso, ó senhor dos ciúmes! – Eu perguntei divertida e ele sorriu maroto.

– No caso dele é fácil. É só eu chamar uns amigos meus ai, e tudo feito. Só... Me segue, beleza? – Ele saiu andando e eu fui atrás dele, fazendo cara de quem não quer nada.

Ele foi para uma turma de rapazes que... MEUDEUSDOCÉU. Afrodite teve filhos que vieram pra cá e eu não sei?

Um era um carinha loiro dos olhos azuis. O outro era um rapaz negro dos olhos verdes. E os outros eram morenos. Devia ter uns sete rapazes assim...

Eu em preciso falar que eu gostei demais dessa ideia do Ben, preciso?

– Oi. – O cara moreno falou para mim.

– Oi. – Eu falei sorridente.

– Hey, Ben, como é o nome da amiga? – O loiro perguntou me olhando maroto.

– Pessoal, essa é a Lilian. Grifinória.

– Oi, eu sou Carlos. – O negro falou.

– Sou Sebastian. – O loiro falou.

Só sei que no final eram os dois, mais o Santiago, Gary, Bernardo, John e Travis.

– Todos vocês são da Corvinal? – Eu perguntei e eles disseram que sim.

– Quem é aquele carinha? – Travis me perguntou apontando para onde Potter estava.

– Ele é um idiota. – Eu falei e eles parecem que entendramalguma coisa, só não sei o que é.

– Seu ex? – Santiago me perguntou e eu neguei na hora.

– Não... Eu seria louca de namorar com um galinha como ele.

– Hum...

– Mas parece que ele gosta de você. – Carlos me disse.

– Como assim?

– Ele não para de te encarar. – Ele cochichou.

– Ele queria me fazer ciúmes com uma idiota lá. Então eu não tô nem ai pra ele. – Eu respondi dando de ombros. Mas confesso que eu estava amando essa história de ele ficar me encarando toda hora.

– Hum... Quer fazer ciúmes nele? – Sebastian me perguntou e eu arqueei a sobrancelha.

– Como?

– Assim. – Ele me deu um selinho. UM SELINHO!

– Hey! – Eu me afastei e ele começou a sorrir.

– Bem, você conseguiu o fazer ficar com ciúmes, ruiva. – Sebastian falou e depois se despediu de mim.

– C-Como assim? – Eu perguntei meio desnorteada.

– Não encara agora, mas... Parece que ele vai explodir a qualquer momento! – Ben falou e eu tentei me virar, mas ele não deixou. – Não encara! Sai andando... – Ele me puxou para o estacionamento.

Lá encontramos ninguém mais ninguém menos que Sirius. Ele estava sentado no carro dele, e parecia estar pensando alto...

– Sirius? – Eu perguntei.

– Oi... Oi Lily. – Ele tentou sorrir, mas eu percebi que tinha acontecido alguma coisa.

– Aconteceu alguma coisa? – Eu perguntei e ele me encarou, parecia estar decidindo se iria me contar ou não.

– Não... Eu tenho que ir... – Sério, ele estava muito estranho. Ele estava sério demais para meu gosto, e parecia não prestar muita atenção as coisas a sua volta.

– O que aconteceu com ele? – Eu perguntei para Ben, que deu de ombros.

– Eu não sei, mas eu acho que tem alguma coisa da Lene ai.

– Será que eu ligo pra ela? – Eu perguntei preocupada.

– É melhor não, ruivinha. Ela não quer nem saber dele. E deixe o Sirius com seus problemas, porque você já tem demais! – Ele me deu uma bronca e eu sorri fraco.

– Vamos voltar pra escola, e ver como está o seu Romeu. – Ele me puxou de volta para e escola.

– Chama ele de Romeu de novo que eu arranco a coisa que te vai dar filhos!

– Acha mesmo que eu quero ter filhos com uma mulher? – Ele perguntou com uma sobrancelha arqueada e eu fiquei quieta.

No caminho, eu encontrei certo carinha pisando duro para seu carro.

– Aconteceu alguma coisa, Potter? – Ben perguntou e eu fingi que ele não existia.

Ele me encarou e encarou Ben.

– Nada. – Ele forçou um sorriso, só que não deu muito certo.

Bem, Potter... Agora estamos empatados, sim?


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Notas finais do capítulo

Até mais.
Em quem vocês apostam? Lily ou james?
Beijo!