O significado da dor escrita por Alicia


Capítulo 3
Talvez




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Um mês se passou e ja estava no meio de setembro. Era nítida a sensação do frio sendo substituído pelo calorzinho abrangedor e reconfortante que apenas a primavera nos permite sentir. As ultimas lagrimas derramadas recompensadas com o esquecimento de lembranças boas, sonhos e desejos envolvendo ele eram melhores do que a satisfação de tê-lo esquecido... Engraçada a irônia que a vida nos proporciona, num momento você esta triste achando que a vida acabou e no outro você esta quase curada dessa decepção amorosa. Não estou errada sobre o tempo não curar totalmente. Existe uma diferença e ela é que quando realmente percebemos que algo não tem futuro devemos acabar o pote de sorvete e seguir em frente...

Sentada no mesmo lugar, no mesmo parque observando a noite surgindo aveludadamente como o bater das asas de um cisne. La estava eu esperando. Talvez um homem que mudaria meu dia, e quem sabe minha vida, com apenas um flerte mal sucedido, assim como naqueles filmes toscos que fazem mulheres suspirarem e entediam homens. La estava ele, cabelos cacheados, desgrenhados e extremamente charmosos, mas quem olharia para o cabelo quando se tem uma bunda melhor ainda? Meio safado, mas verídico. Um sorriso lhe surgiu virando-se para a minha direção. Como descrever aquele sorriso? é indescritível, com aquele sorriso ele conquistaria a paz mundial... E estava sorrindo na minha direção? talvez. Olhando para mim? talvez.

Chegando repentinamente e mesmo observando ele sorrateiramente, como uma leoa ao escolher a presa, ele conseguiu me pegar de surpresa. "Oi, vem sempre aqui?" diz ele quase soltando um riso indiscreto "cara, não tinha algo melhor não?!" respondi com um tom de sarcasmo "okay, posso tentar de novo?" perguntou ele meio sem graça "deveria... Mas pensando bem, no seu lugar eu ja teria vergonha de simplesmente tentar a primeira vez, imagina a segunda" "não é tão ruim assim, quando o motivo é você, gatinha" rindo novamente respondi "digamos que você está melhorando, mas por favor não me chame de gatinha de novo" "desculpe, mas eu fico meio palhaço quando estou perto de uma mulher tão estonteante quanto você".

A conversa fluiu descontraidamente, quem diria que a vida real pode ser como os filmes...

Eram 21:00 e o parque ja estava fechando, quando peguei minhas coisas e estava me despedindo. Ele pegou na minha mão e com um olhar gentil disse "a moça bonita não me disse o nome, ou gostaria que eu te chamasse de gatinha sempre?" com um sorriso meio constrangido respondi "Melissa" "seria um prazer te acompanhar até sua casa, Melissa. Está tarde e uma moça bonita não pode andar sozinha na rua, seria um convite para rapazes como eu chegarem e jogarem uma cantada qualquer só para lhe arrancar um sorriso. Prazer, sou Daniel".


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